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A messe é grande e poucos os operários

A messe é grande e poucos os operários. – "Rogate ergo!". – Rogai, pois, ao Senhor da messe que envie operários para o seu campo. A oração é o meio mais eficaz do proselitismo. (Caminho, 800)

Ainda ressoa no mundo aquele clamor divino: "Vim trazer fogo à Terra, e que quero senão que se ateie?". – E bem vês: quase tudo está apagado...

Não te animas a propagar o incêndio? (Caminho, 801)

Querias atrair ao teu apostolado aquele homem sábio, aquele poderoso, e aquele cheio de prudência e virtudes.

Pede por eles, oferece sacrifícios e prepara-os com o teu exemplo e com a tua palavra. – Não: vêm? – Não percas a paz; é que não são precisos.

Julgas que não havia contemporâneos de Pedro sábios e poderosos, e prudentes, e virtuosos, fora do apostolado dos primeiros doze? (Caminho, 802)

Corta o coração aquele clamor – sempre actual! – do Filho de Deus, que se lamenta porque a messe é grande e os operários são poucos.

- Esse grito saiu da boca de Cristo, para que também tu o ouvisses: como lhe respondeste até agora? Rezas, pelo menos diariamente, por essa intenção? (Forja, 906)


Para seguir o Senhor, é preciso dar-se de uma vez, sem reservas e com fortaleza: queimar as naves com decisão, para que não haja possibilidades de retroceder. (Forja, 907)

Evangelho e comentário

Tempo Comum


Evangelho: Mt 14, 13-21

Naquele tempo, quando Jesus ouviu dizer que João Baptista tinha sido morto, retirou-Se num barco para um local deserto e afastado. Mas logo que as multidões o souberam, deixando as suas cidades, seguiram-n’O por terra. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e, cheio de compaixão, curou os seus doentes. Ao cair da tarde, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Este local é deserto e a hora avançada. Manda embora toda esta gente, para que vá às aldeias comprar alimento». Mas Jesus respondeu-lhes: «Não precisam de se ir embora; dai-lhes vós de comer». Disseram-Lhe eles: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes». Disse Jesus: «Trazei-mos cá». Ordenou então à multidão que se sentasse na relva. Tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao Céu e recitou a bênção. Depois partiu os pães e deu-os aos discípulos e os discípulos deram-nos à multidão. Todos comeram e ficaram saciados. E, dos pedaços que sobraram, encheram doze cestos. Ora, os que comeram eram cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.

Comentário:



Desta vez é São Mateus quem nos relata este portentoso milagre deJesus.

Não poderia deixar de o fazer já que – embora não haja milagres menores e outros maiores – as consequências e o ambiente têm uma importância enorme.

Uma multidão de gente saciada com uns poucos de pães e de peixes!

Os doze cestos que sobraram depois de todos terem comido!

Mas, talvez, o mais relevante foi a surpreendente “ordem” de Cristo:

«dai-lhes vós de comer»

Esta “ordem” é-nos dada também a nós, cristãos sem distinção de categorias ou importância; como se dissesse:

‘Tu, não deixes ninguém afastar-se porque tem fome e sede, dá-lhes o que precisam realmente: o alimento para o corpo e para a alma. Dá o que tens, não importa se muito ou pouco, porque, se o fizeres em Meu Nome, Eu providenciarei o que te possa faltar’.

(AMA, comentário sobre Mt 14, 13-21, 05.05.2017)






Hoy el reto del amor es hacer un reto con aquello que tienes entre manos.

EL SEÑOR DE LO COTIDIANO

Últimamente estamos saliendo muchos ratos a la huerta. Salimos a cuidarla, a cultivarla y... ¡a disfrutarla!

Todas hemos comentado que cómo entendemos que el Señor utilizara en sus parábolas la semilla de mostaza, las higueras, las ovejas... De hecho, surgen un montón de retos tras un día de huerta, porque sale tan espontáneo ver al Señor detrás de cada cosa...

Muchas veces se ha explicado que las parábolas eran como cuentecillos que contaba Jesús para explicar el mensaje de manera fácil y sencilla a sus seguidores. Y, sin embargo, hace no mucho escuché a un gran predicador rebatir esta teoría, explicando que, en realidad, Jesús, en las parábolas, nos quería mostrar cómo es el Amor de Dios y cómo detrás de cada cosa que hacemos podemos encontrar su Presencia y su Amor. Jesús hablaba de lo que conocía, de lo que había trabajado, observado y en lo que había visto la huella de su Padre.

Y es cierto: detrás de todo lo que hacemos, de cada tarea, de cada persona, hay un mensaje del Señor para nosotros, un mensaje de Amor, y la tarea de la vida es aprender a descubrirle a Él y su Palabra detrás de cada momento de nuestro día.

Hoy el reto del amor es hacer un reto con aquello que tienes entre manos. Hoy tu reto está en pedirle unos ojos nuevos al Señor para que te regale descubrirle vivo y real junto a ti en las tareas de la casa, en el trabajo... Ponlo por escrito y compártelo con algún amigo. Deja que el Señor te sorprenda mostrándote su Amor donde jamás pensaste encontrártelo.


VIVE DE CRISTO

Fátima: Centenário - Vida de Maria - 49



Centenário das aparições da Santíssima 

Virgem em Fátima


Apresentação de Jesus no Templo



A voz do Magistério

«A primeira pessoa que se une a Cristo no caminho da obediência, da fé provada e do sofrimento partilhado é a sua mãe, Maria. O texto evangélico mostra-no-la no gesto de oferecer o Filho: uma oferenda incondicional que a envolve em primeira pessoa: Maria é a Mãe d’Aquele que é «glória do seu povo, Israel» e «luz que ilumina as nações» [i]. E ela mesma, na sua alma imaculada, deverá ser trespassada pela espada do sofrimento, mostrando assim que o seu papel na história da salvação não termina no mistério da Encarnação, mas se completa na amorosa e dolorosa participação na morte e na ressurreição do seu Filho. Levando o Filho a Jerusalém, a Virgem Mãe oferece-o a Deus como verdadeiro Cordeiro que tira os pecados do mundo: apresenta-o a Simeão e a Ana como anúncio de redenção; apresenta-o a todos como luz para um caminho seguro pela via da verdade e do amor.

As palavras que neste encontro vêm aos lábios do idoso Simeão – Os meus olhos viram a tua salvação [ii] – encontraram eco no coração da profetiza Ana. Estas pessoas justas e piedosas, envolvidas pela luz de Cristo, podem contemplar no Menino Jesus «a consolação de Israel» [iii]. A sua expectativa transforma-se assim em luz que ilumina a história. Simeão é portador de uma antiga esperança e o Espírito do Senhor fala ao seu coração: por isso pode contemplar aquele que muitos profetas e reis tinham desejado ver, Cristo, luz que ilumina as nações. Reconhece naquele Menino o Salvador, mas intui no espírito que em seu redor se jogará o destino da humanidade, e que deverá sofrer muito por parte de quantos o rejeitarão; proclama a sua identidade e a missão de Messias com as palavras que formam um dos hinos da Igreja nascente, do qual irradia toda a exultação comunitária e escatológica da expectativa salvífica realizada. O entusiasmo é tão grande que viver e morrer são a mesma coisa, e a «luz» e a «glória» tornam-se uma revelação universal».

Bento XVI (séc. XXI), Homilia na festa da Apresentação do Senhor, 2-II-2006.




[i] cf. Lc 2, 32.34
[ii] Lc 2, 30
[iii] Lc 2, 25