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28/04/2017

Fátima: Centenário - Poemas

VIRGEM PODEROSA







Maria, Filha, Esposa e Mãe de Deus,
Sol de encanto, de graça e de pureza,
tem tal poder na terra e até nos Céus
que abrange o próprio Autor da natureza.

O Fiat emergido aos lábios seus,
à voz de um Anjo de ideal beleza,
foi tão potente que da carne os véus,
logrou vestir à luz do Verbo acesa.

Do Verbo feito carne o dom celeste
foste tu, Mãe bendita, que nos deste,
e graças mil nos deste com Jesus!

Vela por nós do exílio neste trilho,
como velaste o teu Divino Filho
desde o Presépio até aos pés da Cruz!


Visconde de Montelo, Paráfrase da Ladainha Lauretana, 1956 [i]


[i] Cónego Manuel Nunes Formigão
1883 - Manuel Nunes Formigão nasce em Tomar, a 1 de Janeiro. 1908 - É ordenado presbítero a 4 de Abril em Roma. 1909 - É laureado em Teologia e Direito Canónico pela Universidade Gregoriana de Roma. 1909 - No Santuário de Lourdes, compromete-se a divulgar a devoção mariana em Portugal. 1917 - Nossa Senhora aceita o seu compromisso e ele entrega-se à causa de Fátima. 1917 / 1919 - Interroga, acompanha e apoia com carinho os Pastorinhos. - Jacinta deixa-lhe uma mensagem de Nossa senhora, ao morrer. 1921 - Escreve o livro: "Os Episódios Maravilhosos de Fátima". 1922 - Integra a comissão do processo canónico de investigação às aparições. 1922 - Colabora e põe de pé o periódico "Voz de Fátima". 1924 - A sua experiência de servita de Nossa Senhora em Lurdes, leva-o a implementar idêntica actividade em Fátima. 1928 - Escreve a obra mais importante: "As Grandes Maravilhas de Fátima". 1928 - Assiste à primeira profissão religiosa da Irmã Lúcia, em Tuy. Ela comunica-lhe a devoção dos primeiros sábados e pede-lhe que a divulgue. 1930 - Escreve "Fátima, o Paraíso na Terra". 1931 - Escreve "A Pérola de Portugal". 1936 - Escreve " Fé e Pátria". 1937 - Funda a revista "Stella". 1940 - Funda o jornal "Mensageiro de Bragança". 1943 - Funda o Almanaque de Nossa Senhora de Fátima. 1954 – Muda-se para Fátima a pedido do bispo de Leiria-Fátima 1956 - Escreve sonetos compilados na "Ladainha Lauretana". 1958 – Morre em Fátima. 06/01/1926 - Funda a congregação das Religiosas Reparadoras de Nossa Senhora das Dores de Fátima. 11/04/1949 – A congregação por ele fundada é reconhecida por direito diocesano. 22/08/1949 – Primeiras profissões canónicas das Religiosas. 16/11/2000 - A Conferência Episcopal Portuguesa concede a anuência por unanimidade, para a introdução da causa de beatificação e canonização deste apóstolo de Fátima. 15/09/2001 - Festa de Nossa Senhora das Dores, padroeira da congregação - É oficialmente aberto o processo de canonização do padre Formigão. 16/04/2005 – É oficialmente encerrado e lacrado o processso de canonização do padre Formigão.
Fátima, 28 Jan 2017 (Ecclesia) – Decorreu hoje a cerimónia de trasladação dos restos mortais do padre Manuel Nunes Formigão, conhecido como 'o apóstolo de Fátima, do cemitério local para um mausoléu construído na Casa de Nossa Senhora das Dores.
A celebração de trasladação deste sacerdote e servo de Deus começou com uma concentração, rua Francisco Marto, 203, com centenas de pessoas, seguida de saída para o cemitério da Freguesia de Fátima.
Na eucaristia inserida neste evento, na Basílica da Santíssima Trindade, do Santuário de Fátima, D. António Marto destacou uma figura que "se rendeu ao mistério e à revelação do amor de Deus, da beleza da sua santidade tal como brilhou aos pastorinhos de Fátima".
O bispo de Leiria-Fátima recordou ainda o padre Manuel Formigão como alguém que "captou de uma maneira admirável para o seu tempo, a dimensão reparadora da vivência da fé tão sublinhada na mensagem de Fátima".

Nota de AMA:
Este livro de Sonetos foi por sua expressa vontade, depois da sua morte, devidamente autografado, entregue a meu Pai. Guardo o exemplar como autêntica relíquia.

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Fátima: Centenário - Oração Jubilar de Consagração


Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.

Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.

Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.

Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.

E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.


Ámen.

Reflectindo - 246

Inquietação


Deixar que a inquietação - seja porque motivo for nos domine o espírito ou até nos tire o sono, não é tão incomum como pode julgar-se.

É difícil combater este estado de espírito e embora todos os conselhos vão no sentido de procurar uma ocupação ou outros pensamentos, nem sempre resulta.

Há, no entanto, algo que resulta: Pedir auxílio ao Anjo da Guarda.

Sei-o, por experiência própria, que resulta!

A "capacidade" do nosso Anjo da Guarda agir para nos proteger de algo que não nos faz bem - nos faz sofrer - sobretudo quando tal se deve ao nosso espírito, está como que "alojado" no nosso coração, é extra­ordinária e muitíssimo rápida.

Há, porém, uma condição: Temos de lho pedir expressando exactamente o que queremos porque o Anjo não sabe, não pode saber, o que vai no nosso íntimo a menos que lho digamos ou façamos saber por sinais inequívocos.


(ama, reflexões, 2016.11.16)


Ide a José e encontrareis Jesus

Ama muito S. José, quer-lhe com toda a tua alma, porque é a pessoa que, com Jesus, mais amou Santa Maria e quem mais conviveu com Deus: quem mais o amou, depois da Nossa Mãe. Merece o teu carinho e convém-te dar-te com ele, porque é Mestre de vida interior e pode muito ante Nosso Senhor e ante a Mãe de Deus. (Forja, 554)

José foi, no aspecto humano, mestre de Jesus; conviveu com Ele diariamente, com carinho delicado, e cuidou dele com abnegação alegre. Não será esta uma boa razão para considerarmos este varão justo, este Santo Patriarca, no qual culmina a Fé da Antiga Aliança, Mestre de vida interior? A vida interior não é outra coisa senão o convívio assíduo e intimo com Cristo, para nos identificarmos com Ele. E José saberá dizer-nos muitas coisas sobre Jesus. Por isso, não deixeis nunca de conviver com ele; ite ad Joseph, como diz a tradição cristã com uma frase tomada do Antigo Testamento.

Mestre da vida interior, trabalhador empenhado no seu trabalho, servidor fiel de Deus em relação contínua com Jesus: este é José. Ite ad Joseph. Com S. José o cristão aprende o que é ser Deus e estar plenamente entre os homens, santificando o mundo. Ide a José e encontrareis Jesus. Ide a José e encontrareis Maria, que encheu sempre de paz a amável oficina de Nazaré. (Cristo que passa, nn. 56)

A Igreja inteira reconhece S. José como seu protector e padroeiro. Ao longo dos séculos tem-se falado dele, sublinhando diversos aspectos da sua vida, sempre fiel à missão que Deus lhe confiara. Por isso, desde há muitos anos, me agrada invocá-lo com um título carinhoso: Nosso Pai e Senhor.


S. José é realmente Pai e Senhor, protegendo e acompanhando no seu caminho terreno aqueles que o veneram, como protegeu e acompanhou Jesus enquanto crescia e se fazia homem. (Cristo que passa, nn. 39)

Reflectindo - 237

Regras morais

…/3

Os princípios morais como a honestidade, a bondade, o respeito, a virtude, e etc., determinam o sentido moral de cada indivíduo. São valores universais que regem a conduta humana e as relações saudáveis e harmoniosas.

Não pode alguém dizer, por exemplo, 'a minha moral é esta!
Tal não faz nenhum sentido, não quer dizer outra coisa que: 'eu próprio restabeleço o que é ou não a moral'.

(cont)


(ama, Reflexões, Garrão, 2015.09.19)

Evangelho e comentário

Tempo de Páscoa


Evangelho: Jo 6, 1-15

1 Depois disto, passou Jesus ao outro lado do mar da Galileia, isto é, de Tiberíades.2 Seguia-O uma grande multidão porque via os milagres que fazia em favor dos doentes.3 Jesus subiu a um monte e sentou-Se ali com os Seus discípulos.4 Ora a Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima.5 Jesus, então, tendo levantado os olhos e visto que vinha ter com Ele uma grande multidão, disse a Filipe: «Onde compraremos pão para dar de comer a esta gente?».6 Dizia isto para o experimentar, porque sabia o que havia de fazer.7 Filipe respondeu-Lhe: «Duzentos denários de pão não bastam para que cada um receba um pequeno bocado».8 Um de Seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-Lhe:9 «Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixes, mas que é isso para tanta gente?».10 Jesus, porém, disse: «Mandai sentar essa gente». Havia naquele lugar muita relva. Sentaram-se, pois; os homens em número de cerca de cinco mil.11 Tomou, então, Jesus os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre os que estavam sentados; e igualmente distribuiu os peixes, tanto quanto quiseram.12 Estando saciados, disse aos Seus discípulos: «Recolhei os pedaços que sobraram para que nada se perca».13 Eles os recolheram, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobraram aos que tinham comido.14 Vendo então aqueles homens o milagre que Jesus fizera, diziam: «Este é verdadeiramente o profeta que deve vir ao mundo».15 Jesus, sabendo que O viriam arrebatar para O fazerem rei, retirou-Se de novo, Ele só, para o monte.

Comentário:

Neste trecho do Evangelho é para mim difícil fugir à tentação da ''contabilidade'' dos poucos números referenciados.
Será uma tentação boa porque me leva a assombrar-me mais e mais com a mag­nificência do milagre

Mas, depois, penso: o que interessa os cinco mil homens saciados, ou os doze cestos que sobraram?

Acaso se o número de pessoas fosse outro - o dobro... o triplo - não teriam, igualmente, ficado saciados?

E, na verdade, Jesus não podia ter feito com que sobrassem bocados suficientes para encher cem cestos?

Claro que sim e, por se aperceberem do verdadeiro e absoluto poder de Cristo, é que, entusiasmados, o queriam fazer Rei.

(ama, comentário sobre Jo 6, 1-5, 11.12.2016)






Leitura espiritual

A Cidade Deus
A CIDADE DE DEUS


Vol. 2

LIVRO XII

CAPÍTULO XV

Condição temporal do género humano: Deus não a institui por uma decisão nova nem por uma vontade variável.

Que admira que, perdidos nos seus ciclos, não encontrem nem entrada nem saída. Ignoram quando começaram e quando devem acabar o género humano e a nossa condição mortal, incapazes que são de penetrar na sublimidade de Deus. Essa sublimidade de Deus — Ele próprio eterno e sem começo — fez surgir o tempo a partir de um começo, e ao homem, que ainda não tinha feito, fê-lo no tempo, em virtude, não de uma decisão nova e imprevista, mas imutável e eterna. Quem será capaz de sondar esta sublimidade insondável e de penetrar nessa sublimidade impenetrável — quando Deus, sem mudança de vontade, antes que algum homem fosse feito, institui no tempo o homem temporal e de um só homem multiplicou o género humano? Com razão o Salmo, depois de ter dito:

Tu, Senhor, nos conservarás, tu nos guardarás desde esta
geração até à eternidade,
[i]

volta-se contra aqueles cuja ímpia e estulta doutrina não reserva à alma nenhuma libertação nem nenhuma beatitude eterna e acrescenta:

Os ímpios andarão às voltas,[ii]

como se se dissesse: «Que crês tu então? Que pensas tu? Que compreendes? Será de acreditar que aprouve a Deus — a quem nada de novo pode acontecer, em quem nada é mutável — fazer de súbito este homem que, no passado, ao longo de uma eternidade sem fim, ainda não tinha feito?». Responde ele imediatamente, dirigindo-se ao pró­prio Deus:

Segundo a tua sublimidade multiplicaste os filhos dos
homens .
[iii]

Pensem os homens o que quiserem, diz ele, julguem, disputem como lhes aprouver!

Segundo a tua sublimidade,[iv]

que nenhum dos homens pode conhecer,

mulitiplicaste os filhos dos homens .[v]

É, realmente, um profundo mistério ter sempre existido e ter querido fazer o primeiro homem a partir de determinado tempo sem o ter feito antes, sem ter mudado de decisão e de vontade.

CAPÍTULO XVI

Para que Deus tenha podido ser sempre Senhor, teremos de pensar que sempre existiu necessariamente uma criatura da qual fosse senhor?
Em que sentido se chama sempre criado ao que
não pode chamar-se coeterno?

Eu é que, na verdade, não me atrevo a dizer que o Senhor Deus durante algum tempo não foi senhor; mas também não posso pôr em dúvida que o homem nem sempre existiu e que o primeiro homem foi criado a partir de determinado momento. Mas, quando eu pergunto de quem fora Deus sempre senhor se as criaturas não existiram sempre, receio afirmar seja o que for porque, ao examinar-me a mim mesmo, recordo o que está escrito:

Qual dentre os homens pode conhecer os desígnios de Deus?

Quem poderá pensar o que quer o Senhor?
Porque os pensamentos dos mortais são tímidos e incertas as nossas descobertas.

O corpo corruptível sobrecarrega a alma e a morada terrena acabrunha o espírito de múltiplos pensamentos.
[vi]

Destes pensamentos estou eu, nesta minha morada terrena, resolvendo tantos, (sim, tantos, porque entre eles ou fora deles há um, em que talvez não pense, que é o verdadeiro e que eu não posso descobrir): eu poderia dizer que houve sempre um a criatura de que podia ser senhor Aquele que sempre foi Senhor e jamais deixou de o ser — contanto que uma criatura exista depois da outra em diferentes momentos do tempo, para que não digamos haver alguma coeterna ao Criador, o que a fé e a sã razão condenam. É preciso evitar tanto a opinião absurda, alheia à luz da verdade, de que sempre existiram criaturas mortais através das vicissitudes dos tempos — desaparecendo umas, sucedendo-lhes outras, com o a opinião de que criaturas mortais não começaram a existir senão com a chegada do nosso século, quando também os anjos foram criados, se é verdade que é a eles que se refere a criação da primeira luz, ou melhor, a criação do Céu do qual foi dito:

No princípio fez Deus o céu e a terra.[vii]

Contudo, como estes anjos não existiram antes de terem sido feitos, se se diz que estes seres imortais sempre existiram, não se deve crer, todavia, que são coeternos a Deus. Se eu, porém, disser que os anjos não foram criados no tempo mas existiram antes de todos os tempos, para que Deus fosse seu senhor, Ele que nunca deixou de ser Senhor, — perguntar-me-ão ainda: Se eles foram feitos antes de todos os tempos, poderiam eles, já que foram teitos, ter existido sempre?

Parece que se deve responder assim: E porque não? Não dizemos com toda a propriedade que o que existe em todo o tempo existe sempre? Existiram, sim, em todo o tempo e até foram feitos antes de todos os tempos, — isto para o caso, pelo menos, de o tempo ter começado com o Céu e de eles existirem antes do Céu. Mas se o tempo existiu, não com o Céu mas antes do Céu, não se tratava, nesse caso, de um tempo marcado pelas horas, os dias, os meses, os anos (porque estas medidas dos períodos temporais, chamados correntemente e com propriedade «tempos», é manifesto que começaram com os movimentos dos astros: por isso, ao instituí-los, Deus disse:

E sirvam de sinais para marcarem os tempos, os dias,
os anos,
[viii]

__tratava-se de um tempo incluído em alguma mudança sucessiva cujas partes passam umas após as outras porque não podem ser simultâneas. Se, portanto, antes do Céu, alguma coisa de semelhante se realizou nos movimentos angélicos de modo que o tempo existiu desde então e os anjos desde o momento da sua criação se moveram no tempo, mesmo assim existiram desde todo o tempo pois que o tempo foi criado com eles. Quem poderá então dizer que o que existiu desde todos os tempos não existiu sempre?


(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)





[i] Salmo XI, 8.
[ii] Salmo XI, 9.
[iii] Salmo XI, 9.
[iv] Ibid
[v] Ibid
[vi] Sab. Salomão, IX, 13-15.
[vii] Gen., I,1.
[viii] Gen., I,14.

Hoy el reto del amor es orar por el Papa Francisco

INSPIRACIÓN BÍBLICA

Resulta que hace unos días, en la Eucaristía, se leyó el pasaje del Génesis que habla de la Torre de Babel: "Construyamos una torre que llegue hasta el cielo". ¡Pura inspiración bíblica! ¡Dicho y hecho!

Resulta que la zona del fondo del callejón ha quedado transformada en almacén. El problema es que es un poco estrecho. Sin embargo, ahí estaba la solución de almacenaje: ¡ir hacia arriba!

Sin darle más vueltas, agarré la escalera y... ¡a subir cajas! ¡Imagina cuánto se puede apilar cuando el techo está a tres metros!

-¿Pero cómo has llegado tan alto? -preguntaban las demás, divertidas y asombradas.

Yo les comenté el pasaje de Babel, pero, ahora, en Oficio de Lectura, he descubierto... ¡que me he equivocado! No es la Torre de Babel: ¡es la lglesia!

Hoy celebramos la fiesta de la Cátedra de san Pedro, el momento en que el Señor le dijo a Simón aquello de: «Tú eres Pedro, y sobre esta piedra edificaré mi Iglesia».

¿Sabes qué hay en la base de mi torre? ¡Cajas de piedras! Las que se usan para decorar los Belenes en Navidad. Eran las más pesadas, ¡y las más resistentes! Luego van cajas de maderitas, cajones... ¡así hasta arriba!

La Iglesia es igual: unos nos apoyamos en otros para llegar cada vez más alto. Los santos nos han ido abriendo el camino, nos han ido alzando, como esas cajas de madera. Pero ellos, a su vez, necesitaron ser aupados por otros... Sin embargo, la seguridad de la torre reside en su base: la roca.

Cristo sabía que la torre de la lglesia tendría que hacer frente a vientos y mareas, y Él, que es la Roca, ¡quiso regalarnos una base sólida! A través del Papa, Vicario de Cristo en la tierra, ¡el Señor sigue confirmándonos y fortaleciéndonos en la fe! Gracias a él, ¡estamos sólidamente edificados en la Verdad!

Hoy el reto del amor es orar por el Papa Francisco y por los pastores que el Señor nos ha regalado para llevarnos a Él, especialmente por tu obispo. Y también te invito a agradecerle a Cristo el regalo de formar parte de su Iglesia: si en Babel un pueblo se dividió en miles de lenguas; en la Iglesia, el Espíritu Santo hace de miles de lenguas y culturas un solo pueblo, unido bajo un Pastor. ¡En esta torre sí que se une el Cielo con la tierra! ¡Feliz día!


VIVE DE CRISTO

Doutrina – 283

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ

SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

CAPÍTULO PRIMEIRO CREIO EM DEUS PAI

OS SÍMBOLOS DA FÉ

62. Que ensina a Sagrada Escritura sobre a criação do mundo visível?


Ao narrar os «seis dias» da criação, a Sagrada Escritura dá-nos a conhecer o valor dos seres criados e a sua finalidade de louvor a Deus e serviço ao homem.
Todas as coisas devem a sua existência a Deus, de quem recebem a sua bondade e perfeição, as suas leis e o lugar no universo.




Epístolas de São Paulo – 59

Carta aos Efésios

I. A IGREJA E O EVANGELHO (1-3,3-21)

Capítulo 4

II. EXORTAÇÃO AOS BAPTIZADOS (4,1-6,20)

Todos unidos em Cristo

1Eu, o prisioneiro no Senhor, exorto-vos, pois, a que procedais de um modo digno do chamamento que recebestes; 2com toda a humildade e mansidão, com paciência: suportando-vos uns aos outros no amor, 3esforçando-vos por manter a unidade do Espírito, mediante o vínculo da paz. 4Há um só Corpo e um só Espírito, assim como a vossa vocação vos chamou a uma só esperança;5um só Senhor, uma só fé, um só baptismo; 6um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por todos e permanece em todos. 7Mas, a cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do dom de Cristo. 8Por isso se diz: Ao subir às alturas, levou cativos em cativeiro, deu dádivas aos homens. 9Ora, este «subiu» que quer dizer, senão que também desceu às regiões inferiores da terra? 10Aquele que desceu é precisamente o mesmo que subiu muito acima de todos os céus, a fim de encher o universo. 11E foi Ele que a alguns constituiu como Apóstolos, Profetas, Evangelistas, Pastores e Mestres, 12em ordem a preparar os santos para uma actividade de serviço, para a construção do Corpo de Cristo, 13até que cheguemos todos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao homem adulto, à medida completa da plenitude de Cristo. 14Assim, deixaremos de ser crianças, batidos pelas ondas e levados por qualquer vento da doutrina, ao sabor do jogo dos homens, da astúcia que maliciosamente leva ao erro; 15antes, testemunhando a verdade no amor, cresceremos em tudo para aquele que é a cabeça, Cristo. 16É a partir dele que o Corpo inteiro, bem ajustado e unido, por meio de toda a espécie de articulações que o sustentam, segundo uma força à medida de cada uma das partes, realiza o seu crescimento como Corpo, para se construir a si próprio no amor.

O homem novo

17É isto, pois, o que digo e recomendo no Senhor: não volteis a proceder como procedem os gentios, no vazio da sua mente; 18vivem obscurecidos no pensamento, alienados da vida de Deus, devido à ignorância que neles existe e ao endurecimento do seu coração; 19tornados insensíveis, a si mesmos se entregam à libertinagem, até chegarem a praticar toda a espécie de impureza, na ganância. 20Vós, porém, não foi assim que aprendestes, ao conhecerdes a Cristo, 21supondo que dele ouvistes falar e nele fostes instruídos, conforme a verdade que está em Jesus: 22que deveis, no que toca à conduta de outrora, despir-vos do homem velho, corrompido por desejos enganadores; 23que vos deveis renovar pela transformação do Espírito que anima a vossa mente; 24e que deveis revestir-vos do homem novo, que foi criado em conformidade com Deus, na justiça e na santidade, próprias da verdade.

Vida exemplar

25Por isso, despi-vos da mentira e diga cada um a verdade ao seu próximo, pois somos membros uns dos outros. 26Se vos irardes, não pequeis; que o sol não se ponha sobre o vosso ressentimento, 27nem deis espaço algum ao diabo. 28Aquele que roubava deixe de roubar; antes se esforce por trabalhar com as suas próprias mãos, fazendo o bem, para que tenha com que partilhar com quem passa necessidade. 29Nenhuma palavra desagradável saia da vossa boca, mas apenas a que for boa, que edifique, sempre que necessário, para que seja uma graça para aqueles que a escutam. 30E não ofendais o Espírito Santo de Deus, selo com o qual fostes marcados para o dia da redenção. 31Toda a espécie de azedume, raiva, ira, gritaria e injúria desapareça de vós, juntamente com toda a maldade. 32Sede, antes, bondosos uns para com os outros, compassivos; perdoai-vos mutuamente, como também Deus vos perdoou em Cristo.


Pequena agenda do cristão

Sexta-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?