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28/08/2017

Evangelho e comentário

Tempo Comum

Santo Agostinho – Doutor da Igreja

Evangelho: Mt 23, 13-22

13 Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, porque fechais aos homens o Reino do Céu! Nem entrais vós nem deixais entrar os que o querem fazer. 14 Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, que devorais as casas das viúvas, com o pretexto de prolongadas orações! Por isso, sereis mais rigorosamente julgados. 15 Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito e, depois de o terdes seguro, fazeis dele um filho do inferno, duas vezes pior do que vós! 16 Ai de vós, guias cegos, que dizeis: ‘Se alguém jura pelo santuário, isso não tem importância; mas, se jura pelo ouro do santuário, fica sujeito ao juramento.’ 17 Insensatos e cegos! Que é o que vale mais? O ouro ou o santuário, que tornou o ouro sagrado? 18 Dizeis ainda: ‘Se alguém jura pelo altar, isso não tem importância; mas, se jura pela oferta que está sobre o altar, fica sujeito ao juramento.’ 19 Cegos! Qual é o que vale mais? A oferta ou o altar, que torna sagrada a oferta? 20 Portanto, jurar pelo altar é o mesmo que jurar por ele e por tudo o que está sobre ele; 21 jurar pelo santuário é jurar por ele e por aquele que nele habita; 22 jurar pelo Céu é jurar pelo trono de Deus e por aquele que nele está sentado.

Comentário:


Talvez, de facto, a impaciência de Jesus se mostre clarissimamente, sem rodeios nem meias palavras e, isto, demonstra uma vez mais, que, O Senhor, só diz a verdade em qualquer circunstância.

A argumentos inconsistentes e sem qualquer critério há que responder “pondo as coisas o seu lugar”, principalmente porque é necessário que, os “pequeninos” saibam onde está a verdade e o caminho certo.

(AMA, comentário sobre Mt 23, 13-22, 22.05.2017)







Não te esqueças da figueira amaldiçoada

Aproveita o tempo. Não te esqueças da figueira amaldiçoada. Já fazia alguma coisa: dar folhas. Como tu... – Não me digas que tens desculpas. De nada valeu à figueira – narra o Evangelista – não ser tempo de figos, quando o Senhor lá os foi buscar. – E estéril ficou para sempre. (Caminho, 354)

Voltemos ao Santo Evangelho e detenhamo-nos no que refere S. Mateus, no capítulo vigésimo primeiro. Conta-nos que Jesus, quando voltava para a cidade, teve fome. Vendo uma figueira junto do caminho, aproximou-se dela. Que alegria, Senhor, ver-te com fome, ver-te também sedento, junto do poço de Sicar!. (...)

Como te fazes compreender bem, Senhor! Como te fazes amar! Mostras-te igual a nós em tudo, excepto no pecado, para que sintamos que contigo poderemos vencer as nossas más inclinações e as nossas culpas. Efectivamente, não têm importância o cansaço, a fome, a sede, as lágrimas... Cristo cansou-se, passou fome, teve sede, chorou. O que importa é a luta – uma luta amável, porque o Senhor permanece sempre a nosso lado – para cumprir a vontade do Pai que está nos céus. (...)


Abeirou-se da figueira, mas não encontrou senão folhas. É lamentável. Não acontecerá assim também na nossa vida? Não haverá nela, infelizmente, falta de fé e de vibração de humildade, ausência de sacrifícios e de obras? Não será que apresentamos um cristianismo só de fachada e sem frutos? É terrível, porque Jesus ordena: Nunca mais nasça fruto de ti. E, imediatamente, secou a figueira. Entristece-nos esta passagem da Sagrada Escritura, ao mesmo tempo que, por outro lado, nos anima a avivar a fé, a viver conformes à fé, para que Cristo receba sempre algum lucro da nossa parte. (Amigos de Deus 201–202).

Pequena agenda do cristão

SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?






Fátima: Centenário - Vida de Maria - 70



Centenário das aparições da Santíssima 

Virgem em Fátima


Jesus entre os doutores


A VOZ DOS PADRES

«Não se deve passar por alto a modéstia santa da Virgem Maria. Tinha dado à luz a Cristo; um anjo tinha-se aproximado d’Ela e tinha-lhe comunicado: eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Será grande e será chamado Filho do Altíssimo [i]. Embora tivesse merecido dar à luz o Filho do Altíssimo, era muito humilde; nem sequer se antepôs ao marido no modo de falar. Não diz: "eu e teu pai", mas: o teu pai e eu. Não teve em conta a dignidade do seu seio, mas a hierarquia conjugal.

A resposta do Senhor Jesus Cristo: convinha que Eu me ocupasse das coisas do Meu Pai [ii], não indica que a paternidade de Deus exclua a de José. Como o provamos? Pelo testemunho da Escritura, que afirma textualmente: Ele disse-lhes: "Porque me procuráveis? Não sabíeis que é necessário que Eu esteja nas coisas do Meu Pai?" Mas eles não compreenderam o que lhes disse. E foi com eles, e veio para Nazaré, e era-lhes submisso [iii]. Não disse: "Era submisso à Sua Mãe", ou: "Era-lhe submisso", mas: era-lhes submisso. A quem? Não era aos pais? Um e outro eram pais, a quem Ele era submisso, do mesmo modo que se tinha dignado ser Filho do homem. Mas eles eram pais no tempo e Deus era-o desde a eternidade. Eles eram pais do Filho do homem, o Pai o era do Seu Verbo e Sabedoria, era Pai do Seu Poder, por quem fez todas as coisas».

santo agostinho (séculos IV-V). Sermão 51, 18-20.




[i] Lc 1, 31-32
[ii] Lc 2, 49
[iii] Lc 2, 49-51