Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
Páginas
▼
20/11/2018
Leitura espiritual
LEGENDA MAIOR
Vida de São Francisco de Assis
ALGUNS
MILAGRES REALIZADOS APÓS A MORTE DE SÃO FRANCISCO
ACRÉSCIMO
POSTERIOR
CAPÍTULO
VIII
Enfermos
curados de várias doenças
1. Em Città della Pieve,
havia um jovem mendigo, surdo-mudo de nascença, com uma língua tão curta e
delgada, que parecia cortada na raiz, como puderam verificar muitas pessoas que
o examinaram. Vendo-o nessa miséria, um homem caridoso, chamado Marcos, recolheu
o por caridade em sua casa e, constatando que com isso Deus o favorecia,
resolveu mantê-lo sempre consigo. Certa noite, ao cear com sua mulher, disse na
presença do pobre:
“Reconheceria ser um
grande milagre se o bem-aventurado Francisco se dignasse devolver a fala e a audição
a este homem. E em seguida acrescentou:
“Prometo a Deus nosso
Senhor que, se São Francisco fizer esse milagre, consignarei por amor dele ao
nosso pobre, de meus bens, a pensa-o necessária para viver”.
No mesmo instante cresceu
a língua daquele pobre e falou claramente, dizendo:
“Glória seja a Deus e a
seu servo Francisco por haver-me devolvido a fala e a audição!”
2. Frei Tiago de Iseo,
enquanto menino e morando em casa de seu pai, contraiu uma forma muito grave de
hérnia.
Seguindo a inspiração de
Deus, embora fosse jovem e enfermo, consagrou-se a Deus entrando na Ordem de
São Francisco, não revelando a ninguém o mal que o afligia.
No tempo da trasladação do corpo do ser fico
Pai ao lugar onde se venera o precioso tesouro de suas santas relíquias, esse
Irmão assistiu também às festas celebradas por motivo da trasladação, para prestar
a devida honra ao corpo santíssimo do ser fico Pai, já glorificado no céu.
Aproximando-se da caixa
onde se guardavam as sagradas relíquias, abraçou, movido de fervor de espírito,
o féretro, e de repente voltaram a seu lugar milagrosamente os órgãos lesados,
sentindo-se inteiramente são. Por isso lançou fora o suspensório, sem voltar a
sentir mais tarde a mínima dor.
Também se curaram de enfermidades
semelhantes, milagrosamente, pela misericórdia divina e pelos méritos de São
Francisco, os Irmãos Bartolomeu de Gúbio, Ângelo de Todi, Nicolau de Ceccano,
João de Sora, um homem de Pisa e outro de Cisterna, Pedro da Sicília e um homem
de Spello perto de Assis, juntamente com outros.
3. Urna mulher de Marítima
padeceu por espaço de cinco anos de alienação mental, ficando além disso
privada da visão e da audição. Destruía a roupa com os dentes, não tinha medo
de cair no fogo ou na água e chegou a sofrer frequentes e terríveis ataques de
epilepsia. Compadeceu-se dela a misericórdia divina, e uma noite ela viu, cheia
de luz celestial e divina, ao bem-aventurado Francisco, sentado num trono
sublime, diante do qual ela pedia de joelhos e com grande instância a saúde.
Vendo que o santo não
parecia propício a suas fervorosas orações, a mulher fez solene promessa de
jamais negar enquanto possível, farta esmola a quantos lhe pedissem por amor de
Deus e de Francisco. Nessa generosa promessa, logo reconheceu Francisco a que
em outros tempos ele mesmo fizera ao Senhor e traçando sobre a enferma o
sinal-da-cruz, restituiu-lhe a saúde integralmente.
Além disso, sabe-se, por
testemunho fidedigno, que São Francisco livrou milagrosamente de enfermidades
parecidas a uma menina de Núrsia, ao filho de uma pessoa nobre e a outros mais.
4. Pedro de Foligno um dia
foi visitar em peregrinação uma ermida de São Miguel, não porém em espírito e
fervor convenientes; mas depois de haver bebido água de uma fonte, ficou
possesso dos demónios que o atormentaram por três anos, rasgando com fúria o
corpo, pronunciando palavras escandalosas e praticando verdadeiros horrores.
Mas, como em meio a tudo isso gozava de intervalos de lucidez e como, por outro
lado, sabia da eficácia da protecção de São Francisco contra todos os poderes
infernais, implorou humildemente a intervenção do santo. Foi visitar o sepulcro
de São Francisco e logo que o tocou com a mão ficou livre dos espíritos
malignos que o atormentavam.
De modo semelhante
socorreu o misericordioso Francisco a uma mulher de Narni, possessa do demónio,
e a outros muitos, cujos tormentos e curas milagrosas seria impossível
enumerar.
5. Um leproso chamado
Bonomo de Pano, que estava paralítico, foi levado à igreja de São Francisco por
seus pais e ficou completamente curado de ambas as moléstias.
Um jovem chamado Ato de
São Severino, que estava coberto de lepra, ficou curado pelos méritos de São
Francisco, ao fazer promessa e ser levado ao sepulcro do santo.
O santo teve uma virtude
especial para curar esse tipo de enfermidade, porque, movido por seu amor à
humildade e à compaixão , se consagrara totalmente ao serviço dos leprosos.
6. Uma mulher nobre,
chamada Rogada, natural do bispado de Sora, sofria já por vinte e três anos de
fluxo de sangue, tendo passado por inúmeros tratamentos dolorosos. As dores
eram tão fortes, que muitas vezes parecia que a mulher ia expirar, e se por
vezes se podia conter o fluxo, todo o corpo inchava monstruosamente. Mas,
ouvindo um mesmo cantar na língua local os milagres que Deus havia operado por
mediação de Francisco, cheia de grande dor, começou a chorar amargamente.
Em seu interior dizia com
toda fé: “O bem-aventurado São Francisco, que realizas tantos milagres! Se te
dignares livrar-me desta doença, alcançar s muito maior glória, pois até agora
ainda hão fizeste um milagre tão estupendo!”
Que efeito tiveram estas
palavras? A enferma ficou instantaneamente curada pelos méritos do ser fico
Patriarca. Um filho desta senhora, chamado M rio, que tinha um braço paralítico,
fez uma promessa a São Francisco e por sua intercessão ficou inteiramente São.
Também curou o servo de Deus a uma mulher da Sicília, que por espaço de sete
anos padecia de uma doença muito incómoda.
7. Havia em Roma uma senhora
de nome Praxedes muito conhecida por sua vida devota, a qual vivera quase
quarenta anos num cárcere estreito por amor a seu Esposo eterno e recebera
favor especial de São Francisco. Com efeito, certo dia ela subiu ao ponto mais
alto do seu cárcere, ... procura de coisas necessárias, quando teve um mal
súbito, caiu ao solo, fracturando o pé e a rótula, além de deslocar o ombro.
Apareceu-lhe então São Francisco, vestido de glória e falando-lhe com inefável
suavidade: “Levanta-te, amada filha, levanta-te e não temas”. Tomou-a pela mão
e, levantando-a da terra, desapareceu. Praxedes, no entanto, caminhava de um
lado para outro no cárcere pois imaginava ser um sonho aquilo que estava vendo.
Começou então a gritar, de modo que alguns acudiram com luz, e vendo-se ela
completamente sã por virtude dos méritos de São Francisco, relatou tudo aos
presentes a respeito do milagre.
(cont
São Boaventura
Revisão da versão
portuguesa por AMA
Estou com Ele no tempo da adversidade
Ainda que tudo se vá
abaixo e se acabe; ainda que os acontecimentos se sucedam ao contrário do
previsto, com tremenda adversidade; nada se ganha perturbando-se. Além disso,
recorda a oração confiante do profeta: "O Senhor é o nosso Juiz; o Senhor
é o nosso Legislador; o Senhor é o nosso Rei; Ele é quem nos há-de
salvar". Reza-a devotamente, todos os dias, para acomodar a tua conduta
aos desígnios da Providência, que nos governa para nosso bem. (Forja, 855)
E quando a tentação do
desânimo, dos contrastes, da luta, da tribulação, de uma nova noite da alma nos
ataca – violenta –, o salmista põe-nos nos lábios e na inteligência aquelas
palavras: estou com Ele no tempo da adversidade. Jesus, perante a Tua Cruz, que
vale a minha; perante as Tuas feridas, os meus arranhões? Perante o Teu Amor
imenso, puro e infinito, que vale o minúsculo fardo que Tu colocaste sobre os
meus ombros? E os vossos corações e o meu enchem-se de uma santa avidez,
confessando-Lhe – com obras – que morremos de Amor.
Nasce uma sede de Deus,
uma ânsia de compreender as Suas lágrimas; de ver o Seu sorriso, o Seu rosto...
Julgo que o melhor modo de o exprimir é voltar a repetir, com a Escritura: como
o veado deseja a fonte das águas, assim a minha alma te anela, ó meu Deus! E a
alma avança, metida em Deus, endeusada: o cristão tornou-se um viajante
sedento, que abre a boca às águas da fonte.
Com esta entrega, o zelo
apostólico ateia-se, aumenta dia-a-dia – pegando esta ânsia aos outros – porque
o bem é difusivo. Não é possível que a nossa pobre natureza, tão perto de Deus,
não arda em desejos de semear no mundo inteiro a alegria e a paz, de regar tudo
com as águas redentoras que brotam do lado aberto de Cristo, de começar e
acabar todas as tarefas por Amor.
Falava antes de dores, de
sofrimentos, de lágrimas. E não me contradigo se afirmo que, para um discípulo
que procura amorosamente o Mestre, é muito diferente o sabor das tristezas, das
penas, das aflições: desaparecem imediatamente, quando aceitamos deveras a
Vontade de Deus, quando cumprimos com gosto os Seus desígnios, como filhos
fiéis, ainda que os nervos pareçam rebentar e o suplício pareça insuportável. (Amigos de Deus, nn. 310–311)
Evangelho e comentário
Evangelho: Lc 19, 1-10
1 Tendo entrado em Jericó, Jesus
atravessava a cidade. 2 Vivia ali um homem rico, chamado Zaqueu, que era chefe
de cobradores de impostos. 3 Procurava ver Jesus e não podia, por causa da
multidão, pois era de pequena estatura. 4 Correndo à frente, subiu a um sicómoro
para o ver, porque Ele devia passar por ali. 5 Quando chegou àquele local,
Jesus levantou os olhos e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, pois hoje tenho
de ficar em tua casa.» 6 Ele desceu imediatamente e acolheu Jesus, cheio de
alegria. 7 Ao verem aquilo, murmuravam todos entre si, dizendo que tinha ido
hospedar-se em casa de um pecador. 8 Zaqueu, de pé, disse ao Senhor: «Senhor,
vou dar metade dos meus bens aos pobres e, se defraudei alguém em qualquer
coisa, vou restituir-lhe quatro vezes mais.» 9 Jesus disse-lhe: «Hoje veio a
salvação a esta casa, por este ser também filho de Abraão; 10 pois, o Filho do
Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.»
Comentário:
Com
o seu estilo brilhante e metódico, São Lucas apresenta-nos com vivíssimas cores
um quadro admirável.
Nada
falta: o desejo de Zaqueu de conhecer Jesus, desejo tão forte e genuíno - que
não é simples curiosidade -, que ultrapassa o “respeito humano” que possa
sentir pela sua baixa estatura, levando-o a trepar a uma árvore às claras, à
vista de todos; não falta também a atenção de Jesus quando se detêm exactamente
onde Zaqueu O espera e “se faz convidado para sua casa”; o banquete, as
críticas e reparos dos que não entendem nada para além do que os olhos vêm e,
finalmente, o discurso de Zaqueu, sincero, simples, tocante, o discurso que retracta
a transformação completa de um homem a sua escolha e decisão de mudar de vida.
Seria
muito bom que nos dedicássemos a ler este evangelho muitas vezes ao longo do
ano, aproveitando bem as lições e inspirações que o mesmo nos traz.
(AMA, comentário sobre Lc 19, 1-10, 21.11.2017)
Temas para reflectir e meditar
Amor
aos outros
2 – Parece-me interessante
– valerá a pena experimentar - considerar o amor aos outros como uma preocupação
de primeira categoria.
Sim… amar os outros
indistintamente de quem são ou o que podem representar na nossa vida retira,
pelo menos, a preocupação do amor-próprio que, muitas vezes, nos condiciona e
“marca” o comportamento.
Quem somos? Não sabemos
muito bem responder a esta pergunta mas somos levados a considerar que somos,
pelo menos, credores de atenção e – talvez – cuidados especiais.
Porque somos diferentes?
Não!
Porque sofremos mais!
Talvez… sejamos levados a
considerar tal coisa.
Ah! E porquê?
AMA,
reflexões.
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Aplicação no trabalho.
Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.
Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.
Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?