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OS SETE DOMINGOS DE SÃO JOSÉ

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DEVOÇÃO A S. JOSÉ


OS SETE DOMINGOS

ou 7 Dores e Alegrias de S. José




V - A quinta dor e alegria de S. José

A sua dor quando teve de fugir para o Egipto com o Menino Jesus e Maria; a sua alegria em estar sempre com Jesus e Maria.

"Ele levantou-se, tomou, de noite, o Menino e Sua Mãe e retirou-se para o Egipto, onde ficou até à morte de Herodes."[i]

“José abandonou-se sem reservas nas mãos de Deus mas nunca deixou de reflectir sobre os acontecimentos, e assim recebeu do Senhor a inteligência das obras de Deus, que é a verdadeira sabedoria. Deste modo, aprendeu a pouco e pouco, que os planos sobrenaturais têm uma coerência divina, que às vezes está em contradição com os planos humanos."[ii]



[i] Mt 2,14-15
[ii] Ibid., n. 42

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM




Evangelho: Mc 9, 41-50

41 Sim, seja quem for que vos der a beber um copo de água por serdes de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa.» 42 «E se alguém escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor seria para ele atarem-lhe ao pescoço uma dessas mós que são giradas pelos jumentos, e lançarem-no ao mar. 43 Se a tua mão é para ti ocasião de queda, corta-a; mais vale entrares mutilado na vida, do que, com as duas mãos, ires para a Geena, para o fogo que não se apaga, 44 onde o verme não morre e o fogo não se apaga.45 Se o teu pé é para ti ocasião de queda, corta-o; mais vale entrares coxo na vida, do que, com os dois pés, seres lançado à Geena, 46 onde o verme não morre e o fogo não se apaga. 47 E se um dos teus olhos é para ti ocasião de queda, arranca-o; mais vale entrares com um só no Reino de Deus, do que, com os dois olhos, seres lançado à Geena, 48 onde o verme não morre e o fogo não se apaga. 49 Todos serão salgados com fogo. 50 O sal é coisa boa; mas, se o sal ficar insosso, com que haveis de o temperar? Tende sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros.»

Comentário:

Embora as palavras de Jesus sejam – sempre – para serem tomadas em séria consideração há que ter o bom senso para saber interpretar o seu sentido.

O Senhor não nos quer mutilados que cortemos mãos ou arranquemos olhos.
Se assim fora deveria, antes aconselhar que nos matasse-mos porque o pecado tem origem no coração, no intelecto e os membros do corpo não têm qualquer responsabilidade própria.

Então este discurso tem de ser entendido como um aviso muito sério sobre a gravidade do pecado que conduz sempre ao afastamento de Deus.

Afastado de Deus o homem está como que morto para a vida e nada o pode fazer voltar a ela senão o arrependimento sincero e o perdão sacramental.

(AMA, comentário sobre Mc 9, 41-50, 24.05.2018)


Temas para reflectir e meditar


Morte


O Senhor entendeu chamar o Pedro.
O meu querido sobrinho Pedro!
No atordoamento Que se segue, divido-me entre a angústia e a certeza - absoluta - que Ele faz tudo para bem.
Quem sou eu para julgar ou aferir?
Nas minhas memórias o Pedro está presente de uma forma tão real e positiva que nem sequer me lembro dele como se não estivesse aqui.
Desde pequeno me habituei à sua presença quando o João no enviava para Santo Tirso e, depois para Carvide ou Arcozelo.
Mesmo quando fazia disparates - como andar pelos telhados - nunca lhe ralhei apenas lhe dizia se gostaria que eu dissesse ao Pai que tinha partido uma perna ao cair do telhado.
Em Carvide, uma vez, tive de tomar uma atitude drástica. Entendeu o Pedro ir dar uma voltinha na camionete das Termas.
Teve um percalço ao fazer marcha atrás embateu num dos poiais da porta e aquilo veio tudo por ali abaixo.
Não se matou nem nada apenas no seu orgulho ferido.
Fui falar com o Zézinho e logo de manhã tudo estava arranjado.
Claro que o meu Pai ao regressar no dia seguinte de Lisboa deu-se conta das obras, mas não se manifestou.
Então eu disse ao Pedro:
Agora vens comigo a Monte Real falar com o Avô!
O Pedro protestou que não queria ir etc e tal. Mas eu fui inflexível.
Lá fui ter com o meu Pai ao escritório no hotel e disse:
Pai, está aqui o Pedro que tem u m a coisa para lhe dizer.
Abri a porta e disse: Pedro, avança!
E o Pedro avançou e num jacto contou tudo.
O meu querido Pai, olhou para ele e perguntou:
‘Atão e tu? Estás bem? Não te aleijados nem nada?’
E o Pedro meio zonzo com a reacção do meu Pai, respondeu:
‘Nada, Avô, estou porreiro. O Avô desculpe!’
‘Pois’... disse o meu Pai. ‘Vê se te serve de lição!’
De regresso a Carvide desabafa o Pedro:
‘Oh Tio... o Avô  é um porreiro!’
Aproveitei para dar a lição:
‘Olha Pedro, o teu Avô é um “porreiro” porque só podia ser com a atitude que tomaste! Enfrentaste a coisa, não inventaste subterfúgios, foste verdadeiro, assumiste a responsabilidade do que fizeste,

Mas, súbita, nua e crua vem a: A Morte

Ela aí está, presente, indiscutível, definitiva!

A morte é, assim, o acabar a vida, o terminar de sonhos e esperanças, projectos e planeamentos o não se "vai passar mais nada"!

A Morte!

Choca, faz estremecer, sobretudo os vivos, os que ficam e que subitamente se dão conta que ela chegou e levou consigo quem tanto queríamos, de quem tanto gostávamos.
Um travo amargo de perda irreparável, de algo sem remédio nem solução e ficamos como que tontos pensando: como é - como foi - possível?

Mas foi! E é! A morte está presente desde o dia em que nascemos e que, pela primeira vez fomos uma pessoa.

Sim, quando perguntamos por alguém cuja situação é grave e respondemos: está entre a vida e a morte esquecemos que esta resposta deve ser a de sempre, desde que vimos pela primeira vez a luz do dia.

A Morte faz parte da condição humana, esta é a verdade e, mais, súbita ou expectável, sucede sempre.

O que podemos fazer, nós que amámos tanto a pessoa que morreu?
Nada, absolutamente nada!

Guardamos como tesouro genuíno as lembranças todas. De repente, como por milagre, só nos lembramos das coisas boas.

Quem morreu deixou, de repente, de ter defeitos, fraquezas, coisas que nos desiludiram ou magoaram.

A Morte tem esse efeito regenerador, converte a pessoa em excelente criatura que fez muito bem e, sobretudo, nos faz muita falta.

O que fazer?

Para um cristão esta é, deve ser, uma consolação, um lenitivo para a dor da ausência física para passar a ser uma certeza de que a memória permanece talvez mais viva e actuante que nunca.

(AMA, na morte do meu querido sobrinho Pedro, 03.11.201)

Jesus, em teu nome procurarei almas


"Duc in altum" – Ao largo! – Repele o pessimismo que te torna cobarde. "Et laxate retia vestra in capturam” – e lança as redes para pescar. Não vês que podes dizer, como Pedro: "In nomine tuo, laxabo rete". – Jesus, em teu nome procurarei almas? (Caminho, 792)

Acompanhemos Jesus nesta pesca divina. Jesus está junto do lago de Genesaré e as pessoas comprimem-se à sua volta, ansiosas por ouvirem a palavra de Deus. Tal como hoje! Não estais a ver? Estão desejando ouvir a mensagem de Deus, embora o dissimulem exteriormente. Talvez alguns se tenham esquecido da doutrina de Cristo; talvez outros, sem culpa sua, nunca a tenham aprendido e olhem para a religião como coisa estranha... Mas convencei-vos de uma realidade sempre actual: chega sempre um momento em que a alma não pode mais; em que não lhe bastam as explicações vulgares; em que não a satisfazem as mentiras dos falsos profetas. E, mesmo que nem então o admitam, essas pessoas sentem fome, desejam saciar a sua inquietação com os ensinamentos do Senhor. (Amigos de Deus, nn. 260)

Pequena agenda do cristão

Quinta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?