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24/01/2019
Temas para reflectir e meditar
Zombaria
A zombaria é o golpe mais certeiro que podes infligir a Satanás, pois ele, que é de uma seriedade mortal, tem horror da zombaria; logo será compelido a afastar-se.
A zombaria é o golpe mais certeiro que podes infligir a Satanás, pois ele, que é de uma seriedade mortal, tem horror da zombaria; logo será compelido a afastar-se.
(Tadeus Dajczer, Meditações sobre a Fé, Paulus, 4ª Ed., pg. 106)
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Participar na Santa Missa.
Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.
Lembrar-me:
Comunhões espirituais.
Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
Nunca amarás bastante
Por muito que ames, nunca amarás
bastante. O coração humano tem um coeficiente de dilatação enorme. Quando ama,
dilata-se num crescendo de carinho que supera todas as barreiras. Se amas o
Senhor, não haverá criatura que não encontre lugar no teu coração. (Via
Sacra, 8ª Estação, n. 5)
Vede agora o mestre reunido com os
seus discípulos na intimidade do Cenáculo. Ao aproximar-se o momento da sua
Paixão, o Coração de Cristo, rodeado por aqueles que ama, abre-se em inefáveis
labaredas: dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros e que, do
mesmo modo que eu vos amei, vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos
que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros. (Ioh XIII,
34–35.) (...).
Senhor, porque chamas novo a este
mandamento? Como acabamos de ouvir, o amor ao próximo estava prescrito no
Antigo Testamento e recordareis também que Jesus, mal começa a sua vida
pública, amplia essa exigência com divina generosidade: ouvistes que foi dito:
amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo. Eu peço-vos mais: amai os
vossos inimigos, fazei bem aos que vos aborrecem e orai pelos que vos perseguem
e caluniam.
Senhor, deixa-nos insistir: porque
continuas a chamar novo a este preceito? Naquela noite, poucas horas antes de
te imolares na Cruz, durante aquela conversa íntima com os que - apesar das
suas fraquezas e misérias pessoais, como as nossas - te acompanharam até
Jerusalém. Tu revelaste-nos a medida insuspeitada da caridade: como eu vos
amei. Como não haviam de te entender os Apóstolos, se tinham sido testemunhas
do teu amor insondável!
Se professamos essa mesma fé, se
ambicionamos verdadeiramente seguir as pegadas, tão nítidas, que os passos de
Cristo deixaram na terra, não podemos conformar-nos com evitar aos outros os
males que não desejamos para nós mesmos. Isto é muito, mas é muito pouco,
quando compreendemos que a medida do nosso amor é definida pelo comportamento
de Jesus. Além disso, Ele não nos propõe essa norma de conduta como uma meta
longínqua, como o coroamento de toda uma vida de luta. É – e insisto que deve
sê-lo para que o traduzas em propósitos concretos – o ponto de partida, porque
Nosso Senhor o indica como sinal prévio: nisto conhecerão que sois meus
discípulos. (Amigos de Deus, nn. 222-223)
Evangelho e comentário
São
Francisco de Sales – Doutor da Igreja
Evangelho: Mc 3, 7-12
7 Jesus retirou-se para o mar com os
discípulos. Seguiu-o uma imensa multidão vinda da Galileia. E da Judeia, 8 de
Jerusalém, da Idumeia, de além-Jordão e das cercanias de Tiro e de Sídon, uma
grande multidão veio ter com Ele, ao ouvir dizer o que Ele fazia. 9 E disse aos
discípulos que lhe aprontassem um barco, a fim de não ser molestado pela
multidão, 10 pois tinha curado muita gente e, por isso, os que sofriam de
enfermidades caíam sobre Ele para lhe tocarem. 11 Os espíritos malignos, ao
vê-lo, prostravam-se diante dele e gritavam: «Tu és o Filho de Deus!» 12 Ele,
porém, proibia-lhes severamente que o dessem a conhecer.
Comentário:
Realmente
deveria ser impressionante ver a reacção dos espíritos malignos na presença de
Cristo.
O
que pensariam as pessoas que em tão grande número rodeavam o Senhor.
Naturalmente
que bastava a Sua presença para que aqueles se retirassem cheios de temor e os
circunstantes deveriam ficar cheios de espanto e respeito pela figura de
Cristo.
Nunca
se vira nada igual e, naqueles tempos recuados, em que o demónio como que
governava o mundo, o medo, o temor, eram substituídos por uma esperança
extraordinária que a todos deixava em suspenso.
Estava
ali Quem tinha mais poder que o demónio!
Estava
ali Alguém cuja presença era suficiente para o pôr em debandada.
(AMA,
comentário sobre Mc 3, 7-12, 14.11.2018)
Leitura espiritual
A
fidelidade e o respeito pelos outros
Entronca-se
bem aqui a necessária relação da fidelidade à verdade com a caridade.
A
fidelidade à verdade não pode ser apresentada como razão ou motivo para
ofender, desprezar ou prejudicar aqueles que não a enxergam como nós.
É
má fidelidade aquela que se emprega em destruir violentamente as convicções dos
outros: é mil vezes preferível aquele que é fiel à pessoa humana - em cujo
rosto se vislumbra sempre o rosto de Cristo - aos intransigentes defensores das
“suas verdades”, que violam o respeito devido à opinião alheia.
Mas
a fidelidade sem caridade conduz ao fanatismo, a caridade sem fidelidade pode
levar a sentimentalismos que acabem por prejudicar os princípios e as pessoas.
Um
pai ou uma mãe que, por mimarem os filhos – julgando ser essa uma forma de
amá-los -, lhes permitem a satisfação de todos os seus caprichos, acabarão por
ser infiéis ao seu papel de forjadores de homens e mulheres úteis à sociedade,
porque os terão tornado moles de vontade fracos de carácter.
Não
existe fidelidade autêntica aos outros sem compromisso prévio com a verdade:
são virtudes complementares.
Fiel
e verídico são palavras que aparecem juntas num dicionário de sinónimos.
A
palavra não é instrumento que possa ser manipulado pelos caprichos ocasionais,
mas um compromisso de lealdade com aquele com quem se fala.
Uma
pessoa de palavra é fidedigna,
honesta, honrada, justa, veraz e sã.
Quando
afirma alguma coisa, não precisa apresentar testemunhas; quando oferece a sua
amizade, podemos dar-lhe as costas sem medo de sermos traídos, quando diz que
ama, sabemos que entregou de verdade o seu coração.
É
uma pessoa confiável – porque é fiel.
Por
outro lado, quem não sabe ser veraz vai a caminho de ser um traidor, e o seu
mundo ir-se-á transformando num mundo de erros.
Se
o presidente de uma nação mentisse, já não seria digno de dirigir o país e
deveria renunciar; um homem de finanças que tivesse montado o seu império à
base de falsidades acabaria por causar maior mal à sociedade que lhe confiou as
suas poupanças do que um soldado enlouquecido que disparasse a sua metralhadora
no meio de uma passeata.
Dizer
a verdade é, portanto ser fiel àqueles com quem nos relacionamos; e, por sua
vez, ser fiel é submeter-se à palavra dada, respeitar o que se afirma; quando
se diz sim, diz-se isso exactamente.
(…)
Poderíamos
inclinar-nos a pensar que a pessoa que mentiu ou usou de subterfúgios sempre se
há-de comportar desse modo, mas nós os homens não somos rios e podemos voltar
atrás
Todo
o ser humano tem direito a que lhe dêem uma oportunidade de emendar-se.
Devemos
sempre considerar um acto digno o de quem afirma humildemente ”Enganei-me”, e
pedir perdão àqueles a quem tenha podido prejudicar e reparar os danos que
tenha causado.
Mas
é diferente querer inferir desta verdade uma consequência que seria destruidora
de toda a fidelidade, pensar que sempre podemos desdizer-nos das nossas livres
decisões, como se não fosse necessário cumprir os compromissos assumidos.
Além
de que se daria lugar a contínuas injustiças e se prejudicariam terceiros, está
em jogo uma questão mais de fundo: a relação entre fidelidade e liberdade.
Trata-se
de uma correspondência que é íntima e necessária.
(Cfr FIDELIDADE, de Javier Abad Gómez, 1989)
(Revisão
da versão portuguesa por AMA)