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24/02/2019

Temas para reflectir e meditar

Sofrimento e alegria


A alegria no sofrimento transforma o nosso sofrimento e disfarça-o diante dos outros, tornando-se, para as pessoas que rodeiam, uma fonte de cura e de salvação.




(anselm grunA incompreensível existência de Deus, Paulinas, p. 49)

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM





Evangelho: Lc 6, 27-38

27«Digo-vos, porém, a vós que me escutais: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, 28 abençoai os que vos amaldiçoam, rezai pelos que vos caluniam. 29 A quem te bater numa das faces, oferece-lhe também a outra; e a quem te levar a capa, não impeças de levar também a túnica. 30 Dá a todo aquele que te pede e, a quem se apoderar do que é teu, não lho reclames. 31 O que quiserdes que os outros vos façam, fazei-lho vós também. 32 Se amais os que vos amam, que agradecimento mereceis? Os pecadores também amam aqueles que os amam. 33 Se fazeis bem aos que vos fazem bem, que agradecimento mereceis? Também os pecadores fazem o mesmo. 34 E, se emprestais àqueles de quem esperais receber, que agradecimento mereceis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, a fim de receberem outro tanto. 35 Vós, porém, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem nada esperar em troca. Então, a vossa recompensa será grande e sereis filhos do Altíssimo, porque Ele é bom até para os ingratos e os maus. 36 Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso.» 37 «Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. 38 Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço. A medida que usardes com os outros será usada convosco.»

Comentário:

Este trecho do Evangelho de São Lucas bem poderia ser considerado com uma exposição que Jesus faz aos Seus discípulos sobre as regras de conduta de qualquer pessoa, ou, se quisermos, fazer-mos um exame sério sobre o nosso comportamento.

Resume-se – pode assim dizer-se – a fazer aos outros o que desejamos nos façam a nós.

Deixemos de lado as “dificuldades” como, por exemplo amar o inimigo. É difícil? Custa resistir à tentação de retribuir na mesma “moeda”?
É verdade, somos assim mesmo, pensamos primeiro em nós e, depois nos outros
Suponhamos que somos nós quem ofende outro: justificamos a sua conduta se também ele nos ofender?
Não será muito mais conveniente e sadio pedir perdão, desculpa pela ofensa e tentar reparar?
Somos, de verdade, impecáveis nas nossas relações com os outros - quer em obras quer em pensamentos – não emitimos juízos nem “medimos” com critério “curto” o que pedem que lhes façamos?
Somos o “centro”, os “credores” das atenções e cuidados dos outros ou também nos interessamos por eles e pelo que possam legitimamente esperar de nós?

No fim e ao cabo, o critério que o Senhor propõe é uma regra simples, como já se enunciou: “fazer aos outros o que desejamos nos façam a nós”.


(AMA, comentário sobre Lc 6, 27-38, 03.12.2018)


Querer a todos, compreender, desculpar


O amor às almas, por Deus, faz-nos querer a todos, compreender, desculpar, perdoar... Devemos ter um amor que cubra a multidão das deficiências das misérias humanas. Devemos ter uma caridade maravilhosa, "veritatem facientes in caritate", defendendo a verdade, sem ferir. (Forja, 559)

Se vos examinardes com valentia na presença de Deus, vós, tal como eu, sentir-vos-eis diariamente carregados de muitos erros. Quando lutamos por arrancá-los com a ajuda divina, carecem de verdadeira importância e podem ser superados, embora pareça que nunca conseguimos desarraigá-los totalmente. Além disso, independentemente dessas fraquezas, tu contribuirás para remediar as grandes deficiências dos outros, sempre que te empenhares em corresponder à graça de Deus. Reconhecendo-te tão fraco como eles – capaz de todos os erros e de todos os horrores – serás mais compreensivo, mais delicado e, ao mesmo tempo, mais exigente, para que todos nos decidamos a amar a Deus com o coração inteiro.

Nós, os cristãos, os filhos de Deus, temos de prestar assistência aos outros, pondo em prática honradamente o que aqueles hipócritas retorcidamente elogiavam ao Mestre: Não olhas à condição das pessoas. Isto é, havemos de rejeitar por completo a acepção de pessoas – interessam-nos todas as almas! – embora, logicamente, devamos começar por ocupar-nos daquelas que, por esta ou aquela circunstância, e até só por motivos aparentemente humanos, Deus colocou ao nosso lado. (Amigos de Deus, 162)

Pequena agenda do cristão

DOMINGO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?