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08/06/2017

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Fátima: Centenário - Oração jubilar de consagração


Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.

Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.

Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.

Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.

E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.


Ámen.

Leitura espiritual

A CIDADE DE DEUS

Vol. 2

LIVRO XV

CAPÍTULO VII

Motivo do crime e obstinação de Caim que nem a palavra de Deus desviou do seu premeditado crime.

Mas que é que aproveitou a Caim o que, na medida em que nos foi possível, já expusemos? Deus falou-lhe como costumava falar aos primeiros homens por intermédio de uma criatura submissa, de uma forma conveniente, como companheiro. Não realizou ele o crime concebido de matar o irmão, mesmo depois da palavra de admoestação divina? Deus tinha distinguido os sacrifícios de ambos, olhando com agrado para os de um e com displicência para os do outro — o que, sem dúvida alguma, se pôde reconhecer por um sinal visível e atestador — e Deus procedeu assim porque as suas obras eram más e boas as do irmão. Caim ficou muito triste e de aspecto abatido. Está, de facto, assim escrito:

E disse Deus a Caim: porque é que te entristeceste? Porque ficaste de rosto abatido? Se a tua oferenda é justa, mas não a partilhaste justamente, será que pecaste? Sossega: ele voltará para ti e tu dominá-lo-ás [i].


Nesta admoestação ou conselho que Deus deu a Caim, as palavras

Se a tua oferta é justa, mas não a partilhaste justamente, será que pecaste [ii]?



porque não se vê o porquê nem a que propósito foram pronunciadas, a sua obscuridade tem provocado muitas interpretações quando os comentadores das Sagradas Escrituras se esforçam por expô-las em conformidade com a regra da fé. Um sacrifício é justo quando é oferecido ao verdadeiro Deus, único a quem é devido. Mas não se «divide justamente» se não se tem bem em conta os lugares, os tempos, as coisas que se oferecem, quem as oferece, a quem se oferecem, por quem se distribui com o alimento o que se ofereceu. Por «divisão» temos que entender aqui:

se se oferece onde não convém ou o que não convém
aqui, mas noutra parte;

se se oferece quando não convém ou o que não convém então, mas noutro tempo;

se se oferece o que nunca nem em parte alguma se
devia oferecer;

ou quando o homem reserva para si coisas melhores
do que as que oferece a Deus;

ou quando da oblação se faz participante um profano ou alguém que a ela não tem direito. Não é fácil descobrir em qual destes pontos desagradou Caim a Deus. Mas porque o apóstolo João diz, quando fala dos seus irmãos:

Não como Caim que estava do lado do maligno e matou seu irmão. E por causa de quê o matou? Porque eram más as suas obras e justas as de seu irmão [iii]

— com isto se nos dá a entender que, se Deus se desvia das suas oferendas, é porque ele as partilhava mal, dando a Deus algo de seu mas reservando-se para si a sua própria pessoa.

É o que fazem todos os que não procuram a vontade de Deus, mas a sua, isto é, vivendo, não com um coração recto, mas perverso, e que, todavia, oferecem a Deus as suas oferendas, julgando que por esta forma compramos seus favores, não para curarem as suas depravadas paixões, mas para as satisfazerem. Isto é próprio da cidade terrestre: venerar a Deus ou aos deuses para, com a sua ajuda, reinar nas vitórias e na paz terrestre, não pela caridade que se devota, mas pela paixão que domina. Porque os bons utilizam-se do mundo para gozarem de Deus; mas os maus, pelo contrário, para gozarem do mundo, querem utilizar-se de Deus. Todavia, estes pelo menos já crêem que Deus existe e que cuida das coisas humanas. Há os que são muito piores — os que nem mesmo nisto crêem.

Conhecido que foi por Caim que Deus tinha olhado com agrado para o sacrifício de seu irmão e não para o seu, devia arrepender-se e imitar seu bom irmão em vez de, orgulhoso, o invejar. Mas entristeceu-se e ficou de rosto abatido. Este é o pecado que sobremaneira Deus repudia — a tristeza pela bondade de outrem, principalmente de um irmão. E isto o que lhe reprova ao perguntar-lhe:

Porque é que te entristeceste? Porque ficaste de rosto
abatido?
[iv].

Deus via a inveja para com seu irmão e reprovava-lha. Para os homens, para quem está escondido o coração dos outros, pode ser ambíguo e totalmente incerto se aquela tristeza era fruto da malícia com que conscientemente tinha desagradado a Deus ou da bondade de seu irmão na qual Deus se comprouve ao olhar para o seu sacrifício.

Mas ao explicar porque tinha rejeitado a sua oferta, Deus mostrou-lhe que devia desgostar-se precisamente de si em vez de se entristecer injustamente contra seu irmão — já que era injusto num a partilha injusta, isto é, por não viver rectamente, (o que o tornou indigno de ver que a sua oferta agradava), e mais injusto ainda porque odiava sem motivo a seu irmão que era justo.


(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)



[i] Gen. IV, 6-7.
[ii] Ibid.
[iii] Jo, III, 12.
[iv] Gen., IV, 6-7.

Doutrina – 324

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ

SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

CAPÍTULO SEGUNDO

CREIO EM JESUS CRISTO, O FILHO UNIGÉNITO DE DEUS
«E EM JESUS CRISTO, SEU ÚNICO FILHO, NOSSO SENHOR»
«JESUS CRISTO FOI CONCEBIDO PELO PODER DO ESPÍRITO SANTO, E NASCEU DA VIRGEM MARIA»

103. Que ensina o Evangelho sobre os Mistérios do nascimento e da infância de Jesus?



No Natal, a glória do Céu manifesta-se na debilidade dum menino; a circuncisão de Jesus é sinal da pertença ao povo hebraico e prefiguração do nosso Baptismo; a Epifania é a manifestação do Rei-Messias de Israel a todas as gentes; na sua apresentação no templo, em Simeão e Ana é toda a esperança de Israel que vem ao encontro do seu Salvador; a fuga para o Egipto e a matança dos inocentes anunciam que toda a vida de Cristo estará sob o sinal da perseguição; o seu regresso do Egipto recorda o Êxodo e apresenta Jesus como o novo Moisés: Ele é o verdadeiro e definitivo libertador.

Evangelho e comentário

Tempo Comum

Evangelho: Mc 12, 28-34

28Aproximou-se dele um escriba que os tinha ouvido discutir e, vendo que Jesus lhes tinha respondido bem, perguntou-lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?» 29Jesus respondeu: «O primeiro é: Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor; 30amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças. 31O segundo é este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior que estes.» 32O escriba disse-lhe: «Muito bem, Mestre, com razão disseste que Ele é o único e não existe outro além dele; 33e amá-lo com todo o coração, com todo o entendimento, com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo vale mais do que todos os holocaustos e todos os sacrifícios.» 34Vendo que ele respondera com sabedoria, Jesus disse: «Não estás longe do Reino de Deus.» E ninguém mais ousava interrogá-lo.

Comentário:

Uma boa resposta, bem fundamentada e segura, produz sempre um efeito “em cadeia” sobre aqueles que a ouvem.

Não importa a pergunta, note-se, mas a resposta porque, se esta começa, por exemplo com as palavras - ‘eu acho - parece-me - que’ – fica desde logo comprometida a credibilidade da mesma.

Quando nos perguntam algo esperam de nós apenas dois tipos de resposta: ‘Não sei’ ou ‘é assim…’

(Alguém que nos pergunta que que estrada seguir para chegar a determinado local só lhe interessa saber o que pergunta e não o que nos parece.)

Por isso, um cristão tem de estar bem informado sobre as verdades da sua Fé, da Doutrina para poder responder com segurança e credibilidade ao que lhe for perguntado.


(AMA, comentário sobre Mc 12, 28-34, 02.02.2017)

Temas para meditar 716

Temperança


Faz com que o corpo e os nossos sentidos encontrem o posto exacto que lhes corresponde no nosso ser humano.



SÃO JOÃO PAULO II, Disc. sobre a Temperança Roma, 22.11. 1986


Onde há humildade há sabedoria

"Quia respexit humilitatem ancillae suae" – porque olhou para a baixeza da sua escrava... Cada vez me persuado mais de que a humildade autêntica é a base sobrenatural de todas as virtudes. Fala com Nossa Senhora, para que Ela nos ensine a caminhar por esta senda. (Sulco, 289)

Se recorrermos à Sagrada Escritura, veremos como a humildade é um requisito indispensável para nos dispormos a ouvir Deus. Onde há humildade há sabedoria, explica o livro dos Provérbios. A humildade consiste em nos vermos como somos, sem disfarces, com verdade. E ao compreendermos que não valemos quase nada, abrimo-nos à grandeza de Deus. Esta é a nossa grandeza.

Que bem o compreendia Nossa Senhora, a Santa Mãe de Jesus, a criatura mais excelsa de todas as que existiram e hão-de existir sobre a terra! Maria glorifica o poder do Senhor, que depôs do trono os poderosos e elevou os humildes. E canta que n'Ela se realizou uma vez mais esta providência divina: porque olhou para a baixeza da sua escrava; portanto, eis que, de hoje em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada.


Maria manifesta-se santamente transformada, no seu coração puríssimo, em face da humildade de Deus: o Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. E, por isso mesmo, o Santo que há-de nascer de ti será chamado Filho de Deus. A humildade da Virgem é consequência desse abismo insondável de graça, que se opera com a Encarnação da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade nas entranhas da sua Mãe sempre Imaculada. (Amigos de Deus, n. 96)

Pequena agenda do cristão


Quinta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?