por El Reto del amor
Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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29/04/2019
Temas para reflectir e meditar.
Estava ali, sentado
naquela cadeira de café.
Não é meu hábito mas,
naquela tarde, estava um pouco cansado de uma caminhada pelas ruas da cidade e
apeteceu-me descansar um pouco.
Ouvi distintamente alguém
que dizia:
- Tu segue-me!
Que estranho! Uma frase
que eu conheço perfeitamente e sobre a qual medito bastante:
Refiro-me ao “chamamento
típico” de Jesus Cristo que os Evangelistas referem por várias vezes.
Fez-me confusão, confesso.
Estarei a ouvir “coisas”? Estou tontinho?
Olhei em volta e as sete
ou oito pessoas que estavam por ali sentadas continuaram a conversar
normalmente.
Enfim… gente comum, uns
três ou quatro homens, duas senhoras e três jovens “agarrados” aos telemóveis.
Pois… não podia ser…
Mas, de facto, tornei a
ouvir talvez com um acento de insistência:
- Tu segue-me!
Bom… desta vez a coisa
pareceu-me séria e tive de fazer um esforço para não me levantar imediatamente
persignando-me.
Mas, sou teimoso, muito
teimoso, e nada dado nem a “visões” nem a “audições” estranhas como vindas “do
Além”.
Por isso resolvi “entrar
no jogo” e perguntei em silêncio:
- Senhor, estás a falar
comigo?
E ouvi:
- Claro que estou a falar
contigo. Vem e segue-me!
Fiquei estarrecido!
O Senhor estava a falar
comigo, sentado a uma mesa de café, numa rua qualquer da cidade onde vivo.
O esforço agora, para me
comportar sem dar nas vistas, era tentar reter a torrente lágrimas que sentia
impetuosa a vir-me aos olhos.
Deixei de ouvir os ruídos
das conversas à minha volta, os barulhos do bulício normal de uma rua de
cidade, dos automóveis, nada. Como se uma espécie de “bolha” invisível me
tivesse encerrado isolando-me do mundo exterior.
Pensei:
‘O que faço agora?’
Ali perto há uma Igreja
aberta ao público. Quase como um zombie levantei-me e fui até lá.
O Templo estava deserto
pelo que me senti muito à vontade e comecei num monólogo íntimo, mas aceso e
confiante.
‘Pronto, Senhor, não sabia
onde ir, ou antes, onde querias que fosse para seguir-Te por isso vim aqui.
Desculpa a minha ousadia e a minha pouca fé mas, se há mais alguma coisa…
E não acabei porque Ele, -
tive então a certeza absoluta que era Ele – disse-me:
- Fizeste exactamente o
que Eu queria.
Sabes: estou aqui neste
Sacrário há mais de quatro horas e não aparece ninguém para me fazer um pouco de
companhia, ou, sequer, para Me cumprimentar!
Que bom! Agora estás aqui
e podemos passar uns bons momentos juntos.
Para mim já não havia
quaisquer “barreiras” ou impedimentos de falsa vergonha e por isso comecei a
falar como se tivesse de repente aberto as portas do meu coração, da minha
alma, e deixasse vir cá para fora quanto guardava cioso da minha Fé e do meu
Amor.
Sentia-me tão contente e
feliz por ter merecido – sem merecimento – o convite do Senhor que nem sei
quanto tempo ali estive, nem o que Lhe disse ou contei.
Nunca me interrompeu e eu
fui falando, falando ininterruptamente até que uma senhora com alguma idade
entrou na Igreja.
Nessa altura disse-me:
- Pronto! Gostei do nosso
convívio, podes ir-te embora.
- Ah! E obrigado por Me
teres seguido!
AMA, reflexões, 13.03.19
Evangelho e comentário
TEMPO DE PÁSCOA
Evangelho: Mt 11, 25-30
25 Naquela ocasião,
Jesus tomou a palavra e disse: «Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra,
porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos
pequeninos. 26Sim, ó Pai, porque isso foi do teu agrado. 27 Tudo me foi
entregue por meu Pai; e ninguém conhece o Filho senão o Pai, como ninguém
conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.» 28 «Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos,
que Eu hei-de aliviar-vos. 29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim,
porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso
espírito. 30 Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.»
Comentário:
Nos dias de
hoje a "pressão" sobre as pessoas é quase insuportável.
Os
"media" encarregam-se de nos fazer chegar em profusão notícias
preocupantes de toda a ordem e, muitos, não sabemos os que fazer e, até, o que
pensar.
São as
sociedades - os países - a desfazer-se nos princípios, nas raízes, nos
costumes.
É a
"sanha" legislativa que atenta contra os mais elementares direitos
das pessoas, das famílias, de sociedades inteiras impondo - ou pelo menos
tentado impor - leis atentatórias da moral mais básica e elementar, os direitos
decorrentes da própria dignidade do ser humano.
De facto, nada
disto é inteiramente novo, - basta-nos ler as Epístolas de São Paulo - mas a
facilidade de comunicação e difusão actuais tornam-nos como que participantes
involuntários e não podemos ignorar ou descartar o perigo - autêntico, real -
para os mais novos, desprotegidos, ignorantes.
Os
"pequeninos" de que Jesus fala!
Ponhamo-nos a
Seu lado e confiemos na Sua protecção e Amor, rezemos sem descanso por todos
esses "que não sabem o que fazem", mas que são nossos irmãos em
Cristo.
(AMA, comentário sobre Mt 11, 25-30, 04.29.2017)
Ide a José e encontrareis Jesus
Ama muito S. José, quer-lhe com toda a tua
alma, porque é a pessoa que, com Jesus, mais amou Santa Maria e quem mais
conviveu com Deus: quem mais o amou, depois da Nossa Mãe. Merece o teu carinho
e convém-te dar-te com ele, porque é Mestre de vida interior e pode muito ante
Nosso Senhor e ante a Mãe de Deus. (Forja, 554)
José foi, no aspecto humano, mestre de Jesus; conviveu com Ele diariamente,
com carinho delicado, e cuidou dele com abnegação alegre. Não será esta uma boa
razão para considerarmos este varão justo, este Santo Patriarca, no qual
culmina a Fé da Antiga Aliança, Mestre de vida interior? A vida interior não é
outra coisa senão o convívio assíduo e intimo com Cristo, para nos
identificarmos com Ele. E José saberá dizer-nos muitas coisas sobre Jesus. Por
isso, não deixeis nunca de conviver com ele; ite ad Joseph, como diz a tradição cristã com uma frase tomada do
Antigo Testamento.
Mestre da vida interior, trabalhador empenhado no seu trabalho,
servidor fiel de Deus em relação contínua com Jesus: este é José. Ite ad Joseph. Com S. José o cristão
aprende o que é ser Deus e estar plenamente entre os homens, santificando o
mundo. Ide a José e encontrareis Jesus. Ide a José e encontrareis Maria, que
encheu sempre de paz a amável oficina de Nazaré. (Cristo que passa, nn. 56)
A Igreja inteira reconhece S. José como seu protector e padroeiro.
Ao longo dos séculos tem-se falado dele, sublinhando diversos aspectos da sua
vida, sempre fiel à missão que Deus lhe confiara. Por isso, desde há muitos
anos, me agrada invocá-lo com um título carinhoso: Nosso Pai e Senhor.
S. José é realmente Pai e Senhor, protegendo e acompanhando no seu
caminho terreno aqueles que o veneram, como protegeu e acompanhou Jesus
enquanto crescia e se fazia homem. (Cristo que passa, nn. 39)
Leitura espiritual
A. O QUÉ É O RELATIVISMO? TIPOS.
1. Há verdades objectivas
e tudo depende de o que cada um pense?
As coisas são como são, e
cada um interpreta-as à sua maneira aproximando-se mais ou menos da realidade.
Ainda que Dumbo seja una boa película, na realidade os elefantes não voam.
2. Tudo é opinável?
Pode opinar-se sobre
qualquer coisa, mas nem todos os pareceres são certos. Pode opinar-se que os
homens não morrem ou que não existe Pekín, mas são ideias erradas.
3. É o mesmo uma opinião
que outra?
Quanto ao seu conteúdo,
serão melhores as opiniões mais próximas da realidade.
Quanto a quem opina, serão
mais valiosos os comentários de pessoas sinceras e entendidas na matéria.
4. O que é O relativismo?
O relativismo é a postura
ou teoria de rejeitar a existência de verdades e defender que tudo é opinável,
que tudo depende do ponto de vista. (Mas se não há verdades tampouco o
relativismo é verdadeiro).
5. Não depende todo do ponto
de vista?
O ponto de vista pode fixar-se
mais num aspecto que outro, e acertar mais ou menos com a realidade. Mas a realidade
é como é, independentemente de quem veja.
6. Não depende tudo da
cultura? (relativismo cultural).
Cada cultura pode acertar
mais o menos com a realidade. Mas a realidade não depende de las culturas. Por exemplo,
o teorema de Pitágoras é uma verdade universal e não só para os triângulos do seu
povo.
7. Que problemas provoca o
relativismo?
O relativismo origina sérias
dificuldades:
Trava a procura da
verdade: Sendo igual uma teoria ou outra, deixa-se de investigar.
Com o relativismo surgem as
mais fortes ditaduras: se tudo é opinável, nada é mais conveniente, e se executará
o que decida o mais forte.
Se tudo é o mesmo,
despreza-se a experiencia e o conselho de outros, e o homem fica só.
Levado ao máximo, o
relativismo conduz a uma forma de loucura ou desvario mental onde nada é real,
o imaginário mistura-se e confunde-se com o real.
8. Relativismo religioso:
é a mesma coisa uma religião que outra?
Não, não. Todas as religiões
têm aspectos bons e correctos, mas só uma é completamente verdadeira, pois só
há um único Deus.
9. Relativismo moral: Tanto
faz obrar de uma forma ou outra?
Obviamente não é igual assassinar
e roubar que consolar e servir. Tira a carteira a um relativista e comprovarás
que neste ponto não é o mesmo qualquer opinião.
10. Como encontrar a
verdade?
Este é o problema. A
verdade encontra-se mediante a inteligência. Mas o nosso entendimento julga por
vezes erroneamente - por exemplo, deixando-se influenciar pelas paixões (sentimentos)
-. Então a melhor maneira de buscar a verdade segue três passos:
O estudo sério das coisas,
empregando bem a própria inteligência.
Pedir conselho a pessoas
de vida exemplar, aproveitando s sua sabedoria.
Rogar humildemente a Deus
a sua ajuda. Ele é a Verdade.
11. Algum remédio face ao
relativismo?
- A formação e o interesse
pela verdade. Uma pessoa pode ser relativista para com o que desconhece ou não
estima, mas não é fácil sê-lo se se sabe o valor de algo e aprecia. Por exemplo,
ninguém costuma ser relativista com respeito ao dinheiro da sua carteira, e prefere
que ali continue. Não lhe é indiferente que as suas notas passem para o bolso de
um ladrão. Conhece e aprecia o dinheiro e não lhe é indiferente que lho tirem. De
qualquer forma, quem sabe somar assegura que 2+2=4, e afirma-o com segurança, mas
quem desconhece os números e a operação de somar não se importa que sejam 4, 5
ou 7; qualquer opinião lhe parece válida.
Por isto, o remédio face ao
relativismo é a formação nesse terreno. Quem é relativista em matemáticas basta
que as estude e deixará de lhe ser indiferente um resultado ou outro. Quem é
relativista em assuntos religiosos basta que aprenda mais sobre religião... O remédio
é buscar a verdade. Ao ir encontrando-a desaparecem as trevas da in diferença.
B.
RELATIVISMO e DEMOCRACIA. RELATIVISMO e DIÁLOGO
1. É melhor aceitar
firmemente ou duvidar?
- O correcto é aceitar com
segurança as verdades que são razoavelmente certas, e duvidar em algum grau das
opiniões menos claras. A dificuldade aparece ao distinguir umas das outras.
2. Aceitar verdades com
firmeza é pouco democrático?
- A democracia é um bom
sistema político, mas mau método científico, desaconselhável para a investigação.
Na procura da verdade escutam-se opiniões, mas aceita-se o mais razoável, independentemente
de se muitas vozes o apoiam.
3. O relativismo evita posturas fanáticas?
- Quem aceita verdades apoia-se
no razoável, e mudará a sua postura se encontra algo mais razoável. Em troca se
tudo é relativo, não se decide nada ou tomam-se decisões sem pensar, e isto é menos
humano. Em ambos os casos evita-se o fanatismo se há humildade para reconhecer
os erros.
4. O relativismo melhora a
compreensão e tolerância entre as pessoas?
- São coisas independentes:
a compreensão e tolerância são facetas ligadas à caridade, e esta virtude pode
praticar-se sendo-se relativista ou não, pois dependerá de se a caridade se inclui
entre os valores apreciados. Um relativista pode dizer: cada qual deve viver segundo
a sua moral e a minha reclama ser violento e intolerante.
5. A firmeza na verdade é
pouco dialogante?
- Ambos aspectos actuam em
campos diferentes. a segurança nas afirmações é consequência da certeza de um facto.
Enquanto a atitude dialogante opera no trato pessoal e vai unida à caridade. Portanto,
é possível manter a verdade com caridade. É igualmente possível duvidar de tudo
tiranicamente, pretendendo obrigar todos a duvidar.
6. O relativismo favorece o
diálogo?
- Depende de o que se
pretenda alcanzar con O diálogo:
Se se busca encontrar una
verdade, então o relativismo é um grande obstáculo pois assegura que não há
verdades.
Se se deseja aprender o partilhar
conhecimentos, também o relativismo é uma dificuldade, já que os conhecimentos
são verdades adquiridas.
Se com o diálogo se tenta
só um pacto, ainda que se oponha ao verdadeiro e correcto, então é melhor o
relativismo, pois como nada interessa, pode ceder-se em tudo.