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Constância, que nada te desoriente

O desalento é inimigo da tua perseverança. – Se não lutares contra o desalento, chegarás ao pessimismo, primeiro, e à tibieza, depois. – Sê optimista. (Caminho, 988)

Constância, que nada desoriente. – Faz-te falta. Pede-a ao Senhor e faz o que puderes para a obter; porque é um grande meio para te não separares do fecundo caminho que empreendeste. (Caminho, 990)

Não podes "subir". – Não é de estranhar: aquela queda!...

Persevera e "subirás". – Recorda o que diz um autor espiritual: a tua pobre alma é um pássaro que ainda tem as asas empastadas de lama.

É preciso muito calor do céu e esforços pessoais, pequenos e constantes, para arrancar essas inclinações, essas imaginações, esse abatimento, essa lama pegajosa das tuas asas.

E ver-te-ás livre. – Se perseverares, "subirás". (Caminho, 991)


Dá graças a Deus, que te ajudou, e rejubila com a tua vitória. - Que alegria tão profunda, a que sente a tua alma depois de ter correspondido! (Caminho, 992)

Evangelho e comentário

Tempo Comum


Evangelho: Mt 13, 31-35

31 Jesus propôs-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. 32 É a mais pequena de todas as sementes; mas, depois de crescer, torna-se a maior planta do horto e transforma-se numa árvore, a ponto de virem as aves do céu abrigar-se nos seus ramos.» 33 Jesus disse-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até que tudo fique fermentado.» 34 Tudo isto disse Jesus, em parábolas, à multidão, e nada lhes dizia sem ser em parábolas. 35 Deste modo cumpria-se o que fora anunciado pelo profeta: Abrirei a minha boca em parábolas e proclamarei coisas ocultas desde a criação do mundo.

Comentário:

Na continuação do Seu discurso sobre o Reino do Céu o Senhor como que completa a Sua doutrina dando a entender claramente que o Reino se estenderá a todos os lugares e a todos os homens.

Na imensidão de Deus e do Seu Reino cabem o Céu e a Terra e a humanidade inteira.

Todos podem fazer parte dele como é a Sua Vontade Amorosa.

Depende de cada um a escolha tendo em conta a magnitude e magnificência do prémio a alcançar.


(AMA, comentário sobre Mt 13, 31-35, 20.03.2017)

Diálogos apostólicos

Diálogos apostólicos II Parte

Pergunto:

6. Porque convém que haja um juízo final?; não basta o particular?

Respondo:


A sentença é a mesma, mas, convém um juízo final para que as sentenças sejam públicas, se aprecie a justiçai divina, e aumente a glória de Deus. 

Bento XVI – Pensamentos espirituais 154

158. A comunhão da fé

Ninguém crê apenas por si mesmo.

Acreditamos sempre na e com a Igreja.

O Credo é sempre um acto partilhado, um deixar-se inserir numa comunhão de caminho, de vida, de palavra, de pensamento.

Não somos nós que «fazemos» a fé, no sentido de que é Deus que no-la dá.

Mas também não a «fazemos» no sentido de que ela não deve ser inventada por nós. Devemos, por assim dizer, deixar-nos cair na comunhão da fé e da Igreja.

Encontro com o clero da diocese de Roma, (2.Mar.06)

(in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)

Pequena agenda do cristão

SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?




Fátima: Centenário - Vida de Maria - 42



Centenário das aparições da Santíssima 

Virgem em Fátima


A adoração dos magos



A VOZ DO MAGISTÉRIO

«A chegada dos Magos do Oriente a Belém, para adorar o recém-nascido Messias, é o sinal da manifestação do Rei universal aos povos e a todos os homens que procuram a verdade. É o início de um movimento oposto ao de Babel: da confusão à compreensão, da dispersão à reconciliação. Descobrimos assim um vínculo entre a Epifania e o Pentecostes: se o nascimento de Cristo, que é a Cabeça, é também o nascimento da Igreja, Seu corpo, vemos nos Magos os povos que se agregam ao resto de Israel, anunciando o grande sinal da "Igreja poliglota", realizado pelo Espírito Santo cinquenta dias depois da Páscoa.

O amor fiel e tenaz de Deus, que nunca falta à sua aliança de geração em geração. É o "mistério" do qual fala São Paulo nas suas Cartas, também no trecho da Carta aos Efésios há pouco proclamado: o Apóstolo afirma que "por revelação me foi dado conhecer o mistério que acabo de vos expor" [i] e encarregou-se de o dar a conhecer.

Este "mistério" da fidelidade de Deus constitui a esperança da história. Sem dúvida, ele é contrastado por impulsos de divisão e de subjugação, que dilaceram a humanidade por causa do pecado e do conflito de egoísmos. A Igreja está, na história, ao serviço deste "mistério" de bênção para a humanidade inteira. Neste mistério da fidelidade de Deus, a Igreja desempenha plenamente a sua missão unicamente quando reflecte em si mesma a luz de Cristo Senhor, e assim ajuda os povos do mundo no caminho da paz e do progresso autêntico (...).

Com Jesus Cristo a bênção de Abraão estendeu -se a todos os povos, à Igreja universal como novo Israel que acolhe no seu seio a humanidade inteira. Contudo, também hoje continua em muitos sentidos a ser verdade o que dizia o profeta: "a noite cobre a terra" e a nossa história. De facto, não se pode dizer que a globalização seja sinónimo de ordem mundial, pelo contrário. Os conflitos pela supremacia económica e pelo monopólio dos recursos energéticos, hídricos e das matérias-primas tornam difícil o trabalho de quantos, a todos os níveis, se esforçam por construir um mundo justo e solidário.

Há necessidade de uma esperança maior, que permita preferir o bem comum de todos ao luxo de poucos e à miséria de muitos. "Esta grande esperança só pode ser Deus... não um deus qualquer, mas aquele Deus que possui um rosto humano"[ii]: o Deus que se manifestou no Menino de Belém e no Crucificado-Ressuscitado.»

Bento XVI (século XXI). Excertos da homilia na solenidade da Epifania, 6-I-2008.




[i] Ef 3, 3
[ii] Spe salvi, n. 31