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17/07/2019

Leitura espiritual


"Christus vivit": Exortação Apostólica aos Jovens 


Capítulo V

PERCURSOS DE JUVENTUDE

Na amizade de Cristo

150. Por mais que vivas e experimentes, nunca chegarás às profundezas da juventude, nem conhecerás a verdadeira plenitude de ser jovem, se não te encontrares cada dia com o grande Amigo, se não viveres na amizade de Jesus.

151. A amizade é um presente da vida e um dom de Deus.
Através dos amigos, o Senhor purifica-nos e faz-nos amadurecer.
Ao mesmo tempo, os amigos fiéis, que permanecem ao nosso lado nos momentos difíceis, são um reflexo do carinho do Senhor, da sua consolação e da sua amorosa presença.
Ter amigos ensina-nos a abrir-nos, a compreender, a cuidar dos outros, a sair da nossa comodidade e isolamento, a partilhar a vida. Por isso, «nada se pode comparar a um amigo fiel, e nada se iguala ao seu valor» (Sir 6, 15).

152. A amizade não é uma relação fugaz e passageira, mas estável, firme, fiel, que amadurece com o passar do tempo.
É uma relação de afecto que nos faz sentir unidos e, ao mesmo tempo, é um amor generoso que nos leva a procurar o bem do amigo.
Embora os amigos possam ser muito diferentes entre si, há sempre algumas coisas em comum que os leva a sentir-se próximos, e há uma intimidade que se partilha com sinceridade e confiança.

153. A amizade é tão importante que o próprio Jesus Se apresenta como amigo:
«Já não vos chamo servos (…), a vós chamei-vos amigos» (Jo 15, 15).

Com a graça que Ele nos dá, ficamos tão elevados que somos realmente seus amigos.
Com o mesmo amor que Ele derrama em nós, podemos amá-l'O, estendendo o seu amor aos outros com a esperança de que também estes tenham o seu lugar na comunidade de amigos fundada por Jesus Cristo[1].

E, embora já esteja ressuscitado e plenamente feliz, podemos ser generosos para com Ele, ajudando-O a construir o seu Reino neste mundo, sendo seus instrumentos para levar a sua mensagem, a sua luz e sobretudo o seu amor aos outros (cf. Jo 15, 16).
Os discípulos ouviram a chamada de Jesus à amizade com Ele; foi um convite que não os forçou, propondo-se delicadamente à sua liberdade:
«Vinde e vereis - disse-lhes; e eles foram -, viram onde morava e ficaram com Ele nesse dia» (Jo 1, 39).

Depois daquele encontro, íntimo e inesperado, deixaram tudo e partiram com Ele.

154. A amizade com Jesus é indissolúvel.
Nunca nos deixa, embora às vezes pareça calado.
Quando precisamos d’Ele, deixa-Se encontrar por nós (cf. Jr 29, 14), e está ao nosso lado para onde quer que formos (cf. Js 1, 9).
Porque Ele nunca quebra uma aliança.
A nós, pede-nos para não O abandonarmos: «Permanecei em Mim, que Eu permaneço em vós» (Jo 15, 4).
Mas, se nos afastarmos, «Ele permanecerá fiel, pois não pode negar-Se a Si mesmo» (2 Tim 2, 13).

155. Com o amigo, conversamos, partilhamos as coisas mais secretas.
Com Jesus, também conversamos.
A oração é um desafio e uma aventura.
E que aventura!
Permite que O conheçamos cada vez melhor, entremos no seu mistério e cresçamos numa união cada vez mais forte.
A oração permite-nos contar-Lhe tudo o que nos acontece e permanecer confiantes nos seus braços e, ao mesmo tempo, proporciona-nos momentos de preciosa intimidade e afecto, onde Jesus derrama a sua própria vida em nós.
Rezando, «abrimos o jogo» a Ele, damos-Lhe lugar «para que Ele possa agir, possa entrar e possa vencer»[2].

156. Assim, é possível chegar a experimentar uma unidade constante com Ele, que supera tudo o que possamos viver com outras pessoas:

«Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim» (Gal 2, 20).

Não prives a tua juventude desta amizade.
Poderás senti-l'O a teu lado, e não só quando rezas.
Reconhecerás que caminha contigo em todos os momentos.
Procura descobri-l'O e viverás a experiência estupenda de saber que estás sempre acompanhado.
Foi o que viveram os discípulos de Emaús: enquanto caminhavam e conversavam desiludidos, Jesus fez-Se presente e «pôs-Se com eles a caminho» (Lc 24, 15).
Um santo dizia que «o cristianismo não é um conjunto de verdades em que é preciso acreditar, de leis que se devem observar, de proibições.
Apresentado assim, repugna.
O cristianismo é uma Pessoa que me amou tanto que reclama o meu amor.
O cristianismo é Cristo»[3].

157. Jesus pode unir todos os jovens da Igreja num único sonho, «um sonho grande, um sonho capaz de envolver a todos.
O sonho, pelo qual Jesus deu a vida na cruz, e o Espírito Santo no dia de Pentecostes foi derramado e gravado a fogo no coração de cada homem e mulher, no coração de cada um. (…)
Gravou-o com a esperança de aí encontrar espaço para crescer e desenvolver-Se.
Um sonho, um sonho chamado Jesus, semeado pelo Pai: Deus como Ele, como o Pai, enviado pelo Pai com a confiança que crescerá e viverá em todo o coração.
Um sonho concreto, que é uma Pessoa, que corre nas nossas veias, faz exultar e dançar de alegria o coração»[4].

O crescimento e a maturidade

158. Muitos jovens vivem preocupados com o seu corpo, procurando desenvolver a força física ou melhorar o aspecto exterior.
Outros preocupam-se por desenvolver as suas capacidades e conhecimentos, e assim sentem-se mais seguros.
Alguns apostam mais alto, comprometendo-se mais e procurando progredir espiritualmente.
Dizia São João:
«Eu vo-lo escrevi, jovens, [porque] vós sois fortes, a palavra de Deus permanece em vós» (1 Jo 2, 14).

Buscar o Senhor, guardar a sua Palavra, procurar corresponder-lhe com a própria vida, crescer nas virtudes: isto torna fortes os corações dos jovens.
Para isso, é preciso manter a união com Jesus, estar em sintonia com Ele, uma vez que não crescerás na felicidade e santidade só com as tuas forças e a tua mente.
Assim como te preocupas por não perder a conexão com a internet, assegura-te de igual modo que esteja activa a tua ligação com o Senhor, o que significa não interromper o diálogo, escutá-l'O, contar-Lhe as tuas coisas e, quando não souberes claramente o que deves fazer, pergunta-Lhe: «Jesus, que farias Tu no meu lugar?»[5]

159. Espero que possas manter a auto-estima e levar-te tão a sério que procures o teu crescimento espiritual.
Além do entusiasmo próprio da juventude, há também o encanto de buscar «a justiça, a fé, o amor e a paz» (2 Tim 2, 22).
Isto não significa perder a espontaneidade, o frescor, o entusiasmo, a ternura.
Com efeito, tornar-se adulto não significa abandonar os valores melhores desta fase da vida; caso contrário, o Senhor poderia um dia censurar-te: «Recordo-Me da tua fidelidade no tempo da tua juventude, dos amores do tempo do teu noivado, quando Me seguias no deserto» (Jr 2, 2).

160. Aliás o próprio adulto deve amadurecer, sem perder os valores da juventude.
Na realidade, cada fase da vida é uma graça permanente, contém um valor que não deve passar.
Uma juventude bem vivida permanece como experiência interior e, na vida adulta, é assimilada, aprofundada e continua a dar os seus frutos.
Se é próprio do jovem sentir-se atraído pelo infinito que se abre e começa[6], um risco da vida adulta - com as suas seguranças e comodidades - consiste em ir transcurando progressivamente tal horizonte e perder aquele valor próprio dos anos da juventude; quando deveria suceder o contrário: amadurecer, crescer e organizar a própria vida sem perder aquela atracção, aquela abertura ampla, aquele fascínio por uma realidade que cresce sem cessar. Em cada momento da vida, podemos renovar e fazer crescer a nossa juventude.
Quando comecei o meu ministério como Papa, o Senhor alargou os meus horizontes e deu-me uma renovada juventude.
O mesmo pode acontecer com um casal já com muitos anos de matrimónio, ou com um monge no seu mosteiro.
Há coisas que precisam dos anos para se consolidar, mas este amadurecimento pode coexistir com um fogo que se renova, com um coração sempre jovem.

161. Crescer quer dizer conservar e alimentar as coisas mais preciosas que te oferece a juventude, mas ao mesmo tempo significa estar disponível para purificar o que não é bom e receber novos dons de Deus, que te chama a desenvolver o que tem valor.
Às vezes, os complexos de inferioridade podem levar-te a não querer ver os teus defeitos e fragilidades, fechando-te assim ao crescimento e ao amadurecimento.
É melhor deixares-te amar por Deus, que te ama como és, aprecia-te e respeita-te, não cessando, porém, de te cumular cada vez mais da sua amizade, fervor na oração, fome da sua Palavra, anseio de receber Cristo na Eucaristia, vontade de viver o seu Evangelho, força interior, paz e alegria espiritual.

162. Lembro-te, porém, que não serás santo nem te realizarás copiando os outros.
Quando se fala em imitar os santos, não significa copiar o seu modo de ser e de viver a santidade:
«Há testemunhos que são úteis para nos estimular e motivar, mas não para procurarmos copiá-los, porque isso poderia até afastar-nos do caminho, único e específico, que o Senhor predispôs para nós»[7].

Tens de descobrir quem és e desenvolver o teu modo pessoal de seres santo, independentemente daquilo que digam e pensem os outros.
Fazeres-te santo é tornar-te mais plenamente tu próprio, aquele que Deus quis sonhar e criar, não uma fotocópia.
A tua vida deve ser um estímulo profético que sirva de inspiração para os outros, que deixe uma marca neste mundo, aquela marca única que só tu poderás deixar.
Ao passo que, se copiares, privarás esta terra e também o Céu daquilo que mais ninguém poderá oferecer no teu lugar.
Lembro-me que São João da Cruz deixou escrito, no seu Cântico Espiritual, que cada um devia servir-se dos seus conselhos espirituais, «a seu modo»[8], porque o próprio Deus quis manifestar a sua graça «a uns duma maneira e a outros de outra»[9].

Percursos de fraternidade

163. O teu crescimento espiritual manifesta-se sobretudo no amor fraterno, generoso, misericordioso.
Assim no-lo diz São Paulo: «O Senhor vos faça crescer e superabundar de caridade uns para com os outros e para com todos» (1 Ts 3, 12).
Possas tu viver cada vez mais aquele «êxtase» que consiste em sair de ti mesmo para buscares o bem dos outros, até dar a vida.

164. Quando um encontro com Deus se chama «êxtase» é porque nos tira fora de nós mesmos e nos eleva, cativados pelo amor e a beleza de Deus.
Mas podemos também ser levados a sair de nós mesmos para reconhecer a beleza escondida em cada ser humano, a sua dignidade, a sua grandeza como imagem de Deus e filho do Pai.
O Espírito Santo quer impelir-nos a sair de nós mesmos, para abraçar os outros com o amor e procurar o seu bem.
Por isso, é sempre melhor vivermos a fé juntos e expressar o nosso amor numa vida comunitária, partilhando com outros jovens o nosso afecto, o nosso tempo, a nossa fé e as nossas preocupações.
A Igreja oferece muitos e variados espaços para viver a fé em comunidade, porque, juntos, tudo é mais fácil.

165. As feridas recebidas podem levar-te à tentação do isolamento, a retrair-te dentro de ti mesmo, a acumular ressentimentos, mas nunca deixes de ouvir a chamada de Deus ao perdão.
Como justamente ensinaram os bispos de Ruanda, «a reconciliação com o outro requer, em primeiro lugar, que se descubra nele o esplendor da imagem de Deus. (...) Nesta perspectiva, é vital distinguir o pecador do seu pecado e da sua ofensa, para chegar à verdadeira reconciliação. Isto significa que odeias o mal que o outro te inflige, mas continuas a amá-lo porque reconheces a sua fraqueza e, nele, vês a imagem de Deus»[10].

166. Às vezes toda a energia, os sonhos e o entusiasmo da juventude se atenuam pela tentação de nos fecharmos em nós mesmos, nos nossos problemas, sentimentos feridos, lamentações e comodidades. Não deixes que isto te aconteça, porque ficarás velho por dentro e antes do tempo.
Cada idade tem a sua beleza, e à juventude não pode faltar a utopia comunitária, a capacidade de sonhar juntos, os grandes horizontes que contemplamos juntos.

167. Deus ama a alegria dos jovens e convida-os sobretudo à alegria que se vive na comunhão fraterna, ao júbilo superior de quem sabe partilhar, pois «a felicidade está mais em dar do que em receber» (At 20, 35) e «Deus ama quem dá com alegria» (2 Cor 9, 7).
O amor fraterno multiplica a nossa capacidade de nos alegrarmos, porque nos torna capazes de rejubilar com o bem dos outros: «Alegrai-vos com os que se alegram» (Rm 12, 15).
Que a espontaneidade e o impulso da tua juventude se transformem sempre mais na espontaneidade do amor fraterno, no frescor que nos faz reagir sempre com o perdão, a generosidade, o desejo de construir comunidade!
Diz um provérbio africano: «Se queres andar rápido, caminha sozinho. Se queres chegar longe, caminha com os outros».
Não deixemos roubar-nos a fraternidade.

Franciscus

Revisão da versão portuguesa por AMA


Notas



[1] Cf. São Tomás de Aquino, Summa Theologiae II-II, q. 23, art. 1.
[2] Francisco, Discurso aos voluntários da XXXIV Jornada Mundial da Juventude (Panamá 27 de Janeiro de 2019): L’Osservatore Romano (ed. portuguesa de 05/II/2019), 13.
[3] São Óscar A. Romero, «Homilia» (6 de Novembro de 1977): Su pensamiento, I-II (São Salvador 2000), 312.
[4] Francisco, Discurso na Cerimonia de Acolhimento e Aberturada XXXIV Jornada Mundial da Juventude (Panamá 24 de Janeiro de 2019): L’Osservatore romano (ed. portuguesa de 29/I/2019), 10.
[5] Cf. Francisco, Encontro com os jovens (Santuário Nacional de Maipú – Santiago do Chile 17 de Janeiro de 2018):L’Osservatore Romano (ed. portuguesa de 25/I/2018), 3-4.
[6] Cf. Romano Guardini, As idades da vidaOpera omnia, IV (Brescia 2015), 209.
[7] Francisco, Exort. ap. Gaudete et exsultate (19 de Março de 2018), 11.
[8] Cântico Espiritual B, Prólogo, 2.
[9] Ibid., XIV-XV, 2.
[10] Conferência Episcopal do Ruanda, Carta dos bispos católicos aos fiéis durante o ano especial da reconciliação no Ruanda (Kigali 18 de Janeiro de 2018), 17.

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM


Beato Inácio de Azevedo

Evangelho: Mt 11 25-27

25 Naquela ocasião, Jesus tomou a palavra e disse: «Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos. 26 Sim, ó Pai, porque isso foi do teu agrado. 27 Tudo me foi entregue por meu Pai; e ninguém conhece o Filho senão o Pai, como ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.»

Comentário:

A revelação da figura de Deus Pai não está aberta a todos os homens?

Segundo as palavras de Jesus Cristo, essa revelação depende exclusivamente da Sua vontade.

Parece ser absolutamente natural já que "ninguém vai ao Pai senão através do Filho".

Daí que seja fundamental conhecer intimamente o Filho antes de tudo o resto.


(AMA, comentário sobre Mt 11, 25-27, 18.07.2018)




Temas para reflectir e meditar

Confissão

Temos os dever de ajudar a comunidade eclesial a apreciar plenamente o valor da Confissão individual como um encontro pessoal com o Salvador misericordioso que nos ama, e ser fiéis às directrizes da Igreja num assunto de tanta importância.

(São João Paulo IIAloc., Tóquio, 1981.11.23)

Pequena agenda do cristão

Quarta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)






Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?









Se alguém não luta...


A alegria é um bem cristão, que possuímos enquanto lutarmos, porque é consequência da paz. A paz é fruto de ter vencido a guerra, e a vida do homem sobre a terra, lemos na Escritura Santa, é luta. (Forja, 105)

A tradição da Igreja sempre se referiu aos cristãos como milites Christi, soldados de Cristo; soldados que dão serenidade aos outros enquanto combatem continuamente contra as suas próprias más inclinações. Às vezes, por falta de sentido sobrenatural, por uma descrença prática, não querem compreender de forma alguma como milícia a vida na Terra. Insinuam maliciosamente que, se nos consideramos milites Christi, há o perigo de utilizarmos a fé para fins temporais de violência, de sedições. Esse modo de pensar é um triste e pouco lógico simplismo, que costuma andar unido ao comodismo e à cobardia.

Nada há de mais estranho à fé católica do que o fanatismo. Este conduz a estranhas confusões, com os mais diversos matizes, entre o que é profano e o que é espiritual. Tal perigo não existe, se a luta se entende como Cristo no-la ensinou, isto é, como guerra de cada um consigo mesmo, como esforço sempre renovado por amar mais a Deus, por desterrar o egoísmo, por servir todos os homens. Renunciar a esta contenda, seja com que desculpa for, é declarar-se de antemão derrotado, aniquilado, sem fé, com a alma caída e dissipada em complacências mesquinhas.

Para o cristão, o combate espiritual diante de Deus e de todos os irmãos na fé é uma necessidade, uma consequência da sua condição. Por isso, se alguém não luta, está a trair Jesus Cristo e todo o Corpo Místico, que é a Igreja. (Cristo que passa, 74)