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Levai a carga uns dos outros

Diz o Senhor: "Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Nisto se conhecerá que sois meus discípulos". – E São Paulo: "Levai a carga uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo". – Eu não te digo nada. (Caminho, 385)

Olhando à nossa volta, talvez descobríssemos razões para pensar que a caridade é realmente uma virtude ilusória. Mas considerando as coisas com sentido sobrenatural, descobrirás também a raiz dessa esterilidade, que se cifra numa ausência de convívio intenso e contínuo, de tu a tu, com Nosso Senhor Jesus Cristo, e no desconhecimento da acção do Espírito Santo na alma, cujo primeiro fruto é precisamente a caridade.

Recolhendo um conselho do Apóstolo – levai uns as cargas dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo – acrescenta um Padre da Igreja: amando a Cristo, suportaremos facilmente a fraqueza dos outros, mesmo a daquele a quem ainda não amamos, porque não tem boas obras.

Por aí se eleva o caminho que nos faz crescer na caridade. Enganar-nos-íamos se imaginássemos que primeiro temos de nos exercitar em actividades humanitárias, em trabalhos de assistência, excluindo o amor do Senhor. Não descuidemos Cristo por causa do próximo que está enfermo, uma vez que devemos amar o enfermo por causa de Cristo.


Olhai constantemente para Jesus, que, sem deixar de ser Deus, se humilhou tomando a forma de servo para nos poder servir, porque só nessa mesma direcção se abrem os afãs por que vale a pena lutar. O amor procura a união, a identificação com a pessoa amada; e, ao unirmo-nos com Cristo, atrair-nos-á a ânsia de secundar a sua vida de entrega, de amor sem medida, de sacrifício até à morte. Cristo coloca-nos perante o dilema definitivo: ou consumirmos a existência de uma forma egoísta e solitária ou dedicarmo-nos com todas as forças a uma tarefa de serviço. (Amigos de Deus, 236)

Evangelho e comentário

Tempo Comum


Evangelho: Mt 13, 47-53

47 «O Reino do Céu é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes. 48 Logo que ela se enche, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e escolhem os bons para as canastras, e os ruins, deitam-nos fora. 49 Assim será no fim do mundo: sairão os anjos e separarão os maus do meio dos justos, 50 para os lançarem na fornalha ardente: ali haverá choro e ranger de dentes.» 51 «Compreendestes tudo isto?» «Sim» - responderam eles. 52 Jesus disse-lhes, então: «Por isso, todo o doutor da Lei instruído acerca do Reino do Céu é semelhante a um pai de família, que tira coisas novas e velhas do seu tesouro.» 53 Depois de terminar estas parábolas, Jesus partiu dali.

Comentário:

Jesus Cristo fala do Reino dos Céus repetidamente ilustrando as Suas palavras com exemplos de modo que todos entendem, como aliás confirmam.

Não deixa de dizer que, de facto, há bons e maus e que, a Justiça divina avaliará a conduta de cada um e respeitará as consequências dessa mesma conduta.

Não exclui ninguém, todos são chamados “à rede divina” só que, a “pesca”, como sempre sucede na vida de todos os dias, tem resultados diferentes.

(AMA, comentário sobre MT 13, 47-53, 04.05.2017)









Hoy el reto del amor es dejar que Cristo haga más amplio tu bolsillo.

CONOCER A UNA MUJER

Hay quien dice que, para conocer a una mujer, basta con ver qué lleva en su bolso. ¡Es que cabe de todo! Las monjas no empleamos este socorrido complemento... ¡pero damos uso a los bolsillos!

En invierno, debajo del hábito, llevamos un "refajo" (una falda de lana). Es muy, muy elástico... así que, desde hace ya mucho tiempo, mis bolsillos han pasado a la categoría de alforjas. El problema está en que, con tanto peso, ¡se me ha dado de sí la goma que sujeta el refajo a la cintura!

He querido quitar cosas para aligerar la carga, pero ya no hay remedio: se me sigue cayendo. La goma no ha vuelto a su ser, ¡y tampoco los bolsillos! Pero ahora que están (casi) vacíos, se nota todavía más lo amplios que se han hecho; ¡son enormes!

Y de pronto me he dado cuenta... ¡así actúa Cristo en nuestro corazón! Cada vez que estamos un rato con Él, Cristo derrama unas gotitas (o un chorro) de amor en nuestro corazón. Puede que no nos demos cuenta, como yo, que me iba guardando cosas en los bolsillos sin pensarlo... pero, gota a gota, ¡le hace crecer, para que pueda amar más!

Hoy el reto del amor es dejar que Cristo haga más amplio tu bolsillo. Es lunes y puede que, un día como hoy, haya alguna persona o situación que se te haga cuesta arriba: no puedes amar, no te cabe en el corazón. No pienses que las cosas son así y no hay remedio... en Cristo siempre hay esperanza. Cristo está deseando que te pongas en sus manos para llevarte a donde tú no puedes llegar. Por ello, hoy te invito a que, en tu oración, presentes a esa persona al Señor. Ora por él o ella... Deja que Cristo llene tu corazón, ¡que sea Él quien lo ensanche! ¡Hoy ama con el amor de Cristo! ¡Feliz día!


VIVE DE CRISTO

Pequena agenda do cristão

Quinta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?







Fátima: Centenário - Vida de Maria - 45



Centenário das aparições da Santíssima 

Virgem em Fátima


A adoração dos magos


A VOZ DOS PADRES

«Na minha opinião, é evidente que não se tratava de uma estrela habitual; mais ainda, não foi uma verdadeira estrela, mas uma força invisível que tomou a aparência de estrela, o que se prova, antes de mais nada pela rota que seguiu. Efectivamente, não há nenhuma estrela que siga o caminho que aquela seguiu. O sol, a lua e todos os astros, vemos que se movem de oriente para ocidente; aquela, pelo contrário, seguia de norte para sul, que é a posição da Pérsia em relação à Palestina.

Em segundo lugar, o mesmo se pode demonstrar pelo tempo. Porque não só aparecia durante a noite, mas em pleno dia e no pleno esplendor do sol. Não há estrela que tenha tal virtude; não a tem nem a própria lua, que, mesmo ultrapassando por tantos graus a todas as estrelas, mal começam a brilhar os raios do sol, esconde-se e desaparece. Pelo contrário, a estrela dos Magos, pela superioridade do seu brilho, venceu os próprios raios solares e brilhava no meio da sua luz.

Terceira prova: a estrela dos Magos aparecia e ocultava-se. Efectivamente, durante a viagem até à Palestina, a estrela foi-os guiando; depois, mal chegaram a Jerusalém, ocultou-se-lhes. E por fim, quando, informado Herodes sobre a finalidade da sua vinda, partiram, mostrou-se-lhes de novo. Tudo isto não é próprio do movimento de uma estrela, mas de um poder muito racional. Era uma estrela que não tinha rumo próprio, mas que, quando os Magos tinham que andar, movia-se ela; quando tinham que parar, parava, acomodando-se sempre ao que convinha. Era como a coluna de nuvem que guiava os judeus pelo deserto, através da qual, segundo lhes convinha, montavam ou moviam o seu acampamento.

A quarta prova evidente é a maneira como lhes mostrou o lugar onde se encontrava o Menino. Efectivamente, não lho mostrou parando nas alturas, pois ter-lhes-ia sido impossível distingui-lo deste modo, mas descendo até lá. Compreendereis perfeitamente que um lugar tão pequeno, uma pobre cabana possivelmente, ou menos do isso ainda, como é natural, o corpinho de um menino pequenino, não é possível que uma estrela o indique (...). Que é, com efeito, o que o evangelista deu a entender quando disse: e eis que a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles, até que, chegando ao lugar onde estava o Menino, parou[i].

Já vedes, pois, por quantos argumentos se prova que esta estrela não foi uma estrela habitual, e que não apareceu porque assim o exigira o horóscopo profano».

São João Crisóstomo (séc. IV). Homilias sobre o Evangelho de São Mateus, VI.




[i] Mt 2, 9