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19/09/2017

Tantos anos a lutar...

Surgiram nuvens negras de falta de vontade, de perda de entusiasmo. Caíram aguaceiros de tristeza, com a clara sensação de te encontrares atado. E, como remate, vieram os desânimos, que nascem de uma realidade mais ou menos objectiva: tantos anos a lutar... e ainda estás tão atrasado, tão longe! Tudo isso é necessário, e Deus conta com isso. Para conseguirmos o "gaudium cum pace" – a paz e a alegria verdadeiras – havemos de acrescentar à certeza da nossa filiação divina, que nos enche de optimismo, o reconhecimento da nossa própria fraqueza pessoal. (Sulco, 78)


Mesmo nos momentos em que percebemos mais profundamente a nossa limitação, podemos e devemos olhar para Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo, sabendo-nos participantes da vida divina. Nunca existe razão suficiente para voltarmos atrás: o Senhor está ao nosso lado. Temos que ser fiéis, leais, encarar as nossas obrigações, encontrando em Jesus o amor e o estímulo para compreender os erros dos outros e superar os nossos próprios erros. Assim, todos esses desalentos – os teus, os meus, os de todos os homens – servem também de suporte ao reino de Cristo.


Reconheçamos as nossas fraquezas, mas confessemos o poder de Deus. O optimismo, a alegria, a convicção firme de que o Senhor quer servir-se de nós têm de informar a vida cristã. Se nos sentirmos parte dessa Igreja Santa, se nos considerarmos sustentados pela rocha firme de Pedro e pela acção do Espírito Santo, decidir-nos-emos a cumprir o pequeno dever de cada instante: semear todos os dias um pouco. E a colheita fará transbordar os celeiros. (Cristo que passa, 160)

Evangelho e comentário

Tempo Comum


Evangelho: Lc 7, 11-17

11 Em seguida, dirigiu-se a uma cidade chama da Naim, indo com Ele os seus discípulos e uma grande multidão. 12 Quando estavam perto da porta da cidade, viram que levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva; e, a acompanhá-la, vinha muita gente da cidade. 13 Vendo-a, o Senhor compadeceu-se dela e disse-lhe: «Não chores.» 14 Aproximando-se, tocou no caixão, e os que o transportavam pararam. Disse então: «Jovem, Eu te ordeno: Levanta-te!» 15 O morto sentou-se e começou a falar. E Jesus entregou-o à sua mãe. 16 O temor apoderou-se de todos, e davam glória a Deus, dizendo: «Surgiu entre nós um grande profeta e Deus visitou o seu povo!» 17 E a fama deste milagre espalhou-se pela Judeia e por toda a região.

Comentário:


Ver um Senhor, que é Deus Todo Poderoso, compadecer-se de uma pobre mulher e acudir-lhe é, de facto. Extraordinário.

«Não chores» diz-lhe – gostaríamos tanto de ouvir a entoação da voz de Jesus! – e poderia ter acrescentado:

‘Não quero que chores, que sucumbas à tua dor. Eu estou aqui. Sou a Ressurreição e a Vida e, junto de Mim, só podes estar contente e feliz.’

E toca o caixão… sim… Jesus Cristo toca no caixão num gesto de intimidade natural e absolutamente humano.

Atrevo-me a dizer que, este Evangelho, é, sem dúvida, um Evangelho da Misericórdia divina, mas é, também, o Evangelho do amor que Jesus Cristo sente pelos homens Seus irmãos.


(AMA, comentário sobre Lc 7, 11-17, 21.06.2017)







Fátima - Centenário - Oração diária,


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Reflectindo

Confidência

Há dias, na Igreja da Lapa, enquanto esperava pela Santa Missa, depois da meia hora de preparação (do costume), olhava a grande Cruz com O Crucificado que, sempre na Quaresma, está no lado direito do altar.

Aos poucos senti a comoção de estar a contemplar uma realidade: o meu Deus e Senhor, pendente do madeiro onde me redimiu e salvou!

Ouvi uma pergunta interior, mas absolutamente clara:

‘Tu amas-me?’

Não sou tonto, nem tenho visões, mas olhei em volta, desnecessariamente, aliás porque sabia muito bem de onde vinha a pergunta.

E, respondi, claro: ‘Senhor, eu amo-te’.

Provavelmente não respondi bem porque a pergunta surgiu novamente: 

- ‘Tu, amas-me?’

Fiquei um pouco admirado, estaria o Senhor enganado, não me chamo Pedro!
Mas, de facto, como muito bem sei, Ele nunca Se engana porque, logo a seguir:

- Está bem, amas-me... Mas, amas-me, por Mim ou por ti? Amas-me sempre ou quando te é mais conveniente? Amas-me com AMOR, ou com respeito’.

Demorei um pouco na resposta, queria pensar bem na pergunta.

- ‘Olha, Senhor, eu amo-te porque sou muito "interesseiro", por outras palavras, sinto que é o melhor "negócio" que posso fazer.
Já vês, eu amo-Te como quem sou, um pobre homem cheio de mazelas é defeitos e, Tu, em troca, amas-me com o Teu Amor que é divino e sem medida!
Então? Não achas que faço bem?’

Acabou aqui a "conversa", a Santa Missa ia começar.



AMA, reflexões, 01.04.2017

Pequena agenda do cristão


TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?