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07/11/2018

Doutrina – 458

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
Compêndio


PRIMEIRA SECÇÃO
A ECONOMIA SACRAMENTAL


CAPÍTULO SEGUNDO

A CELEBRAÇÃO SACRAMENTAL DO MISTÉRIO PASCAL


CELEBRAR A LITURGIA DA IGREJA

Pergunta:

237. Donde provêm os sinais sacramentais?

Resposta:

Alguns provêm da criação (luz, água, fogo, pão, vinho, óleo); outros da vida social (lavar, ungir, partir o pão); outros da história da salvação na Antiga Aliança (os ritos da Páscoa, os sacrifícios, a imposição das mãos, as consagrações). Estes sinais, alguns dos quais são normativos e imutáveis, assumidos por Cristo tornam-se portadores da acção salvífica e de santificação.

Leitura espiritual

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LEGENDA MAIOR 
Vida de São Francisco de Assis)

SEGUNDA PARTE

CAPITULO 12

Eficácia de sua pregação e poder de curar

8. Aquilo que exigia dos outros por suas palavras já havia ele antes praticado por obras. Por isso não tinha medo de censores e pregava a verdade com suma coragem. Não costumava adular as culpas dos grandes, mas aplicava-lhes o ferro; nem dissimular a conduta dos pecadores, mas abatê-la com duras reprimendas.
Com a mesma firmeza de espírito falava aos pequenos e aos grandes e tinha a mesma alegria de falar a poucos e a muitos.
Pessoas de ambos os sexos e de todas as idades acorriam para ver e ouvir aquele homem novo que o céu deu ao mundo.
Peregrinava pelas várias regiões, anunciando com fervor o Evangelho; e “o Senhor cooperava, confirmando a Palavra com os milagres que a acompanhavam(Mc16,20).
De facto, em nome do Senhor, Francisco, pregador da verdade, expulsava os demónios, sarava os enfermos, e, prodígio ainda maior, com a eficácia da sua palavra, enternecia e movia à penitência os obstinados e ao mesmo tempo devolvia a saúde aos corpos e aos corações.
Provam-no alguns dos milagres realizados por ele, e que agora relataremos a título de exemplo.

9. Na cidade de Toscanella, foi ele acolhido devotamente como hóspede por um cavaleiro.
Atendendo à sua grande insistência, tomou o santo pela mão o seu filho único, raquítico desde o nascimento, e imediatamente lho restituiu completamente são: aos olhos de todos enrijaram-se no mesmo instante os membros daquele corpinho e a criança levantou-se sã e forte, “caminhando, saltando e louvando a Deus(At 3,8).
Em Narni havia um paralítico inteiramente privado do uso dos membros. A pedido do bispo, fez Francisco sobre o doente um grande sinal-da-cruz, desde a cabeça até aos pés... O enfermo levantou-se completamente curado.
Na diocese de Rieti, apresentou-se a ele uma mãe desolada: o filho tinha o ventre tão inchado por causa da hidropisia que, ao colocá-lo de pé, ele não conseguia ver os pés. Sofria assim desde os quatro anos de idade.
O santo tocou-o e o inchaço desapareceu.
Em Orte, havia uma criança tão engelhada, que a cabeça tocava os pés e tinha também alguns ossos quebrados; os infelizes pais rogaram ao santo que a curasse, e este, com um sinal-da-cruz, restituiu-lhe imediatamente, com a saúde do corpo, a posição natural, sem nenhum vestígio de deformidade.

10. Na cidade de Gúbio, vivia uma mulher que tinha as mãos secas e contorcidas, nada podendo fazer com elas.
Mas Francisco traçou sobre elas o sinal-da-cruz em nome do Senhor e elas, ficaram tão perfeitamente sãs, que ela de volta para casa pôde preparar sozinha, como outra sogra de São Pedro, sua própria comida e a dos pobres.
Em Bevagna, Francisco aplicou numa menina completamente cega por três vezes um pouco de saliva sobre os olhos em nome da Santíssima Trindade e a criança recuperou a visão tão desejada.
Em Narni, uma mulher, também cega, reviu a luz do dia, graças ao sinal-da-cruz que o santo traçou sobre ela.
Em Bolonha, uma criança tinha um dos olhos coberto por uma mancha e: não via absolutamente nada. Não havia remédio que a curasse. Mas depois que o servo de Deus lhe fez o sinal-da-cruz, desde a cabeça até aos pés, recuperou perfeitamente a vista.
Em seguida entrou para a Ordem dos Frades Menores e dizia que via melhor com o olho curado do que com aquele que sempre estivera são.
Em San Gemini, o servo de Deus recebeu hospitalidade em casa de um homem piedoso, cuja mulher era atormentada pelo demónio.
Depois de rezar, ordenou ao demónio, em virtude da obediência, que deixasse aquela mulher, e o pôs de tal modo em fuga, que ficou demonstrado claramente que a obstinação dos demónios não resiste à virtude da santa obediência.
Em Città di Castello, uma mulher estava possessa de um espírito mau e furioso.
Apenas o santo ordenou ao demónio em nome da obediência, e este saiu, cheio de raiva, deixando livre o corpo e o espírito da mulher até então dominada por ele.

11. Um irmão encontrava-se atormentado por uma grave e estranha enfermidade.
Na opinião de muitos, tratava-se de possessão diabólica e não de doença natural.
Muitas vezes caía de cabeça no chão e se revirava espumando, enquanto os membros ora se contraíam, ora se dilatavam com violência, ora disformemente dobrados, ora retorcidos e por fim rígidos e duros como uma pedra.
Em outras ocasiões assumia tal postura, que os pés se juntavam com a cabeça e nesta situação era alçado e lançado horrivelmente ao chão.
Compadecido o servo de Deus em ver esse infeliz vítima de tão grave e irremediável enfermidade, e cheio de misericórdia com ele, fez que lhe dessem um pedacinho de pão do mesmo que ele estava comendo. Tanta foi a força daquele pão sobre o enfermo, que daí em diante nunca mais foi atormentado por essa enfermidade.
No condado de Arezzo, uma mulher sofria, havia muitos dias, de dores de parto e se encontrava às portas da morte. Nessa situação desesperadora, não tinha mais remédio senão recorrer a Deus.
Em tal conjuntura, sucedeu que o servo de Cristo, montado num cavalo, por causa da sua enfermidade, chegou àquele lugar, coincidindo de passar exactamente pelo local onde se encontrava a doente.
Ao verem os moradores daquele povoado o cavalo sobre o qual ia montado Francisco, apressaram-se a tirar-lhe o freio que aplicaram logo à enferma com êxito tão estupendo, que a mulher deu à luz imediatamente, sem nenhum perigo nem dor.
Em Città della Pieve, certo homem piedoso e temente a Deus possuía um cordão que o santo havia usado à cintura.
Como muitos homens e mulheres nessa cidade viviam sofrendo de diversas doenças, este homem ia visitá-los e dava-lhes a beber da água em que mergulhava o cíngulo, e muitos assim ficaram curados.
Também os doentes que comiam do pão que o homem de Deus tocava ficavam logo curados por intervenção divina.

12. Tais milagres, e muitos outros ainda, davam à pregação de Francisco um efeito extraordinário, fazendo que as palavras do arauto de Deus fossem ouvidas como se pronunciadas por um anjo do céu. E assim era efectivamente, pois a prerrogativa de excelsas virtudes com que Deus o ornara, seu espírito de profecia, a eficácia de seus milagres, a ordem de pregar recebida do céu, a obediência que lhe prestavam os seres, irracionais, as transformações maravilhosas operadas por sua pregação apostólica, sua ciência não adquirida por estudos humanos mas infundida pelo Espírito Santo, a autorização para pregar que por revelação divina lhe concedeu o Romano Pontífice, além disso, a Regra por ele mesmo escrita, que define a forma da pregação, confirmada pelo mesmo Vigário de Cristo, e, por fim, as chagas do Rei celestial, impressas como sinal em seu corpo, são outros tantos testemunhos que provam a todos os séculos de modo indubitável que o arauto de Cristo,
Francisco, foi respeitável por seu oficio, autorizado por sua doutrina, admirável por sua santidade e assim pregou o Evangelho de Cristo como um verdadeiro enviado de Deus.

(cont

São Boaventura
Revisão da versão portuguesa por AMA

Evangelho e comentário


Tempo comum



Evangelho: Lc 14, 25-33

25 Seguiam com ele grandes multidões; e Jesus, voltando-se para elas, disse-lhes: 26 «Se alguém vem ter comigo e não me tem mais amor que ao seu pai, à sua mãe, à sua esposa, aos seus filhos, aos seus irmãos, às suas irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo. 27 Quem não tomar a sua cruz para me seguir não pode ser meu discípulo. 28 Quem dentre vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro para calcular a despesa e ver se tem com que a concluir? 29 Não suceda que, depois de assentar os alicerces, não a podendo acabar, todos os que virem comecem a troçar dele, 30 dizendo: ‘Este homem começou a construir e não pôde acabar.’ 31 Ou qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei e não se senta primeiro para examinar se lhe é possível com dez mil homens opor-se àquele que vem contra ele com vinte mil? 32 Se não pode, estando o outro ainda longe, manda-lhe embaixadores a pedir a paz. 33 Assim, qualquer de vós, que não renunciar a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo.»

Comentário:

Para seguir Jesus Cristo é fundamental amá-lo primeiro e, para O amar há que conhecê-Lo intimamente.

Não se conhece intimamente ninguém se não houver uma comunicação profunda, honesta, completa.

Onde, pois, conhecer Cristo?
No Evangelho, evidentemente!

E, então, e só então se deve optar por segui-Lo, isto é, prepararmos tudo para uma entrega sem limites nem condições, para que – como conta no Evangelho que comentamos - não cheguemos a um ponto em que nos consideremos incapazes de continuar porque não nos preparámos convenientemente.

(AMA, comentário sobre Lc 14, 25-33, 08.11.2017)




Orar é o caminho para atalhar todos os males.


Orar é o caminho para atalhar todos os males que padecemos. (Forja, 76)

A oração – recorda-o – não consiste em fazer discursos bonitos, frases grandiloquentes ou que consolem...
Oração é, às vezes, um olhar a uma imagem de Nosso Senhor ou de sua Mãe; outras, um pedido com palavras; outras, o oferecimento das boas obras, dos resultados da fidelidade...
Como o soldado que está de guarda, assim temos de estar nós à porta de Deus Nosso Senhor: e isso é oração. Ou como se deita o cãozinho aos pés do seu dono.
Não te importes de lho dizer: Senhor, aqui me tens como um cão fiel; ou melhor, como um burrinho que não dá coices a quem lhe quer bem. (Forja, 73)

A tua oração não pode ficar em meras palavras: há-de ter realidades e consequências práticas. (Forja, 75)

Como o soldado que está de guarda, assim temos de estar nós à porta de Deus Nosso Senhor: e isso é oração. Ou como se deita o cãozinho aos pés do seu dono.
A heroicidade, a santidade, a audácia requerem uma constante preparação espiritual. Darás sempre, aos outros, só aquilo que tiveres; e, para dares Deus, hás-de ter intimidade com Ele, viver a sua Vida, servi-Lo. (Forja, 78)

Temas para reflectir e meditar


Formação humana e cristã – 101 



O Crucifixo

Talvez seja o símbolo mais difundido no mundo e também o sinal de perseguições, ódios, dissensões.
Tenhamos bem claro que um crucifixo só o é se tiver o Crucificado se não, não passa de uma cruz qualquer.
Ser portador do crucifixo é uma boa - diria excelente - prática. A qualquer momento durante o dia poderemos tocar-lhe com discrição e elevar um - breve que seja - pensamento a Deus.

Como que para dar uma "prova" dessa Sua doutrina deixa-se imolar na Cruz.

A partir de então o Crucifixo passa a ser o símbolo máximo do amor, a árvore da Vida ofereceu a Sua Vida e a cuja “sombra" se acolhem quantos precisam de auxílio ou procuram um refúgio seguro.

A cruz deixou, assim, de ser sinal de opróbrio para passar a constituir símbolo de salvação.

AMA, reflexões.