Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
Páginas
▼
20/07/2017
Evangelho e comentário
Evangelho:
Mt 11, 28-30
28 «Vinde
a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos.
29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de
coração e encontrareis descanso para o vosso espírito. 30 Pois o meu jugo é
suave e o meu fardo é leve.»
Comentário:
São Mateus encerra o
capítulo 11 do Evangelho que escreveu com estas palavras de Jesus.
São palavras de
misericórdia, de esperança, de confiança.
Deseja que todos saibam que,
Ele, está sempre presente para nos ajudar e socorrer e que o que temos de fazer
para obter esse auxílio e conforto não pesa, não esmaga, antes é suave e
compensador.
(AMA,
comentário sobre Mt 11, 28-30, 16.03.2017)
Não te assustes ao veres-te tal como és
Não necessito de milagres; bastam-me os que há
na Escritura. – Pelo contrário, faz-me falta o teu cumprimento do dever, a tua
correspondência à graça. (Caminho,
362)
Repitamos com a palavra e com as obras: Senhor, confio em Ti,
basta-me a tua providência ordinária, a tua ajuda de cada dia. Não temos por
que pedir a Deus grandes milagres. Temos de lhe suplicar, pelo contrário, que
aumente a nossa fé, que ilumine a nossa inteligência, que fortaleça a nossa
vontade. Jesus está sempre junto de nós e permanece fiel.
Desde o começo da minha pregação, preveni-vos contra um falso
endeusamento. Não te assustes ao veres-te tal como és: assim, feito de barro.
Não te preocupes. Porque, tu e eu somos filhos de Deus, – este é o endeusamento
bom – escolhidos desde a eternidade, com uma vocação divina: escolheu-nos o
Pai, por Jesus Cristo, antes da criação do mundo, para que sejamos santos
diante dele. Nós, que somos especialmente de Deus, seus instrumentos apesar da
nossa pobre miséria pessoal, seremos eficazes se não perdermos o conhecimento
da nossa fraqueza. As tentações dão-nos a dimensão da nossa própria fraqueza.
Se sentimos desalento ao experimentar – talvez de um modo
particularmente vivo – a nossa mesquinhez, é o momento de nos abandonarmos por
completo, com docilidade, nas mãos de Deus. Conta-se que, certo dia, um mendigo
saiu ao encontro de Alexandre Magno, pedindo uma esmola. Alexandre parou e
ordenou que o fizessem senhor de cinco cidades. O pobre, confundido e atordoado,
exclamou: eu não pedia tanto! E Alexandre respondeu: tu pediste como quem és;
eu dou-te como quem sou. (Cristo
que passa, 160)
Fátima: Centenário - Oração Jubilar de Consagração
Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.
Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.
Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.
Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.
E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.
Ámen.
Fátima: Centenário - Oração diária
Senhora de Fátima:
Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.
Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.
Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.
Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:
“Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.
Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.
AMA, Fevereiro, 2017
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Participar na Santa Missa.
Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.
Lembrar-me:
Comunhões espirituais.
Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
Fátima: Centenário - Vida de Maria - 31
A voz dos Padres
Há que considerar que o
superior se dirigiu ao inferior para o ajudar: Maria a Isabel, Cristo a João.
E, no momento da chegada de Maria, manifestam-se os benefícios da presença
divina. Repara de que modo tão distinto em cada um deles! Isabel ouve primeiro
a voz, mas João a primeira coisa que sente é a graça. Ela percebeu de acordo
com a ordem natural, ele alegrou-se com o mistério sobrenatural. Ela notou a
chegada de Maria; ele, a do Senhor. E quando o filho ficou cheio do Espírito
Santo, então encheu-se também a mãe (...).
Donde me é dado que venha
ter comigo a Mãe do meu Senhor? [i].
Não fala como uma ignorante, mas, reconhece, antes, o efeito da graça divina,
não do mérito humano. Quer dizer: porque me chega esta felicidade, que venha a
Mãe do meu Senhor ter comigo? Reconheço que não tenho nada que o exigisse. Por
que justiça, por que acções, por que méritos? Pressinto o milagre, reconheço o
mistério: a Mãe do Senhor está grávida do Verbo, cheia de Deus (...).
Maria ficou com Isabel cerca
de três meses; depois voltou para sua casa [ii].
Compreende-se bem que Santa Maria, por um lado, prestasse os seus serviços e,
por outro, o fizesse durante um número simbólico de meses. Não ficou tanto tempo
só por ser parente, mas também para proveito do profeta: pois, se só a sua
entrada produziu um efeito tão grande que, com a saudação de Maria, o menino
saltou de gozo no seio materno e a mãe (Isabel) ficou cheia do Espírito Santo,
em quanto quantificaremos os efeitos da presença de Maria durante tanto tempo?
Santo
Ambrósio de Milão (séc. IV), Exposição do Evangelho segundo São Lucas 2,
22-23.25.29.