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LEGENDA MAIOR 

Vida de São Francisco de Assis

ALGUNS MILAGRES REALIZADOS APÓS A MORTE DE SÃO FRANCISCO

ACRÉSCIMO POSTERIOR

CAPÍTULO VIII

Enfermos curados de várias doenças

1. Em Città della Pieve, havia um jovem mendigo, surdo-mudo de nascença, com uma língua tão curta e delgada, que parecia cortada na raiz, como puderam verificar muitas pessoas que o examinaram. Vendo-o nessa miséria, um homem caridoso, chamado Marcos, recolheu o por caridade em sua casa e, constatando que com isso Deus o favorecia, resolveu mantê-lo sempre consigo. Certa noite, ao cear com sua mulher, disse na presença do pobre:
“Reconheceria ser um grande milagre se o bem-aventurado Francisco se dignasse devolver a fala e a audição a este homem. E em seguida acrescentou:
“Prometo a Deus nosso Senhor que, se São Francisco fizer esse milagre, consignarei por amor dele ao nosso pobre, de meus bens, a pensa-o necessária para viver”.
No mesmo instante cresceu a língua daquele pobre e falou claramente, dizendo:
“Glória seja a Deus e a seu servo Francisco por haver-me devolvido a fala e a audição!”

2. Frei Tiago de Iseo, enquanto menino e morando em casa de seu pai, contraiu uma forma muito grave de hérnia.
Seguindo a inspiração de Deus, embora fosse jovem e enfermo, consagrou-se a Deus entrando na Ordem de São Francisco, não revelando a ninguém o mal que o afligia.
 No tempo da trasladação do corpo do ser fico Pai ao lugar onde se venera o precioso tesouro de suas santas relíquias, esse Irmão assistiu também às festas celebradas por motivo da trasladação, para prestar a devida honra ao corpo santíssimo do ser fico Pai, já glorificado no céu.
Aproximando-se da caixa onde se guardavam as sagradas relíquias, abraçou, movido de fervor de espírito, o féretro, e de repente voltaram a seu lugar milagrosamente os órgãos lesados, sentindo-se inteiramente são. Por isso lançou fora o suspensório, sem voltar a sentir mais tarde a mínima dor.
Também se curaram de enfermidades semelhantes, milagrosamente, pela misericórdia divina e pelos méritos de São Francisco, os Irmãos Bartolomeu de Gúbio, Ângelo de Todi, Nicolau de Ceccano, João de Sora, um homem de Pisa e outro de Cisterna, Pedro da Sicília e um homem de Spello perto de Assis, juntamente com outros.

3. Urna mulher de Marítima padeceu por espaço de cinco anos de alienação mental, ficando além disso privada da visão e da audição. Destruía a roupa com os dentes, não tinha medo de cair no fogo ou na água e chegou a sofrer frequentes e terríveis ataques de epilepsia. Compadeceu-se dela a misericórdia divina, e uma noite ela viu, cheia de luz celestial e divina, ao bem-aventurado Francisco, sentado num trono sublime, diante do qual ela pedia de joelhos e com grande instância a saúde.
Vendo que o santo não parecia propício a suas fervorosas orações, a mulher fez solene promessa de jamais negar enquanto possível, farta esmola a quantos lhe pedissem por amor de Deus e de Francisco. Nessa generosa promessa, logo reconheceu Francisco a que em outros tempos ele mesmo fizera ao Senhor e traçando sobre a enferma o sinal-da-cruz, restituiu-lhe a saúde integralmente.
Além disso, sabe-se, por testemunho fidedigno, que São Francisco livrou milagrosamente de enfermidades parecidas a uma menina de Núrsia, ao filho de uma pessoa nobre e a outros mais.

4. Pedro de Foligno um dia foi visitar em peregrinação uma ermida de São Miguel, não porém em espírito e fervor convenientes; mas depois de haver bebido água de uma fonte, ficou possesso dos demónios que o atormentaram por três anos, rasgando com fúria o corpo, pronunciando palavras escandalosas e praticando verdadeiros horrores. Mas, como em meio a tudo isso gozava de intervalos de lucidez e como, por outro lado, sabia da eficácia da protecção de São Francisco contra todos os poderes infernais, implorou humildemente a intervenção do santo. Foi visitar o sepulcro de São Francisco e logo que o tocou com a mão ficou livre dos espíritos malignos que o atormentavam.
De modo semelhante socorreu o misericordioso Francisco a uma mulher de Narni, possessa do demónio, e a outros muitos, cujos tormentos e curas milagrosas seria impossível enumerar.

5. Um leproso chamado Bonomo de Pano, que estava paralítico, foi levado à igreja de São Francisco por seus pais e ficou completamente curado de ambas as moléstias.
Um jovem chamado Ato de São Severino, que estava coberto de lepra, ficou curado pelos méritos de São Francisco, ao fazer promessa e ser levado ao sepulcro do santo.
O santo teve uma virtude especial para curar esse tipo de enfermidade, porque, movido por seu amor à humildade e à compaixão , se consagrara totalmente ao serviço dos leprosos.

6. Uma mulher nobre, chamada Rogada, natural do bispado de Sora, sofria já por vinte e três anos de fluxo de sangue, tendo passado por inúmeros tratamentos dolorosos. As dores eram tão fortes, que muitas vezes parecia que a mulher ia expirar, e se por vezes se podia conter o fluxo, todo o corpo inchava monstruosamente. Mas, ouvindo um mesmo cantar na língua local os milagres que Deus havia operado por mediação de Francisco, cheia de grande dor, começou a chorar amargamente.
Em seu interior dizia com toda fé: “O bem-aventurado São Francisco, que realizas tantos milagres! Se te dignares livrar-me desta doença, alcançar s muito maior glória, pois até agora ainda hão fizeste um milagre tão estupendo!”
Que efeito tiveram estas palavras? A enferma ficou instantaneamente curada pelos méritos do ser fico Patriarca. Um filho desta senhora, chamado M rio, que tinha um braço paralítico, fez uma promessa a São Francisco e por sua intercessão ficou inteiramente São. Também curou o servo de Deus a uma mulher da Sicília, que por espaço de sete anos padecia de uma doença muito incómoda.

7. Havia em Roma uma senhora de nome Praxedes muito conhecida por sua vida devota, a qual vivera quase quarenta anos num cárcere estreito por amor a seu Esposo eterno e recebera favor especial de São Francisco. Com efeito, certo dia ela subiu ao ponto mais alto do seu cárcere, ... procura de coisas necessárias, quando teve um mal súbito, caiu ao solo, fracturando o pé e a rótula, além de deslocar o ombro. Apareceu-lhe então São Francisco, vestido de glória e falando-lhe com inefável suavidade: “Levanta-te, amada filha, levanta-te e não temas”. Tomou-a pela mão e, levantando-a da terra, desapareceu. Praxedes, no entanto, caminhava de um lado para outro no cárcere pois imaginava ser um sonho aquilo que estava vendo. Começou então a gritar, de modo que alguns acudiram com luz, e vendo-se ela completamente sã por virtude dos méritos de São Francisco, relatou tudo aos presentes a respeito do milagre.

(cont

São Boaventura

Revisão da versão portuguesa por AMA

Estou com Ele no tempo da adversidade


Ainda que tudo se vá abaixo e se acabe; ainda que os acontecimentos se sucedam ao contrário do previsto, com tremenda adversidade; nada se ganha perturbando-se. Além disso, recorda a oração confiante do profeta: "O Senhor é o nosso Juiz; o Senhor é o nosso Legislador; o Senhor é o nosso Rei; Ele é quem nos há-de salvar". Reza-a devotamente, todos os dias, para acomodar a tua conduta aos desígnios da Providência, que nos governa para nosso bem. (Forja, 855)

E quando a tentação do desânimo, dos contrastes, da luta, da tribulação, de uma nova noite da alma nos ataca – violenta –, o salmista põe-nos nos lábios e na inteligência aquelas palavras: estou com Ele no tempo da adversidade. Jesus, perante a Tua Cruz, que vale a minha; perante as Tuas feridas, os meus arranhões? Perante o Teu Amor imenso, puro e infinito, que vale o minúsculo fardo que Tu colocaste sobre os meus ombros? E os vossos corações e o meu enchem-se de uma santa avidez, confessando-Lhe – com obras – que morremos de Amor.

Nasce uma sede de Deus, uma ânsia de compreender as Suas lágrimas; de ver o Seu sorriso, o Seu rosto... Julgo que o melhor modo de o exprimir é voltar a repetir, com a Escritura: como o veado deseja a fonte das águas, assim a minha alma te anela, ó meu Deus! E a alma avança, metida em Deus, endeusada: o cristão tornou-se um viajante sedento, que abre a boca às águas da fonte.
Com esta entrega, o zelo apostólico ateia-se, aumenta dia-a-dia – pegando esta ânsia aos outros – porque o bem é difusivo. Não é possível que a nossa pobre natureza, tão perto de Deus, não arda em desejos de semear no mundo inteiro a alegria e a paz, de regar tudo com as águas reden­toras que brotam do lado aberto de Cristo, de começar e acabar todas as tarefas por Amor.

Falava antes de dores, de sofrimentos, de lágrimas. E não me contradigo se afirmo que, para um discípulo que procura amorosamente o Mestre, é muito diferente o sabor das tristezas, das penas, das aflições: desaparecem imediatamente, quando aceitamos deveras a Vontade de Deus, quando cumprimos com gosto os Seus desígnios, como filhos fiéis, ainda que os nervos pareçam rebentar e o suplício pareça insuportável. (Amigos de Deus, nn. 310–311)

Evangelho e comentário


Tempo comum



Evangelho: Lc 19, 1-10

1 Tendo entrado em Jericó, Jesus atravessava a cidade. 2 Vivia ali um homem rico, chamado Zaqueu, que era chefe de cobradores de impostos. 3 Procurava ver Jesus e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. 4 Correndo à frente, subiu a um sicómoro para o ver, porque Ele devia passar por ali. 5 Quando chegou àquele local, Jesus levantou os olhos e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa.» 6 Ele desceu imediatamente e acolheu Jesus, cheio de alegria. 7 Ao verem aquilo, murmuravam todos entre si, dizendo que tinha ido hospedar-se em casa de um pecador. 8 Zaqueu, de pé, disse ao Senhor: «Senhor, vou dar metade dos meus bens aos pobres e, se defraudei alguém em qualquer coisa, vou restituir-lhe quatro vezes mais.» 9 Jesus disse-lhe: «Hoje veio a salvação a esta casa, por este ser também filho de Abraão; 10 pois, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.»

Comentário:

Com o seu estilo brilhante e metódico, São Lucas apresenta-nos com vivíssimas cores um quadro admirável.
Nada falta: o desejo de Zaqueu de conhecer Jesus, desejo tão forte e genuíno - que não é simples curiosidade -, que ultrapassa o “respeito humano” que possa sentir pela sua baixa estatura, levando-o a trepar a uma árvore às claras, à vista de todos; não falta também a atenção de Jesus quando se detêm exactamente onde Zaqueu O espera e “se faz convidado para sua casa”; o banquete, as críticas e reparos dos que não entendem nada para além do que os olhos vêm e, finalmente, o discurso de Zaqueu, sincero, simples, tocante, o discurso que retracta a transformação completa de um homem a sua escolha e decisão de mudar de vida.

Seria muito bom que nos dedicássemos a ler este evangelho muitas vezes ao longo do ano, aproveitando bem as lições e inspirações que o mesmo nos traz.

(AMA, comentário sobre Lc 19, 1-10, 21.11.2017)




Temas para reflectir e meditar


Formação humana e cristã – 112


Amor aos outros

2 – Parece-me interessante – valerá a pena experimentar - considerar o amor aos outros como uma preocupação de primeira categoria.

Sim… amar os outros indistintamente de quem são ou o que podem representar na nossa vida retira, pelo menos, a preocupação do amor-próprio que, muitas vezes, nos condiciona e “marca” o comportamento.
Quem somos? Não sabemos muito bem responder a esta pergunta mas somos levados a considerar que somos, pelo menos, credores de atenção e – talvez – cuidados especiais.

Porque somos diferentes?
Não!
Porque sofremos mais!
Talvez… sejamos levados a considerar tal coisa.

Ah! E porquê?

AMA, reflexões.

Pequena agenda do cristão


TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?