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Quis experimentar a fadiga e o cansaço

Não sabes se será fraqueza física ou uma espécie de cansaço interior que se apoderou de ti, ou as duas coisas ao mesmo tempo... Lutas sem luta, sem o empenho de uma autêntica melhoria positiva, para pegar a alegria e o amor de Cristo às almas. Quero lembrar-te as palavras claras do Espírito Santo: só será coroado quem tiver lutado "legitime" – deveras! –, apesar dos pesares. (Sulco, 163)

A alegria, o optimismo sobrenatural e humano, são compatíveis com o cansaço físico, com a dor, com as lágrimas – porque temos coração –, com as dificuldades na nossa vida interior ou na tarefa apostólica.

Ele, "perfectus Deus, perfectus homo", perfeito Deus e perfeito homem, que tinha toda a felicidade do Céu, quis experimentar a fadiga e o cansaço, o pranto e a dor..., para que percebermos que para ser sobrenaturais temos de ser muito humanos. (Forja, 290)


Sempre que nos cansemos – no trabalho, no estudo, na tarefa apostólica – sempre que no horizonte haja trevas, então é preciso olhar Cristo: Jesus bom, Jesus cansado, Jesus faminto e sedento. Como te fazes compreender bem, Senhor! Como te fazes amar! Mostras-te igual a nós em tudo, excepto no pecado, para que sintamos que contigo poderemos vencer as nossas más inclinações e as nossas culpas. Efectivamente, não têm importância o cansaço, a fome, a sede, as lágrimas... Cristo cansou-se, passou fome, teve sede, chorou. O que importa é a luta – uma luta amável, porque o Senhor permanece sempre a nosso lado – para cumprir a vontade do Pai que está nos céus. (Amigos de Deus, 201)

Evangelho e comentário

Tempo Comum


Evangelho: Mt 17, 14-20

14 Quando eles chegaram perto da multidão, um homem aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se a seus pés e 15 disse-lhe: «Senhor, tem piedade do meu filho. Ele tem ataques e está muito mal. Cai frequentemente no fogo e muitas vezes na água. 16 Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo.» 17 Disse Jesus: «Geração descrente e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando vos hei-de suportar? Trazei-mo cá.» 18 Jesus falou severamente ao demónio, e este saiu do jovem que, a partir desse momento, ficou curado. 19 Então, os discípulos aproximaram- se de Jesus e perguntaram-lhe em particular: «Porque é que nós não fomos capazes de expulsá-lo?» 20 Disse-lhes Ele: «Pela vossa pouca fé. Em verdade vos digo: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: ‘Muda-te daqui para acolá’, e ele há-de mudar-se; e nada vos será impossível.

Comentário:

A exclamação de Jesus é como que um grito da Sua alma dorida pela falta de fé mesmo daqueles que O seguem mais de perto.

E explica no versículo 20 o que é a verdadeira Fé.

A que move montanhas!

Como se chega a “esta fé”, perguntamo-nos inquietos porque bem sabemos como, a que temos, é imperfeita.

Pedindo, perseverantemente, que o Senhor nos aumente, consolide a fé, para podermos compreender, em primeiro lugar e, depois para podermos fazer tudo – sempre em Seu Nome – o que for necessário fazer para bem das almas e glória de Deus.

(AMA, comentário sobre Mt 17, 14-20, 09.05.2017)








Fátima: Centenário - Oração Jubilar de Consagração

Fátima: Centenário 

Oração Jubilar de Consagração

Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.

Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.

Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.

Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.

E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.


Ámen.

Pequena agenda do cristão

SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?







Fátima: Centenário - Vida de Maria - 54



Centenário das aparições da Santíssima 

Virgem em Fátima


Fuga para o Egipto



A voz do Magistério

«Depois de terem adorado o Senhor e terem satisfeito a sua devoção, os Magos, de acordo com o aviso recebido em sonhos, regressaram ao seu país por um caminho diferente daquele por onde tinham vindo. Acreditando já em Cristo, não tinham que ir, com efeito, pelo caminho da sua antiga vida, mas entrando na nova rota, abstêm-se dos erros que tinham abandonado. Era necessário invalidar as manobras de Herodes, que, sob o pretexto de zelo, preparava um engano ímpio sobre o Menino Jesus.

Por isso, ficando o seu plano desbaratado e a sua esperança iludida, a cólera do rei inflamou-se com ardor. Recordando a data que os Magos tinham indicado, derramou a raiva da sua crueldade sobre todas as crianças de Belém e numa matança geral fez perecer todos os recém-nascidos da cidade, fazendo-os passar para a glória eterna. Pensou que nenhuma criança tinha escapado da morte nesse lugar e, por isso, que Cristo tinha também morrido. Mas Ele, que reservava para outro tempo a efusão do Seu sangue para a redenção do mundo, tinha fugido para o Egipto, levado pelo cuidado dos Seus pais. Restaurava assim a antiga linhagem do povo hebreu e exercia o principado do verdadeiro José, usando de um poder e de uma providência muito maior que a sua, pois vinha libertar os corações dos egípcios de uma fome mais terrível do que toda a indigência, que eles sofriam pela ausência da verdade, já que Ele veio do Céu como verdadeiro pão de vida [i]. De modo que este país não seria já estranho à preparação do mistério da única vítima, onde, pela imolação do cordeiro, tinham sido prefigurados pela primeira vez o sinal salvador da cruz e a Páscoa do Senhor».

São Leão Magno, Papa (século V), Homilia 3 na solenidade da Epifania.




[i] cfr. Jo 6, 51