Páginas

10/07/2019

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM



Evangelho: Mt 10, 1-7

1 Jesus chamou doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos malignos e de curar todas as enfermidades e doenças. 2 São estes os nomes dos doze Apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; 3 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; 4 Simão, o Zelota, e Judas Iscariotes, que o traiu. 5 Jesus enviou estes doze, depois de lhes ter dado as seguintes instruções: «Não sigais pelo caminho dos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos. 6 Ide, primeiramente, às ovelhas perdidas da casa de Israel. 7 Pelo caminho, proclamai que o Reino do Céu está perto.

Comentário:

Eis o Colégio Apostólico.

Nome muito apropriado a estes doze homens escolhidos pessoalmente por Jesus Cristo.

Apropriado porque, Ele é o Mestre que ensina e guia,

Os doze são os alunos que o seguem, aprendem e põem em prática o que lhes manda.


(AMA, comentário Sobre Mt 10, 1-7, 12.07.2017)




Temas para reflectir e meditar

Filiação divina


O pecado é um abandono da intimidade familiar que pressupõe uma trágica desnaturação - filhos desnaturados! - porque a natureza do filho de Deus é a natureza salva e elevada pela graça, que nos torna "divinae consortes naturae(2 Ped  1, 4).



(f. ocárizVivir como hijos de Dios, nr. 27-28, trad ama)

Leitura espiritual


"Christus vivit": Exortação Apostólica aos Jovens 

Capítulo II

JESUS CRISTO SEMPRE JOVEM

A juventude da Igreja Maria, a jovem de Nazaré

Capítulo III

VÓS SOIS O AGORA DE DEUS

64. Depois de observar a Palavra de Deus, não podemos limitar-nos a dizer que os jovens são o futuro do mundo: são o presente, estão-no enriquecendo com a sua contribuição.
Um jovem já não é uma criança, encontra-se num momento da vida em que começa a assumir várias responsabilidades, participando com os adultos no desenvolvimento da família, da sociedade, da Igreja.

Mas os tempos mudam, colocando-se a questão: Como são os jovens hoje? Que sucede agora aos jovens?

Em positivo

65. O Sínodo reconheceu que os fiéis da Igreja nem sempre têm o comportamento de Jesus.
Em vez de nos dispormos a escutá-los profundamente, «prevalece a tendência de fornecer respostas pré-fabricadas e receitas prontas, sem deixar assomar as perguntas juvenis na sua novidade e captar a sua interpelação»

[1].

Mas, quando a Igreja abandona esquemas rígidos e se abre à escuta pronta e atenta dos jovens, esta empatia enriquece-a, porque «permite que os jovens dêem a sua colaboração à comunidade, ajudando-a a individuar novas sensibilidades e a colocar-se perguntas inéditas»[2].

66. Hoje nós, adultos, corremos o risco de fazer uma lista de desastres, de defeitos da juventude actual.
Alguns poderão aplaudir-nos, porque parecemos especialistas em encontrar aspectos negativos e perigos.
Mas, qual seria o resultado deste comportamento?
Uma distância sempre maior, menos proximidade, menos ajuda mútua.

67. A clarividência de quem foi chamado a ser pai, pastor ou guia dos jovens consiste em encontrar a pequena chama que continua a arder, a cana que parece quebrar-se (cf. Is 42, 3) mas ainda não partiu.
É a capacidade de individuar percursos onde outros só vêem muros, é saber reconhecer possibilidades onde outros só vêem perigos.
Assim é o olhar de Deus Pai, capaz de valorizar e nutrir os germes de bem semeados no coração dos jovens.
Por isso, o coração de cada jovem deve ser considerado «terra santa», diante da qual nos devemos «descalçar» para nos podermos aproximar e penetrar no Mistério.

Muitas juventudes

68. Poderíamos procurar descrever as características dos jovens de hoje, mas, antes de mais nada, quero registar uma observação dos Padres Sinodais: a própria «composição do Sínodo tornou visível a presença e a colaboração das diferentes regiões do mundo, evidenciando a beleza de ser Igreja universal.
Embora num contexto de crescente globalização, os Padres Sinodais pediram para salientar as múltiplas diferenças entre contextos e culturas, inclusive dentro do mesmo país. Existe uma pluralidade de mundos juvenis, a ponto de se tender, nalguns países, a usar o termo “juventude” no plural.
Além disso, a faixa etária considerada pelo presente Sínodo (16-29 anos) não representa um todo homogéneo, mas compõe-se de grupos que vivem situações peculiares»[3].

69. Partindo do ponto de vista demográfico, alguns países têm muitos jovens, enquanto outros possuem uma taxa de natalidade muito baixa.
«Outra diferença deriva da história, que torna distintos os países e continentes de antiga tradição cristã, cuja cultura é portadora de uma memória que não deve ser perdida, dos países e continentes marcados por outras tradições religiosas e onde o cristianismo tem uma presença minoritária e, por vezes, recente.
Além disso, em outros territórios, as comunidades cristãs e os jovens que fazem parte delas são objecto de perseguição»[4].

Deve distinguir-se também os jovens «que têm acesso às crescentes oportunidades oferecidas pela globalização de quantos, ao contrário, vivem à margem da sociedade ou no mundo rural suportando os efeitos de formas de exclusão e descarte»[5].


70. Existem muitas outras diferenças, que seria complexo referir aqui em detalhe. Por isso, não me parece oportuno demorar-me a oferecer uma análise exaustiva dos jovens no mundo actual, de como vivem e do que lhes sucede. Mas, como também não posso deixar de observar a realidade, assinalarei brevemente algumas contribuições que chegaram antes do Sínodo e outras que pude recolher durante o mesmo.

Algumas coisas que acontecem aos jovens

71. A juventude não é algo que se possa analisar de forma abstracta.
Na realidade, «a juventude» não existe; o que há são jovens com as suas vidas concretas.
No mundo actual, cheio de progresso, muitas destas vidas estão sujeitas ao sofrimento e à manipulação.


Franciscus

Revisão da versão portuguesa por AMA


Notas:



[1] DF8.
[2] Ibid., 8.
[3] Ibid., 10.
[4] Ibid., 11.
[5] Ibid., 12.

Pequena agenda do cristão

Quarta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)






Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?









Senhor, se quiseres podes curar-me


Não tenhas dúvidas: o coração foi criado para amar. Metamos, pois, Nosso Senhor Jesus Cristo em todos os nossos amores. Senão, o coração vazio vinga-se, e enche-se das baixezas mais desprezíveis. (Sulco, 800)

Como poderemos dirigir-nos a Ele, como falar-Lhe, como comportar-nos?

A vida cristã não está feita de normas rígidas, porque o Espírito Santo não dirige as almas massivamente, mas infundindo em cada uma delas propósitos, inspirações e afectos que ajudarão a captar e a cumprir a vontade do Pai. Penso, no entanto, que em muitas ocasiões o nervo do nosso diálogo com Cristo, na acção de graças depois da Santa Missa, pode ser a consideração de que o Senhor é para nós, Rei, Médico, Mestre e Amigo.. (...)

É Médico e cura o nosso egoísmo, se deixarmos que a sua graça penetre até ao fundo da nossa alma. Jesus disse-nos que a pior doença é a hipocrisia, o orgulho que nos faz dissimular os nossos pecados. Com o Médico, é imprescindível, pela nossa parte, uma sinceridade absoluta, explicar-lhe toda a verdade e dizer: Domine, si vis, potes me mundare, Senhor, se quiseres – e Tu queres sempre – podes curar-me. Tu conheces as minhas fraquezas, tenho estes sintomas e estas debilidades. Mostramos-lhe também com toda a simplicidade as chagas e o pus, no caso de haver pus. Senhor, Tu, que curaste tantas almas, faz com que, ao ter-Te no meu peito ou ao contemplar-Te no Sacrário, Te reconheça como Médico divino. (Cristo que passa, nn. 92–93)