Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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07/07/2017
Epístolas de São Paulo – 103
3. RECAPITULAÇÃO: O
SACRIFÍCIO DE CRISTO SUPERIOR AO DE MOISÉS (10,1-18)
…/2
Eficácia do sacrifício
de Cristo
- 11 Todo o sacerdote se apresenta diariamente para oferecer o
culto, oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem apagar os
pecados. 12 Cristo, porém, depois de oferecer pelos pecados um único sacrifício,
sentou-se para sempre à direita de Deus, 13 esperando, por último, que os seus
inimigos sejam postos como estrado dos seus pés. 14 De facto, com uma só oferta,
Ele tornou perfeitos para sempre os que são santificados. 15 É o que o Espírito
Santo também nos atesta. De facto, depois disse: 16 Esta é a aliança que
estabelecerei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: ‘Porei as minhas
leis nos seus corações e gravá-las-ei nas suas mentes; 17 e não mais me
recordarei dos seus pecados nem das suas iniquidades.’ 18 Ora, onde há perdão
dos pecados, já não há necessidade de oferenda pelos pecados.
Temas para meditar - 715
Respeitos humanos
O Senhor tinha louvado em repetidas ocasiões os que se aproximavam d’Ele confessando a sua Fé como a hemorroíssa, o centurião, a mulher cananeia ou S. Pedro.
Mas neste momento de tensão esses judeus principais não têm coragem de a confessar publicamente; deixam-se vencer pelo medo de serem excomungados da comunidade judaica e de se enfrentarem com graves dificuldades na sociedade.
O Senhor tinha louvado em repetidas ocasiões os que se aproximavam d’Ele confessando a sua Fé como a hemorroíssa, o centurião, a mulher cananeia ou S. Pedro.
Mas neste momento de tensão esses judeus principais não têm coragem de a confessar publicamente; deixam-se vencer pelo medo de serem excomungados da comunidade judaica e de se enfrentarem com graves dificuldades na sociedade.
Bíblia Sagrada Fac. Teol. Univ. Navarra Coment. Jo 12 42-43,
Fátima: Centenário - Oração diária
Senhora de Fátima:
Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.
Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.
Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.
Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:
“Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.
Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.
AMA, Fevereiro, 2017
Evangelho e Comentário
Evangelho:
Mt 9, 9-13
9 Partindo dali, Jesus viu um homem
chamado Mateus, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-me!» E ele
levantou-se e seguiu-o. 10 Encontrando-se Jesus à mesa em sua casa, numerosos
cobradores de impostos e outros pecadores vieram e sentaram-se com Ele e seus
discípulos. 11 Os fariseus, vendo isto, diziam aos discípulos: «Porque é que o
vosso Mestre come com os cobradores de impostos e os pecadores?» 12 Jesus
ouviu-os e respondeu-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico,
mas sim os doentes. 13 Ide aprender o que significa: Prefiro a misericórdia ao
sacrifício. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.»
Comentário:
É o próprio Mateus que
relata o seu encontro com Jesus.
Encontro, talvez fortuito,
mas definitivo e decisivo para a sua vida.
Será que – podemos
perguntar-nos – já teria ouvido falar de Jesus? Estaria à espera de O
encontrar?
Podemos pensar que sim
porque o Senhor acaba sempre por Se encontrar com aqueles que O procuram e que,
talvez, a indecisão tolha de dar o “passo em frente”.
Um dos resultados deste
chamamento – e de o mesmo ter sido prontamente aceite – foi a presença dos
colegas de profissão de Mateus no banquete em sua casa.
A simplicidade com que o
Senhor os apelida de “pecadores” – como eram tidos pelos chefes do povo – não
os ofende nem afasta, antes lhes confirma a sua vontade de emendar os erros,
corrigir os maus procedimentos.
(AMA,
comentário sobre Mt 9, 9-13, 14.03.2017)
O perigo é a rotina
"Nonne cor nostrum
ardens erat in nobis, dum loqueretur in via?". – Não é verdade que
sentíamos abrasar-se-nos o coração, quando nos falava caminho? Se és apóstolo,
estas palavras dos discípulos de Emaús deviam sair espontaneamente dos lábios
dos teus companheiros de profissão, depois de te encontrarem a ti no caminho da
vida. (Caminho, 917)
Agrada-me falar de caminho, porque somos caminhantes, dirigimo-nos
para a casa do Céu, para a nossa Pátria. Mas reparemos que um caminho, mesmo
que um ou outro trecho apresente dificuldades especiais, mesmo que alguma vez
nos obrigue a passar a vau um rio ou a atravessar um pequeno bosque quase
impenetrável, habitualmente é simples, sem surpresas. O perigo é a rotina:
supor que nisto, no que temos de fazer em cada instante, não está Deus, porque
é tão simples, tão vulgar!
Iam os dois discípulos para Emaús. O seu caminhar era normal, como
o de tantas outras pessoas que transitavam por aquelas paragens. E aí, com
naturalidade, aparece-lhes Jesus e vai com eles, com uma conversa que diminui a
fadiga. Imagi-no a cena: já bem adiantada a tarde. Sopra uma brisa suave. De um
lado e de outro, campos semeados de trigo já crescido e as velhas oliveiras com
os ramos prateados pela luz indecisa...
Jesus, no caminho! Senhor, que grande és Tu sempre! Mas comoves-me
quando te rebaixas para nos acompanhares, para nos procurares na nossa lida
diária. Senhor, concede-nos a ingenuidade de espírito, o olhar limpo, a mente
clara, que permitem entender-Te, quando vens sem nenhum sinal externo da Tua
glória.
Termina o trajecto ao chegar à aldeia e aqueles dois que – sem o
saberem – tinham sido feridos no fundo do coração pela palavra e pelo amor do
Deus feito homem, têm pena de que Ele se vá embora. Porque Jesus despede-se
como quem vai para mais longe. Nosso Senhor nunca se impõe. Quer que O chamemos
livremente, desde que entrevimos a pureza do Amor que nos meteu na alma. (Amigos de Deus, nn. 313–314)
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Contenção; alguma privação; ser humilde.
Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.
Lembrar-me:
Filiação divina.
Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
Fátima: Centenário - Vida de Maria - 18
A
VOZ DOS PADRES
«Chamava-se Joaquim; era da
casa de David, rei e profeta; a sua mulher chamava-se Ana. Permaneceu sem
filhos até à velhice, porque a sua esposa era estéril. E, no entanto,
precisamente a ela estava reservada a honra a que, segundo a lei de Moisés,
aspiravam todas as mulheres que dão à luz, honra que não tinha sido concedida a
nenhuma mulher privada de filhos».
«Joaquim e Ana, com efeito,
eram dignos de honra e de veneração, tanto em palavras como em obras; eram
conhecidos como pertencentes à estirpe de Judá e de David, à descendência de
reis. Quando se uniram as casas de Judá e de Levi, o ramo real e o sacerdotal
ficaram misturados. Assim está escrito tanto a respeito de Joaquim como a respeito
de José, com quem se desposou a Virgem santa. Deste último se afirma
directamente que era da casa e tribo de David [i];
mas eram-no os dois: um, segundo a descendência natural de David, o outro, em
virtude da lei segundo a qual eram levitas».
«Também a bem-aventurada Ana
era de um ramo eleito da mesma casa. Isto significava de antemão que o rei que
nasceria da sua filha seria sumo-sacerdote, enquanto Deus e enquanto homem.
Entretanto, os veneráveis e estimados pais da Virgem, desconhecendo ainda o que
neles se viria a realizar, sofriam uma grande dor pela falta de filhos, por
causa da lei de Moisés e também pelas zombarias de alguns homens néscios.
Desejavam o nascimento de um descendente que apagasse a ignomínia e lhes
devolvesse a honra diante dos seus olhos e diante do mundo inteiro».
«Então a bem-aventurada Ana,
como aquela outra Ana mãe de Samuel [ii],
foi ao templo e suplicou ao Criador do universo que lhe concedesse um fruto das
suas entranhas, com o voto de o consagrar, por o ter recebido como dom. O
bem-aventurado Joaquim também não estava inactivo, e pedia a Deus que o
livrasse da falta de filhos».
«O Rei benigno, o Autor
generoso de todos os dons, escutou a oração do justo e enviou um anúncio aos
dois cônjuges. Primeiro mandou uma mensagem a Joaquim enquanto rezava no
templo. Fez-lhe ouvir uma voz do Céu que lhe dizia: "Terás uma filha que
será glória, não só para ti, mas para o mundo inteiro". Este mesmo anúncio
foi feito à bem-aventurada Ana; ela não cessava de rezar a Deus com lágrimas
ardentes. Também a ela foi enviada a mensagem da parte de Deus, no jardim onde
oferecia sacrifícios com petições e orações ao Senhor. O anjo de Deus veio
junto dela e disse-lhe: "Deus escutou a tua oração; darás à luz aquela que
será o anúncio da alegria e chamá-la-ás Maria, porque d’Ela nascerá a salvação
do mundo"».
«Depois da mensagem teve
lugar a gravidez; e da estéril Ana nasceu Maria, luz para todos: com efeito,
assim se traduz o nome de Maria: "a que ilumina". Então os veneráveis
pais da feliz e santa menina ficaram cheios de uma grande alegria. Joaquim
organizou um banquete e convidou todos os seus vizinhos, sábios e ignorantes e
todos deram glória a Deus, que tinha feito para eles um grande prodígio».
«Deste modo, a angústia de
Ana transformou-se numa glória mais sublime, a glória de se converter na porta
da porta de Deus, porta da Sua vida e começo da Sua gloriosa conduta».