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15/06/2017

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Leitura espiritual

A CIDADE DE DEUS 

Vol. 2

LIVRO XV

CAPÍTULO XIV

Igualdade dos anos que, nos primeiros séculos,
tiveram a mesma duração que agora.

Vejamos agora com o se pode demonstrar de maneira evidente que os anos de vidas tão prolongadas daqueles homens não eram tão curtos que dez deles valeriam um dos nossos, mas que eram tão longos com o os que hoje temos determinados pelo curso do sol. Está escrito que o Dilúvio teve lugar aos seiscentos anos de vida de Noé.

Porque é então que aí se lê:

E a água do Dilúvio espalhou-se sobre a terra no segundo mês e vigésimo sétimo dia do seiscentésimo ano da
vida de Noé
[i],

se aquele ano, tão pequeno que dez faziam um dos nossos, tinha trinta e seis dias? Um ano tão pequeno, — se é que o uso antigo lhe dá este nome — ou não tem meses, ou o mês não pode ter mais de três dias para poder ter doze meses. Com o é que então se diz aí:

No seiscentésimo ano, no vigésimo sétimo dia do segundo mês [ii],

senão porque aqueles meses eram como os de agora? Se assim não fosse como é que se poderia dizer que o Dilúvio começou no dia vinte e sete do segundo mês? Em seguida, no fim do Dilúvio, lê-se:

E, no vigésimo sétimo dia do sétimo mês, a arca parou em cima do monte Ararat e até ao décimo primeiro dia a água foi baixando, e ao primeiro dia do décimo primeiro mês apareceram os primeiros cumes dos montes [iii].

Se tais eram os meses, não há dúvida de que os anos eram também com o os temos agora. Aqueles meses de três dias é que não poderiam ter vinte e sete. Ou então, se se chamava dia à trigésima parte destes três, tudo se diminui, na proporção; e então esse tão grande Dilúvio que se diz ter durado quarenta dias e quarenta noites, ter-se-ia realizado em menos de quatro dias dos nossos. Quem pode suportar este absurdo, este disparate? Afasta-se, portanto, esse erro que, baseado em falsa conjectura, procura tomar mais firme a fé das nossas Escrituras para, por outro lado, a destruir. Com certeza que o dia de então era tão longo como o de agora, formado pelo curso nocturno e diurno de vinte e quatro horas; o mês era também tão longo
com o o de agora, determinado pelo começo e pelo fim da lua; e o ano era tão longo com o o de agora, formado por doze meses lunares acrescidos de cinco dias e um quarto por causa do curso solar. Desta duração era o ano seiscentos da vida de Noé e o segundo mês e, deste mês, o vigésimo sétimo dia em que começou o Dilúvio — no decurso do qual, como se relata, caíram chuvas abundantes durante quarenta dias, dias não de duas horas e pouco mais, mas de vinte e quatro diurnas e nocturnas.

Por consequência, aqueles antigos viveram novecentos anos, e até mais, tão longos como os cento e setenta que, mais tarde, viveu Abraão, tão longos como os cento e oitenta que, depois dele, viveu seu filho Isaac, tão longos com o os quase cento e cinquenta de Jacob, seu filho, tão longos como os cento e vinte, passada certa época, de Moisés, e tão longos como os setenta, os oitenta, ou pouco mais que vivem os homens de agora e dos quais se disse:

Afora isso, para eles só houve trabalhos e dores [iv].

Com certeza aquela diferença de números que se encontra nos códices hebreus e nos nossos não é discordante em relação à longevidade dos antigos, e se alguma divergência há, ao ponto de se não poderem conciliar ambas as afirmações, convém procurar a verdade dos
acontecimentos na língua donde foi traduzido o que nós temos. Embora esteja isto ao alcance de quem quiser, é estranho que ninguém se tenha atrevido a corrigir, segundo os códices hebreus, os Setenta Intérpretes em tantas coisas em que parecem divergir. Porque essas divergências não são tomadas com o faltas — e eu também não julgo que como tais devam ser tomadas. Mas quando não há erro de copista, é de crer, quando o sentido é conforme com a verdade e a proclama, que eles, conduzidos pelo Divino Espírito, procuraram exprimir-se de forma diferente, não conforme o papel de tradutores, mas com a liberdade de profetas. E precisam ente por isso que a autoridade apostólica, quando apela para o testem unho das Escrituras, se serve não só do códice hebreu, mas também do deles. Prometi que disto falaria, se Deus me ajudar, mais detidamente em momento oportuno. Por agora exporei o que mais urge. Não há razão para duvidar de que quem nasceu do primeiro homem pôde, quando se vivia durante tanto tempo, fundar uma cidade, sem dúvida a terrestre e não a que se chama «Cidade de Deus». Para escrevermos acerca desta é que tomámos em mão um trabalho de tamanha envergadura.

(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)



[i] Gen., VII, 11.
[ii] Ibid.
[iii] Gen., VIII, 5.
[iv] Salmo LXXXIX (XL), 10.

Hoy el reto del amor es soltar, soltar eso que tienes planeado y dejar que Cristo te sorprenda

SUELTA Y DÉJALE A ÉL

Para el nuevo proyecto que el Señor nos ha puesto, tenemos que limpiar una parte del Noviciado que tiene la función de almacén. Te puedes imaginar la de cosas que había ahí.

Nos pusimos a hacer limpieza a fondo y llegamos a la hora de comer agotadas. Así que quedamos en que por la tarde nos merecíamos una película, para descansar y poder continuar al día siguiente. Sin embargo, justo antes de ir a la siesta, Lety dijo:
-Me acaban de pedir un favor: que hagamos unas cruces para un retiro, así que esta tarde como locas a hacer cruces.

Yo me fui a la siesta repitiendo constantemente: "El Señor bendice la entrega, el Señor bendice la entrega"... ¡pero cómo me costaba renunciar a una tarde libre! Al final se lo entregué al Señor: "Esas personas lo necesitan más que yo".

Cuando subimos de rezar Nona, nos pusimos a sacar las cruces, el cordón, las bolas... ya había soltado el control de la tarde. Pero, de repente viene Lety y dice:
-Bueno, ¿qué, vemos la peli?

Yo no podía estar más contenta, ¡el Señor sí que bendice la entrega! En el momento en el que había soltado, el Señor me lo regaló. Debimos de entendernos mal, y en realidad el Señor nos tenía preparada una tarde de descanso.

Puede que hoy te pase igual, que te cambien los planes, que estés agotado y te pidan algo más en el trabajo, o en casa, o tu familia, "ayúdame a tender", "a ver si puedes terminarme esto"... y tú tenías pensando descansar un poco.

Cristo hoy te pide que le dejes a Él actuar. Su vida fue una vida entregada, esa entrega le llevó a amar a las personas con un amor sin límites, "hasta el extremo", como dice el Evangelista: les lavó los pies, les enseñaba... Ese amor hacia nosotros incluso le llevó a la Cruz, donde entregó lo último que le quedaba: su propia vida. Y me imagino a Jesús muchas veces cansado, agotado de andar de un lado para otro... Seguro que alguna vez hubiese preferido quedarse en casa con María, su madre, con la cena en la mesa y tan a gusto.

Pero Él no dejaba de entregarse, porque a Cristo le hace feliz entregarse a ti. Y Él encontró una bendición en esa entrega: salvar a todos los hombres. La mayor bendición de todas. Por eso, aunque haya veces que cueste, mira a Cristo y pídele entregarte con alegría. Cuando sueltes tus planes, podrás hacer lo que te habían pedido con alegría, o puede que también el Señor te sorprenda con una tarde libre.

Hoy el reto del amor es soltar, soltar eso que tienes planeado y dejar que Cristo te sorprenda. Él no podrá actuar hasta que no sueltes y le dejes entrar en tu libertad.


VIVE DE CRISTO

Doutrina – 331

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ

SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

CAPÍTULO SEGUNDO

CREIO EM JESUS CRISTO, O FILHO UNIGÉNITO DE DEUS
«E EM JESUS CRISTO, SEU ÚNICO FILHO, NOSSO SENHOR»
«JESUS CRISTO FOI CONCEBIDO PELO PODER DO ESPÍRITO SANTO, E NASCEU DA VIRGEM MARIA»

110. Qual o significado da transfiguração?

Na Transfiguração aparece antes de mais a Trindade: «O Pai na voz, o Filho no homem, o Espírito na nuvem brilhante» [i].
Evocando, com Moisés e Elias, a sua «partida» [ii], Jesus mostra que a sua glória passa através da cruz e antecipa a sua ressurreição e a sua vinda gloriosa, pois «transfigurará o nosso pobre corpo para transformá-lo no seu corpo glorioso» [iii].

«Transfiguraste-Te sobre a montanha e, na medida em que disso eram capazes, os teus discípulos contemplaram a Tua glória, Cristo Deus, para que, quando te vissem crucificado, compreendessem que a Tua Paixão era voluntária, e anunciassem ao mundo que Tu és verdadeiramente a irradiação do Pai» [iv].




[i] S. Tomás de Aquino
[ii] Lc 9, 31
[iii] Filp 3, 21
[iv] Liturgia Bizantina

Fátima: Centenário - Poemas


Centenário das aparições da Santíssima Virgem em Fátima

POEMAS





MÃE SEMPRE VIRGEM

Na Lei Antiga a voz da Profecia
«Horto fechado» à Mãe de Deus chamava
Porque Jesus o seio de Maria,
Nascendo, inviolável consagrava.

Dócil e humilde, a Virgem repetia
Que era de Deus omnipotente a escrava,
E sempre Virgem Deus a instituía
E do mundo Rainha a proclamava.

Jardim do Céu que dá os brancos lírios
E as rosas da cor rubra dos martírios
Que devem coroar as Virgens puras,
Maria impera, bela e imaculada,
De Anjos e Virgens sempre rodeada…
Glória a Deus sobre a terra e nas alturas!

Visconde de Montelo, Paráfrase da Ladainha Lauretana, 1956 [i]




[i] Cónego Manuel Nunes Formigão
1883 - Manuel Nunes Formigão nasce em Tomar, a 1 de Janeiro. 1908 - É ordenado presbítero a 4 de Abril em Roma. 1909 - É laureado em Teologia e Direito Canónico pela Universidade Gregoriana de Roma. 1909 - No Santuário de Lourdes, compromete-se a divulgar a devoção mariana em Portugal. 1917 - Nossa Senhora aceita o seu compromisso e ele entrega-se à causa de Fátima. 1917 / 1919 - Interroga, acompanha e apoia com carinho os Pastorinhos. - Jacinta deixa-lhe uma mensagem de Nossa senhora, ao morrer. 1921 - Escreve o livro: "Os Episódios Maravilhosos de Fátima". 1922 - Integra a comissão do processo canónico de investigação às aparições. 1922 - Colabora e põe de pé o periódico "Voz de Fátima". 1924 - A sua experiência de servita de Nossa Senhora em Lurdes, leva-o a implementar idêntica actividade em Fátima. 1928 - Escreve a obra mais importante: "As Grandes Maravilhas de Fátima". 1928 - Assiste à primeira profissão religiosa da Irmã Lúcia, em Tuy. Ela comunica-lhe a devoção dos primeiros sábados e pede-lhe que a divulgue. 1930 - Escreve "Fátima, o Paraíso na Terra". 1931 - Escreve "A Pérola de Portugal". 1936 - Escreve " Fé e Pátria". 1937 - Funda a revista "Stella". 1940 - Funda o jornal "Mensageiro de Bragança". 1943 - Funda o Almanaque de Nossa Senhora de Fátima. 1954 – Muda-se para Fátima a pedido do bispo de Leiria-Fátima 1956 - Escreve sonetos compilados na "Ladainha Lauretana". 1958 – Morre em Fátima. 06/01/1926 - Funda a congregação das Religiosas Reparadoras de Nossa Senhora das Dores de Fátima. 11/04/1949 – A congregação por ele fundada é reconhecida por direito diocesano. 22/08/1949 – Primeiras profissões canónicas das Religiosas. 16/11/2000 - A Conferência Episcopal Portuguesa concede a anuência por unanimidade, para a introdução da causa de beatificação e canonização deste apóstolo de Fátima. 15/09/2001 - Festa de Nossa Senhora das Dores, padroeira da congregação - É oficialmente aberto o processo de canonização do padre Formigão. 16/04/2005 – É oficialmente encerrado e lacrado o processso de canonização do padre Formigão.
Fátima, 28 Jan 2017 (Ecclesia) – Decorreu hoje a cerimónia de trasladação dos restos mortais do padre Manuel Nunes Formigão, conhecido como 'o apóstolo de Fátima, do cemitério local para um mausoléu construído na Casa de Nossa Senhora das Dores.
A celebração de trasladação deste sacerdote e servo de Deus começou com uma concentração, rua Francisco Marto, 203, com centenas de pessoas, seguida de saída para o cemitério da Freguesia de Fátima.
Na eucaristia inserida neste evento, na Basílica da Santíssima Trindade, do Santuário de Fátima, D. António Marto destacou uma figura que "se rendeu ao mistério e à revelação do amor de Deus, da beleza da sua santidade tal como brilhou aos pastorinhos de Fátima".
O bispo de Leiria-Fátima recordou ainda o padre Manuel Formigão como alguém que "captou de uma maneira admirável para o seu tempo, a dimensão reparadora da vivência da fé tão sublinhada na mensagem de Fátima".

Nota de AMA:
Este livro de Sonetos foi por sua expressa vontade, depois da sua morte, devidamente autografado, entregue a meu Pai. Guardo o exemplar como autêntica relíquia.

Evangelho e comentário

Tempo Comum

Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo

Evangelho: Jo 6, 51-58

51Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu: se alguém comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, pela vida do mundo.» 52Então, os judeus, exaltados, puseram-se a discutir entre si, dizendo: «Como pode Ele dar-nos a sua carne a comer?!» 53Disse-lhes Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes mesmo a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 54Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu hei-de ressuscitá-lo no último dia, 55porque a minha carne é uma verdadeira comida e o meu sangue, uma verdadeira bebida. 56Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e Eu nele. 57Assim como o Pai que me enviou vive e Eu vivo pelo Pai, também quem de verdade me come viverá por mim. 58Este é o pão que desceu do Céu; não é como aquele que os antepassados comeram, pois eles morreram; quem come mesmo deste pão viverá eternamente.»

Comentário:

Este trecho do Evangelho escrito por São João é muito apropriado para o dia de hoje em que se comemora a antiquíssima Festa do Corpo de Deus.

Perante a maravilha que é a Santíssima Eucaristia, o homem cristão não pode mais que dar graças a Deus que quis humilhar-se – por assim dizer com palavras humanas – a ficar para sempre junto dos homens em Corpo, Alma e Divindade, oculto sob as espécies consagradas do Pão eucarístico.

Tal só pode explicar-se pelo AMOR – sim, AMOR com letras maiúsculas – que Deus tem pelas Suas criaturas.

Disponível e sempre acessível ali está, no Sacrário das Igrejas da terra esperando que O visitemos, O recebamos na Comunhão Eucarística, enfim, retribuindo com o nosso amor sempre curto e deficiente o Seu Amor incomensurável.


(AMA, comentário sobre Jo 6, 51-58, 03.02.2017)

Temas para meditar 718

Obediência


Aceita, assumindo como decisões próprias, as de quem tem e exerce a autoridade, uma vez que não se oponham à justiça, e analisa com prontidão o decidido, actuando com empenho para interpretar fielmente a vontade de quem manda.


Definição de Obediência

Não me soltes, não me deixes

Recordaremos a Jesus que somos crianças. E as crianças, as crianças pequenitas e simples, muito sofrem para subir um degrau! Aparentemente, estão ali a perder tempo. Por fim, sobem. Agora, outro degrau. Com as mãos e os pés, e com o impulso do corpo todo, conseguem um novo triunfo: outro degrau. E voltam a começar. Que esforços! Já faltam poucos..., mas, então, uma escorregadela... e ei-lo!... por aí abaixo. Toda dorida, num mar de lágrimas, a pobre criança começa, recomeça a subida. – Assim acontece connosco, Jesus, quando estamos sozinhos. Pega-nos Tu nos teus braços amáveis, como um Amigo grande e bom da criança simples; não nos deixes enquanto não chegarmos lá acima; e então – oh então! –, saberemos corresponder ao teu Amor misericordioso com audácias infantis, dizendo-te, doce Senhor, que, fora de Maria e de José, não houve nem haverá mortal – e houve-os muito loucos – que te queira como te quero eu. (Forja, 346)

Eu vou continuando a minha oração em voz alta e vós, cada um de vós, por dentro, está confessando ao Senhor: Senhor, que pouco valho! Que cobarde tenho sido tantas vezes! Quantos erros! Nesta ocasião e naquela... nisto e naquilo... E podemos exclamar também: ainda bem, Senhor, que me tens sustentado com a tua mão, porque eu sinto-me capaz de todas as infâmias... Não me largues, não me deixes; trata-me sempre como um menino. Que eu seja forte, valente, íntegro. Mas ajuda-me, como a uma criatura inexperiente. Leva-me pela tua mão, Senhor, e faz com que tua Mãe esteja também a meu lado e me proteja. E assim, possumus!, poderemos, seremos capazes de ter-Te por modelo!

Não é presunção afirmar possumus! Jesus Cristo ensina-nos este caminho divino e pede-nos que o apreendamos porque Ele o tornou humano e acessível à nossa fraqueza. Por isso se rebaixou tanto: Este foi o motivo porque se abateu, tomando a forma de servo aquele Senhor que, como Deus, era igual ao Pai; mas abateu-se na majestade e na potência; não na bondade e na misericórdia.


A bondade de Deus quer tornar-nos fácil o caminho. Não rejeitemos o convite de Jesus; não Lhe digamos que não; não nos façamos surdos ao seu chamamento; pois não existem desculpas, não temos nenhum motivo para continuar a pensar que não podemos. Ele ensinou-nos com o seu exemplo. Portanto, peço-vos encarecidamente, meus irmãos, que não permitais que se vos tenha mostrado em vão exemplo tão precioso, mas que vos conformeis com Ele e vos renoveis no espírito da vossa alma. (Cristo que passa, 15)

Pequena agenda do cristão


Quinta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?