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29/06/2018

Leitura espiritual



Amar a Igreja 

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Fé.
Precisamos de fé.
Se olharmos com olhos de fé, descobrimos que a Igreja contém em si mesma e difunde à sua volta a sua própria apologia.
Quem a contempla, quem a estuda com olhos de amor à verdade, deve reconhecer que ela, independentemente dos homens que a compõem, e das modalidades práticas com que se apresenta, leva em si mesma uma mensagem de luz universal e única, libertadora e necessária, divina.

Quando ouvimos vozes de heresia - porque são exactamente isso, nunca me agradaram os eufemismos-, quando observamos que se ataca impunemente a santidade do matrimónio e do sacerdócio; a concepção imaculada da Nossa Mãe Santa Maria e a sua virgindade perpétua, com todos os restantes privilégios e excelências com que Deus a adornou; o milagre perene da presença real de Jesus Cristo na Sagrada Eucaristia, o primado de Pedro, a própria Ressurreição de Nosso Senhor, como não sentir a alma cheia de tristeza?
Mas tenham confiança: a Santa Igreja é incorruptível.
A Igreja vacilará se o seu fundamento vacilar, mas poderá Cristo vacilar?
Enquanto Cristo não vacilar, a Igreja jamais fraquejará até ao fim dos tempos.

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O humano e o divino na Igreja

Assim como em Cristo há duas naturezas - a humana e a divina - também, por analogia, podemos referir-nos à existência na Igreja de um elemento humano e de um elemento divino.
A ninguém passa despercebida a evidência dessa parte humana.
A Igreja, neste mundo, está composta por homens e para homens, e dizer homem é falar da liberdade, da possibilidade de actos grandes e de actos mesquinhos, de heroísmos e de claudicações.

Se só admitíssemos essa parte humana da Igreja nunca conseguiríamos compreendê-la, pois não teríamos chegado à porta do mistério. A Sagrada Escritura utiliza muitos termos - tirados da experiência terrena - para os aplicar ao Reino de Deus e à sua presença entre nós, na Igreja.
Compara-a ao redil, ao rebanho, à casa, à semente, à vinha, ao campo onde Deus planta ou edifica.
Mas destaca uma expressão que compendia tudo: a Igreja é o Corpo de Cristo.

E Ele a uns constituiu Apóstolos, a outros profetas, a outros evangelistas, a outros pastores e doutores, para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do Corpo de Cristo. São Paulo escreve também que somos um só corpo em Cristo, e cada um de nós membros uns dos outros.
Como é luminosa a nossa fé! Todos somos em Cristo, porque Ele é a Cabeça do corpo da Igreja.

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É a fé que os cristãos sempre confessaram.
Ouçam comigo estas palavras de Santo Agostinho: e desde então Cristo está formado pela cabeça e pelo corpo, verdade que, não duvido, conheceis bem.
A cabeça é o nosso próprio Salvador, que padeceu sob Pôncio Pilatos e agora, depois de ressuscitar de entre os mortos, está sentado à direita do Pai.
E o Seu corpo é a Igreja.
Não esta ou aquela igreja, mas a que se encontra espalhada por todo o mundo.
Nem sequer é apenas a que existe entre os homens actuais, uma vez que a ela pertencem também os que viveram antes de nós e os que hão-de existir depois, até ao fim do mundo.
Assim, toda a Igreja, formada pela reunião dos fiéis - e porque todos os fiéis são membros de Cristo-, possui Cristo como Cabeça, que governa do Céu o Seu corpo.
E, embora esta Cabeça se encontre fora da vista do corpo, está unida pelo amor.


(cont)

Temas para reflectir e meditar

Cristologia 



A cristologia é uma parte da teologia que trata sobre Cristo. 

Estuda Jesus Cristo em Si mesmo – o mistério da Sua pessoa, como Deus e homem verdadeiro que viveu numas determinadas condições históricas -, e Jesus na economia da salvação – como Messias, Redentor e nosso Salvador -, tal como nos propõe da fé da Igreja.

(Vicente Ferrer BARRIENDOS, Jesucristo nuestro salvador, cap. 1, 1. A, trad ama)

Evangelho


Tempo comum

São Pedro e São Paulo - Apóstolos

Evangelho: Mt 16, 13-19

13 Tendo chegado à região de Cesareia de Filipe, Jesus interrogou os Seus discípulos, dizendo: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?». 14 Eles responde­ram: «Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas». 15 Jesus disse-lhes: «E vós quem di­zeis que Eu sou?». 16 Respondendo Simão Pedro, disse: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo». 17 Respondendo Jesus, disse-lhe: «Bem-aventu­rado és, Simão filho de João, porque não foi a carne e o sangue que to revelaram, mas Meu Pai que está nos céus. 18 E Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. 19 Eu te darei as chaves do Reino dos Céus; e tudo o que ligares sobre a terra, será ligado também nos céus, e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus».

Comentário:

Como é que Pedro sabe que Jesus é o Filho de Deus?

Foi o próprio Deus quem lho revelou, disse Jesus.
Também a nós acontece o mesmo, conhecemos as verdades essenciais sobre Deus porque Ele mesmo no-las revela.

Queremos saber mais e mais profundamente?
Peçamos mais e com maior com maior confiança!

Não há outra forma, ou Deus satisfaz os nossos pedidos feitos com são critério e boa intenção e nos revela o que nos convém saber, ou não os aceitando, porque não convêm ou vão mal endereçados, nos deixará na ignorância que merecemos.

(ama, comentário sobre Mt 16, 13-19, 2011.02.22)



Doutrina – 437


CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ
CAPÍTULO TERCEIRO


«CREIO NA VIDA ETERNA»

216. Em que consiste a esperança dos novos céus e da nova terra?


Depois do juízo final, o próprio universo, libertado da escravidão da corrupção, participará na glória de Cristo com a inauguração dos «novos céus e da nova terra» (2 Ped 3,13).
Será assim alcançada a plenitude do Reino de Deus, ou seja a realização definitiva do desígnio salvífico de Deus de «recapitular em Cristo todas as coisas, as do céu e as da terra» (Ef 1,10).
Deus será então «tudo em todos» (1 Cor 15,28), na vida eterna.
«ÁMEN»

Não andarás encolhido, porque o teu amor é pequeno?

A graça de Deus não te falta. Portanto, se correspondes, deves sentir-te seguro. O triunfo depende de ti: a tua fortaleza e a tua garra – unidas a essa graça – são razão mais que suficiente de te dar o optimismo de quem tem a certeza da vitória. (Sulco, 80)

Não sejais almas de via reduzida, homens ou mulheres menores de idade, de vistas curtas, incapazes de abrangerem o nosso horizonte sobrenatural cristão de filhos de Deus. Deus e Audácia! (Sulco, 96)

Audácia não é imprudência, nem ousadia irreflectida, nem simples atrevimento.

Audácia é fortaleza, virtude cardeal, necessária para a vida da alma. (Sulco, 97)

Li uma vez um provérbio muito popular nalguns países: "O mundo é de Deus, mas Deus aluga-o aos valentes"; e fez-me reflectir.

Por que esperas? (Sulco, 99)

"Não sou o apóstolo que deveria ser. Sou... um tímido!".

Não andarás encolhido, porque o teu amor é pequeno? Reage! (Sulco, 100)

Tratado das virtudes

Questão 64: Do meio-termo das virtudes.

Art. 3 — Se as virtudes intelectuais consistem num meio-termo. [1]

O terceiro discute-se assim. — Parece que as virtudes intelectuais não consistem num meio-termo.

1. — Pois, as virtudes morais consistem num meio-termo por se submeterem à regra da razão. Ora, como as virtudes intelectuais existem na razão mesma, não podem estar sujeitas a uma regra superior. Logo, as virtudes intelectuais não consistem num meio-termo.

2. Demais. — O meio-termo da virtude moral é determinado pela virtude intelectual, conforme o dito de Aristóteles: a virtude consiste num meio-termo determinado pela razão, como o determinaria o sábio [2]. Se pois, a virtude intelectual consistir ainda num outro meio termo, esse lhe há de ser determinado por alguma outra virtude, e assim proceder-se-ia ao infinito.

3. Demais. — Termo médio existe, propriamente, entre contrários, como se vê claramente no Filósofo [3]. Ora, no intelecto não pode haver nenhuma contrariedade, porque os próprios contrários — como preto e branco, são e doente — enquanto nele existentes, deixam de ser tais. Logo, nas virtudes intelectuais não há meio-termo.

Mas, em contrário, a arte é uma virtude intelectual, como já se disse [4] e contudo, é um meio termo, como também já se estabeleceu [5]. Logo, a virtude intelectual consiste num meio-termo.


O bem de um ser consiste num meio-termo, enquanto se submete à regra ou à medida, que pode ultrapassar ou não alcançar, como já dissemos [6]. Ora, tanto a virtude intelectual como a moral ordenam-se para o bem, segundo ficou estabelecido [7]. Donde, estando o bem da virtude intelectual sujeito à medida, está sujeito também ao meio-termo da razão. Ora, o bem da virtude intelectual é o verdadeiro: o verdadeiro absoluto, da virtude especulativa, como se disse [8]; e o da virtude prática, o verdadeiro conforme ao apetite recto.

A verdade do nosso intelecto, absolutamente considerada, é como medida pela realidade. Pois a realidade é a medida do nosso intelecto, segundo se disse [9]; pois, a verdade de uma opinião ou de uma oração depende de uma realidade que é ou não é. Assim, pois, o bem da virtude intelectual especulativa consiste num certo meio-termo conforme a própria realidade, enquanto diz ser o que é, e não ser o que não é; e nisso consiste a essência da verdade. O excesso manifesta-se na afirmação falsa, que diz ser o que não é; e o defeito, em a negação falsa, que diz não ser o que é.

Por outro lado, a verdade da virtude intelectual prática, comparada com a realidade, está para ela como o que é medido; e assim, tanto nas virtudes intelectuais práticas, como nas especulativas, o meio-termo é considerado na sua conformidade com a realidade. Mas em relação ao apetite, ele exerce o papel de regra e medida. Donde, o meio-termo da virtude moral, i. é, a rectidão da razão, é também o da prudência; mas desta, enquanto regula e mede e daquela, como medida e regulada. Semelhantemente, o excesso e o defeito são tomados em acepções diversas, num e noutro caso.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — Também a virtude moral tem a sua medida, como dissemos; e é pela conformidade com esta que é considerado o meio-termo daquela.

RESPOSTA À SEGUNDA. — Não há necessidade de proceder ao infinito, em relação às virtudes, porque a medida e a regra da virtude intelectual não é algum outro género de virtude, mas a própria realidade.

RESPOSTA À TERCEIRA. — As coisas contrárias, em si mesmas, não têm contrariedade na alma, porque um é a razão de conhecermos o outro; e contudo, no intelecto, há a contrariedade da afirmação e da negação, que são contrárias entre si, como se diz no fim do Perihermeneias. Pois, embora o ser e o não-ser não sejam contrários, mas opostos por contrariedade, se os considerarmos como existentes na realidade, porque um é ente e outro, puro não-ente; contudo, referidos ao acto da alma, um e outro exprimem algum ser. Donde, o ser e o não-ser são contraditórios; mas a opinião que considera o bem como bem é contrária a que o considera como não-bem. E entre esses contrários o meio-termo é a virtude intelectual.

Revisão da versão portuguesa por AMA




[1] (III Sent., dist. XXXIII, q. 1. a. 3, qª 3; De Virtut., q. 1, a. 1; q. 4, a. 1, ad 7).
[2] II Ethic., lect. VII.
[3] X Metaph., lect. IX.
[4] VI Ethic. (lect. III).
[5] II Ethic. (lect. VI).
[6] Q. 64, a. 1.
[7] Q. 56, a. 3.
[8] VI Ethic. (lect. II).
[9] X Metaph. (lect. II).

El reto del amor

Hoy el reto del amor es rendir tu corazón al poder de Cristo.







VIVE DE CRISTO®Dominicas de Lerma

Pequena agenda do cristão

Sexta-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?