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07/07/2018

Evangelho e comentário


Tempo comum


Evangelho: Mt 9, 14-17

14 Depois, foram ter com Ele os discípulos de João, dizendo: «Porque é que nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?» 15 Jesus respondeu-lhes: «Porventura podem os convidados para as núpcias estar tristes, enquanto o esposo está com eles? Porém, hão-de vir dias em que lhes será tirado o esposo e, então, hão-de jejuar.» 16 «Ninguém põe um remendo de pano novo em roupa velha, porque o remendo puxa parte do tecido e o rasgão torna-se maior. 17 Nem se deita vinho novo em odres velhos; de contrário, rompem-se os odres, derrama-se o vinho e estragam-se os odres. Mas deita-se o vinho novo em odres novos; e, desta maneira, ambas as coisas se conservam.»

Comentário:

Os tempos são outros, é o que Jesus quer que entendam.

Como se dissesse:

‘Chegou, está a chegar comigo, outro tempo em que a Lei será renovada e aperfeiçoada.

Será um tempo de concretização e não de expectativa como este que tendes vivido.

Virá um novo reino aberto a todos sem excepção.’


(AMA, comentário sobre Mt 9, 14-17, 08.07.2017)


O perigo é a rotina


"Nonne cor nostrum ardens erat in nobis, dum loqueretur in via?". – Não é verdade que sentíamos abrasar-se-nos o coração, quando nos falava caminho? Se és apóstolo, estas palavras dos discípulos de Emaús deviam sair espontaneamente dos lábios dos teus companheiros de profissão, depois de te encontrarem a ti no caminho da vida. (Caminho, 917)

Agrada-me falar de caminho, porque somos caminhantes, dirigimo-nos para a casa do Céu, para a nossa Pátria. Mas reparemos que um caminho, mesmo que um ou outro trecho apresente dificuldades especiais, mesmo que alguma vez nos obrigue a passar a vau um rio ou a atravessar um pequeno bosque quase impenetrável, habitualmente é simples, sem surpresas. O perigo é a rotina: supor que nisto, no que temos de fazer em cada instante, não está Deus, porque é tão simples, tão vulgar!

Iam os dois discípulos para Emaús. O seu caminhar era normal, como o de tantas outras pessoas que transitavam por aquelas paragens. E aí, com naturalidade, aparece-lhes Jesus e vai com eles, com uma conversa que diminui a fadiga. Imagi-no a cena: já bem adiantada a tarde. Sopra uma brisa suave. De um lado e de outro, campos semeados de trigo já crescido e as velhas oliveiras com os ramos prateados pela luz indecisa...

Jesus, no caminho! Senhor, que grande és Tu sempre! Mas comoves-me quando te rebaixas para nos acompanhares, para nos procurares na nossa lida diária. Senhor, concede-nos a ingenuidade de espírito, o olhar limpo, a mente clara, que permitem entender-Te, quando vens sem nenhum sinal externo da Tua glória.

Termina o trajecto ao chegar à aldeia e aqueles dois que – sem o saberem – tinham sido feridos no fundo do coração pela palavra e pelo amor do Deus feito homem, têm pena de que Ele se vá embora. Porque Jesus despede-se como quem vai para mais longe. Nosso Senhor nunca se impõe. Quer que O chamemos livremente, desde que entrevimos a pureza do Amor que nos meteu na alma. (Amigos de Deus, nn. 313–314)

Temas para reflectir e meditar

Violência



A violência e a injustiça têm raízes profundas no coração de cada indivíduo, de cada um de nós.



(São João Paulo IIMens. para a jornada da Paz, 1984.12.08, nr. 1)

Confissões – 05



Confissões

Quando me a última vez que me confessei, fiz um propósito.

Estou muito habituado a fazer propósitos, na verdade, não tenho feito outra coisa toda a minha vida.

É fácil.
Um propósito não é uma promessa, mas uma intenção.

Claro, eu sou esperto.
Se faço uma promessa tenho a obrigação de a cumprir.

Se, mais comodamente, faço um propósito fico muito bem comigo mesmo, acho que fiz "uma grande coisa" mas, se me "esquecer" do que me propus, não acontece nada de mais. Apenas um "falhanço", mais um. E pronto.

E... agora? Fiz um propósito concreto.

Vou falhar... mais uma vez?

Tu. Senhor, sabes bem, conheces bem a minha prosápia. Peço-te - atrevo-me a pedir-te - não me "leves a sério", e ajuda-me a ser honesto contigo e a prometer só aquilo que está nas minhas mãos cumprir - e que é bem pouco, como sabes - o que faltar, que é quase tudo, põe-no Tu e, assim, conseguirei.

(AMA, reflexões, 2017)



[i] Resolvi passar à escrita um conjunto de reflexões que têm como sub-título:  Confissões

Se se quiser, poderia chamar-se reflexões sobre mim ou, talvez exame pessoal.

Não sei qual será a utilidade para os eventuais leitores - nem isso me preocupa - mas dada a minha condição de viúvo vivendo sozinho, talvez que alguém encontre alguma "pista" de como lidar com situações peculiares.

Exponho-me, é verdade, mas tenho bem presente que 'não há nada escondido que não acabe por se saber ', e, assim, decidi.


Pequena agenda do cristão

SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?