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20/09/2017

Não te assustes ao veres-te tal como és

Não necessito de milagres; bastam-me os que há na Escritura. – Pelo contrário, faz-me falta o teu cumprimento do dever, a tua correspondência à graça. (Caminho, 362)


Repitamos com a palavra e com as obras: Senhor, confio em Ti, basta-me a tua providência ordinária, a tua ajuda de cada dia. Não temos por que pedir a Deus grandes milagres. Temos de lhe suplicar, pelo contrário, que aumente a nossa fé, que ilumine a nossa inteligência, que fortaleça a nossa vontade. Jesus está sempre junto de nós e permanece fiel.

Desde o começo da minha pregação, preveni-vos contra um falso endeusamento. Não te assustes ao veres-te tal como és: assim, feito de barro. Não te preocupes. Porque, tu e eu somos filhos de Deus, – este é o endeusamento bom – escolhidos desde a eternidade, com uma vocação divina: escolheu-nos o Pai, por Jesus Cristo, antes da criação do mundo, para que sejamos santos diante dele. Nós, que somos especialmente de Deus, seus instrumentos apesar da nossa pobre miséria pessoal, seremos eficazes se não perdermos o conhecimento da nossa fraqueza. As tentações dão-nos a dimensão da nossa própria fraqueza.


Se sentimos desalento ao experimentar – talvez de um modo particularmente vivo – a nossa mesquinhez, é o momento de nos abandonarmos por completo, com docilidade, nas mãos de Deus. Conta-se que, certo dia, um mendigo saiu ao encontro de Alexandre Magno, pedindo uma esmola. Alexandre parou e ordenou que o fizessem senhor de cinco cidades. O pobre, confundido e atordoado, exclamou: eu não pedia tanto! E Alexandre respondeu: tu pediste como quem és; eu dou-te como quem sou. (Cristo que passa, 160)

Evangelho e comentário

Tempo Comum


Evangelho: Lc 7, 31-35

31 «A quem, pois, compararei os homens desta geração? A quem são semelhantes?  32 Assemelham-se a crianças que, sentadas na praça, se interpelam umas às outras, dizendo: ‘Tocámos flauta para vós, e não dançastes! Entoámos lamentações, e não chorastes!’ 33 Veio João Baptista, que não come pão nem bebe vinho, e dizeis: ‘Está possesso do demónio!’ 34 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: ‘Aí está um glutão e bebedor de vinho, amigo de cobradores de impostos e de pecadores!’

Comentário:


Mais que uma questão de carácter ou de honestidade intelectual, a recta intenção tem de existir sempre no que fazemos, pensamos ou, até, julgamos a propósito de outros.

Se o que se faz não tem como objectivo principal – diria único – fazer a Vontade de Deus, não passará de algo sem valor intrínseco que nem sequer é subjectivo.

É muito fácil aduzir razões, atitudes, pensamentos baseados apenas no superficial, no passageiro.

Fácil e… inútil, sem qualquer valor, repito.

Ver, ouvir com o coração e com a alma e, depois, agir de acordo.


(AMA, comentário sobre Lc 7, 31-35, 21.06.2017)







Tratado da vida de Cristo 174

Questão 57: Da Ascensão de Cristo
Art. 2 — Se ascender ao céu convinha a Cristo enquanto de natureza divina.

O segundo discute-se assim. — Parece que ascender ao céu convinha a Cristo enquanto de natureza divina.

1. — Pois, diz a Escritura: Subiu Deus com júbilo. E noutro lugar: O teu protetor é aquele que sobe ao mais alto dos céus. Ora, isso foi dito de Deus mesmo antes da Encarnação de Cristo. Logo, convinha a Cristo, como Deus, subir ao céu.

2. Demais. — Sobe ao céu quem dele desceu, segundo o Evangelho: Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do céu. E o Apóstolo: Aquele que desceu esse mesmo é também o que subiu. Ora, Cristo desceu do céu, não como homem, mas como Deus, pois, não era a sua natureza humana, mas a divina, que já antes existia no céu. Logo, parece que Cristo subiu ao céu como Deus.

3. Demais. — Cristo, na sua ascensão, subiu ao Pai. Ora, não tinha nenhuma igualdade com o Pai enquanto homem; pois, diz, nesse sentido: O Pai é maior que eu, como lemos no Evangelho. Logo, parece que Cristo subiu ao céu como Deus.

Mas, em contrário, segundo o Apóstolo - Aquele que subiu não foi também o que desceu? - diz a Glosa: Foi na sua humanidade que Cristo desceu e subiu.

A expressão — enquanto que no caso vertente, pode designar duas coisas: a condição de quem sobe e a causa da ascenção. — Se designa a condição de quem subiu, então ascender não podia convir a Cristo segundo a condição da sua natureza divina. Quer por não haver nada mais alto que a divindade, para onde pudesse subir. Quer também por implicar a ascensão o movimento local, de que não é susceptível a natureza divina, que é imóvel e não ocupa nenhum lugar. Mas, Cristo podia subir desse modo na sua natureza humana que ocupava lugar no espaço e era susceptível de movimento. Donde, neste sentido, poderemos dizer que Cristo subiu ao céu, enquanto homem e não enquanto Deus. - Mas se - enquanto que - designa a causa da ascençâo, como Cristo subiu ao céu pelo seu poder divino e não em virtude da natureza humana, devemos concluir que subiu ao céu não enquanto homem, mas enquanto Deus. Donde o dizer Agostinho: Enquanto dotado de natureza humana é que Cristo foi crucificado; mas como Deus é que subiu ao céu.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. —  Os lugares citados são profecias referentes a Deus, enquanto encarnado. – Podemos, porém, dizer, que subir ao céu, embora não conviesse à natureza divina, pode, contudo, ser-lhe atribuído metaforicamente; no mesmo sentido em que dizemos que Deus sobe ao coração do homem, quando este se lhe sujeita e humilha. E, do mesmo modo, dizemos metaforicamente que sobe, em relação a qualquer criatura quando a sujeita à sua lei.

RESPOSTA À SEGUNDA. — O que subiu foi o mesmo que desceu. Assim, diz Agostinho: Quem foi o que desceu? Deus homem. Quem foi o que subiu? O mesmo Deus homem. A descida, porém, se atribui a Cristo em dois sentidos. Num, dizemos que desceu do céu. E isto o atribuímos a Deus homem enquanto Deus. Mas essa descida não a devemos entender como implicando um movimento local; mas pela sua aniquilação, tendo a natureza de Deus, tomou a natureza de servo. Pois como dissemos que se aniquilou, não por ter perdido a sua plenitude, mas por ter se revestido das nossas misérias, assim também, que desceu do céu, não pelo ter abandonado, mas por ter assumido a natureza terrena, na unidade da pessoa. – Outra, porém foi à descida pela qual descem às partes ínfimas da terra, no dizer do Apóstolo. E essa foi a um local determinado, e Cristo pôde fazê-la, segundo a condição da natureza humana.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Diz-se que Cristo subiu ao céu, por ter subido a sentar-se à dextra paterna. O que convinha, de certo modo, à natureza divina de Cristo; mas, de certo outro, à natureza humana, como a seguir se dirá.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.



Fátima - Centenário - Oração diária,


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Nuestro verdadero enemigo es el pecado, y el Maligno nos empuja a ello

El verdadero inimigo es el pecado


El Papa Francisco presidió el Angelus en la Plaza de San Pedro al tratarse de una solemnidad importante como la de los santos Pedro y Pablo, a los que los padres de la Iglesia comparaban con columnas. “Ambos han confirmado con su propia sangre el testimonio dado a Cristo con la predicación y el servicio a la naciente comunidad cristiana”, dijo el Santo Padre.

Citando el libro de los Hechos de los Apóstoles, Francisco recordó como Pedro “experimentó el rechazo del Evangelio ya en Jerusalén, donde había sido encerrado en la prisión por el rey Herodes” y como “fue salvado de modo milagroso y así pudo levar a término su misión evangelizadora, primero en Tierra Santa y después en Roma, poniendo todas sus energías al servicio de la comunidad cristiana”.

Jesús "no nos abandona jamás"
También Pablo, dijo Francisco, experimentó “hostilidad” y las persecuciones a causa del Evangelio. “Estas dos ‘liberaciones’, de Pedro y de Pablo, revelan el camino común de los dos apóstoles, los cuales fueron enviados a por Jesús a anunciar el Evangelio en ambientes difíciles y en ciertos casos hostiles”, destacó el Pontífice.

De este modo, indicó que sus “acontecimientos personales y eclesiales”, dicen al mundo de hoy que “el Señor está siempre a nuestro lado, camina con nosotros, no nos abandona jamás. Especialmente en el momento de la prueba, Dios nos extiende la mano, viene en nuestra ayuda y nos libera de las amenazas de los enemigos”.

Insistió el Papa en que hay que recordar que “nuestro verdadero enemigo es el pecado, y el Maligno nos empuja a ello. Cuando nos reconciliamos con Dios, especialmente en el Sacramento de la Penitencia, recibiendo la gracia del perdón, somos liberados de los vínculos del mal y aliviados del peso de nuestros errores. Así podemos continuar nuestro recorrido de gozosos anunciadores y testigos del Evangelio, demostrando que en primer lugar hemos recibido misericordia”.


REL

Hoy el reto del amor es que hagas de tu oración una acción de gracias

UN ESPEJO DE SONIDO

Hablando con una amiga de cómo mejorar el canto, ella me compartió que se suele grabar con su móvil para después escucharlo y "evaluarse".

-¡Puf, qué locura! -le comenté entre bromas- Yo no me pasaría ni una: "mira, ahí no he llegado", "ahí se me ha ido la nota"...  ¡vamos, seguro que dejo de cantar para siempre!

-¡Es que te lo estás planteando mal! -contestó ella muy divertida- Cuando escuchas tu grabación, el objetivo no es buscar "qué he hecho mal", sino encontrar "qué he hecho bien", analizarlo, estudiar por qué ha salido bien y... ¡repetirlo la próxima vez!

La verdad es que su respuesta me dejó muy impresionada porque, sin darse cuenta... ¡estaba hablando de la oración!

Sí, es muy fácil ponerse delante del Señor mirando "todo lo que no ha salido" durante el día. No sé si a ti también te pasará, pero el hecho es que, si centras tu oración en eso, al final sales cabizbajo; tal vez con muchos y muy buenos propósitos, pero con mal sabor de boca.

Puedes centrarte en eso... ¡o fijar tu atención en las cosas maravillosas que el Señor ha hecho en tu vida!

Es fácil olvidarse de esta parte, pero, cuando vives en acción de gracias, te brota la alabanza, la oración es un momento de asombro, de hacerte consciente del amor que el Señor te tiene, recuerdas ese momento del día en que te ha regalado ser Su instrumento y has respondido... Sales alegre y feliz, ¡dispuesto a extender el amor que arde en tu corazón!

Puede que, con cualquiera de las dos posturas, salgas de la oración con los mismos objetivos, pero cambia mucho el motor, la perspectiva... la sonrisa.

Hoy el reto del amor es que hagas de tu oración una acción de gracias. Claro que habrás metido la pata y que hay cosas que mejorar, pero, ¿te fijas en ti... o en Él? Te invito a que, al llegar la noche, repases el día junto a Cristo y le vayas dando gracias por los pequeños detalles, por las veces que Le has visto... ¡eso es lo que tienes que repetir mañana! ¡Feliz día!


VIVE DE CRISTO

Pequena agenda do cristão

Quarta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)






Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?







Perguntas e respostas

A ALMA

1. O que é a alma humana? A alma é o princípio espiritual que dá vida ao corpo e forma com ele um ser humano.

2. Como se observa a alma? A alma é espiritual e, portanto, não pode observar-se pelos sentidos, mas apenas pelas acções que realiza. Por exemplo, reflectir.

3. A alma é imortal? A alma é imortal por ser espiritual. Os seres materiais podem esmagar-se, apodrecer, dividir-se em partes. Por seu lado, nada disto afecta aos seres espirituais.

4. Como se sabe que a alma humana é espiritual? A alma humana é espiritual porque realiza acções espirituais; por exemplo, entender esta web onde se relacionam ideias (sem confundir ideias com imagens, que são algo sensível).

5. Então as pessoas sem uso de razão não têm alma? Os bebés, alguns loucos, os que dormem o estão em coma têm alma pois vivem e são humanos. Mas, no seu caso específico, a espiritualidade da alma não se manifesta.

6. O que acontece quando um homem morre? Durante a vida o corpo humano vai-se deteriorando e chega um momento em que a alma é incapaz de mantê-lo vivo. Então chega a morte: o corpo passa a ser um cadáver e a alma vai para o céu ou para o inferno (ou temporariamente para o purgatorio).

7. A espiritualidade e imortalidade da alma são assunto da fé? A fé ajuda a descobrir, primeiramente, algumas realidades, mas a espiritualidade e imortalidade da alma não se conhecem só pela fé, mas também pela razão: se o homem realiza acções de cariz espiritual é porque possui um princípio espiritual a que chamamos alma; e o espiritual não pode morrer, como já comentámos. Por seu lado, o céu, o inferno e o purgatório conhecem-se pela doutrina cristã.

8. Como aperfeiçoar a alma? O corpo e a alma melhoram adquirindo novas qualidades. O corpo progride em capacidades materiais; a alma incrementa as suas qualidades espirituais. Nos dois casos esse melhoramento adquire-se através da repetição de actos bons. Assim, os factos isolados convertem-se em qualidades e adquire-se facilidade e agilidade para continuar a linha de actuação.

9. Há algum modo pelo qual a alma melhore mais rapidamente? A alma avança se Deus intervém com os seus dons. Isto sucede de acordo com a Sua vontade, mas podemos acelerar o processo se Lho pedirmos com insistência e procurarmos agradar-Lhe com generosidade. Por outro lado, a alma também recebe graças abundantes nos sacramentos.

10. Como piora a alma? A alma piora de vários modos:

No plano humano, a alma empobrece-se quando não se exercitam as suas faculdades. A inteligência e a vontade necessitam de exercício para o seu desenvolvimento. Neste sentido, a preguiça e o desinteresse causam grande dano.
No plano sobrenatural, o dano maior para a alma é produzido pelo pecado. A união com Deus e a recepção de graças e dons divinos é o que mais beneficia a alma. Por isto, o pecado é o mais prejudicial, pois qualquer pecado debilita a união com Deus.

Humana e sobrenaturalmente, a alma piora com a repetição de actos maus que a transformam numa alma viciosa, mais inclinada para o mal.