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Temas para reflectir e meditar

Luta


Quando alguém se vê particularmente dominado por um defeito, deve armar-se só contra esse inimigo, e tratar de o combater antes que a outros (...), pois enquanto não o tenhamos superado deitaremos a perder os frutos da vitória conseguida sobre os demais.


(S. joão clímacoEscala del Paraíso, 15, trad ama)


Evangelho e comentário



TEMPO DE PÁSCOA




Evangelho: Jo 20, 11-18

11 Maria estava junto ao túmulo, da parte de fora, a chorar. Sem parar de chorar, debruçou-se para dentro do túmulo, 12 e contemplou dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha estado o corpo de Jesus, um à cabeceira e o outro aos pés. 13 Perguntaram-lhe: «Mulher, porque choras?» E ela respondeu: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde o puseram.» 14 Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus, de pé, mas não se dava conta que era Ele. 15 E Jesus disse-lhe: «Mulher, porque choras? Quem procuras?» Ela, pensando que era o encarregado do horto, disse-lhe: «Senhor, se foste tu que o tiraste, diz-me onde o puseste, que eu vou buscá-lo.» 16 Disse-lhe Jesus: «Maria!» Ela, aproximando-se, exclamou em hebraico: «Rabbuni!» - que quer dizer: «Mestre!» 17 Jesus disse-lhe: «Não me detenhas, pois ainda não subi para o Pai; mas vai ter com os meus irmãos e diz-lhes: ‘Subo para o meu Pai, que é vosso Pai, para o meu Deus, que é vosso Deus.’» 18 Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos: «Vi o Senhor!» E contou o que Ele lhe tinha dito.

Comentário:

A mulher tem, de facto, uma preocupação pelos outros – sobretudo aqueles que mais quer – que excede, por vezes as chamadas “conveniências”.

Não leva em conta nem dificuldades, incompreensões ou obstáculos, a sua determinação é levar a cabo a tarefa que, no seu íntimo, sabe que lhe compete.

A Madalena é o paradigma da mulher como acima descrevo.

O amor que tem pelo Senhor não se aquieta enquanto não verificar por si mesma que tudo está como deve estar.

Tal como o amor de uma Mãe que não descansa enquanto não se certifica que os seus filhos estão bem ou podem precisar da sua assistência em determinado momento.

(AMA, comentário sobre Jo 20, 11-18, 22.07.2017)

Quer que sejamos muito humanos e muito divinos


Há muitos anos já que vi com clareza meridiana um critério que será sempre válido: o ambiente da sociedade, com o seu afastamento da fé e da moral cristãs, necessita de uma nova forma de viver e de propagar a verdade eterna do Evangelho. No próprio cerne da sociedade, do mundo, os filhos de Deus hão-de brilhar pelas suas virtudes como lanternas na escuridão, "quasi lucernae lucentes in caliginoso loco". (Sulco, 318)


Se aceitarmos a nossa responsabilidade de filhos de Deus, saberemos que Ele quer que sejamos muito humanos. A cabeça pode tocar o céu, mas os pés assentam na terra, com segurança. O preço de se viver cristãmente não é nem deixar de ser homem nem abdicar do esforço por adquirir essas virtudes que alguns têm, mesmo sem conhecerem Cristo. O preço de todo o cristão é o Sangue redentor de Nosso Senhor, que nos quer – insisto – muito humanos e muito divinos, com o empenho diário de O imitar, pois é perfectus Deus, perfectus homo.

Talvez não seja capaz de dizer qual é a principal virtude humana. Depende muito do ponto de vista de que se parta. Além disso, a questão torna-se ociosa, porque não se trata de praticar uma ou várias virtudes. É preciso lutar por adquiri-las e praticá-las todas. Cada uma de per si entrelaça-se com as outras e, assim, o esforço por sermos sinceros, por exemplo, torna-nos justos, alegres, prudentes, serenos.

Precisamos, ao mesmo tempo, de considerar que a decisão e a responsabilidade residem na liberdade pessoal de cada um e, por isso, as virtudes são também radicalmente pessoais, da pessoa. No entanto, nessa batalha de amor ninguém luta sozinho – ninguém é um verso solto, costumo repetir –: de certo modo, ou nos ajudamos ou nos prejudicamos. Todos somos elos de uma mesma cadeia. Pede agora comigo a Deus Nosso Senhor, que essa cadeia, nos prenda ao seu Coração, até chegar o dia de O contemplar face a face, no Céu, para sempre. (Amigos de Deus, 75–76)

Leitura espiritual


O ESPIRITISMO

– 1.Pode-se falar com os espíritos?

Convém falar frequentemente com os espíritos bons (as almas do purgatório, os anjos e os santos do céu).
Para falar com eles, basta dirigir-lhes sem mais as palavras ou o pensamento.
Interessa muito solicitar a sua ajuda, o seu conselho e pedir-lhes que intercedam por nós diante de Deus.
Por seu lado, com os demónios e condenados não convém ter nenhum tipo de contacto.

- 2. Nas reuniões espiritistas fala-se com alguém?
Em muitos casos só se trata da imaginação humana e habilidade do promotor.
Em ocasiões mais perigosas podem intervir os demónios procurando o mal dos homens.

- 3. Os espíritos bons falam nessas reuniões?

Os anjos e os santos não se prestam a este tipo de práticas opostas à fé.
São seres livres e não estão obrigados a falar ainda que se usem palavras ou gestos estranhos.

– 4. O espiritismo é uma ofensa a Deus?

O espiritismo realizado levado a sério é um tipo de pecado por vários motivos mais ou menos presentes:

Pretende-se possuir poderes sobre-humanos de domínio sobre os espíritos.
Assemelha-se ao pecado orgulhoso de Adão e Eva que desobedeceram a Deus porque quiseram ser "como deuses".
Há desconfiança de Deus e da sua Providência, desejando adivinhar o futuro.
Duvida-se da Bondade divina.
Procura-se a protecção de poderes ocultos, desprezando na ajuda divina, como se outros poderes fossem superiores a Deus ou melhores.
 E ninguém é melhor que Deus.

A CASTIDADE

1.           O que é a castidade?

A virtude da pureza ou castidade é o hábito de usar o sexo correctamente. A castidade modera os apetites sexuais para que sejam racionais. É uma virtude importante que capacita para amar. Se se deteriora, surgem graves consequências para a dignidade humana e para a família. A castidade pode viver-se em três situações: individualmente, no namoro e no casamento.

2. Como se exercita a castidade individualmente?

Individualmente, a castidade afasta qualquer prazer sexual, defendendo e educando o próprio coração.
A castidade é importante precisamente por isto: porque protege o coração do egoísmo e o capacita par o amor autêntico.

2.           Como se exercita a castidade no namoro?

A castidade no namoro afasta qualquer prazer sexual individual ou partilhado.
Ajuda a manifestar de forma limpa o amor, aprendendo a amar sem egoísmos.

 – 3. Como se exercita a virtude da castidade no casamento?
A virtude da pureza ou castidade no casamento inclui: o uso correcto do sexo com o próprio cônjuge (filhos); e recusa de outros prazeres sexuais.


B. BENEFÍCIOS DA CASTIDADE.

1. A castidade melhora a dignidade do homem.

- A partir de dois pontos de vista:

Um ser humano não é um objecto nem uma ferramenta. Um homem não se usa, não se utiliza. Por isto, uma pessoa utilizada sente-se maltratada e, realmente, sofreu uma agressão à sua dignidade. Neste sentido, a castidade evita que o ser humano seja usado para obter prazeres.
A castidade ajuda a manter a categoria correspondente ao corpo e ao sexo. Para explicar isto, não é fácil encontrar imagens actuais. Imaginemos um monarca dos séculos anteriores. Imaginemos a sua coroa real usada nos grandes momentos. E pensemos que alguém usava essa coroa para apanhar lixo. Seria um delito contra a dignidade do rei.
O uso do corpo humano só para obter prazeres diminui a categoria do sexo, que vai unida ao grande dom da paternidade.

2. A castidade melhora o respeito para consigo mesmo e os outros.

- É consequência do anterior porque se respeita quem se considera digno. Se se aprecia a dignidade do corpo humano na sexualidade, é mais fácil tratar correctamente o homem noutros campos. E ao contrário: se o corpo é mal utilizado para atender gostos sexuais, será fácil fazer-lhe mal para ter caprichos de qualquer tipo.
Assim, a degeneração sexual causa danos em muitos aspectos.

3. Exemplos?

A violência doméstica é violência e não impureza, mas não andam longe uma da outra, pois em ambos os casos se maltrata um corpo humano. Se o corpo humano se considera um objecto que utilizo para ter prazeres, não há maior dificuldade em descarregar a minha ira sobre esse objecto corporal quando me contrariar: dá-me gosto, utilizo-o; desgosta-me, espanco-o.
O desenfreamento sexual também está ligado com a dependência das drogas e o alcoolismo porque, também nestes casos, se maltrata o corpo humano. Não quer dizer-se que estejam sempre unidas, mas é mais fácil cair num vício se se deixou vencer em algo parecido.

4. A castidade liberta de uma escravidão.

- No sexo há uma inclinação correcta, que convida a formar uma família e a alcançar descendência. Esta disposição a ter filhos, cada marido com a sua mulher, é boa, natural. E os prazeres que acompanham são também bons e desejáveis. Por seu lado, no sexo há uma tendência errada que impulsiona a ter prazeres sexuais de qualquer modo, com umas e outras pessoas. Isto já não é natural e deve dominar-se. Se se cede nisto, a inclinação aumenta pois se adquirem gostos e se forma uma obsessão, uma escravidão ao sexo que pode chamar-se sexo-dependência. A virtude da castidade liberta destas cadeias ajudando o homem a ser dono dos seus actos nesta matéria.

5. A castidade protege e aumenta a capacidade de amar.

- O impulso sexual descontrolado conduz ao egoísmo de procurar prazeres de qualquer maneira. Esta escravidão das próprias apetências dificulta a capacidade de amar, pois o amor convida a procurar o bem para os outros ainda que à custa dos seus próprios gostos. Amor e egoísmo não se dão bem; se se fomenta um, diminui-se outro. Se alguém se liberta do egoísmo e procura o bem dos outros, beneficia-os assim como a si mesmo pois o seu coração se engrandece. Assim, a castidade aumenta a capacidade de amar pela vitória sobre o egoísmo. Esta virtude é requisito indispensável que purifica o coração e o capacita para o autêntico carinho.

Pequena agenda do cristão


TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?