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16/08/2018

Faz tudo o que puderes para conheceres a Deus


Em cada dia faz tudo o que puderes para conheceres a Deus, para te dares com Ele, para te enamorares mais em cada instante e não pensares senão no seu Amor e na sua glória. – Cumprirás este plano, filho, se não deixares, por nada!, os teus tempos de oração, a tua presença de Deus (com jaculatórias e comunhões espirituais para te inflamarem), a tua Santa Missa pausada, o teu trabalho bem acabado por Ele. (Forja, 737)

Meus filhos, onde estiverem os homens, vossos irmãos; onde estiverem as vossas aspirações, o vosso trabalho, os vossos amores, é aí que está o sítio do vosso encontro quotidiano com Cristo. É no meio das coisas mais materiais da Terra que devemos santificar-nos, servindo Deus e todos os homens.

Tenho ensinado constantemente com palavras da Sagrada Escritura: o mundo não é mau porque saiu das mãos de Deus, porque é uma criatura Sua, porque Iavé olhou para ele e viu que era bom (Cfr. Gen. 1, 7 e ss.). Nós, os homens, é que o tornamos mau e feio, com os nossos pecados e as nossas infidelidades. Não duvideis, meus filhos: qualquer forma de evasão das honestas realidades diárias é, para vós, homens e mulheres do mundo, coisa oposta à vontade de Deus.

Pelo contrário, deveis compreender agora – com uma nova clareza – que Deus vos chama a servi-Lo em e a partir das ocupações civis, materiais, seculares da vida humana: Deus espera-nos todos os dias no laboratório, no bloco operatório, no quartel, na cátedra universitária, na fábrica, na oficina, no campo, no lar e em todo o imenso panorama do trabalho. Ficai a saber: escondido nas situações mais comuns há um quê de santo, de divino, que toca a cada um de vós descobrir. (Temas Actuais do Cristianismo, nn. 113–114)

Temas para reflectir e meditar


Formação humana e cristã – 34

Habituemo-nos, por exemplo, que nos prepare e assista numa reunião importante; pedindo que fale com o anjo da Guarda do nosso interlocutor para colaborar nessa tarefa.

Jesus fala várias vezes nos anjos e os evangelhos recolhem essas palavras para nos darem como que a certeza de uma realidade.

Parece-me extraordinário ser acompanhado permanentemente por um amigo tão íntimo e fiel e ao mesmo tempo dotado de poderes e capacidades que deseja pôr ao meu serviço!

Em Fátima, nos Valinhos, o Anjo de Portugal apresentou-se pessoalmente aos Pastorinhos e, entre outras recomendações ensinou-lhes as belíssimas orações que tão amiúde repetimos:

"Meu Deus eu creio... e Santíssima Trindade ".

De facto, o Anjo não vem anunciar nada, mas a sua missão parece ser a de preparar aquelas três Almas puras e simples para os magnos acontecimentos de seriam protagonistas.

(AMA, reflexões)

Pequena agenda do cristão

Quinta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?






Evangelho e comentário


Evangelho

Evangelho: Mt 18, 21-35 19, 1

21 Então, Pedro aproximou-se e perguntou-lhe: «Senhor, se o meu irmão me ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar? Até sete vezes?» 22 Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23 Na verdade, o reino de Deus pode comparar-se a um rei que quis ajustar contas com os seus servos.24 Logo de começo, apresentaram-lhe um homem que devia dez mil talentos. 25 Não tendo com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido, com a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, para assim pagar a dívida. 26 Então o servo prostrou-se a seus pés, dizendo: ‘Senhor, concede-me um prazo e tudo te pagarei’. 27 Cheio de compaixão, o senhor daquele servo deu-lhe a liberdade e perdoou-lhe a dívida. 28 Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. 29 Segurando-o, começou a apertar-lhe o pescoço, dizendo: ‘Paga o que me deves’. Então o companheiro caiu a seus pés e suplicou-lhe, dizendo: ‘Concede-me um prazo e pagar-te-ei’. 30 Ele, porém, não consentiu e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto devia. 31 Testemunhas desta cena, os seus companheiros ficaram muito tristes e foram contar ao senhor tudo o que havia sucedido. 32 Então, o senhor mandou-o chamar e disse: ‘Servo mau, perdoei-te, porque me pediste. 33 Não devias, também tu, compadecer-te do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’. 34 E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. 35 Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração». Quando Jesus acabou de dizer estas palavras, partiu da Galileia e foi para o território da Judeia, além do Jordão.

Comentário:

Torna-se difícil comentar este trecho do Evangelho de tal forma nos choca a atitude daquele homem a quem tudo tinha sido perdoado – uma quantia enorme – e foi incapaz de se compadecer de um companheiro que lhe devia coisa tão pouca.

Garantimos – no nosso íntimo – que nós não somos assim!

Será?

Exigimos o que nos devem sem nos recordarmos das dívidas que nos perdoaram?

Sim, façamos um exame sério e honesto não nos esquecendo que a medida que usarmos para com os outros poderá muito bem ser a mediada que usarão para connosco.


(AMA, comentário sobre Mt 18, 21-35 19, 1, 07.05.2018)