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Temas para reflectir e meditar

União com Cristo


(A visão das rejeições da humanidade) 

(A oração em Getsemani) Torna patente que Jesus rezou por todos, e se interessou pelos mínimos detalhes de cada pessoa. Desejava, simultaneamente, que houvesse da nossa parte uma séria, habitual e responsável correspondência no trato com Ele. 
Não cessava na Sua santa insistência de que orássemos, estreitamente unidos à Sua oração eterna e de valor infinito.

(javier echevarríaGetsemaniPlaneta, 3ª Ed. Cap. I, 11)


A correcção fraterna


A prática da correcção fraterna – que tem tradição evangélica – é uma manifestação de carinho sobrenatural e de confiança. Agradece-a quando a receberes, e não deixes de praticá-la com quem convives. (Forja, 566)


Sede prudentes e actuai sempre com simplicidade, virtude tão própria dos bons filhos de Deus. Sede naturais na vossa linguagem e na vossa actuação. Chegai ao fundo dos problemas; não fiqueis à superfície. Reparai que é preciso contar antecipadamente com o sofrimento alheio e com o nosso, se desejamos deveras cumprir santamente e com honradez as nossas obrigações de cristãos.

Não vos oculto que, quando tenho que corrigir ou tomar uma decisão que fará sofrer alguém, padeço antes, durante e depois; e não sou um sentimental. Consola-me pensar que só os animais não choram; nós, os homens, filhos de Deus, choramos. Sei que em determinados momentos, também vós tereis que sofrer, se vos esforçardes por levar a cabo fielmente o vosso dever. Não vos esqueçais de que é mais cómodo – mas é um descaminho – evitar o sofrimento a todo o custo, com o pretexto de não magoar o próximo; frequentemente o que se esconde por trás desta omissão é uma vergonhosa fuga ao sofrimento próprio, porque normalmente não é agradável fazer uma advertência séria a alguém. Meus filhos, lembrai-vos de que o inferno está cheio de bocas fechadas.

(...) Para curar uma ferida, primeiro limpa-se esta muito bem e inclusivamente ao seu redor, desde bastante distância. O médico sabe perfeitamente que isso dói, mas se omitir essa operação, depois doerá ainda mais. A seguir, põe-se logo o desinfectante; arde – pica, como dizemos na minha terra – mortifica, mas não há outra solução para a ferida não infectar.

Se para a saúde corporal é óbvio que se têm de tomar estas medidas, mesmo que se trate de escoriações de pouca importância, nas coisas grandes da saúde da alma – nos pontos nevrálgicos da vida do ser humano – imaginai como será preciso lavar, como será preciso cortar, como será preciso limpar, como será preciso desinfectar, como será preciso sofrer! A prudência exige-nos intervir assim e não fugir ao dever, porque não o cumprir seria uma falta de consideração e inclusivamente um atentado grave, contra a justiça e contra a fortaleza. (Amigos de Deus, nn. 160–161)

Leitura espiritual


Crer é participar na vida divina

O reconhecimento da presença que nos ama

Cada momento da nossa vida está impregnado da divina Presença, que nos ama e nos cumula dos Seus dons.

Viver a fé significa saber reconhecer essa amorosa Presença sempre gratificante.

Graças à fé, Cristo torna-se pouco a pouco a Luz que ilumina toda a vida do homem e todo o mundo.

Assim, Ele torna-se presença viva e actuante na vida dos Seus discípulos e cada momento da vida é portador da Sua presença.

O tempo é a Presença escrita com P maiúsculo; é a Presença de Cristo na nossa vida, é Presença pessoal de Deus, que Se revela como Alguém que espera algo de nós.

Deus manifesta-Se-nos através da Sua vontade.

Mas que vontade?

Sempre a do nosso bem, pois Deus é amor.

Cada instante da tua vida é momento de encontro com esta Presença que te ama.

Alguém disse que o tempo é como o sacramento do encontro do homem com Deus.

Ora, assim compreendido, cada instante é um talento evangélico já que há nele um chamamento dessa Presença.

Deus dá a Sua graça em todos os momentos, sejam eles fáceis ou difíceis.
S. Paulo diz que nós vivemos em Deus, e n’Ele nos movemos e somos [i].
É portanto d’Ele que recebemos, não só o dom da existência, mas também o da respiração, do alimento, da amizade, a graça de cada momento da vida.

A constatação de Santa Teresa do Menino Jesus de que «tudo é graça» [ii] significa que tudo que te possa acontecer está ligado a uma determinada forma de graça.
Deus vem ao teu encontro sob a forma de um dom, na Sua graça que te interpela e neste sentido «tudo é graça»
Ele quer que para ti tudo resulte num “capital” de bem e até do próprio mal procura extrair algo de bom.

Evidentemente que o mal não pode ser uma graça, mas na Sua omnipotência e infinita misericórdia, Deus pode extrair dele o bem.
As consequências do mal podem mesmo dar como fruto uma boa oportunidade para se alcançar a conversão.
Então, desse modo, «tudo é graça» e tudo é um talento, porque o Senhor, sempre e em toda a parte, te concede uma oportunidade.

Como é importante que acredites nesta Presença constante que se manifesta dos mais diversos modos!

O momento presente, qualquer que ele seja, é sempre portador do Amor, como disse o Cardeal Stefan Wyszynski.

A graça é uma expressão do Amor, e, por isso, qualquer momento está ligado ao amor de Deus, porque unido à Sua graça.

O pecado em si nunca será uma graça, mas o momento em que pecas está cheio da graça de Deus.

Mesmo quando cometes um pecado grave, Cristo está junto de ti e ama-te.
Se te lembrasses e acreditasses de verdade, que estás constantemente imerso no amor misericordioso de Deus, que nunca te abandona, certamente não cairias.

Tudo o que te sucede está ligado ao amor de Deus por ti, e ao Seu desejo de te cumular de todo o bem.

Ele está bem presente na tua vida independentemente do que faças.
O tempo é o sacramento do teu encontro com Deus e com a Sua Misericórdia, com o Seu amor por ti.

O Seu anseio é que tudo possa servir para o teu bem e que cada uma das tuas faltas se converta numa «feliz culpa».

Se desta maneira considerasses todos os momentos da tua vida, certamente nasceria em ti uma oração espontânea que tenderia a tornar-se numa oração contínua, pois o Senhor está sempre a teu lado e nunca deixa de te amar.

Cada momento da tua vida está impregnado do amor dessa Presença que constantemente te envolve.


(Cfr Meditações sobre a fé, Tadeus Dajczer)

(Revisão da versão portuguesa por AMA)


[i] Cfr ac 17,28
[ii] Caderno Amarelo 6, Junho, nº 4

Pequena agenda do cristão

SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?








Evangelho e comentário


TEMPO COMUM



São Tomás de Aquino – Doutor da Igreja


Evangelho: Mc 3, 22-30

22 E os doutores da Lei, que tinham descido de Jerusalém, afirmavam: «Ele tem Belzebu!» E ainda: «É pelo chefe dos demónios que expulsa os demónios.» 23 Então, Jesus chamou-os e disse-lhes em parábolas: «Como pode Satanás expulsar Satanás? 24 Se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode perdurar; 25 e se uma família se dividir contra si mesma, essa família não pode subsistir. 26 Se, portanto, Satanás se levanta contra si próprio, está dividido e não poderá subsistir; é o seu fim. 27 Ninguém consegue entrar em casa de um homem forte e roubar-lhe os bens sem primeiro o amarrar; só depois poderá saquear-lhe a casa. 28 Em verdade vos digo: todos os pecados e todas as blasfémias que proferirem os filhos dos homens, tudo lhes será perdoado; 29 mas, quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca mais terá perdão: é réu de pecado eterno.» 30 Disse-lhes isto porque eles afirmavam: «Tem um espírito maligno.»

Comentário:

Este trecho do Evangelho parece não merecer nenhum comentário… que há a dizer a propósito?

De facto, o discurso de Jesus Cristo é de tal forma lógico e concreto que não oferecerá a menor dúvida a quem está de boa-fé e tem intenção recta.

Aos outros… que lhes pode interessar simples argumentação humana quando não têm em devida conta as palavras Divinas?

(ama, comentário sobre Mc 3, 22-30, 27.01.2014)