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21/11/2017

Mãe de Deus e nossa Mãe

Que humildade, a de minha Mãe Santa Maria! – Não a vereis entre as palmas de Jerusalém, nem – afora as primícias de Caná – na altura dos grandes milagres. – Mas não foge do desprezo do Gólgota; lá está, "iuxta crucem Iesu" – junto da cruz de Jesus, sua Mãe. (Caminho, 507)

Sempre foi esta a doutrina certa da fé. Contra os que a negaram, o Concílio de Éfeso proclamou que se alguém não confessa que o Emanuel é verdadeiramente Deus e que, por isso, a Santíssima Virgem é Mãe de Deus, visto que gerou segundo a carne o Verbo de Deus encarnado, seja anátema. (...).

A Trindade Santíssima, ao escolher Maria para Mãe de Cristo, homem como nós, pôs cada um de nós sob o seu manto maternal. É Mãe de Deus e nossa Mãe.

A Maternidade divina de Maria é a raiz de todas as perfeições e privilégios que a adornam. Por esse título, foi concebida imaculada e está cheia de graça, é sempre virgem, subiu ao céu em corpo e alma, foi coroada Rainha de toda a criação, acima dos anjos e dos santos. Mais que Ela, só Deus. A Santíssima Virgem, por ser Mãe de Deus, possui uma dignidade, de certo modo infinita, do bem infinito que é Deus. Não há perigo de exageros. Nunca aprofundaremos bastante este mistério inefável; nunca poderemos agradecer suficientemente à Nossa Mãe a Familiaridade que nos deu com a Santíssima Trindade.


Éramos pecadores e inimigos de Deus. A Redenção não só nos livra do pecado e reconcilia com o Senhor; mas converte-nos em filhos, entrega-nos uma Mãe, a mesma que gerou o verbo, segundo a Humanidade. Pode haver maior prodigalidade, maior excesso de amor? (Amigos de Deus, nn. 275–276)

Temas para meditar

A força do Silêncio, 39

Desde a sua renúncia, Bento XVI vive como os monges, imerso no silêncio de um mosteiro nos jardins do Vaticano.

Tal como os contemplativos, ele está ao serviço da Igreja consagrando as suas últimas forças, o amor do seu coração, a rezar, contemplar e adorar a Deus.

O Papa Emérito coloca-se diante do Senhor para a salvação das almas e para glória apenas de Deus.


CARDEAL ROBERT SARAH

Reflectindo

Faço o bem que quero?

…/2

Quando é decidida dar morte a Jesus o Sumo-Sacerdote dá uma razão para tal: «convém que morra um homem pelo povo e que não pereça toda a nação!». [1]

Fazer o mal, portanto, pode não ser passível de punição se acaso se pensa estar a fazer bem.

O mal absoluto é o pecado e só pode considerar-se pecado quando existe pleno conhecimento.

Praticar o mal - pecar - pode ser fruto de um hábito, o que não se passa com a prática do bem porque aqui não se qualificará como hábito mas como rotina e o bem praticado nestas condições pouco ou nenhum mérito tem.

A rotina é um defeito tremendo que temos de evitar a todo o custo não só porque desvirtua a sinceridade do que se faz como pode – o que será muito pior – cair no “poço sem fundo” dos escrúpulos em que, mais ou menos, se pensa:

‘Não me apetece fazer isto, mas… é melhor que o faça não vá acontecer-me algo mau…’

Há um modo infalível para tornear estas questões e que é fazer sempre e em tudo a Vontade de Deus.

Assim, o passo a dar, é pedir a Deus que nos faça conhecer a Sua Vontade e se na base do nosso pedido está o desejo de cumpri-la podemos estar certos que o Senhor satisfará o nosso pedido.


(AMA, Reflexões, 2017)




[1] Cfr. Jo 11, 50

Evangelho e comentário

Tempo Comum

Apresentação de Nossa Senhora

Evangelho: Lc 19, 1-10

1 Tendo entrado em Jericó, Jesus atravessava a cidade. 2 Vivia ali um homem rico, chamado Zaqueu, que era chefe de cobradores de impostos. 3 Procurava ver Jesus e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. 4 Correndo à frente, subiu a um sicómoro para o ver, porque Ele devia passar por ali. 5 Quando chegou àquele local, Jesus levantou os olhos e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa.» 6 Ele desceu imediatamente e acolheu Jesus, cheio de alegria. 7 Ao verem aquilo, murmuravam todos entre si, dizendo que tinha ido hospedar-se em casa de um pecador. 8 Zaqueu, de pé, disse ao Senhor: «Senhor, vou dar metade dos meus bens aos pobres e, se defraudei alguém em qualquer coisa, vou restituir-lhe quatro vezes mais.» 9 Jesus disse-lhe: «Hoje veio a salvação a esta casa, por este ser também filho de Abraão; 10 pois, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.»

Comentário:

Um homem rico, pecador público – como consideravam os cobradores de impostos – tem ânsias de conhecer Jesus Cristo.

A força deste desejo é tal que arrosta com todas as possíveis críticas e incompreensões e, inclusivamente, com o ridículo de, um homem da sua posição, trepar a uma árvore.

Comove-nos e deve, também, envergonhar-nos, pelas vezes – talvez muitas – em que nos deixámos levar pelos respeitos humanos, o temor do “que dirão”, a vergonha da exposição pública.

Mas… deixemos a comoção e a vergonha e decidamo-nos a actuar – sempre – como Zaqueu.

(AMA, comentário sobre Lc 19, 1-10, 29.07.2017)


Doutrina – 377

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ
CAPÍTULO TERCEIRO

CREIO NA SANTA IGREJA CATÓLICA

A Igreja: povo de Deus, corpo de Cristo, templo do Espírito Santo

155. Em que sentido o povo de Deus participa das três funções de Cristo: Sacerdote, Profeta e Rei?



O povo de Deus participa no ministério sacerdotal de Cristo, enquanto os baptizados são consagrados pelo Espírito Santo para oferecer sacrifícios espirituais; participa no seu ministério profético, enquanto, com o sentido sobrenatural da fé, a esta adere indefectivelmente, a aprofunda e testemunha; e participa no seu ministério real com o serviço, imitando Jesus Cristo, que, rei do universo, se fez servo de todos, sobretudo dos pobres e dos que sofrem.

O Homem - Uma Fera Domesticada

É preciso ler histórias de crimes e descrições de situações anárquicas para saber do que o homem é realmente capaz no que diz respeito à moral.

Esses milhares de indivíduos que, diante dos nossos olhos, empurram-se desordenadamente uns aos outros no trânsito pacifico, devem ser vistos como tigres e lobos, cujos dentes são protegidos por fortes focinheiras.


Arthur Schopenhauer, in "A Arte de Insultar"

Pequena agenda do cristão


TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?