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Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Jesus Cristo e a Igreja – 167

Celibato eclesiástico: História e fundamentos teológicos

V. FUNDAMENTOS TEOLÓGICOS DA DISCIPLINA DO CELIBATO


A Teologia do celibato sacerdotal

Não é possível fazer aqui um completo desenvolvimento deste tema, nem este é o objetivo da nossa exposição histórica, mas esta permite dar uma palavra final sobre a Teologia do celibato sacerdotal, a qual está intimamente relacionada com a Teologia do sacerdócio.

A principal motivação do celibato e da vontade da Igreja neste ponto é “a relação que o celibato tem com a sagrada Ordenação que configura o sacerdote com Jesus Cristo, Cabeça e Esposo da Igreja” (Pastores dabo Vobis, n. 29). Estas palavras podem ser consideradas o núcleo da Teologia do celibato desenvolvida pela Exortação Apostólica e é oferecida para ser meditada e colocada na base de qualquer desenvolvimento posterior.

A partir desta afirmação central do documento papal, tentamos indicar, a partir do início desta quinta parte do nosso trabalho, os elementos da Teologia do celibato que já estavam presentes na Tradição, mas que tinham sido desenvolvidos de maneira insuficientes. Agora somos capazes de ver não só que todos estes elementos foram recolhidos e desenvolvidos sistematicamente na Exortação, mas também foram utilizados nela outros não considerados antes.

(cont)


(revisão da versão portuguesa por ama)

Reflexão para férias

No Verão, muitos partem para outros locais em busca de descanso e recuperação.

Ainda bem!

O pior e que, alguns, “deixam Cristo em casa”, isto é, também a prática da fé fica de férias.

Não pode ser!

Um cristão tem de dar o exemplo - sempre - e, considerar, que talvez as férias sejam uma ocasião soberana para o fazer e, também, apostolado a sério, consistente.

‘A que Missa vão no Domingo?’

Esta, uma pergunta apostólica que urge fazer e, claro, ter a informação pronta para dar:

‘As missas no Domingo, são em tal parte e a tais horas.

Eu vou esta, porque não vamos juntos?’


Evangelho e comentário

Tempo Comum

São Boaventura – Doutor da Igreja

Evangelho: Mt 10, 24-33

24 «O discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do senhor. 25 Basta ao discípulo ser como o mestre e ao servo ser como o senhor. Se ao dono da casa chamaram Belzebu, o que não chamarão eles aos familiares! 26 Não os temais, portanto, pois não há nada encoberto que não venha a ser conhecido. 27 O que vos digo às escuras, dizei-o à luz do dia; e o que escutais ao ouvido, proclamai-o sobre os terraços. 28 Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma. Temei antes aquele que pode fazer perecer na Geena o corpo e a alma. 29 Não se vendem dois pássaros por uma pequena moeda? E nem um deles cairá por terra sem o consentimento do vosso Pai! 30 Quanto a vós, até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados! 31 Não temais, pois valeis mais do que muitos pássaros.» 32 «Todo aquele que se declarar por mim, diante dos homens, também me declararei por ele diante do meu Pai que está no Céu. 33 Mas aquele que me negar diante dos homens, também o hei-de negar diante do meu Pai que está no Céu.

Comentário:

Não é próprio do cristão ter medo das consequências que possam advir por seguir Cristo.

Isso, que é fácil de dizer, ganha especial relevância nos dias de hoje que em diversas partes do mundo se manifesta, por vezes de forma brutal, o ódio a Cristo, à Sua Igreja, aos cristãos.

Por aqui, na Europa, parece estarmos a salvo dessas perseguições, mas, de facto, continua e cada vez mais, a necessidade de afirmar as verdades da e agir sem receio e decididamente contra essas outras formas de ataque à Santa Igreja, a Fé e princípios cristãos que se manifestam sob a forma de leis iníquas e atentatórias da dignidade do ser humano em geral e do cristão em particular.



(AMA, comentário sobre Mt 10, 24-33, 2013.07.13)

Que a tua vida não seja uma vida estéril

Que a tua vida não seja uma vida estéril. – Sê útil. – Deixa rasto. – Ilumina, com o resplendor da tua fé e do teu amor. Apaga, com a tua vida de apóstolo, o rasto viscoso e sujo que deixaram os semeadores impuros do ódio. – E incendeia todos os caminhos da Terra com o fogo de Cristo que levas no coração. (Caminho, 1)

Se cedesses à tentação de perguntar a ti mesmo: quem me manda a mim meter-me nisto? teria de responder-te: manda-to, pede-to o próprio Cristo. A messe é grande e os operários são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da messe que mande operários para a sua messe. Não digas, comodamente: eu para isto não sirvo; para isto já há outros; não estou feito para isto... Não. Para isto não há outros. Se tu pudesses falar assim, todos podiam dizer a mesma coisa. O pedido de Cristo dirige-se a todos e cada um dos cristãos. Ninguém está dispensado: nem por razões de idade, nem de saúde, nem de ocupação. Não há desculpas de nenhum género. Ou produzimos frutos de apostolado ou a nossa fé será estéril.


Além disso, quem disse que para falar de Cristo, para difundir a sua doutrina, era preciso fazer coisas especiais, fora do comum? Faz a tua vida normal; trabalha onde estás a trabalhar, procurando cumprir os deveres do teu estado, acabar bem o que é próprio da tua profissão ou do teu ofício, superando-te, melhorando-te dia-a-dia. Sê leal, compreensivo com os outros e exigente contigo mesmo. Sê mortificado e alegre. Será esse o teu apostolado. E, sem saberes porquê, tendo perfeita consciência das tuas misérias, os que te rodeiam virão ter contigo e, numa conversa natural, simples – à saída do trabalho, numa reunião familiar, no autocarro, ao dar um passeio, em qualquer parte – falareis de inquietações que em todas as almas existem, embora às vezes alguns não queiram dar por isso. Mas cada vez as perceberão melhor, desde que comecem a procurar Deus a sério. (Amigos de Deus, 272–273)

Pequena agenda do cristão

SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?





Fátima: Centenário - Vida de Maria - 26




Centenário das aparições da Santíssima 

Virgem em Fátima


Anunciação


A voz do Magistério

«Olhai para Maria, formosa como a lua, pulchra ut luna. É uma forma de expressar a sua excelsa beleza. Que formosa deve ser a Virgem! Quantas vezes nos impressionaram a beleza de uma face de anjo, o encanto do sorriso de uma criança, o fascínio de um olhar puro! Certamente, no rosto da Sua própria Mãe, Deus recolheu todos os resplendores da sua arte divina. O olhar de Maria! O sorriso de Maria! A doçura de Maria! A majestade de Maria, Rainha do Céu e da terra! Do mesmo modo que a lua brilha no céu escuro, assim também a formosura de Maria se distingue sobre todas as formosuras, que parecem sombras junto d’Ela. Maria é a mais formosa de todas as criaturas. Não é apenas a beleza natural que se reflecte naquele rosto. Deus revestiu a sua alma com a plenitude das suas riquezas por um milagre da sua omnipotência e fez passar para o olhar de Maria algo da sua dignidade sobrenatural e divina. Uma centelha da beleza de Deus brilha nos olhos de sua Mãe».
«Mas a Igreja não compara Maria apenas à lua; servindo-se também da Sagrada Escritura [i], usa uma imagem mais intensa e exclama: Tu és, Maria, electa ut sol, eleita como o sol! A luz do sol tem uma grande diferença da da lua: é luz que aquece e vivifica. A lua brilha sobre os grandes glaciares do Pólo, mas o glaciar permanece compacto e infecundo, como permanecem as trevas e perdura o gelo nas noites lunares do Inverno. A luz da lua não tem calor, não leva a vida. Fonte de luz e de calor e de vida é o sol. Pois bem, Maria, que tem a beleza da lua, brilha também como um sol e irradia um calor vivificante. Falando d’Ela, falando-lhe a Ela, não esqueçamos que é verdadeiramente nossa Mãe; porque através d’Ela recebemos a vida divina. Ela deu-nos Jesus e com Jesus a própria Fonte da graça. Maria é medianeira e distribuidora de todas as graças».

«Electa ut sol. Sob a luz e o calor do sol as plantas florescem sobre a terra e dão o seu fruto; Sob o influxo e a ajuda deste sol que é Maria, os bons pensamentos frutificam nas almas. Talvez neste momento já estejais inundados do encanto que emana da Virgem Imaculada, Mãe da divina graça, medianeira de todas as graças, por ser Rainha do mundo».
«Voltai a percorrer, queridos filhos e filhas, a história da vossa vida. Não vedes um tecido de graças de Deus? Então podeis pensar: nestas graças entrou Maria. As flores despontaram e os frutos amadureceram na minha vida graças ao calor desta Senhora, eleita como o sol».

PIO XII (século XX), Mensagem radiofónica  na abertura do Ano Mariano, 8-XII-1953.




[i] cfr. Ct 6, 10