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14/11/2018

Doutrina – 459

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
Compêndio


PRIMEIRA SECÇÃO
A ECONOMIA SACRAMENTAL


CAPÍTULO SEGUNDO

A CELEBRAÇÃO SACRAMENTAL DO MISTÉRIO PASCAL


CELEBRAR A LITURGIA DA IGREJA

Pergunta:

238. Qual o nexo entre as acções e as palavras, nas celebração sacramental?

Resposta:

Na celebração sacramental, acções e palavras estão intimamente ligadas. Mesmo que as acções simbólicas sejam já em si uma linguagem, é todavia necessário que as palavras do rito acompanhem e vivifiquem estas acções. Enquanto sinais e ensino, as palavras e os gestos são inseparáveis, uma vez que realizam aquilo que significam.

Leitura espiritual

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Vida de São Francisco de Assis)

ALGUNS MILAGRES REALIZADOS APÔS A MORTE DE SÃO FRANCISCO

O PODER DOS ESTIGMAS

CAPÍTULO II

Alguns mortos que ressuscitaram

5. Na cidade de Cápua, um menino que brincava com um grupo de outros às margens do rio Volturno caiu na água.
A corrente arrastou-o para baixo imediatamente e enterrou-o no fundo, debaixo da areia e da lama.
As crianças que com ele brincavam começaram a gritar e logo se ajuntou uma multidão de pessoas em volta.
Humilde e devotamente invocaram a intercessão de São Francisco para que considerasse favoravelmente a fé que tinham os pais da criança, seus devotos, e a salvasse da morte.
Então um homem que estava nadando a certa distância, ouviu as vozes comovidas daquelas pessoas, aproximou-se delas e perguntou onde havia desaparecido o menino.
Invocou o nome de Francisco e enfim descobriu o lugar onde o lodo fizera uma espécie de túmulo para a criança.
Puxou-o para fora e tirou-o da água, mas para sua tristeza viu que estava morto. Todos podiam ver que ele estava morto, mas continuavam clamando entre lágrimas: “São Francisco, devolve o menino vivo a seu pai”.
Inesperadamente, o menino pôs-se de pé para grande alegria e espanto geral.
Pediu que o levassem à igreja de São Francisco para agradecer-lhe o grande favor porque por sua força sabia agora que havia recuperado a vida milagrosamente.

6. Em Sessa, num bairro chamado Alle Colonne, ruiu uma casa, sepultando nos escombros um jovem que faleceu no mesmo instante.
O povo que ouvira o ruído acorreu de toda parte, removeu as vigas e pedras retirando de lá o corpo do filho morto e entregou-o à sua Mãe. Mas a infeliz suspirava amargamente e clamava: “São Francisco, São Francisco, devolve-me o filho!”
Os circunstantes junto com ela rogavam o socorro do santo, mas a vitima não abria a boca nem dava sinal de vida.
Então depuseram o cadáver num leito e se prepararam para enterrá-lo no dia seguinte.
Sua Mãe, porém, punha a sua confiança em Deus e nos méritos do seu santo e prometeu que cobriria o altar de São Francisco com toalhas novas, se ele restituísse a vida a seu filho.
Então, por volta de meia-noite, o jovem começou a bocejar, o corpo foi se aquecendo, ele se levantou e começou a louvar a Deus.
Deu assim ensejo ao clero e a todo o povo de louvar a Deus e agradecer a Ele e a São Francisco com toda a alegria.

7. Um jovem de Ragusa, chamado Gerlandino, vinha em tempo de vindima para encher seus odres num lagar.
De repente, todo o madeirame cedeu e desabou. As pesadas pedras caíram por cima dele esmagando-lhe a cabeça fatalmente.
O pai correu logo, mas, perdida toda a esperança, nada pôde fazer para socorrê-lo; e deixou-o lá onde havia caído debaixo daquele peso.
Acudiram pressurosos os trabalhadores de uma vinha perto, atraídos pelos gritos que ouviram, e, compadecidos também tal como o pai do rapaz, retiraram o cadáver dentre aquelas pedras.
Entretanto, o pai, prostrado aos pés de um crucifixo, lhe pedia instantemente que, pelos méritos do bem-aventurado Francisco, cuja festa estava próxima, lhe devolvesse vivo o único filho que tinha; repetia as suas preces, fazia promessas e, não contente com isso, prometeu visitar com o seu filho o sepulcro do santo se ele voltasse a viver.
De repente, o jovem cujo corpo estava todo esmagado se reanimou e voltou à sua perfeita forma física.
Levantou-se diante de todos, alegremente, e reprovou as lamentações pelar sua morte, dizendo que havia sido restituído à vida pelas preces de São Francisco.

8. São Francisco também ressuscitou um homem na Alemanha, como atesta o Papa Gregório numa carta apostólica dirigida aos Irmãos que haviam acorrido a um CAPÍTULO no tempo em que o santo teve os seus restos mortais trasladados.
Não incluo o relato aqui porque o ignoro, julgando que o testemunho do papa vale muito mais do que qualquer descrição.

CAPÍTULO III

ALGUNS QUE SÃO FRANCISCO SALVOU DO PERIGO DA MORTE

1. Vivia perto de Roma um nobre de nome Rodolfo com a sua mulher, muito devota, os quais receberam certa vez em sua casa alguns Irmãos menores, não apenas por espírito de hospitalidade, mas particularmente por seu amor e devoção ao santo.
Naquela mesma noite descansava no mais alto ponto da torre a sentinela do castelo sobre um monte de lenha colocado sobre o ressalto do muro, quando se desfez o monte e ele caiu sobre o telhado do palácio e daí no chão.
Ao ruído, toda a família despertou e, sabendo da desgraça da sentinela, o senhor do castelo, sua esposa e os Irmãos acudiram rápidos em seu auxílio.
Mas o infeliz estava com tanto sono, que não despertou com a dupla queda nem com o clamor de toda aquela família desconsolada. Acordando, enfim, pelos movimentos dos que o levavam e moviam de um lado para o outro, começou a queixar-se amargamente de ter sido privado de seu suave repouso, dizendo que se encontrava dormindo tranquilamente nos braços de São Francisco.
Mas vindo a saber pelos circunstantes da sua queda e vendo-se em terra, ele que se achava no mais alto da torre, ficou muito admirado por não se ter dado conta do que lhe sucedera; e como prova do seu agradecimento a Deus e a São Francisco, prometeu, em presença de todos, consagrar-se aos rigores da penitência.

2. Numa pequena aldeia chamada Pofi, na Campania, um sacerdote chamado Tomás estava consertando o moinho de propriedade da igreja.
Caminhando incautamente ao longo do conduto da água, por onde esta se precipitava com grande força, formando um sorvedouro profundo, caiu de repente e ficou preso entre as pás da roda que fazia girar o moinho.
Deitado assim com o ventre para cima, calam-lhe as águas sobre a boca. Não podendo abri-la, invocava com o coração o nome de Francisco. Muito tempo ficou nessa posição, até que seus companheiros, que acudiram ao lugar do acidente, desesperaram de poder salvar-lhe a vida, embora fizessem a roda girar para trás. Com isso conseguiram livrá-lo daquela espécie de prisão, mas o sacerdote, quase asfixiado, revolvia-se na corrente das água.
Entretanto, um Irmão menor, vestido de branca túnica e cingido de uma corda, tomou-o suavemente pelo braço e, tirando-o para fora da água, lhe disse: “Eu sou Francisco, a quem com tanta fé invocaste”. Vendo-se livre o sacerdote, admirou-se muito e desejando beijar as pegadas dos pés de Francisco, corria de um lado para outro, perguntando a seus companheiros: “Onde está o servo de Deus? Por que lugar andou o santo? Por que caminho saiu?”
Atemorizados, os companheiros caíram de joelhos no chão, anunciando as grandes maravilhas do Altíssimo e os extraordinários méritos de seu servo.

(cont)

São Boaventura

Revisão da versão portuguesa por AMA

Urge cristianizar a sociedade


Como quer o Mestre, tu tens de ser – bem metido neste mundo, que nos coube em sorte, e em todas as actividades dos homens – sal e luz. Luz, que ilumina as inteligências e os corações; sal, que dá sabor e preserva da corrupção. Por isso, se te faltar afã apostólico, tornar-te-ás insípido e inútil, defraudarás os outros e a tua vida será um absurdo. (Forja, 22)

O Senhor não nos criou para construirmos aqui uma Cidade definitiva, porque este mundo é o caminho para o outro, que é morada sem pesar. No entanto, nós, os filhos de Deus, não devemos desligar-nos das actividades terrenas em que Deus nos coloca para as santificarmos, para as impregnarmos da nossa bendita fé, a única que dá verdadeira paz, alegria autêntica às almas e aos diversos ambientes. Tem sido esta a minha pregação constante desde 1928: urge cristianizar a sociedade; levar a todos os estratos desta nossa humanidade o sentido sobrenatural, de modo que uns e outros nos empenhemos em elevar à ordem da graça a ocupação diária, a profissão ou o ofício. Desta forma, todas as ocupações humanas se iluminam com uma esperança nova, que transcende o tempo e a caducidade do mundano. (Amigos de Deus, 210)

Evangelho e comentário


Tempo comum



Evangelho: Lc 17, 11-19

11 Quando caminhava para Jerusalém, Jesus passou através da Samaria e da Galileia. 12 Ao entrar numa aldeia, dez homens leprosos vieram ao seu encontro; mantendo-se à distância, 13 gritaram, dizendo: «Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós!» 14 Ao vê-los, disse-lhes: «Ide e mostrai-vos aos sacerdotes.» Ora, enquanto iam a caminho, ficaram purificados. 15 Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em voz alta; 16 caiu aos pés de Jesus com a face em terra e agradeceu-lhe. Era um samaritano. 17 Tomando a palavra, Jesus disse: «Não foram dez os que ficaram purificados? Onde estão os outros nove? 18 Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?» 19 E disse-lhe: «Levanta-te e vai. A tua fé te salvou.»

Comentário:


Assistimos – pelos relatos dos evangelhos – aos milagres e Jesus e todos nos parecem diferentes e, de facto, são.

Estes dez leprosos ficam à distancia não se atrevem a aproximar-se Jesus e, Ele, respeita o seu pudor.

Noutros casos toca com a sua mão o leproso num gesto absolutamente inédito naquele tempo.

Fica bem claro o Seu poder divino e a sua misericórdia infinita pelos mais desgraçados e banidos da sociedade.

Contudo, e repetimos, a maior cura é a da alma e se para um leproso obter a limpeza das suas chagas corporais para o homem conseguir a garantia da salvação eterna é um bem incomparavelmente maior.

(AMA, comentário sobre Lc 17, 11-19, 15.11.2017)




Temas para reflectir e meditar

Formação humana e cristã – 107


Solidão - 2

Coexistir significa que duas ou mais coisas podem ser vividas simultaneamente, ora como acima referi não é possível ser solitário e solidário.
Ser solitário pressupõe não ter relações com outros o que é exactamente o oposto a ser solidário.

Em algo estas duas situações se "tocam": são inteiramente opcionais, ou seja, reflectem uma decisão pessoal.

Contudo convém referir que ser solitário - ou viver em solidão - não tem própriamente a ver com a realidade de viver sozinho, sem companhia de alguém, mas de uma realidade do foro pessoal, por feitio, carácter, idiossincrasia, ou motivada por algum "corte abrupto" na convivência com alguém.
Nestes casos, que não têm um "padrão", trata-se, quase sempre de uma incapacidade para aceitar, ou melhor, assumir uma realidade que, mais ou menos traumatizante, afecta e condiciona a pessoa no seu relacionamento com os outros como que reservando a intimidade que pensa pode ou não ser compreendida ou mesmo rejeitada.

AMA, reflexões.