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04/06/2017

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Fátima: Centenário - Oração jubilar de consagração


Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.

Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.

Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.

Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.

E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.


Ámen.

Leitura espiritual

A CIDADE DE DEUS

Vol. 2

LIVRO XV

Depois de nos quatro livros precedentes, ter tratado dos primórdios das duas cidades — Terrestre e Celeste —, Agostinho acrescenta mais quatro acerca do seu desenvolvimento. Encaminha-se o seu propósito para o estudo dos principais capítulos da História Sagrada pertinentes ao mesmo assunto, comentando primeiramente, neste décimo quinto livro, o que no Génesis se lê desde Abel e Caim até ao Dilúvio.


CAPÍTULO I

Acerca das duas séries de gerações humanas que, desde a origem, tomam destinos diversos.

Acerca da felicidade do Paraíso, acerca do próprio paraíso, acerca da vida que aí viveram os primeiros homens, acerca do seu pecado e do seu castigo, muitas coisas se pensaram, muitas coisas se disseram, muitas coisas se escreveram. Também nós, nos livros precedentes, tratámos, em conformidade com as Sagradas Escrituras, desses assuntos e, de acordo com a sua autoridade, expusemos o que tínhamos lido ou podido compreender. Mas, se se examinarem mais profundam ente estas questões, elas geram múltiplas e multímodas discussões que teriam de constar de mais livros do que os que permitem esta obra e o tempo de que dispomos, muito curto para nos demorarmos em todas as questões que as pessoas ociosas e meticulosas, mais dispostas a interrogar do que capazes de compreender, podem pôr. Acho, porém, que já me alonguei bastante acerca dos grandes e dificílimos problemas das origens do Mundo, da alma e do próprio género humano, que separamos em dois grupos: o dos que vivem como ao homem apraz e o dos que vivem como apraz a Deus. Em linguagem figurada chamamos-lhes também duas cidades, isto é, duas sociedades de homens das quais Uma está predestinada a reinar eternamente com Deus e a outra a sofrer um suplício eterno com o Diabo. Mas este é o fim delas; dele tratarem os mais tarde. Mas por agora — Pois que já disse o suficiente acerca dos seus começos, quer dos anjos, cujo número ignoramos, quer dos dois Primeiros homens — parece-me conveniente tratar do seu desenvolvimento desde o dia em que os dois começaram a procriar até ao dia em que os homens hão-de deixar de procriar. Efectivamente, todo esse tempo ou século durante o qual uns desaparecem, morrendo, e outros aparecem, nascendo, é que constitui o desenvolvimento das duas cidades de que estamos a falar.

Caim, o primeiro a nascer dos dois pais do género humano, pertence à cidade dos homens; e Abel, o segundo pertence à cidade de Deus.

Assim com o, num só homem, constatam os o que diz o Apóstolo:

O espiritual não é o que nasceu primeiro: primeiro nasceu o animal depois o espiritual [i]

(cada um saindo dum tronco condenado, deve primeiro nascer de Adão, mau e carnal; e se, renascendo em Cristo, progredir, tornar-se-á bom e espiritual),
— assim também em todo o género humano: quando por nascimentos e mortes as duas cidades começaram a desenvolver-se, primeiro nasceu o cidadão deste século, em segundo lugar nasceu o estrangeiro neste século e membro da cidade de Deus, predestinado e eleito pela graça, peregrino cá em baixo pela graça e pela graça cidadão do Alto. Pelo que lhe respeita, ele nasce da mesma massa, toda ela condenada desde a origem; mas Deus, como um oleiro (esta comparação introduziu-a o Apóstolo não com falta de respeito, mas bem a propósito), fez da mesma massa um vaso de honra e outro de ignomí­nia. O vaso de ignomínia foi o primeiro a ser feito e depois o outro — o de honra, porque num só e mesmo homem, como já disse, está primeiro o que é reprovável, pelo qual devemos necessariamente começar, sem sermos obrigados a lá permanecer; e em seguida está o que e louvável aonde, avançando, chegaremos e, uma vez chegados, permaneceremos. Consequentemente, nem todo o homem mau será bom; mas ninguém será bom que antes não tenha sido mau, e quanto mais depressa se mudar para melhor, tanto mais depressa também se tornará notado o e substituirá o seu antigo nome pelo novo.

Está escrito que Caim fundou uma cidade; como peregrino que era, não a fundou, porém, Abel. É que a cidade dos santos é a do Alto, embora procrie cá cidadãos entre os quais ela vai peregrinando até que chegue o tempo do seu reino. Então ela reunirá a todos, ressuscitados nos seus corpos, dando-lhes o reino prometido onde reinarão para sempre com o seu Chefe, o Rei dos séculos.


(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)




[i] I Cor., XV, 46.

Doutrina – 320

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ

SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

CAPÍTULO SEGUNDO

CREIO EM JESUS CRISTO, O FILHO UNIGÉNITO DE DEUS
«E EM JESUS CRISTO, SEU ÚNICO FILHO, NOSSO SENHOR»
«JESUS CRISTO FOI CONCEBIDO PELO PODER DO ESPÍRITO SANTO, E NASCEU DA VIRGEM MARIA»

99. Em que sentido Maria é «sempre Virgem»?

No sentido de que Maria «permaneceu Virgem na concepção do seu Filho, Virgem no parto, Virgem grávida, Virgem mãe, Virgem perpétua» [i].
Portanto, quando os Evangelhos falam de «irmãos e irmãs de Jesus», trata-se de parentes próximos de Jesus, segundo uma expressão usual na Sagrada Escritura.




[i] Santo Agostinho

Fátima: Centenário - Poemas


Centenário das aparições da Santíssima Virgem em Fátima

POEMAS




MÃE DE CRISTO

Maria, a Virgem Santa é Mãe bendita
do VERBO feito carne, de JESUS,
que para nos salvar de atroz desdita
sobe ao Calvário e morre numa Cruz.

Jesus triunfa e, no seu peito escrita,
nos mostra a lei do Amor envolta em luz
e, a essa luz que o mundo ressuscita
MARIA a todos guarda e ao Céu conduz.

Despindo o triste luto da orfandade
ditosa rejubila a humanidade
a quem Eva roubara o Eterno Bem.

Era mortiça a luz da sua estrela…
Guia-a hoje uma luz brilhante e bela:
MARIA MÃE DE CRISTO, e nossa Mãe!

Visconde de Montelo, Paráfrase da Ladainha Lauretana, 1956 [i]




[i] Cónego Manuel Nunes Formigão
1883 - Manuel Nunes Formigão nasce em Tomar, a 1 de Janeiro. 1908 - É ordenado presbítero a 4 de Abril em Roma. 1909 - É laureado em Teologia e Direito Canónico pela Universidade Gregoriana de Roma. 1909 - No Santuário de Lourdes, compromete-se a divulgar a devoção mariana em Portugal. 1917 - Nossa Senhora aceita o seu compromisso e ele entrega-se à causa de Fátima. 1917 / 1919 - Interroga, acompanha e apoia com carinho os Pastorinhos. - Jacinta deixa-lhe uma mensagem de Nossa senhora, ao morrer. 1921 - Escreve o livro: "Os Episódios Maravilhosos de Fátima". 1922 - Integra a comissão do processo canónico de investigação às aparições. 1922 - Colabora e põe de pé o periódico "Voz de Fátima". 1924 - A sua experiência de servita de Nossa Senhora em Lurdes, leva-o a implementar idêntica actividade em Fátima. 1928 - Escreve a obra mais importante: "As Grandes Maravilhas de Fátima". 1928 - Assiste à primeira profissão religiosa da Irmã Lúcia, em Tuy. Ela comunica-lhe a devoção dos primeiros sábados e pede-lhe que a divulgue. 1930 - Escreve "Fátima, o Paraíso na Terra". 1931 - Escreve "A Pérola de Portugal". 1936 - Escreve " Fé e Pátria". 1937 - Funda a revista "Stella". 1940 - Funda o jornal "Mensageiro de Bragança". 1943 - Funda o Almanaque de Nossa Senhora de Fátima. 1954 – Muda-se para Fátima a pedido do bispo de Leiria-Fátima 1956 - Escreve sonetos compilados na "Ladainha Lauretana". 1958 – Morre em Fátima. 06/01/1926 - Funda a congregação das Religiosas Reparadoras de Nossa Senhora das Dores de Fátima. 11/04/1949 – A congregação por ele fundada é reconhecida por direito diocesano. 22/08/1949 – Primeiras profissões canónicas das Religiosas. 16/11/2000 - A Conferência Episcopal Portuguesa concede a anuência por unanimidade, para a introdução da causa de beatificação e canonização deste apóstolo de Fátima. 15/09/2001 - Festa de Nossa Senhora das Dores, padroeira da congregação - É oficialmente aberto o processo de canonização do padre Formigão. 16/04/2005 – É oficialmente encerrado e lacrado o processso de canonização do padre Formigão.
Fátima, 28 Jan 2017 (Ecclesia) – Decorreu hoje a cerimónia de trasladação dos restos mortais do padre Manuel Nunes Formigão, conhecido como 'o apóstolo de Fátima, do cemitério local para um mausoléu construído na Casa de Nossa Senhora das Dores.
A celebração de trasladação deste sacerdote e servo de Deus começou com uma concentração, rua Francisco Marto, 203, com centenas de pessoas, seguida de saída para o cemitério da Freguesia de Fátima.
Na eucaristia inserida neste evento, na Basílica da Santíssima Trindade, do Santuário de Fátima, D. António Marto destacou uma figura que "se rendeu ao mistério e à revelação do amor de Deus, da beleza da sua santidade tal como brilhou aos pastorinhos de Fátima".
O bispo de Leiria-Fátima recordou ainda o padre Manuel Formigão como alguém que "captou de uma maneira admirável para o seu tempo, a dimensão reparadora da vivência da fé tão sublinhada na mensagem de Fátima".

Nota de AMA:
Este livro de Sonetos foi por sua expressa vontade, depois da sua morte, devidamente autografado, entregue a meu Pai. Guardo o exemplar como autêntica relíquia.

Tratado da vida de Cristo 163

Questão 54: Da qualidade de Cristo ressuscitado

Art. 3 — Se o corpo de Cristo ressuscitou glorioso.

O terceiro discute-se assim. — Parece que o corpo de Cristo não ressuscitou glorioso.

1. — Pois, os corpos gloriosos são refulgentes, segundo o Evangelho: Resplandecerão os justos, como o sol, no reino de seu Pai. Ora o que torna os corpos resplandecentes é a luz e não a cor. Mas, tendo o corpo de Cristo sido visto sob a espécie de cor, como antes era visto, parece que não foi glorioso.

2. Demais. — O corpo glorioso é incorruptível. Ora, parece que o corpo de Cristo não foi incorruptível. Pois, podia ser apalpado, como ele próprio o disse: Apalpai e vede. E Gregório diz que necessariamente o que pode corromper-se pode ser apalpado, e apalpado não pode ser o que não se corrompe. Logo, o corpo de Cristo não foi glorioso.

3. Demais. — O corpo glorioso não é animal, mas espiritual, como está claro no Apóstolo. Ora, parece que o corpo de Cristo, depois da ressurreição, era animal, pois comeu e bebeu com os discípulos, como se lê no Evangelho. Logo, parece que o corpo de Cristo não era glorioso.

Mas, em contrário, o Apóstolo: Reformará o nosso corpo abatido, para o fazer conforme ao seu corpo glorioso.

O corpo de Cristo ressuscitou glorioso e três razões o demonstram. - Primeiro, porque a ressurreição de Cristo foi o exemplar e a causa da nossa, como se lê no Apóstolo. Ora, os santos, ressuscitados, terão corpos gloriosos, como diz ainda o Apóstolo: Semeia-se em vileza, ressuscitará em glória. Ora, sem a causa mais digna que o causado, e o exemplar, que o exemplado, com muito maior razão o corpo de Cristo ressuscitou glorioso. — Segundo, porque pelas humilhações da Paixão mereceu a glória da ressurreição. Por isso ele próprio o dizia: Agora presentemente está turbada a minha alma, o que concernia à Paixão. E no que acrescenta - Pai, glorifica o teu nome, pede a glória da ressurreição. — Terceiro, porque, como dissemos a alma de Cristo, desde o princípio da sua concepção, era gloriosa pela fruição perfeita da divindade. E só por excepção se deu, como dissemos, que a glória da alma não redundasse para o corpo, a fim de cumprir-se, pela sua Paixão, o mistério da nossa redenção. Donde, consumado o mistério da Paixão e da morte de Cristo, imediatamente a alma derivou a sua glória para o corpo reassumido na ressurreição; e assim o seu corpo se tornou glorioso.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — Tudo o que é recebido por outro ser é recebido ao modo do recipiente. Ora, derivando a glória do corpo, da alma, como diz Agostinho, a refulgência ou a claridade do corpo glorificado se funda na cor natural ao corpo humano; assim como o vidro diversamente colorido se torna resplendente pela iluminação do sol, em dependência da sua cor. Ora, assim como está no poder do homem glorificado tornar o seu corpo sensível ou não, conforme dissemos, assim no seu poder está o ser ou não vista a sua resplandecência. Por isso pode ser visto na sua cor, sem ter nenhuma claridade. E foi desse modo que Cristo apareceu aos discípulos depois da ressurreição.

RESPOSTA À SEGUNDA. — Um corpo é susceptível de ser tocado não só em razão da sua resistência como também em razão da sua espessura. Ora, da rarefação e da espessura resultam o peso e a levidão, a calidez e a frieza e outras qualidades contrárias, que são os princípios da corrupção dos corpos elementares. Por onde, o corpo susceptível de ser apalpado pelo tacto humano é naturalmente corruptível. E não podemos considerar como capaz de ser tocado um corpo, como o celeste, resistente ao tacto, mas cuja disposição não implica as referidas qualidades, que os objectos próprios do tacto humano. Ora, o corpo de Cristo, depois da ressurreição foi realmente composto de elementos, tendo em si qualidades tangíveis como o requer a natureza do corpo humano. Por isso era naturalmente susceptível de ser tocado; e se nada mais tivesse, além da natureza do corpo humano, também teria sido corruptível. Mas tinha um atributo que o tornava incorruptível; e esse não era, certamente, a natureza de corpo celeste, como alguns dizem, de cuja opinião mais adiante trataremos; mas, a glória redundante da alma bem-aventurada. Pois, como diz Agostinho, Deus dotou a alma de uma tão poderosa natureza, que redundasse, da sua pleníssima beatitude, para o corpo, a plenitude da saúde, isto é, o vigor da incorrupção. Donde, como diz Gregório se demonstra que o corpo de Cristo, depois da ressurreição, não mudou de natureza, mas teve uma glória diferente.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Como diz Agostinho, o nosso Salvador, depois da ressurreição, revestido de uma carne espiritual, mas verdadeira, tomou comida e bebida com os discípulos; não que precisasse de alimentos, mas para manifestar que tinha o poder de fazê-lo. Pois, como diz Beda, de um modo a terra seca absorve a água e de outro, o raio candente do sol; aquela por indigência, este pela intensidade. Assim, Cristo comeu, depois da ressurreição, não que precisasse de alimento, mas para, desse modo, manifestar a natureza do corpo ressuscitado. Mas daqui não se segue que tivesse um corpo de natureza animal, necessitado de alimentar-se. 


Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.

Epístolas de São Paulo – 94

Carta aos Hebreus - cap 1

PRÓLOGO (1,1-4)

Deus falou-nos por seu Filho - 1Muitas vezes e de muitos modos, falou Deus aos nossos pais, nos tempos antigos, por meio dos profetas. 2Nestes dias, que são os últimos, Deus falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por meio de quem fez o mundo. 3Este Filho, que é resplendor da sua glória e imagem fiel da sua substância e que tudo sustenta com a sua palavra poderosa, depois de ter realizado a purificação dos pecados, sentou-se à direita da Majestade nas alturas, 4tão superior aos anjos quanto superior ao deles é o nome que recebeu em herança.

I. O FILHO DE DEUS É SUPERIOR AOS ANJOS (1,5-2,18)

Prova escriturística


- 5 Com efeito, a qual dos anjos disse Deus alguma vez: Tu és meu Filho, Eu hoje te gerei? E ainda: Eu serei para Ele um Pai e Ele será para mim um Filho? 6E de novo, quando introduz o Primogénito no mundo, diz: Adorem-no todos os anjos de Deus. 7Se, a respeito dos anjos, diz: Ele faz dos seus anjos espíritos e dos seus ministros chamas de fogo, 8a respeito do Filho, diz: O teu trono, ó Deus, permanece pelos séculos dos séculos e ceptro de justiça é o teu ceptro real. 9Amaste a justiça e odiaste a iniquidade, por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo da alegria, preferindo-te aos teus companheiros. 10E ainda: Tu, Senhor, fundaste a terra, no princípio, e os céus são obra das tuas mãos. 11Eles deixarão de existir, mas, Tu permaneces; como o vestido, todos eles envelhecerão; 12como um manto, os enrolarás, e como o vestuário, serão mudados; mas Tu permaneces sempre o mesmo e os teus anos não acabarão. 13E a qual dos anjos disse Deus alguma vez: Senta-te à minha direita, até que Eu faça dos teus inimigos um estrado dos teus pés? 14Não são todos eles espíritos encarregados de um ministério, enviados ao serviço daqueles que hão-de herdar a salvação?

Evangelho e comentário

Tempo de Pentecostes

Domingo de Pentecostes

Evangelho: Jo 20, 19-23

19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, com medo das autoridades judaicas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!» 20Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o peito. Os discípulos encheram-se de alegria por verem o Senhor. 21E Ele voltou a dizer-lhes: «A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.» 22Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo. 23Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.»

Comentário:

São João escreve sobre o que testemunhou pessoalmente, por isso mesmo refere algo extraordinário:

«, estando fechadas as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, com medo das autoridades judaicas, veio Jesus, pôs-se no meio deles…»

O Evangelista quer que se saiba que Cristo é, verdadeiramente, O Ressuscitado, com todos os dotes de um corpo glorioso.

Mais confirma deforma iniludível que é Ele mesmo:

 «mostrou-lhes as mãos e o peito»

Confirmada a Sua Identidade, dá-lhes um mandato e um poder:

«Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.»

«23Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.»

Este testemunho do Evangelista é precioso porque pode considerar-se como que o Testamento do Salvador.


(AMA, comentário sobre Jo 20, 19-23, 30.01.2017)

Sereno no meio das preocupações

Se, por teres o olhar fixo em Deus, souberes manter-te sereno no meio das preocupações; se aprenderes a esquecer as ninharias, os rancores e as invejas; pouparás muitas energias, que te fazem falta para trabalhar com eficácia, em serviço dos homens. (Sulco, 856)

Luta contra as asperezas do teu carácter, contra os teus egoísmos, contra o teu comodismo, contra as tuas antipatias... Além de que temos de ser corredentores, o prémio que receberás (pensa bem nisso!) estará em relação directíssima com a sementeira que tiveres feito. (Sulco, 863)

Tarefa do cristão: afogar o mal em abundância de bem. Nada de fazer campanhas negativas, nem de ser anti-nada. Pelo contrário: viver de afirmação, cheios de optimismo, com juventude, alegria e paz; olhar para todos com compreensão: os que seguem Cristo e os que O abandonam ou não O conhecem.

Compreensão, porém, não significa abstencionismo, nem indiferença, mas actividade. (Sulco, 864)


Paradoxo: desde que me decidi a seguir o conselho do salmo – "Lança sobre o Senhor as tuas preocupações, e Ele te sustentará", cada dia tenho menos preocupações na cabeça... E ao mesmo tempo, com o devido trabalho, resolve-se tudo com mais clareza! (Sulco, 873)

Pequena agenda do cristão


DOMINGO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?