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Evangelho e comentário

Tempo Comum


Evangelho: Mt 9, 18-26

18 Enquanto Jesus lhes dizia estas coisas, aproximou-se um chefe que se prostrou diante dele e disse: «Minha filha acaba de morrer, mas vem impor-lhe a tua mão e vive á.» 19 Jesus, levantando-se, seguiu-o com os discípulos. 20 Então, uma mulher, que padecia de uma hemorragia há doze anos, aproximou-se dele por trás e tocou-lhe na orla do manto, 21 pois pensava consigo: ‘Se eu, ao menos, tocar nas suas vestes, ficarei curada.’ 22 Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse-lhe: «Filha, tem confiança, a tua fé te salvou.» E, naquele mesmo instante, a mulher ficou curada. 23 Quando chegou a casa do chefe, vendo os flautistas e a multidão em grande alarido, disse: 24 «Retirai-vos, porque a menina não está morta: dorme.» Mas riam-se dele. 25 Retirada a multidão, Jesus entrou, tomou a mão da menina e ela ergueu-se. 26 A notícia espalhou-se logo por toda aquela terra.

Comentário:

Como se pode ver não é justo considerar os chefes do povo de Israel, neste caso um chefe de Sinagoga, todos da mesma forma.

Aqui, neste trecho de São Mateus, fica bem claro que algumas das maiores manifestações de fé em Jesus Cristo vêm precisamente dessa classe social.

Impressiona, de facto, a fé deste homem que diz com toda a clareza:

«Minha filha acaba de morrer, mas vem impor-lhe a tua mão e viverá.»

Uma fé assim não pode senão mover o Coração amantíssimo de Jesus levando-o a fazer o que Se Lhe pede.

(AMA, comentário sobre Mt 9, 18-26, 15.03.2017)





Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Diálogos apostólicos

Diálogos apostólicos II Parte


Pergunto:

3. Qual será o critério de medição?


Respondo:


No seu juízo, o Senhor com a sua sabedoria infinita medirá as nossas acções segundo se adaptaram à vontade divina, tendo em conta os dos que cada um recebeu.

Bento XVI – Pensamentos espirituais 152

155. Escolher Deus

A vida humana é uma relação.
Apenas em relação, e não fechados em nós mesmos, podemos ter a vida.
E a relação fundamental é a relação com o Criador, porque senão todas as outras relações são frágeis.
O essencial é, portanto, escolher Deus. 

Um mundo vazio de Deus, um mundo que esqueceu Deus perde a vida e cai numa cultura de morte.

Encontro com o clero da diocese de Roma, (2.Mar.06)

(in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)

Fátima: Centenário - Oração Jubilar de Consagração


Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.

Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.

Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.

Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.

E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.


Ámen.

Senhor, se quiseres podes curar-me

Não tenhas dúvidas: o coração foi criado para amar. Metamos, pois, Nosso Senhor Jesus Cristo em todos os nossos amores. Senão, o coração vazio vinga-se, e enche-se das baixezas mais desprezíveis. (Sulco, 800)

Como poderemos dirigir-nos a Ele, como falar-Lhe, como comportar-nos?

A vida cristã não está feita de normas rígidas, porque o Espírito Santo não dirige as almas massivamente, mas infundindo em cada uma delas propósitos, inspirações e afectos que ajudarão a captar e a cumprir a vontade do Pai. Penso, no entanto, que em muitas ocasiões o nervo do nosso diálogo com Cristo, na acção de graças depois da Santa Missa, pode ser a consideração de que o Senhor é para nós, Rei, Médico, Mestre e Amigo.. (...)

É Médico e cura o nosso egoísmo, se deixarmos que a sua graça penetre até ao fundo da nossa alma. Jesus disse-nos que a pior doença é a hipocrisia, o orgulho que nos faz dissimular os nossos pecados. Com o Médico, é imprescindível, pela nossa parte, uma sinceridade absoluta, explicar-lhe toda a verdade e dizer: Domine, si vis, potes me mundare, Senhor, se quiseres – e Tu queres sempre – podes curar-me. Tu conheces as minhas fraquezas, tenho estes sintomas e estas debilidades. Mostramos-lhe também com toda a simplicidade as chagas e o pus, no caso de haver pus. Senhor, Tu, que curaste tantas almas, faz com que, ao ter-Te no meu peito ou ao contemplar-Te no Sacrário, Te reconheça como Médico divino. (Cristo que passa, nn. 92–93)

Pequena agenda do cristão



SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?




Fátima: Centenário - Vida de Maria - 21



Centenário das aparições da Santíssima 

Virgem em Fátima


Os esponsais de Nossa Senhora



A VOZ DOS PADRES

«A menina ao crescer, quando já não era necessário amamentá-la, os seus pais apressaram-se a levá-la ao templo para a oferecer a Deus e cumprir, assim, a promessa que tinham feito. Os sacerdotes educaram-na no santuário, do mesmo modo que Samuel tinha sido educado[i]. Depois, quando se tornou uma adolescente, reuniram-se em conselho para decidir o que fazer daquele corpo santo sem ofender o Senhor. Pareceu um absurdo submetê-la às leis da natureza dando-a como esposa a um varão; pensavam que seria sacrílego que um homem se convertesse em dono do que tinha sido consagrado ao Senhor. Efectivamente, era conforme à lei que o varão se convertesse em dono da sua esposa».

«Por outro lado, a lei não permitia que uma mulher habitasse o templo junto dos sacerdotes e se mostrasse no interior do santuário, coisa contrária também à honestidade e à dignidade da lei. Após discutir esses problemas, tomaram uma decisão verdadeiramente inspirada: confiá-la, sob a forma de um matrimónio, a um homem que oferecesse todas as garantias de respeito pela sua virgindade».

«Encontrou-se em José o homem adequado para aquela situação. Além disso, era da mesma tribo e família da Virgem. Seguindo o conselho dos sacerdotes, José desposou a donzela, mas a relação matrimonial ficou excluída daquelas núpcias».

São Gregório de Nisa (séc. IV), Homilia sobre a Natividade do Senhor (PG 46, 1140 A-B).




[i] cfr. 1 Sam 1, 24 ss