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17/02/2018

A dor de corrigir

Esconde-se uma grande comodidade – e às vezes uma grande falta de responsabilidade – naqueles que, constituídos em autoridade, fogem da dor de corrigir, com a desculpa de evitar o sofrimento alheio. Talvez poupem desgostos nesta vida..., mas põem em jogo a felicidade eterna – a deles e a dos outros – pelas suas omissões que são verdadeiros pecados. (Forja, 577)

O santo, para a vida de muitos, é "incómodo". Mas isto não significa que tenha de ser insuportável.

O seu zelo nunca deve ser amargo; a sua correcção nunca deve ferir; o seu exemplo nunca deve ser uma bofetada moral, arrogante, na cara do próximo. (Forja, 578)

Portanto, quando nos apercebemos de que na nossa vida ou na dos outros alguma coisa corre mal, alguma coisa precisa do auxílio espiritual e humano, que nós, filhos de Deus, podemos e devemos prestar, uma clara manifestação de prudência consistirá em dar-lhe remédio oportuno, a fundo, com caridade e com fortaleza, com sinceridade. Não valem as inibições. É errado pensar que com omissões ou adiamentos se resolvem os problemas.


Sempre que a situação o requeira, a prudência exige que se aplique o remédio totalmente e sem paliativos, depois de pôr a chaga a descoberto. Ao notar os menores sintomas do mal, sede simples, verazes, quer sejais vós a curar os outros, quer sejais vós a receber essa assistência. Nesses casos, deve-se permitir à pessoa que está em condições de curar em nome de Deus que aperte de longe a zona infectada e depois de mais perto, até sair todo o pus, de modo que o foco da infecção acabe por ficar bem limpo. Em primeiro lugar, temos que proceder assim connosco mesmos e com quem, por motivos de justiça ou caridade, temos obrigação de ajudar. Rezo nesse sentido especialmente pelos pais e por quem se dedica a tarefas de formação e de ensino. (Amigos de Deus, 157)

Temas para meditar e reflectir

Dificuldades - Nós e os outros


Verificamos muitas vezes que aquele que julgávamos conhecer bem - talvez até intimamente - tem problemas, emoções e dificuldades que desconhecíamos inteiramente.

Constatamos que, afinal, não somos únicos nem "especiais" e que o que nos acontece - e muitas vezes nos condiciona -, também sucede nesse outro.

Que fazer então?

Sugerir o nosso próprio remédio?

Bom... se connosco funciona porque não?

Agora, se não conseguimos encontrar para nós próprios, solução ou lenitivo que fazer senão pedir conselho.

Aliás, devemos fazê-lo sempre, não só porque é muito útil, mas, sobretudo, porque essa pessoa que nos aconselha terá a experiência e sabedoria para nos esclarecer e encaminhar com segurança.


(ama, reflexões, 2016.11.17)

Evangelho e comentário

Tempo de Cinzas

Sábado depois de Cinzas

Evangelho: Lc 5, 27-32

27 Depois disto, Jesus saiu e viu um cobrador de impostos, chamado Levi, sentado no posto de cobrança. Disse-lhe: «Segue-me.» 28 E ele, deixando tudo, levantou-se e seguiu-o. 29 Levi ofereceu-lhe, em sua casa, um grande banquete; e encontravam-se com eles, à mesa, grande número de cobradores de impostos e de outras pessoas. 30 Os fariseus e os doutores da Lei murmuravam, dizendo aos discípulos: «Porque comeis e bebeis com os cobradores de impostos e com os pecadores?» 31 Jesus tomou a palavra e disse-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas os que estão doentes. 32 Não foram os justos que Eu vim chamar ao arrependimento, mas os pecadores.»

Comentários:

A resposta de Jesus não pode ser mais clara ou concludente.

E, além disso, na “lógica” dos planos divinos para a salvação da humanidade, perfeitamente natural.

Não parece possível que alguém não tivesse entendido as Suas palavras ou não entendesse o Seu propósito.


(AMA, comentário sobre Lc 5, 27-32. 17.10.2017)

Leitura espiritual

RESUMOS DA FÉ CRISTÃ

TEMA 8 Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro

Jesus Cristo assumiu a natureza humana sem deixar de ser Deus: é verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

3. A união hipostática

No princípio do século quinto, após as controvérsias precedentes, era clara a necessidade de defender firmemente a integridade das duas naturezas humana e divina na Pessoa do Verbo; de modo que a unidade pessoal de Cristo começa a constituir o centro da atenção da cristologia e da soteriologia patrística.

Para este novo aprofundamento contribuíram novas discussões.
A primeira grande controvérsia teve a sua origem nalgumas afirmações de Nestório, patriarca de Constantinopla, que utilizava uma linguagem em que dava a entender que em Cristo há dois sujeitos: o sujeito divino e o sujeito humano, unidos entre si por um vínculo moral, mas não fisicamente.
É neste erro cristológico que tem origem a recusa do título de Mãe de Deus, Theotókos, aplicado a Santa Maria. Maria seria Mãe de Cristo, mas não Mãe de Deus.
Opondo-se a esta heresia, São Cirilo de Alexandria e o Concílio de Éfeso de 431 recordaram que «a humanidade de Cristo não tem outro sujeito senão a pessoa divina do Filho de Deus, que a assumiu e a fez sua desde que foi concebida.
Por isso, o Concílio de Éfeso proclamou, em 431, que Maria se tornou, com toda a verdade, Mãe de Deus por ter concebido humanamente o Filho de Deus em Seu seio» [i].

Anos mais tarde surgiu a heresia monofisita.

Esta heresia tem os seus antecedentes no apolinarismo e numa má compreensão por parte de Eutiques (ancião arquimandrita de um mosteiro de Constantinopla), da doutrina e da linguagem empregue por São Cirilo.
Eutiques afirmava, entre outras coisas, que Cristo é uma Pessoa que subsiste numa só natureza, pois a natureza humana teria sido absorvida na divina.
Este erro foi condenado pelo Papa São Leão Magno, no seu Tomus ad Flavianum [ii] – autêntica jóia da teologia latina – e pelo Concílio ecuménico de Calcedónia do ano 451, ponto de referência obrigatório para a cristologia.

Ensina assim:
«há que confessar um só mesmo Filho e Senhor nosso Jesus Cristo: perfeito na divindade e perfeito na humanidade» [iii], e acrescenta que a união das duas naturezas é «sem confusão, sem alteração, sem divisão, sem separação» [iv].

A doutrina de Calcedónia foi confirmada e aclarada pelo II Concílio de Constantinopla do ano 553, que faz uma interpretação autêntica do Concílio anterior.
Depois de sublinhar várias vezes a unidade de Cristo [v], afirma que a união das duas naturezas de Cristo tem lugar segundo a hipóstase [vi], superando, assim, a possibilidade de equívocos da fórmula ciriliana que falava de unidade segundo a “fisis”.
Nesta linha, o II Concílio de Constantinopla indicou também o sentido em que deveria entender-se a conhecida fórmula ciriliana de «uma natureza do Verbo de Deus encarnada» [vii], frase que São Cirilo pensava ser de Santo Atanásio, tratando-se, na realidade, de uma falsificação apolinarista.

Nestas definições conciliares, que tinham como finalidade aclarar alguns erros concretos e não expor o mistério de Cristo na sua totalidade, os Padres conciliares utilizaram a linguagem do seu tempo.
Da mesma maneira que Niceia empregou o termo consubstancial, Calcedónia utiliza termos como natureza, pessoa, hipóstase, etc., de acordo com o significado habitual que tinham na linguagem comum e na teologia da sua época. Isto não significa, como afirmaram alguns, que a mensagem evangélica se helenizasse.
Na realidade, os que se mostraram rigidamente helenizantes foram precisamente aqueles que propunham as doutrinas heréticas, como Arrio ou Nestório, que não souberam ver as limitações que tinha a linguagem filosófica do seu tempo face ao mistério de Deus e de Cristo.

4. A Humanidade Santíssima de Jesus Cristo

«Na Encarnação “a natureza humana foi assumida, não absorvida” [viii]» [ix].

Por isso a Igreja ensinou «a plena realidade da alma humana, com as suas operações de inteligência e vontade, e do corpo humano de Cristo.

Mas, paralelamente, a mesma Igreja teve de lembrar repetidamente que a natureza humana de Cristo pertence, como própria, à pessoa divina do Filho de Deus que a assumiu.
Tudo o que Ele fez e faz nela, depende de “um da Trindade”.
Portanto, o Filho de Deus comunica à sua humanidade, o seu próprio modo de existir pessoal na Santíssima Trindade.
E assim, tanto na sua alma, como no seu corpo, Cristo exprime humanamente os costumes divinos da Trindade [x]»,  [xi].

A alma humana de Cristo é dotada de um verdadeiro conhecimento humano.

A doutrina católica ensinou tradicionalmente que Cristo, enquanto homem, possuía um conhecimento adquirido, uma ciência infusa e a ciência beata própria dos bem-aventurados no Céu.
O conhecimento adquirido de Cristo não podia ser, por si mesmo, ilimitado: «por isso o Filho de Deus, fazendo-Se homem, pôde aceitar “crescer em sabedoria, estatura e graça[xii] e também teve de Se informar sobre o que, na condição humana, deve aprender-se de modo experimental [xiii]» [xiv].
Cristo, em quem repousa a plenitude do Espírito Santo com os Seus dons [xv], possuiu também a ciência infusa, quer dizer, aquele conhecimento que não se adquire directamente pelo trabalho da razão, mas é infundido directamente por Deus na inteligência humana.

Com efeito, «o Filho também mostrava, no seu conhecimento humano, a clarividência divina que tinha dos pensamentos secretos do coração dos homens [xvi]» [xvii].

Cristo possuía também a ciência própria dos beatos: «Pela sua união com a Sabedoria divina na pessoa do Verbo Encarnado, o conhecimento humano de Cristo gozava, em plenitude, da ciência dos

Por tudo isto deve afirmar-se que Cristo, enquanto homem, é infalível: admitir o erro n’Ele seria admiti-lo no Verbo, única pessoa existente em Cristo.

(cont)

José Antonio Riestra

Notas:





[i] Catecismo, 466; cf. DS 250 e 251
[ii] Cf. Ibidem, 290-295.
[iii] Cf. Ibidem, 301; Catecismo, 467.
[iv] Cf. Idem.
[v] Cf. Ibidem, 423.
[vi] Cf. Ibidem, 425
[vii] Cf. Ibidem, 429.
[viii] GS 22, 2
[ix] Catecismo, 470
[x] cf. Jo 14, 910
[xi] Catecismo, 470
[xii] Lc 2, 52
[xiii] cf. Mc 6, 38; 8, 27; Jo 11, 34
[xiv] Catecismo, 472
[xv] cf. Is 11, 1-3
[xvi] cf. Mc 2, 8; Jo 2, 25; 6, 61
[xvii] Catecismo, 473

Hoy el reto del amor es jugar a sustituir expresiones

 
ECONOMÍA TEOLÓGICA


Llevaba un día de perros. De esos que la paciencia se agota... 

Quería empezar a montar los vídeos que hemos hecho con las marionetas, pero había un montón de trabajos urgentes que necesitaban el ordenador... El día iba pasando... 

¡Al final sólo pude sentarme unos minutos! Y, para colmo, ese tiempo sólo me sirvió para descubrir que el programa se nos ha estropeado. ¡Imagina de qué gas llegué a la oración! 

Al comentárselo a Lety, me dijo que el programa es muy viejo, que había que conseguir otro. Nos pusimos a buscar... ¡y ahí ya sí que me dio el patatús! ¡Un miserable programa valía riñón y medio! 

En esto, la página se actualizó y... ¿sabes qué salió? "Rebajas de mayo, sólo 7 días". Algunos programas estaban al 10%, otros al 25%... pero, justo el que habíamos mirado nosotras estaba... ¡¡¡al 75%!!! 

Siempre decimos que el Señor paga el 50% de nuestros proyectos. Está claro que, por aquello de que es su mes, María quiso colaborar con otro 25%... ¡¡Gloria al Señor!!

Por la noche, en el oratorio, me daba cuenta de que, cuando actúa así, es fácil sustituir el "qué casualidad" por un "¡gracias!", pero, cuando a diario actúa en cositas pequeñas, ¿qué nos sale decir? 

Y, si nada es casualidad... esa noche tuve que darle gracias también por haber permitido que el programa se estropease justo en ese momento, que no llegase a verlo antes, que... Realmente, ¡todo está en sus manos, y hasta de lo que parece malo, Cristo saca un bien! 

Hoy el reto del amor es jugar a sustituir expresiones. Te invito a que hoy, cuando te salga el "¡qué casualidad!" vuelvas tu mirada al Cielo y digas "¡Gracias, Señor!". Y, si en algún momento te surge la frase "¡qué mala suerte!", te invito a cambiarla por un "No te entiendo, Señor... pero espero en Ti". ¡Disfruta sabiendo que Cristo tiene el control y descansa en sus brazos! ¡Feliz día! 


VIVE DE CRISTO

Pequena agenda do cristão

SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?