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14/03/2018

A Santa Missa é acção divina

Não é estranho que muitos cristãos – pausados e até solenes na vida social (não têm pressa), nas suas pouco activas actuações profissionais, na mesa e no descanso (também não têm pressa) – se sintam apressados e apressem o Sacerdote na sua ânsia de encurtar, de abreviar o tempo dedicado ao Santíssimo Sacrifício do Altar? (Caminho, 530)


Toda a Trindade está presente no sacrifício do Altar. Por vontade do Pai, com a cooperação do Espírito Santo, o Filho oferece-Se em oblação redentora. Aprendamos a conhecer e a relacionar-nos com a Santíssima Trindade, Deus Uno e Trino, três pessoas divinas na unidade da sua substância, do seu amor e da sua acção eficaz e santificadora.


Logo a seguir ao lavabo, o sacerdote invoca: Recebei, ó Santíssima Trindade, esta oblação que Vos oferecemos em memória da Paixão, Ressurreição e Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo. E, no final da Santa Missa, há outra oração de inflamada reverência ao Deus Uno e Trino: Placeat tibi, Sancta Trinitas, obsequium servitutis meae... agradável Vos, seja, ó Trindade Santíssima, o obséquio da minha vassalagem: fazei que por misericórdia este Sacrifício oferecido por mim, posto que indigno aos olhos da vossa Majestade, Vos seja aceitável, e que para mim e para todos aqueles por quem o ofereci, seja um sacrifício de perdão.


A Santa Missa – insisto – é acção divina, trinitária, não humana. O sacerdote que celebra serve o desígnio divino do Senhor pondo à sua disposição o seu corpo e a sua voz. Não age, porém, em nome próprio, mas in persona et in nomine Christi, na Pessoa de Cristo e em nome de Cristo.



O amor da Trindade pelos homens faz com que, da presença de Cristo na Eucaristia, nasçam para a Igreja e para a humanidade todas as graças. Este é o sacrifício que profetizou Malaquias: desde o nascer do sol até ao poente, o meu nome é grande entre as nações, e em todo o lugar se sacrifica e se oferece ao meu nome uma oblação pura. É o Sacrifício de Cristo, oferecido ao Pai com a cooperação do Espírito Santo, oblação de valor infinito, que eterniza em nós a Redenção, que os sacrifícios da Antiga Lei não conseguiam alcançar. (Cristo que passa, 86)

Temas para meditar e reflectir

Juízos


Ainda que vísseis algo mau, não julgueis no instante o vosso próximo, antes desculpai-o no vosso interior.

Desculpai a intenção, se não podeis desculpar a acção.

Pensai que o terá feito por ignorância, ou por surpresa, ou por desgraça.

Se a coisa é tão clara que não podeis dissimulá-la, ainda assim procurai julgá-lo assim, e dizei para vós mesmos: a tentação terá sido muito forte.



(SÃO BERNARDO, Sermão 40 sobre o Cantar dos Cantares)



Evangelho e comentário

Tempo de Quaresma


Evangelho: Jo 5, 17-30

17 Naquela altura Jesus replicou-lhes: «O meu Pai continua a realizar obras até agora, e Eu também continuo!» 18 Perante isto, mais vontade tinham os judeus de o matar, pois não só anulava o Sábado, mas até chamava a Deus seu próprio Pai, fazendo-se assim igual a Deus. 19 Jesus tomou, pois, a palavra e começou a dizer-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: o Filho, por si mesmo, não pode fazer nada, senão o que vir fazer ao Pai, pois aquilo que este faz também o faz igualmente o Filho. 20 De facto, o Pai ama o Filho e mostra-lhe tudo o que Ele mesmo faz; e há-de mostrar-lhe obras maiores do que estas, de modo que ficareis assombrados. 21 Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos e os faz viver, também o Filho faz viver aqueles que quer. 22 O Pai, aliás, não julga ninguém, mas entregou ao Filho todo o julgamento, 23 para que todos honrem - o Filho como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou. 24 Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não é sujeito a julgamento, mas passou da morte para a vida. 25 Em verdade, em verdade vos digo: chega a hora - e é já - em que os mortos hão-de ouvir a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem vi-verão, 26 pois, assim como o Pai tem a vida em si mesmo, também deu ao Filho o poder de ter a vida em si mesmo; 27 e deu-lhe o poder de fazer o julgamento, porque Ele é Filho do Homem. 28 Não vos assombreis com isto: é chegada a hora em que todos os que estão nos túmulos hão-de ouvir a sua voz, 29 e sairão: os que tiverem praticado o bem, para uma ressurreição de vida; e os que tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de condenação. 30 Por mim mesmo, Eu não posso fazer nada: conforme ouço, assim é que julgo; e o meu julgamento é justo, porque não busco a minha vontade, mas a daquele que me enviou.»

Comentário:

Em toda a Sua Majestade Divina, Jesus apresenta-se aos que O interrogam.

Esclarece todos os pontos essenciais da Fé não deixando dúvi­das sobre a Sua figura e o Seu papel na história da Redenção humana.

Ele tem, de facto, todo o poder e os atributos de Deus Pai, Criador e Senhor de todas as coisas.

Impressiona-me, particularmente, o último versículo «Não posso por Mim mesmo fazer coisa alguma. Julgo se­gundo o que ouço, e o Meu juízo é justo, porque não busco a Minha vontade, mas a d'Aquele que Me enviou», porque, realmente, declara o Seu supremo respeito pela liberdade do homem que é, em última análise, quem escolhe o seu destino na Vida Eterna.

Dá-me vontade de Lhe pedir - se fosse possível - que me coarcte essa liberdade e me coaja a ser santo; que não me deixe, a mim, a opção, porque, eu, pobre de mim, sou fraco e débil para fazer as escolhas correctas.

Então digo-lhe, com o coração nas mãos: "Docere me facere voluntatem Tuam quia Deus meus es Tu».

Assim e só assim, estarei seguro e a salvo de mim mesmo.

(AMA, comentário sobre Jo 5, 17-30, 12.07.2005)

Leitura espiritual

LA INMORTALIDAD DEL ALMA


LIBRO ÚNICO [1]


VI



La razón que es inmutable, ya exista en el alma, ya con el alma, ya el alma exista en la razón, no se puede separar de la misma e idéntica alma.



10. Por consiguiente, veo que nos debemos aplicar con todas las fuerzas del raciocinar para saber qué es la razón y de cuántas maneras se puede definir a fin de que aparezca evidente la inmortalidad del alma según todas sus modalidades.

La razón es la visión del alma con la cual ésta por sí misma y no por medio del cuerpo intuye la verdad; o bien es la contemplación de la verdad no realizada por medio del cuerpo, o bien es la verdad misma que es contemplada.

Nadie puede dudar que la razón en el primer caso subsiste en el alma; con respecto al segundo y tercero se puede investigar; con todo, en el segundo caso tampoco puede subsistir sin el alma.
En cuanto al tercero se presenta un grave problema: si aquella verdad, que el alma intuye sin el auxilio del cuerpo, exista por sí misma y no exista en el alma, o si podría existir sin el alma.
Pero de cualquier modo que sea, no podrá el alma por sí misma contemplar la verdad si no tuviese con ella alguna unión.
Puesto que todo lo que contemplamos o aprehendemos con el pensamiento, lo aprehendemos o con el sentido o con el entendimiento. Pero aquello que es captado por el sentido es también sentido como existiendo fuera de nosotros y como contenido en el espacio, por lo cual se afirma que no puede ser percibido realmente.

Por el contrario, lo que es entendido, es entendido no como puesto en otra parte, sino como el alma misma que entiende, puesto que es entendido al mismo tiempo como no contenido en el espacio.



11. Por lo cual, esta unión del alma que intuye y de su verdad que es intuida o es tal que el sujeto es el alma y la verdad aquella existe en el alma, o, por el contrario, es la verdad el sujeto y el alma existe en ella, o ambas, verdad y alma, son sustancias.

De estos tres casos si es cierto el primero, tan inmortal es el alma como la razón, según la exposición hecha más arriba: que la razón no puede existir sino en un sujeto vivo.

La misma necesidad se encuentra en el segundo caso. Porque si aquella verdad, que se llama razón, nada tiene que esté sujeto al cambio, como es evidente, nada tampoco puede mudarse de lo que existe en ella como en su sujeto.

Por consiguiente, toda la discusión se reduce a lo tercero.
Puesto que si el alma es sustancia, y la razón a la que se une es también sustancia, no sería absurdo que alguien hubiera podido pensar que podría suceder que, perdurando la razón, el alma dejara de existir. Pero es evidente que mientras el alma no se separe de la razón y esté unida a ella, necesariamente perdura y vive.
Y bien, ¿con qué fuerza, en última instancia, puede ser separada? ¿Acaso con una fuerza corporal cuyo poder no sólo es más débil sino también su origen inferior y su naturaleza bastante distinta?
Imposible.
Entonces, ¿tal vez con una fuerza psíquica?
Pero también esto, ¿de qué manera?
¿Hay quizá alguna otra alma más poderosa, cualquiera que sea, que no puede contemplar la razón sino separando de ella a otra?
Sin embargo, dado que todas las almas están en contemplación de la razón, a ninguna le puede faltar; y, no habiendo nada más poderoso que la razón misma, que es lo más inmutable, de ninguna manera habrá un alma que aún no esté unida a la razón más poderosa que el alma que le está unida.

Queda todavía otra posibilidad: o que la razón la separe de sí misma, o que el alma misma se separe voluntariamente de la razón.

Ahora bien, nada hay de mala voluntad en la naturaleza de la razón para que no se entregue al alma a fin de que la disfrute.
Además, cuanto más plenamente la razón existe, tanto más hace que cuanto se le una, exista, y precisamente es esto todo lo contrario de la muerte.
Mas no sería demasiado absurdo que alguien dijera que el alma se puede separar de la razón voluntariamente, concedido que pueda darse alguna separación entre sí de las cosas que no están en el espacio. Esto ciertamente se puede objetar contra todo lo anterior, a lo que hemos alegado otras objeciones.

¿Qué pues?
¿Acaso ya no se ha de concluir que el alma es inmortal?
O ¿quizá, si no se puede separar, puede todavía extinguirse?

Porque si aquella fuerza de la razón afecta al alma por su misma unión, que efectivamente no puede dejar de afectarla, de tal manera seguramente la afecta que le otorga el existir.

En efecto, la razón misma existe por sobre todo y en ella es donde también se entiende la máxima inmutabilidad.
Y así al alma, a la que afecta de sí, la obliga en algún modo a existir.

Por consiguiente, el alma no se puede extinguir, a no ser que hubiera sido separada de la razón.

Mas no se puede separar como arriba lo hemos demostrado. Luego no puede perecer.

 

VII



El alma no perece ni aún cuando flor su esencia tienda al menoscabo.



12. Pero esta separación de la razón por la que sobreviene al alma la necedad, no puede darse sin un menoscabo del alma; si, en efecto, es más que el alma esté dirigida y adherida a la razón, por eso, porque está adherida a un ser inmutable que es la verdad, que no sólo existe por sobre todas las cosas, sino también antes que todas, cuando de ella ha sido separada posee en menor grado esa misma existencia, lo que es menoscabarse.

Ahora bien, todo menoscabo tiende a la nada, y no se puede concebir ninguna muerte más propiamente que cuando esto, que era algo, se hace nada.

Por lo cual, tender a la nada es tender a la muerte.
Porqué la muerte no caiga en el alma en la que cae el menoscabo, apenas es posible decirlo.
Aquí concedemos todo lo demás, pero negamos que necesariamente se siga la muerte para lo que tiende a la nada, esto es, que efectivamente llegue a la nada.
Esto se puede observar también en el cuerpo.
Porque, puesto que todo cuerpo es una parte del mundo sensible y por eso cuanto más grande es y más lugar ocupa, tanto más se acerca al todo, y cuanto más se comporta así tanto más plenamente existe. En efecto, el todo es más que la parte.
Por lo cual también es necesario que sea menos cuando se reduce. Luego, cuando se reduce, experimenta un menoscabo.
Ahora bien, se reduce cuando de él se quita algo cortando.
De aquí resulta que por esa sustracción tienda a la nada.
Con todo, ninguna sustracción lo lleva ala nada; porque toda parte que queda es cuerpo y cualquiera sea su tamaño, ocupa un lugar de cualquier dimensión.
Esto no podría suceder, si no tuviese partes en las que siempre de idéntico modo se dividiera.
Luego, se puede reducir un cuerpo al infinito dividiéndolo infinitivamente, y por eso, puede sufrir un menoscabo y tender a la nada, aunque jamás pueda llegar.
Todo esto también se puede afirmar y entender del espacio mismo y de cualquier intervalo.
Porque no sólo quitando de esos intervalos limitados, v. gr., una mitad, sino también de lo que resta siempre la mitad, el intervalo se reduce y progresa hacia el fin, al que sin embargo de ningún modo llega.

Cuánto menos se ha de temer esto del alma! Puesto que el alma es ciertamente mejor y más vivaz que el cuerpo, por medio de la cual éste recibe la vida.


Santo Augustin de Hipona





[1] Escrito el año 387 de Cristo. Contiene este libro el conjunto de razones sobre la inmortalidad del alma, así como la solución de las dificultades que se presentan.

O que é a Verdade

Capela de Santa Rita - Termas de Monte Real


Doutrina – 409

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ
CAPÍTULO TERCEIRO

CREIO NA SANTA IGREJA CATÓLICA

Os fiéis: hierarquia, leigos, vida consagrada

187. Como é que os Bispos exercem a função de governar?


Cada Bispo, enquanto membro do colégio episcopal, exerce colegialmente a solicitude por todas as Igrejas particulares e por toda a Igreja, juntamente com os outros Bispos unidos ao Papa.

O Bispo, a quem é confiada uma Igreja particular, governa-a com a autoridade do poder sagrado, próprio, ordinário e imediato, exercido em nome de Cristo, bom Pastor, em comunhão com toda a Igreja e sob a condução do sucessor de Pedro.

Pequena agenda do cristão

Quarta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)






Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?