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03/03/2018

Vai perseverantemente ao Sacrário

Vai perseverantemente ao Sacrário, fisicamente ou com o coração, para te sentires seguro, para te sentires sereno: mas também para te sentires amado... e para amar! (Forja, 837)


Copio umas palavras de um sacerdote, dirigidas aos que o seguiam no seu empreendimento apostólico: "Quando contemplardes a Sagrada Hóstia exposta na custódia sobre o altar, olhai que amor, que ternura a de Cristo. Explico-o pelo amor que vos tenho; se pudesse estar longe trabalhando e, ao mesmo tempo, junto de cada um de vós, com que gosto o faria!


Mas Cristo, Ele sim, pode fazê-lo! E Ele, que nos ama com um amor infinitamente superior ao que podem albergar todos os corações da Terra, ficou para que possamos unir-nos sempre à sua Humanidade Santíssima e para nos ajudar, para nos consolar, para nos fortalecer, para que sejamos fiéis". (Forja, 838)



As manifestações externas de amor devem nascer do coração e prolongar-se com o testemunho da conduta cristã. Se fomos renovados com a recepção do Corpo do Senhor, temos de o manifestar com obras. Que os nossos pensamentos sejam sinceros: de paz, de entrega, de serviço. Que as nossas palavras sejam verdadeiras, claras, oportunas; que saibam consolar e ajudar, que saibam sobretudo levar aos outros a luz de Deus. Que as nossas acções sejam coerentes, eficazes, acertadas: que tenham esse bonus odor Christi, o bom odor de Cristo, por recordarem o seu modo de Se comportar e de viver. (Cristo que passa, 156)

Temas para reflectir e meditar

Como rezar

Para rezar, não são precisos nem gestos, nem gritos, nem silêncio, nem genuflexões. A nossa oração, ao mesmo tempo sábia e fervorosa, deve ser espera de Deus, até que Deus venha e visite a nossa alma por todas as suas vias de acesso, por todos os seus caminhos, por todos os seus sentidos. Demos tréguas aos nossos silêncios, aos nossos gemidos, aos nossos soluços: não procuremos na oração senão o abraço apertado de Deus.

Não é verdade que, no trabalho, empregamos todo o nosso corpo num mesmo esforço? Não colaboram nisso todos os nossos membros? Que também a nossa alma se consagre toda ela à oração e ao amor do Senhor; que ela não se deixe distrair nem bloquear com pensamentos; que toda ela seja espera de Cristo. Então Cristo iluminá-la-á, ensinar-lhe-á a verdadeira oração, dar-lhe-á a súplica pura e espiritual de acordo com a vontade de Deus, a adoração "em espírito e verdade" (Jo 4,24).

Aquele que exerce um comércio não procura simplesmente realizar um lucro. Esforça-se também, por todos os meios, por aumentá-lo e acrescentá-lo. Empreende novas viagens e renuncia às que lhe parecem não trazer proveito; só parte com a esperança de um negócio. Como ele, saibamos também conduzir a nossa alma pelos caminhos mais diversos e mais oportunos e adquiriremos, oh ganho supremo e verdadeiro, esse Deus que nos ensina a rezar na verdade.

O Senhor repousa numa alma fervorosa, faz dela o seu trono de glória, ali se senta e permanece.

São Macário (? - 405) monge no Egipto, Homilias espirituais nº 33





Evangelho e comentário

Tempo de Quaresma

Evangelho: Lc 15, 1-3. 11-32

1 Aproximavam-se dele todos os cobradores de impostos e pecadores para o ouvirem. 2 Mas os fariseus e os doutores da Lei murmuravam entre si, dizendo: «Este acolhe os pecadores e come com eles.» 3 Jesus propôs-lhes, então, esta parábola:
11 «Um homem tinha dois filhos. 12 O mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte dos bens que me corresponde.’ E o pai repartiu os bens entre os dois. 13 Poucos dias depois, o filho mais novo, juntando tudo, partiu para uma terra longínqua e por lá esbanjou tudo quanto possuía, numa vida desregrada. 14 Depois de gastar tudo, houve grande fome nesse país e ele começou a passar privações. 15 Então, foi colocar-se ao serviço de um dos habitantes daquela terra, o qual o mandou para os seus campos guardar porcos. 16 Bem desejava ele encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. 17 E, caindo em si, disse: ‘Quantos jornaleiros de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome! 18 Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e vou dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti; 19 já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus jornaleiros.’ 20 E, levantando-se, foi ter com o pai. Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos. 21 O filho disse-lhe: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho.’ 22 Mas o pai disse aos seus servos: ‘Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha; dai-lhe um anel para o dedo e sandálias para os pés. 23 Trazei o vitelo gordo e matai-o; vamos fazer um banquete e alegrar-nos, 24 porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado.’ E a festa principiou. 25 Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se de casa ouviu a música e as danças. 26 Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. 27 Disse-lhe ele: ‘O teu irmão voltou e o teu pai matou o vitelo gordo, porque chegou são e salvo.’ 28 Encolerizado, não queria entrar; mas o seu pai, saindo, suplicava-lhe que entrasse. 29 Respondendo ao pai, disse-lhe: ‘Há já tantos anos que te sirvo sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos; 30 e agora, ao chegar esse teu filho, que gastou os teus bens com meretrizes, mataste-lhe o vitelo gordo.’ 31 O pai respondeu-lhe: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 32 Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado.’»

Comentários:

Não é possível comentar este evangelho sem nos introduzirmos na cena que descreve o reencontro do Pai com o filho.

Constatamos que o Pai está na expectativa do regresso do seu filho à casa paterna porque o avista quando ainda vem longe e, o amor que vê longe, reconhece-o imediatamente e não pode esperar mais, corre ao seu encontro.

Aí está o Nosso Pai do Céu na expectativa permanente do nosso regresso e, quando se confirma o Seu desejo e se apercebe que queremos regressar, nem ouve o que termos para Lhe dizer, antes se dá pressa em restituir-nos a dignidade que tínhamos perdido.

Voltando a assumir a nossa suprema categoria, como podemos deixar o regresso para mais tarde?

Agora! Agora é o tempo de voltar!

(ama, comentário sobre Lc 15, 1-3. 11-32, 06.03.2016)



Leitura espiritual

Jesus Cristo o Santo de Deus
CAPÍTULO V

O SUBLIME CONHECIMENTO DE CRISTO


4.O Nome e o Coração de Jesus             

…/3

Em relação a Jesus Cristo, temos alguma coisa bem mais real a que nos “agarrar” para entrarmos em contacto com a Sua pessoa vivente: temos o Seu Coração!
O rosto era somente um símbolo metafórico, porque se sabia bem que Deus não tem um rosto humano; mas o coração é, agora, para nós, depois da Encarnação, um símbolo real – isto é, ao mesmo tempo, símbolo e realidade – porque sabemos que Cristo tem um coração humano, que dentro da SS Trindade existe, um coração humano que pulsa.
Se, de facto, Cristo ressuscitou da morte, também o Seu coração ressuscitou da morte; ele vive, como o resto do Seu corpo, numa dimensão diferente da primeira – espiritual e não carnal – mas vive.
Se o Cordeiro vive no Céu “imolado, mas de pé” [i], também o Seu coração condivide o mesmo estado; é um coração trespassado, mas vivo; eternamente trespassado, porque eternamente vivo.

É esta talvez a certeza que faltava (ou que não estava suficientemente expressa) no culto tradicional do Sagrado Coração e que pode contribuir para renovar e revitalizar este culto.
O Sagrado Coração não é somente aquele Coração que pulsava no peito de Cristo, quando vivia na terra e que foi trespassado na cruz e do qual só a fé e a devoção, ou, no máximo, a Eucaristia, podem perpetuar a presença entre nós.


Ele não vive somente na devoção, mas também na realidade; não se coloca somente no passado, mas também no pressente.

A devoção ao Sagrado Coração de Jesus não está ligada exclusivamente e uma espiritualidade que privilegia o Jesus terrestre e Crucificado, como foi durante muitos séculos a espiritualidade latina, mas também está aberta ao mistério da ressurreição e da primazia de Cristo.

Todas as vezes que pensamos neste Coração, que o ouvimos, por assim dizer, pulsar sobre nós, no centro do corpo místico, nós entramos em cantacto com a pessoa viva de Deus.

A devoção ao Sagrado Coração não se esgotou, por isso, a sua tarefa com o desaparecimento co jansenismo, mas permanece, também hoje, como o melhor antídoto contra a abstracção, o intelectualismo, e aquele formatismo que tornam tão áridas a teologia e a fé.
Um coração que pulsa é aquilo que mais claramente distingue uma realidade viva do seu conceito, porque o conceito pode sintetizar tudo numa pessoa, excepto o seu coração que palpita.

CAPÍTULO VI

«TU AMAS-ME?»

O AMOR POR JESUS

São Tomás distingue o amor em duas grandes espécies: o amor de concupiscência e o amor de amizade, o que corresponde, em parte, à outra distinção, mais comum, entre eros e ágape, entre o amor de procura e o amor de doação.
O amor de concupiscência – diz ele – é quando alguém ama alguma coisa (aliquis aliquid), isto é, quando uma pessoa ama uma coisa, entendendo-se por “coisa” não só um bem material ou espiritual, mas também uma pessoa se esta não for amada como tal, mas sim instrumentalizada e reduzida precisamente a uma coisa.
O amor de amizade é quando alguém ama alguém (aliquis amat aliquem), isto é, quando uma pessoa ama uma outra pessoa [ii].

A relação fundamental que nos liga a Jesus enquanto pessoa é então o amor.
A pergunta que nos pusemos acerca da divindade de Cristo era: “Tu crês?”;
A pergunta que nos devemos pôr acerca da pessoa de Cristo, é: “Tu amas-me?”
Existe um exame de cristologia em que todos os crentes, não só os teólogos, devem passar, e este exame comporta duas perguntas obrigatórias para todos.
O examinador aqui é o próprio Cristo.
Do resultado deste exame depende não o acesso ao sacerdócio ou ao ministério da pregação, ou de uma láurea em teologia, mas sim o acesso à vida eterna.
E essas duas perguntas são: “Tu crês?” e “Tu amas-me?”:
Tu crês na divindade de Cristo?
Tu amas a pessoa de Cristo?

S. Paulo pronunciou estas terríveis palavras:
«Se alguém não ama o Senhor, seja anátema!» [iii], e o Senhor de quem se fala aqui é o Senhor Jesus Cristo.
No decurso dos séculos foram pronunciados a propósito de Cristo muitos anátemas: contra quem negava a Sua humanidade, contra quem dividia as Suas duas naturezas, contra quem as confundia…, mas talvez nunca se deu bastante importância ao facto de que o primeiro anátema da cristologia, pronunciado por um Apóstolo em pessoa, é contra aqueles que não amam Jesus Cristo.

Nesta sexta etapa do nosso caminho de aproximação a Cristo pela via dogmática da Igreja, iremos enfrentar, com a ajuda do Espírito, precisamente algumas perguntas referentes ao amor de Cristo:
Porquê amar Jesus Cristo?
Que significa amar Jesus Cristo?
É possível amar Jesus Cristo?
Amamos nós a Jesus Cristo?

(cont)
rainiero cantalamessa, Pregador da Casa Pontifícia.





[i] Cfr.Ap 5,6
[ii] S. Tomás, Summa Theol., I-Hae, 9-27 a.1
[iii] 1 Cor 16,22

Hoy el reto del amor es dar una limosna al pobre.

NOTANDO LA CUARESMA

Hace unos días tuve que ir a Burgos al médico de la alergia, y me fui en autobús. En la salida de la estación siempre hay una mujer sentada pidiendo limosna para alimentar a sus hijos. Me la quedé mirando y pensé: "Realmente, cuando mejor comerán sus hijos tiene que ser en Cuaresma, porque más de un cristiano pasará por aquí y, en este tiempo, le dará una limosna..." Y con la idea de que en estos días esta mujer era más feliz gracias a este tiempo en el que nuestra Madre la Iglesia nos invita a descubrir los bienes de arriba y a soltar los bienes de la tierra, me fui caminando despacio al médico.

A la vuelta me sobraba un rato y, después de cojer el billete y dejar a la hermana con la que iba rezando en una iglesia, volví a hablar con la mujer. Le pregunté:

-¿Tú notas que es Cuaresma?

-¿Qué es eso, hermana?

Le conté que era un tiempo especial para los cristianos en el que nos preparamos para el gran misterio de nuestra salvación y que, entre otras cosas, lo que hacemos es hacer limosnas.

La verdad es que estuvimos hablando un rato de Cristo y su amor.

Pero al final me contestó que ella no había notado que era Cuaresma: que las limosnas eran las mismas y más bien pocas. Le regalé el crucifijo que tenía en el bolsillo y las monedas que me habían sobrado al comprar los billetes. Se me quedó el bolsillo vacío, pero el corazón totalmente feliz.

A los pocos días me ha tocado pasar por una situación un poco parecida. Estamos acabando el libro del perdón y mi ilusión es poder hacer una pequeña edición de libros para poder regalar a gente que no puede comprarlo, como son los presos de la cárcel, sus familiares, indigentes... Para ello, estoy llamando a la puerta de fundaciones, asociaciones y... ¡qué duro es encontrarte con un "No hay fondos, no es posible"! Y tienes que volver a intentarlo por otro sitio. Qué difícil es entender la gratuidad, compartir con el que no tiene.

Hoy el reto del amor es dar una limosna al pobre que ves todos los días, que note que es Cuaresma. Dale una alegría, prívate por amor a Cristo de tu café o tu tabaco para dárselo a ese pobre que necesita para un bocadillo. El Señor te regalará la felicidad en el corazón cuando te desprendas de tus bienes. Te invito a que lo experimentes en el día de hoy. Cristo te quiere libre.


VIVE DE CRISTO

Pequena agenda do cristão

SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?