Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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31/07/2017
Constância, que nada te desoriente
O desalento é inimigo da tua
perseverança. – Se não lutares contra o desalento, chegarás ao pessimismo,
primeiro, e à tibieza, depois. – Sê optimista. (Caminho, 988)
Constância, que nada desoriente. –
Faz-te falta. Pede-a ao Senhor e faz o que puderes para a obter; porque é um
grande meio para te não separares do fecundo caminho que empreendeste. (Caminho,
990)
Não podes "subir". – Não é de
estranhar: aquela queda!...
Persevera e "subirás". –
Recorda o que diz um autor espiritual: a tua pobre alma é um pássaro que ainda
tem as asas empastadas de lama.
É preciso muito calor do céu e esforços
pessoais, pequenos e constantes, para arrancar essas inclinações, essas imaginações,
esse abatimento, essa lama pegajosa das tuas asas.
E ver-te-ás livre. – Se perseverares,
"subirás". (Caminho, 991)
Dá graças a Deus, que te ajudou, e
rejubila com a tua vitória. - Que alegria tão profunda, a que sente a tua alma
depois de ter correspondido! (Caminho, 992)
Evangelho e comentário
Evangelho:
Mt 13, 31-35
31 Jesus
propôs-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante a um grão de mostarda
que um homem tomou e semeou no seu campo. 32 É a mais pequena de todas as
sementes; mas, depois de crescer, torna-se a maior planta do horto e
transforma-se numa árvore, a ponto de virem as aves do céu abrigar-se nos seus
ramos.» 33 Jesus disse-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante ao
fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até que tudo
fique fermentado.» 34 Tudo isto disse Jesus, em parábolas, à multidão, e nada lhes
dizia sem ser em parábolas. 35 Deste modo cumpria-se o que fora anunciado pelo
profeta: Abrirei a minha boca em parábolas e proclamarei coisas ocultas desde a
criação do mundo.
Comentário:
Na continuação do Seu
discurso sobre o Reino do Céu o Senhor como que completa a Sua doutrina dando a
entender claramente que o Reino se estenderá a todos os lugares e a todos os
homens.
Na imensidão de Deus e do
Seu Reino cabem o Céu e a Terra e a humanidade inteira.
Todos podem fazer parte dele
como é a Sua Vontade Amorosa.
Depende de cada um a escolha
tendo em conta a magnitude e magnificência do prémio a alcançar.
(AMA,
comentário sobre Mt 13, 31-35, 20.03.2017)
Diálogos apostólicos
Pergunto:
6. Porque convém
que haja um juízo final?; não basta o particular?
Respondo:
A sentença é a mesma, mas, convém um juízo final para que
as sentenças sejam públicas, se aprecie a justiçai divina, e aumente a glória
de Deus.
Bento XVI – Pensamentos espirituais 154
Ninguém crê apenas por si
mesmo.
Acreditamos sempre na e com
a Igreja.
O Credo é sempre um acto
partilhado, um deixar-se inserir numa comunhão de caminho, de vida, de palavra,
de pensamento.
Não somos nós que «fazemos»
a fé, no sentido de que é Deus que no-la dá.
Mas também não a «fazemos»
no sentido de que ela não deve ser inventada por nós. Devemos, por assim dizer,
deixar-nos cair na comunhão da fé e da Igreja.
Encontro
com o clero da diocese de Roma, (2.Mar.06)
(in
“Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.
Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.
Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.
Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.
Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.
Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.
Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
Fátima: Centenário - Vida de Maria - 42
A
VOZ DO MAGISTÉRIO
«A chegada dos Magos do
Oriente a Belém, para adorar o recém-nascido Messias, é o sinal da manifestação
do Rei universal aos povos e a todos os homens que procuram a verdade. É o
início de um movimento oposto ao de Babel: da confusão à compreensão, da
dispersão à reconciliação. Descobrimos assim um vínculo entre a Epifania e o
Pentecostes: se o nascimento de Cristo, que é a Cabeça, é também o nascimento
da Igreja, Seu corpo, vemos nos Magos os povos que se agregam ao resto de
Israel, anunciando o grande sinal da "Igreja poliglota", realizado
pelo Espírito Santo cinquenta dias depois da Páscoa.
O amor fiel e tenaz de Deus,
que nunca falta à sua aliança de geração em geração. É o "mistério"
do qual fala São Paulo nas suas Cartas, também no trecho da Carta aos Efésios
há pouco proclamado: o Apóstolo afirma que "por revelação me foi dado
conhecer o mistério que acabo de vos expor" [i] e
encarregou-se de o dar a conhecer.
Este "mistério" da
fidelidade de Deus constitui a esperança da história. Sem dúvida, ele é
contrastado por impulsos de divisão e de subjugação, que dilaceram a humanidade
por causa do pecado e do conflito de egoísmos. A Igreja está, na história, ao
serviço deste "mistério" de bênção para a humanidade inteira. Neste
mistério da fidelidade de Deus, a Igreja desempenha plenamente a sua missão
unicamente quando reflecte em si mesma a luz de Cristo Senhor, e assim ajuda os
povos do mundo no caminho da paz e do progresso autêntico (...).
Com Jesus Cristo a bênção de
Abraão estendeu -se a todos os povos, à Igreja universal como novo Israel que
acolhe no seu seio a humanidade inteira. Contudo, também hoje continua em
muitos sentidos a ser verdade o que dizia o profeta: "a noite cobre a
terra" e a nossa história. De facto, não se pode dizer que a globalização
seja sinónimo de ordem mundial, pelo contrário. Os conflitos pela supremacia
económica e pelo monopólio dos recursos energéticos, hídricos e das
matérias-primas tornam difícil o trabalho de quantos, a todos os níveis, se
esforçam por construir um mundo justo e solidário.
Há necessidade de uma
esperança maior, que permita preferir o bem comum de todos ao luxo de poucos e
à miséria de muitos. "Esta grande esperança só pode ser Deus... não um
deus qualquer, mas aquele Deus que possui um rosto humano"[ii]: o
Deus que se manifestou no Menino de Belém e no Crucificado-Ressuscitado.»
Bento
XVI (século XXI). Excertos da homilia na solenidade da Epifania, 6-I-2008.