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06/01/2018

Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer?

A humildade é outro bom caminho para chegar à paz interior. – Foi Ele que o disse: "Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração... e encontrareis paz para as vossas almas". (Caminho, 607)

Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Também eu, instado por esta pergunta, contemplo agora Jesus, deitado numa manjedoura, num lugar que só é próprio para os animais. Onde está, Senhor, a tua realeza: o diadema, a espada, o ceptro? Pertencem-lhe e não os quer; reina envolto em panos. É um rei inerme, que se nos apresenta indefeso; é uma criança. Como não havemos de recordar aquelas palavras do Apóstolo: aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo.

Nosso Senhor encarnou para nos manifestar a vontade do Pai. E começa a instruir-nos estando ainda no berço. Jesus Cristo procura-nos – com uma vocação, que é vocação para a santidade –, a fim de consumarmos com Ele a Redenção. Considerai o seu primeiro ensinamento: temos de co-redimir à custa de triunfar, não sobre o próximo, mas sobre nós mesmos. Tal como Cristo, precisamos de nos aniquilar, de sentir-nos servidores dos outros para os conduzir a Deus.

Onde está o nosso Rei? Não será que Jesus quer reinar, antes de mais, no coração, no teu coração? Por isso se fez menino: quem é capaz de ter o coração fechado para uma criança? Onde está o nosso Rei? Onde está o Cristo que o Espírito Santo procura formar na nossa alma? Cristo não pode estar na soberba, que nos separa de Deus, nem na falta de caridade, que nos isola dos homens. Aí não podemos encontrar Cristo, mas apenas a solidão.

No dia da Epifania, prostrados aos pés de Jesus Menino, diante de um Rei que não ostenta sinais externos de realeza, podeis dizer-lhe: Senhor, expulsa a soberba da minha vida, subjuga o meu amor-próprio, esta minha vontade de afirmação pessoal e de imposição da minha vontade aos outros. Faz com que o fundamento da minha personalidade seja a identificação contigo. (Cristo que passa, 31)


Temas para reflectir e meditar

Apostolado


O verdadeiramente importante é tratar as almas, uma a uma, para aproximá-las de Cristo.


(BEATO ÁLVARO DEL PORTILLO, Carta, 1985.12.25 nr. 9)



Evangelho e comentário

Tempo de Natal


Evangelho: Mc 1, 7-11 

7 E pregava assim: «Depois de mim vai chegar outro que é mais forte do que eu, diante do qual não sou digno de me inclinar para lhe desatar as correias das sandálias. 8 Eu baptizei-vos em água, mas Ele há-de baptizar-vos no Espírito Santo.» 9 Por aqueles dias, Jesus veio de Nazaré da Galileia e foi baptizado por João no Jordão. 10 Quando saía da água, viu serem rasgados os céus e o Espírito descer sobre Ele como uma pomba. 11 E do céu veio uma voz: «Tu és o meu Filho muito amado, em ti pus todo o meu agrado.»

Comentário:

Ao querer ser baptizado, Jesus Cristo segue escrupulosamente as Escrituras.

É o que fará sempre ao longo da Sua vida na terra.

Poderíamos dizer que foi um acto desnecessário porque Deus não precisa de Baptismo, ou não fará muito sentido já que, o Baptismo é a integração do homem seio da família divina.

Mas é preciso que Cristo seja baptizado para assim elevar à categoria de Sacramento de iniciação da fé.

Nada do que o Senhor faz ou diz deixa ter um propósito, uma intenção muito concreta:

dar aos homens todos os meios necessários para a sua salvação.


(AMA, comentário sobre Mc 1, 7-11, 06.01.2017)







Leitura espiritual

Jesus Cristo o Santo de Deus
CAPÍTULO I

«SEMELHANTE A NÓS EM TUDO, EXCEPTO NO PECADO»

A santidade da humanidade de Cristo

6. A caminho da santidade

A nossa propensão para a santidade assemelha-se muito à caminhada no deserto em direcção à terra prometida do povo eleito.
De facto, é também ela um caminho feito de contínuas paragens e recomeços de viagem.
DE vez em quando o povo parava no deserto e armava as tendas, ou porque estava extenuado, ou porque tinha encontrado água ou alimentos, ou até porque lhe apetecia descansar.
Mas eis então que, de improviso, chegava a ordem do Senhor para levantar o acampamento e pôr-se de novo a caminho:
«Parte daqui, tu e o povo, e ide para a terra que vos prometi», diz Deus a Moisés; então, toda a comunidade levantava acampamento e se punha novamente a caminho [i].

Na vida da Igreja, estas pausas periódicas e recomeços no caminho são representadas pelo início de um novo ano litúrgico, ou de uma quadra do ano mais activa, como o Advento e a Quaresma.
Para cada um de nós particularmente, o tempo de levantar a tenda e retomar o caminho, é quando sentimos, no nosso íntimo, o misterioso apelo que nos vem através da graça.
Esta não é uma vontade que pode vir «da carne ou do sangue», mas somente do Pai que está nos céus.
Trata-se de um momento abençoado, de um inefável encontro entre Deus e a criatura, entre a graça e a liberdade, que terá consequências, positivas ou negativas, por toda a eternidade.
No começo, há um momento de reflexão.
Cada um detém-se no turbilhão dos seus afazeres ou no ritmo das ocupações quotidianas; desliga-se de tudo por instantes.
Mede as distâncias, como costuma dizer-se, para dar uma vista de olhos à vida e ver para onde está caminhando.
É o momento da verdade, das perguntas fundamentais:
«Quem sou? De onde venho? Para onde vou? Que é que eu quero?».

Conta-se que também S. Bernardo, de vez em quando, interrompia as suas tarefas e, como que entrando em diálogo consigo mesmo, dizia:
«Bernarde, ad quid venisti?»; Bernardo, para que te fizeste monge? [ii]
O mesmo deveremos fazer nós também.
Chamar-nos pelo nome (porque isso ajuda) e perguntar-nos:
Porque estás aqui e fazes esse trabalho?
Não será porventura para cumprir a vontade de Deus de te fazeres santo?
E se é para te fazeres santo, estás mesmo a fazeres-te santo?
Há só há uma desgraça verdadeiramente tal e irreparável na vida – disse alguém com profunda verdade – é a de não sermos santos.

No Novo Testamento está descrito um tipo de conversão que poderemos definir como a conversão-despertar, ou a conversão da tibieza.
Encontra-se no Apocalipse.
No Apocalipse podemos ler as sete cartas escritas aos anjos (que alguém interpreta dirigidas aso «bispos» de outras tantas Igrejas da Ásia Menor.
Estas cartas são todas construídas sobre um esquema comum.
É Jesus ressuscitado, o Santo, quem fala.
Na carta ao anjo de Éfeso, ele começa por reconhecer tudo aquilo que o destinatário fez de bom:
«Conheço as tuas obras, o teu trabalho e a tua paciência… És constante e sofreste muito pelo Meu nome, sem desfalecimentos».
Depois, passa a citar aquilo que, pelo contrário, O desgosta:
«Deixaste a tua caridade de outrora!»
E eis que, então, ressoa na noite como um tinido de trombeta, entre os que dormem, o grito do Ressuscitado:
Metaòeson, isto é, converte-te! Mexe-te! Acorda! [iii]

Esta a primeira de sete cartas.
Sabemos como é severa a última das sete cartas e que foi endereçada ao anjo da Igreja da Laodiceia:
«Conheço as tuas obras; sei que não és nem frio nem quente; oxalá fosse frio ou quente!»
Converte-te e volta a ser zeloso e fervoroso
Zeleue oun kai matanòeson! [iv]
Como todas as outras, também esta carta termina com a misteriosa advertência:
«Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas» [v].
Pelo contexto, não há dúvida alguma sobre o que o Espírito diz às Igrejas; Ele diz:
Conversão, vida nova!

Que fazer então?
Santo Agostinho dá-nos um conselho de como despertar a vontade:
«Toda a vida do bom cristão consiste num desejo santo (ou num desejo de santidade):
Tota vita christiani boni, sactum desiderium est.
Através da vontade tu dilatas-te para que possas ser repleto, quando chegares à visão.
Deus, mediante a esperança, aumenta o nosso ânimo e, dilatando-o, torna-o mais capaz.
Vivamos, portanto, irmãos, com esse desejo, pois que devemos ser repletos» [vi]
Ninguém se faz santo sem um grande desejo de que tal aconteça.
Nada de grandioso se faz sem desejo.
O desejo é o vento que enfuna as velas e faz andar o barco; é o motor da vida espiritual.

Mas quem poderá ter o desejo de santidade, se o Espírito Santo não o infundir?
Por isso, São Boaventura, terminava o seu Itinerário da mente para Deus com estas palavras inspiradas:
«Esta sabedoria misteriosa e escondida, ninguém a conhece senão quem a recebe, ninguém a recebe senão quem a deseja, e ninguém a deseja senão aquele que está inflamado no seu coração pelo Espírito Santo enviado por Cristo»  [vii].

(cont)

rainiero cantalamessa, Pregador da Casa Pontifícia.





[i] Cfr. Ex 15,22;17,1.
[ii] Guilherme de Saint-Thierry, Vita prima, I, 4 (PI. 185,238).
[iii] Ap 2,1ss.
[iv]  Ap 3,5sss.
[v] Ap 3,22.
[vi] Stº Agostinho, In Epist. Ioh., 4,6 (PL 35,2008.
[vii] S. Boaventura, Itnerarium mentis in Deum, VII, 4.

Hoy el reto del Amor es que pidas ayuda.

LA GRAN HAZAÑA 

Día de orden y limpieza: unas, la sala; y otras otra, parte del Noviciado.

Recibí una llamada y, al ver que se alargaba bastante, observé la galería llena de cajas y cajas, bolsas y más bolsas de basura de gran tamaño... desplegadas por todos los sitios, pues estamos vaciando una sala que hace años que no se tocaba.

Agarrando el teléfono con la oreja aplastada sobre el hombro, mientras "escuchaba" la llamada, bajé una gran bolsa en la que, por el peso, se abrió un agujero y fui dejando un rastro que luego tuve que recoger de vuelta; otra bolsa en que, mientras "escuchaba", coincidió que mi pierna, a cada escalón, golpeaba un patito de goma que se dedicaba a delatarme con un "cuack" "cuack" continuo; otra tenía un juego para llevar a las monjas que se activó, y no paraba de decir: "¡Bienvenido a la guerra de las galaxias!", seguido de una musiquilla imparable... y yo..."escuchando" y, a su vez, sintiéndome una heroína por poder sorprender dejando vacía la galería.

Se acabó la conversación y yo sola seguí con la galería que entre todas debíamos haber vaciado después de acabar todo. Pero ya sólo miraba por el "logro" de conseguirlo sola. No me conformé y, una vez que bajé todo, sola también me dediqué a llevar todo a la otra punta del monasterio: un viaje, otro, otro...

¿Me ofrecieron ayuda? Sí, ¡incluso Israel apareció con dos carretillas! Pero, ante mi "gran acogida", desaparecieron... ¡era mi hazaña! Dentro de mí sabía que tenía que pedir ayuda, que era algo de equipo, pero no paré. Al día siguiente, el dolor de espalda se reía de mí, ¿quién no?

Cuántas veces nos ponemos metas a alcanzar solos, sin poder ver a los hermanos. Nuestro valor no depende de las grandes hazañas, de nuestra autosuficiencia, de lo sorprendidos que podamos dejar al resto con nuestra tenacidad, de lo perfectas que creamos hacer las cosas... Sin Amor, sólo crece nuestro Yo y no dejamos que Cristo, el Amor, crezca en nosotros. Y sí, yo dejé la galería impoluta, llevé todo a su sitio pero... no escuché con calma la llamada de teléfono y no me dejé ayudar. ¡Ésa era la hazaña que me pedía el Señor en ese momento!

Puede que tengas que presentar algo en el trabajo, hacer la programación de una actividad, la comida, desplazarte a algún sitio, ir a la consulta del médico, puede que te estén haciendo pasarlo mal en el cole o en el trabajo... prueba a pedir ayuda, prueba a dejar que los demás entren en lo que tienes entre manos, también en tus problemas y preocupaciones. No tengas miedo a tu debilidad, a sentirte juzgado; seguro que te sorprendes. Cristo no quiere que vivas todo solo y te pone cerca a mucha gente buena.

Hoy el reto del Amor es que pidas ayuda. Pero no te pongas este reto sólo para hoy: prueba cada día pedir ayuda en algo. Verás que no es fácil pero que esta hazaña sí es grande.


VIVE DE CRISTO

Pequena agenda do cristão

SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?