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06/02/2018

Dar é próprio dos apaixonados

O teu talento, a tua simpatia, as tuas condições... perdem-se; não te deixam aproveitá-las. – Pensas bem nestas palavras de um autor espiritual: "Não se perde o incenso que se oferece a Deus. – Mais se honra o Senhor com o abatimento dos teus talentos do que com o seu uso vão". (Caminho, 684)

E, abrindo os seus tesouros, ofereceram-lhe presentes de ouro, incenso e mirra. Detenhamo-nos um pouco para entender este passo do Santo Evangelho. Como é possível que nós, que nada somos e nada valemos, ofereçamos alguma coisa a Deus? Diz a Escritura: toda a dádiva e todo o dom perfeito vem do alto. O homem não consegue descobrir plenamente a profundidade e a beleza dos dons do Senhor: se tu conhecesses o dom de Deus... – responde Jesus à mulher samaritana. Jesus Cristo ensinou-nos a esperar tudo do Pai, a procurar antes de mais o Reino de Deus e a sua justiça, porque tudo o resto se nos dará por acréscimo e Ele conhece bem as nossas necessidades.

Na economia da salvação, o nosso Pai cuida de cada alma com amor e delicadeza: cada um recebeu de Deus o seu próprio dom; uns de um modo, outros de outro. Portanto, podia parecer inútil cansarmo-nos, tentando apresentar ao Senhor algo de que Ele precise; dada a nossa situação de devedores que não têm com que saldar as dívidas, as nossas ofertas assemelhar-se-iam às da Antiga Lei, que Deus já não aceita: Tu não quiseste os sacrifícios, as oblações e os holocaustos pelo pecado, nem te são agradáveis as coisas que se oferecem segundo a Lei.


Mas o Senhor sabe que o dar é próprio dos apaixonados e Ele próprio nos diz o que deseja de nós. Não lhe interessam riquezas, nem frutos, nem animais da terra, do mar ou do ar, porque tudo isso lhe pertence. Quer algo de íntimo, que havemos de lhe entregar com liberdade: dá-me, meu filho, o teu coração. Vedes? Se compartilha, não fica satisfeito: quer tudo para si. Repito: não pretende o que é nosso; quer-nos a nós mesmos. Daí – e só daí – advêm todas as outras ofertas que podemos fazer ao Senhor. (Cristo que passa, 35)

Temas para meditar e reflectir

Filme


Chega este momento da noite, a hora de jantar - que tanto pode ser às 18.30 como às 21.00 - e aqui estou eu, sozinho, com esta estranha sensação de estar a assistir a um filme que vi milhares de vezes e conheço de cor e salteado.

Não tenho remédio nem solução: vejo o filme uma vez mais!

Há, no entanto, algo muito bom!

Posso parar a bobina quando quero e retomar quando me der na gana.

Não sou nem director de cena nem actor ou pelo menos tento não ser, mas – de há dois anos para cá - simples espectador.

Basta-me.

Penso em tantos que na mesma situação que eu, não têm nenhum filme para ver, ou não vêem porque é filme de terror.

O meu não!

É um filme de amor.



(ama, reflexões, 2016.12.01)

Evangelho e comentário

Tempo Comum

Evangelho: Mc 7, 1-13

1 Os fariseus e alguns doutores da Lei vindos de Jerusalém reuniram-se à volta de Jesus, 2 e viram que vários dos seus discípulos comiam pão com as mãos impuras, isto é, por lavar. 3 É que os fariseus e todos os judeus em geral não comem sem ter lavado e esfregado bem as mãos, conforme a tradição dos antigos; 4 ao voltar da praça pública, não comem sem se lavar; e há muitos outros costumes que seguem, por tradição: lavagem das taças, dos jarros e das vasilhas de cobre. 5 Perguntaram-lhe, pois, os fariseus e doutores da Lei: «Porque é que os teus discípulos não obedecem à tradição dos antigos e tomam alimento com as mãos impuras?» 6 Respondeu: «Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, quando escreveu: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. 7 Vazio é o culto que me prestam e as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos. 8 Descurais o mandamento de Deus, para vos prenderdes à tradição dos homens.» 9 E acrescentou: «Anulais a vosso bel-prazer o mandamento de Deus, para observardes a vossa tradição. 10 Pois Moisés disse: Honra teu pai e tua mãe; e ainda: Quem amaldiçoar o pai ou a mãe seja punido de morte. 11 Vós, porém, dizeis: "Se alguém afirmar ao pai ou à mãe: ‘Declaro Qorban’ - isto é, oferta ao Senhor - aquilo que poderias receber de mim...", 12 nada mais lhe deixais fazer por seu pai ou por sua mãe, 13 anulando a palavra de Deus com a tradição que tendes transmitido. E fazeis muitas outras coisas do mesmo género.»

Comentários:

As normas que se referem neste trecho do Evangelho, foram instituídas por Moisés para um povo pouco menos que selvagem e primitivo.
Como muitas outras tratavam-se códigos de conduta social destinadas a levar o povo a um patamar mais elevado de educação comportamental.

Por conveniência os chefes do povo foram convertendo estes códigos em lei religiosa que tinha de ser estritamente observada.

Assim dominavam e exerciam poder sobre os seus concidadãos por quem não tinham outra preocupação motivada pela misericórdia e solidariedade.


(ama, comentário sobre MC 7. 1-13, 11.02.2014)

Leitura espiritual

RESUMOS DA FÉ CRISTÃ

TEMA 3 A fé sobrenatural

A virtude da fé é uma virtude sobrenatural que capacita o homem a assentir firmemente a tudo o que Deus revelou.

4. O conhecimento de fé

A fé é um conhecimento:

faz-nos conhecer verdades naturais e sobrenaturais.
A aparente obscuridade que experimenta o crente é fruto da limitação da inteligência humana diante do excesso de luz da verdade divina.

A fé é uma antecipação da visão de Deus “cara a cara” no Céu [i].

A certeza da fé:

«A fé é certa, mais certa que qualquer conhecimento humano, porque se funda na própria Palavra de Deus, que não pode mentir» [ii].

«A certeza que dá a luz divina é maior do que a que dá a luz da razão natural» [iii].

A inteligência ajuda a aprofundar na fé.

«É inerente à fé que o desejo do crente de conhecer melhor Aquele em quem acreditou e compreender melhor o que Ele revelou; um conhecimento mais profundo exigirá, por sua vez, uma fé maior e cada vez mais abrasada em amor» [iv].

A teologia é a ciência da fé:

esforça-se, com a ajuda da razão, por conhecer melhor as verdades que se possuem pela fé; não para as tornar mais luminosas em si mesmas – que é impossível – mas mais inteligíveis para o crente. Este afã, quando é autêntico, procede do amor a Deus e é acompanhado pelo esforço de acercar-se mais a Ele.
Os melhores teólogos foram e serão sempre santos.

5. Coerência entre fé e vida

Toda a vida do cristão deve ser manifestação da sua fé. Não há nenhum aspecto que não possa ser iluminado pela fé.
«O justo vive da fé» [v].
A fé actua pela caridade [vi].
Sem as obras, a fé está morta [vii].
Quando falta esta unidade de vida e se transige com uma conduta que não está de acordo com a fé, então a fé debilita-se necessariamente e corre-se o perigo de perder-se.

Perseverança na fé:

A fé é um dom gratuito de Deus ao homem.
Mas nós podemos perder este dom inestimável [viii].
«Para viver, crescer e perseverar até ao fim na fé temos de a alimentar» [ix].
Devemos pedir a Deus que nos aumente a fé [x] e que nos faça «fortes in fide» [xi].
Para isto, com a ajuda de Deus, há que fazer muitos actos de fé.
Todos os fiéis católicos estão obrigados a evitar os perigos para a fé. Entre outros meios, devem abster-se de ler publicações que sejam contrárias à fé ou à moral – quer tenham sido assinaladas expressamente pelo Magistério, quer se uma consciência bem formada o detecta – a menos que exista um motivo grave e se verifiquem os pressupostos que tornem essa leitura inócua.

Difundir a fé.

«Não se acende uma candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas no candelabro... Assim brilhe a vossa luz diante dos homens» [xii].

Recebemos o dom da fé para o propagar não para o ocultar [xiii].

Não se pode prescindir da fé na actividade profissional [xiv].

É preciso informar toda a vida social com os ensinamentos e o espírito de Cristo.

Francisco Díaz

Bibliografia básica 

Catecismo da Igreja Católica, 142-197. Leituras recomendadas S. Josemaria, Homilia «Vida de fé», em Amigos de Deus, 190-204.
José Manuel Martín (Ed), Gabinete de informação do Opus Dei, 2016



Notas




[i] 1 Co 13, 12; Cf. 1 Jo 3, 2
[ii] Catecismo, 157
[iii] São Tomás de Aquino, Summa Theologiae, II-II, q. 171, a. 5, ad 3.
[iv] Catecismo, 158
[v] Rm 1, 17
[vi] Cf. Ga 5, 6
[vii] cf. Tg 2, 20-26
[viii] cf. 1 Tm 1, 18-19
[ix] Catecismo, 162
[x] cf. Lc 17, 5
[xi] 1 P 5, 9
[xii] Mt 5, 15-16
[xiii] cf. Catecismo, 166
[xiv] Cf. S. Josemaria, Caminho, 353.  

Doutrina – 399

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ
CAPÍTULO TERCEIRO

CREIO NA SANTA IGREJA CATÓLICA

Os fiéis: hierarquia, leigos, vida consagrada



177. Quem são os fiéis?


Os fiéis são aqueles que, incorporados em Cristo pelo Baptismo, são constituídos membros do povo de Deus.
Tornados participantes, segundo a sua condição, da função sacerdotal, profética e real de Cristo, são chamados a exercer a missão confiada por Deus à Igreja.

Entre eles subsiste uma verdadeira igualdade, na sua dignidade de filhos de Deus.

Hoy el reto del amor es ser transparente compartiendo con una persona

REFLEJOS SOBRE CRISTAL 


Los primeros y terceros viernes de mes tenemos Exposición del Santísimo desde la Eucaristía hasta después del rezo de nona. 

Ayer, como era tercer viernes de mes, tuvimos al Señor expuesto. En el momento de la acción de gracias, después de la Eucaristía, me senté en mi sitio de la oración mirándole. Me impactó muchísimo porque, como entraba tanta luz natural por la ventana (que está justo al lado contrario de donde yo estaba sentada), pues me daba todo el reflejo, y no conseguía ver más allá del cristal de la custodia. En él veía perfectamente reflejada la ventana, la luz, el árbol de la calle... pero no alcanzaba a ver al Señor.  

Me impactó mucho, porque al instante caí en la cuenta de cuántas veces le he pedido al Señor ser como el cristal de la custodia: transparente, que todos sabemos que está, pero que nadie se queda en él, sino que miran más allá, porque están viendo al Señor. Sin embargo, esta vez, el cristal me estaba impidiendo ver más allá. Es verdad que muchas veces surge cerrarse en uno mismo, entonces es como un cristal que se cierra, y ¿en qué se convierte? En un espejo. 

Lo que nos hace felices realmente es amar con el Amor que el Señor pone en nuestro corazón. Amar tal y como nos hemos sentido amados en nuestra propia pobreza, dejar que sea Él quien ame, quien mire a través nuestro. Pero, cuando nos encerramos en nosotros mismos, ya sólo vemos las pobrezas de los demás, convirtiéndonos en un espejo que desvela todos los defectos. 

Hoy el reto del amor es ser transparente compartiendo con una persona, mediante un mensaje o una llamada, lo que a ti te hace feliz. Hoy no tengas miedo a caer, porque sabes Quién te habita, y Quién te levantará. Hoy deja pasar a través de tu vida, de tus actos... el Amor del Señor. Hoy no seas ese espejo que saca los defectos de los demás. Hoy puedes amar tu pobreza, y eso será lo que trasparente la Luz de Cristo que llevas dentro. 


VIVE DE CRISTO

Pequena agenda do cristão


TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?