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Temas para reflectir e meditar.


Para que sirvo eu, Senhor?

Tantas vezes Te faço esta pergunta que me aperta o coração!
Para que Te sirvo eu?
Que préstimo tenho?
O que esperas de mim?

E, Tu, num silêncio ensurdecedor vais-me dizendo: VIVE!

Como?, pergunto com a desfaçatez de quem não sabe  a resposta.

Como sabes e podes, vencendo-te cada segundo do teu dia-a-dia, entregando-te nas minhas mãos que te amparam e guiam:

´Vive!`

E, eu, pobre de mim, faço o possível por… viver como queres…

Mas… sem Ti… como poderei?

AMA, reflexão, 27.02.2019)

Evangelho e comentário



TEMPO DE PÁSCOA



Domingo da Divina Misericórdia

Evangelho: Jo 20, 19-31

19 Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, com medo das autoridades judaicas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!» 20 Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o peito. Os discípulos encheram-se de alegria por verem o Senhor. 21 E Ele voltou a dizer-lhes: «A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.» 22 Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo. 23 Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.» 24 Tomé, um dos Doze, a quem chamavam o Gémeo, não estava com eles quando Jesus veio. 25 Diziam-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor!» Mas ele respondeu-lhes: «Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito.» 26 Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez dentro de casa e Tomé com eles. Estando as portas fechadas, Jesus veio, pôs-se no meio deles e disse: «A paz seja convosco!» 27 Depois, disse a Tomé: «Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito. E não sejas incrédulo, mas fiel.» 28 Tomé respondeu-lhe: «Meu Senhor e meu Deus!» 29 Disse-lhe Jesus: «Porque me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto!» 30 Muitos outros sinais miraculosos realizou ainda Jesus, na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. 31 Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e, acreditando, terdes a vida nele.

Comentário:

O Evangelista São João termina o “seu” Evangelho com a descrição de uma cena entranhável: a confissão do Apóstolo Tomé:

«Meu Senhor e meu Deus!»

Não é uma confissão “qualquer” mas um “grito” que vem do fundo da alma do Apóstolo incrédulo.

Perante a evidência, o seu coração não pode mais que confessar a verdade que intimamente reconhece e podemos sem esforço adivinhar a reacção dos outros Apóstolos que estavam presentes: a necessidade concreta de repetirem cada um, a declaração de Tomé.

A partir deste momento, cessam todas as dúvidas, ficam liminarmente transparentes todas as questões.

Também nós, quando o Sacerdote eleva sobre o Altar a Hóstia Consagrada, repetimos com convicção e com toda a nossa alma:

«Meu Senhor e meu Deus!»

(AMA, comentário sobre Jo 20, 1-9, 14.01.2019)

Deus e Audácia!


Não sejais almas de via reduzida, homens ou mulheres menores de idade, de vistas curtas, incapazes de abrangerem o nosso horizonte sobrenatural cristão de filhos de Deus. Deus e Audácia! (Sulco, 96)

Ao longo dos anos, apresentar-se-ão – talvez mais depressa do que pensamos – situações particularmente custosas, que vão exigir de cada um muito espírito de sacrifício e um maior esquecimento de si mesmo. Fomenta então a virtude da esperança e, com audácia, faz teu o grito do Apóstolo: Eu estimo, efectivamente, que os sofrimentos do tempo presente não têm proporção alguma com a glória que há-de revelar-se em nós. Medita com segurança e com paz: como será o amor infinito derramado sobre esta pobre criatura?

Chegou a hora de, no meio das tuas ocupações habituais, exercitares a fé, despertares a esperança, avivares o amor. Quer dizer: de activar as três virtudes teologais que nos impelem a desterrar imediatamente, sem dissimulações, sem rebuço, sem rodeios, os equívocos da nossa vida profissional e da nossa vida interior. (Amigos de Deus, 71)

Leitura espiritual


O JULGAMENTO PARTICULAR E FINAL


1. Qual é o julgamento particular?

- Imediatamente após a morte, o julgamento específico ocorre, onde cada alma recebe a recompensa ou punição que suas obras merecem. E vai para o céu ou para o inferno. Ou talvez ao purgatório por um tempo.


2. Sobre o que seremos julgados?

- Deus nosso Senhor nos julgará sobre:

As coisas boas que fizemos, incluindo bons votos.
As coisas boas que paramos de fazer (omissões).
As coisas más que fizemos, incluindo pensamentos maus.
As consequências de nossas acções.


3. Quais serão os critérios de medição?

- No seu julgamento, o Senhor, com sua infinita sabedoria, medirá nossas acções à medida que se adaptaram à vontade divina, levando em conta os dons que cada um recebeu.

4. Como será o julgamento particular?

- Sobre isso, muito pouco é conhecido. Pode ser algo assim: depois da morte, a alma ainda não vê a Deus, mas encontra a majestade divina, seu amor, justiça e misericórdia.

Então há três reacções possíveis:

Se alguém morre sem ter-se arrependido de seus pecados graves, ele é incapaz de aceitar o amor divino e é condenado ao inferno para sempre.
Quando alguém morre em graça, mas sem ter feito a penitência que seus pecados reivindicam, ele sente o chamado do amor divino e o aceita para sempre, mas ele vê a necessidade de se purificar antes de poder ver Deus, e ele vai temporariamente para o purgatório. Isso acontece com a maioria das pessoas.
Algumas pessoas muito santas são trazidas directamente para a visão de Deus para sempre.


5. Qual é o julgamento final?

- Quando o fim do mundo chegar, os corpos serão ressuscitados (ressurreição) unidos às suas almas para receber conjuntamente o mesmo prémio ou punição que a alma já havia assumido.


6. Por que deveria haver um julgamento final?

- Não é o particular o suficiente? A sentença é a mesma, mas um juízo final é necessário para que as sentenças sejam públicas, a justiça divina seja apreciada e a glória de Deus aumentada.


7. No julgamento final tudo será conhecido?

- No julgamento final, as boas e más acções de cada pessoa com as suas consequências virão à luz. Incluindo omissões ou boas obras que foram deixadas por fazer.

Os bons receberão a honra pública pelas suas boas obras, mesmo que na terra eles se escondam. 
Os seus pecados já confessados ​​e purificados não terão importância excepto aplaudir sua divina contrição e misericórdia. 
Por exemplo, São Pedro será muito celebrado por ser a pedra sobre a qual a Igreja foi construída; as suas negativas não têm ou terão qualquer relevância:  o seu arrependimento é o que conta.
Os condenados sofrerão a confusão e a desgraça pública que a sua obstinação merece.

Pequena agenda do cristão

DOMINGO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?