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17/04/2017

Fátima: Centenário - Poemas

CAUSA DA NOSSA ALEGRIA



Como no seio habita de Maria
de Deus a Graça e reina o seu amor,
invade-a um mar imenso de alegria
que a faz cantar mil hinos ao Senhor.

E porque encher-nos dela não havia,
se é Mãe da Graça e Mãe do seu Autor?...
A Deus com seus primores extasia
e encanta o Anjo, o justo e o pecador.

Outrora o Céu, de luto, andava aflito
com as ruínas do maior delito,
mas a Virgem inunda-o de alegria…

Um dia o Deus de amor viu com tristeza
em lodo imersa a humana natureza…
Doce visão o consolou: Maria!

Visconde de Montelo, Paráfrase da Ladainha Lauretana, 1956 [i]



[i] Cónego Manuel Nunes Formigão
1883 - Manuel Nunes Formigão nasce em Tomar, a 1 de Janeiro. 1908 - É ordenado presbítero a 4 de Abril em Roma. 1909 - É laureado em Teologia e Direito Canónico pela Universidade Gregoriana de Roma. 1909 - No Santuário de Lourdes, compromete-se a divulgar a devoção mariana em Portugal. 1917 - Nossa Senhora aceita o seu compromisso e ele entrega-se à causa de Fátima. 1917 / 1919 - Interroga, acompanha e apoia com carinho os Pastorinhos. - Jacinta deixa-lhe uma mensagem de Nossa senhora, ao morrer. 1921 - Escreve o livro: "Os Episódios Maravilhosos de Fátima". 1922 - Integra a comissão do processo canónico de investigação às aparições. 1922 - Colabora e põe de pé o periódico "Voz de Fátima". 1924 - A sua experiência de servita de Nossa Senhora em Lurdes, leva-o a implementar idêntica actividade em Fátima. 1928 - Escreve a obra mais importante: "As Grandes Maravilhas de Fátima". 1928 - Assiste à primeira profissão religiosa da Irmã Lúcia, em Tuy. Ela comunica-lhe a devoção dos primeiros sábados e pede-lhe que a divulgue. 1930 - Escreve "Fátima, o Paraíso na Terra". 1931 - Escreve "A Pérola de Portugal". 1936 - Escreve " Fé e Pátria". 1937 - Funda a revista "Stella". 1940 - Funda o jornal "Mensageiro de Bragança". 1943 - Funda o Almanaque de Nossa Senhora de Fátima. 1954 – Muda-se para Fátima a pedido do bispo de Leiria-Fátima 1956 - Escreve sonetos compilados na "Ladainha Lauretana". 1958 – Morre em Fátima. 06/01/1926 - Funda a congregação das Religiosas Reparadoras de Nossa Senhora das Dores de Fátima. 11/04/1949 – A congregação por ele fundada é reconhecida por direito diocesano. 22/08/1949 – Primeiras profissões canónicas das Religiosas. 16/11/2000 - A Conferência Episcopal Portuguesa concede a anuência por unanimidade, para a introdução da causa de beatificação e canonização deste apóstolo de Fátima. 15/09/2001 - Festa de Nossa Senhora das Dores, padroeira da congregação - É oficialmente aberto o processo de canonização do padre Formigão. 16/04/2005 – É oficialmente encerrado e lacrado o processso de canonização do padre Formigão.
Fátima, 28 Jan 2017 (Ecclesia) – Decorreu hoje a cerimónia de trasladação dos restos mortais do padre Manuel Nunes Formigão, conhecido como 'o apóstolo de Fátima, do cemitério local para um mausoléu construído na Casa de Nossa Senhora das Dores.
A celebração de trasladação deste sacerdote e servo de Deus começou com uma concentração, rua Francisco Marto, 203, com centenas de pessoas, seguida de saída para o cemitério da Freguesia de Fátima.
Na eucaristia inserida neste evento, na Basílica da Santíssima Trindade, do Santuário de Fátima, D. António Marto destacou uma figura que "se rendeu ao mistério e à revelação do amor de Deus, da beleza da sua santidade tal como brilhou aos pastorinhos de Fátima".
O bispo de Leiria-Fátima recordou ainda o padre Manuel Formigão como alguém que "captou de uma maneira admirável para o seu tempo, a dimensão reparadora da vivência da fé tão sublinhada na mensagem de Fátima".

Nota de AMA:
Este livro de Sonetos foi por sua expressa vontade, depois da sua morte, devidamente autografado, entregue a meu Pai. Guardo o exemplar como autêntica relíquia.

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Hoy el reto del amor es que tengas un gesto de cariño hacia alguien que haya tenido un "tropezón"

CUIDADO!

¿Quién no tiene un traspiés de vez en cuando? Ayer me tocó presenciar dos, de dos hermanas distintas, y, ¿sabes qué nos salió decir a las que estábamos alrededor después del tropezón?

-¡Cuidado!

La primera vez no me llamó la atención, pero, la segunda, me quedé pensando sobre ello... ¿Por qué después de un tropezón decimos "cuidado"? ¡Si el tropezón ya ha pasado! La persona a la que se lo decimos está con el susto, con el corazón a mil... ¿y le decimos "cuidado"?

Así nos pasa muchas veces con las personas que nos rodean y que, por una cosa u otra, tropiezan en la vida o en el día a día. Después de la caída les decimos todos los "cuidados" que tienen que tener para que no vuelvan a tropezar: cuidado con la gente con la que te juntas, cuidado con las personas en que confías, cuidado...

El juicio es lo primero que nos sale cuando vemos a alguien herido. Sabemos qué podría haber hecho o dejado de hacer, pero no llegamos a lo más profundo de su ser.

Miro a Cristo y es curioso, porque lo primero que hace es curar las heridas, vendarlas, darnos la mano, restaurarnos... y ya, cuando ve que podemos caminar, que volvemos a emprender el camino, nos dice lo que tenemos o no tenemos que hacer para que nuestro corazón no sufra más. «"Mujer, ¿dónde están? ¿Nadie te ha condenado?" Ella respondió: "Nadie, Señor." Jesús le dijo: "Tampoco yo te condeno. Vete, y en adelante no peques más."»

 "¿Qué te duele?", "¿Cómo te sientes?", "Te quiero igual", "Voy a estar a tu lado", el abrazo oportuno, permanecer, escuchar... palabras y gestos de aliento que se necesitan tras un tropezón y que a menudo nos saltamos.

Hoy el reto del amor es que tengas un gesto de cariño hacia alguien que haya tenido un "tropezón". Un gesto con el que se sienta querido y aceptado. Pídele a Cristo el don de mirar como Él mira.


VIVE DE CRISTO

Bento XVI – Pensamentos espirituais 141

Sinais dos tempos

Nos dias de hoje, tem vindo a afirmar-se uma cultura caracterizada pelo relativismo individualista e pelo cientismo positivista; é, portanto, uma cultura tendencialmente fechada a Deus e à sua lei moral, ainda que nem sempre oposta ao cristianismo em termos de o prejudicar.

Por isso, os católicos são chamados a efectuar um grande esforço para desenvolver o diálogo com a cultura actual de modo a abri-la aos valores eternos da Transcendência.

Discurso ao colégio dos escritores, de La Civiltà Cattolica, (17.Fev.06)


(in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)

Leitura espiritual

A Cidade Deus
A CIDADE DE DEUS


Vol. 2

LIVRO X

CAPÍTULO XXV

Divisão de toda a filosofia em três partes.

Tanto quanto nos é possível compreendê-lo, é daí que vem a divisão, pretendida pelos filósofos, do estudo da sabedoria, em três partes — ou antes: eles puderam observar que estava dividida em três partes (não foram eles que  determinaram que fosse assim, mas apenas descobriram que assim é). A uma parte chamou-se Física, à outra Lógica e à terceira Ética. (A estes nomes correspondem, nos escritos de muitos autores latinos, os de natural, racional e moral, como resumidamente já referimos no livro oitavo). Disto não se pode concluir que esses filósofos tenham tido, nestas três partes, alguma ideia da Trindade como Deus, embora Platão — o primeiro, diz-se, a descobrir e a recomendar esta divisão — tenha visto em Deus o único autor de todas as naturezas, o dador da inteligência, o imperador do amor pelo qual se vive virtuosa e felizmente. Mas há diversas opiniões quando há que tratar da natureza das oisas, dos meios de discernir a verdade, do fim do bem a que devemos referir tudo o que fazemos. Todavia, toda a sua pesquisa vem dar a estas três grandes e gerais questões. Assim, embora em cada uma destas questões cada um professe opiniões divergentes, nenhum, porém, hesita em reconhecer que existe uma causa para a natureza, um método para a ciência e um sentido para a vida.

Também são três as coisas que concorrem para o trabalho de um artífice: a natureza, a doutrina, o uso (prática). A natureza deve ser apreciada pelo engenho, a doutrina pela ciência e o uso (prática) pelos frutos (resultados). Não ignoro que o «fruto» se diz propriamente de alguém que frui e o «uso» (ou utilidade) de alguém que utiliza. A diferença parece consistir em que — «fruir» se diz de um a coisa que nos agrada por si mesma sem estar relacionada com outra, «utilizar» se diz de uma coisa que se procura para outra. (Por isso, mais que fruir, convém utilizar os bens temporais para se merecer o gozo dos bens eternos; não como os perversos que querem gozar do dinheiro e utilizar-se de Deus. Porque não é por causa de Deus que em pregam o seu dinheiro — é antes por causa do dinheiro que prestam culto a Deus). Todavia, conforme o modo de falar que o hábito fez prevalecer, «utilizam-se» os «frutos» e «frui-se» do «uso»: não se fala no sentido próprio de «frutos do campo», dos quais, na verdade, todos fazemos um uso temporal. E, pois, nesse sentido que eu talei de uso a propósito das três coisas que convinha considerar no homem: a natureza, a doutrina e o uso. Como disse, foi a partir delas que, tendo em mente a consecução da vida feliz, os filósofos dividiram em três partes a sua doutrina. Foi a partir delas que, tendo em mente a obtenção da vida bem-aventurada, deriva esta divisão em três da disciplina descoberta, como já disse,pelos filósofos: a natural por causa da natureza, a racional por causa da doutrina, a moral por causa do uso. Portanto, se a nossa natureza procedesse de nós, seríamos nós os autores da nossa sabedoria e não teríamos a preocupação de a adquirirmos da doutrina, isto é, de a aprendermos dos outros; e o nosso amor, de nós partindo e a nós referido, nos bastaria para vivermos felizes sem necessidade de qualquer outro bem de que gozássemos. Mas porque, de facto, a nossa natureza para existir tem Deus como autor, — sem dúvida que temos de tê-lo como mestre para conhecermos a Verdade e ainda com o dispensador das
nossas íntimas alegrias para sermos felizes.

CAPÍTULO XXVI

Imagem da soberana Trindade que, de certo modo, se encontra mesmo na natureza do homem ainda não bem-aventurado.

Também reconhecemos em nós uma imagem de Deus, isto é, daquela soberana Trindade. Claro que não é uma imagem igual, mas antes imensamente distante. Tão pouco é coeterna. Num a palavra: não é da mesma substância que Deus. Todavia, não conhecemos entre os seres por Ele criados nada que seja d’Ele mais próximo pela natureza do que essa imagem, — embora esta tenha ainda necessidade de uma reforma que a aperfeiçoe para ser também muito próxima pela semelhança.

Efectivamente, somos e sabemos que somos e amamos esse ser e esse conhecer. E nestas três coisas que acabo de referir nenhuma falsidade parecida com a verdade nos perturba. De facto, não as atingimos, como às realidades exteriores, por qualquer sentido corporal como as cores pela vista, os sons pelo ouvido, os perfumes pelo olfacto, os sabores pelo gosto, o duro e o mole pelo tacto. Destas coisas sensíveis temos também imagens que muito se lhes assemelham — mas são corporais: consideramo-las com o pensamento, conservamo-las na memória e somos por elas incitados a desejarmos as próprias coisas; mas sem qualquer imagem enganosa da fantasia ou da imaginação, é coisa absolutamente certa que sou, que conheço e que amo. Nestas verdades nenhum receio tenho dos argumentos dos académicos que dizem: Que será se te enganares? Pois se me enganar, existo. Realmente, quem não existe de modo nenhum se pode enganar. Por isso, se me engano é porque existo. Porque, portanto, existo se me engano, com o poderei enganar-me sobre se existo, quando é certo que existo quando me engano? Por conseguinte, com o seria eu quem se enganaria, mesmo que me engane não há dúvida de que não me engano nisto: — que conheço que existo. Mas a consequência é que não me engano mesmo nisto: — que conheço que me conheço. De facto, assim como conheço que existo, assim também conheço isso mesmo: — que me conheço.

E quando eu amo estas duas coisas, acrescento às coisas que conheço o amor com o terceiro elemento que não é de menor importância. Pois não me engano sobre se me amo, já que não me engano nas coisas que amo; mesmo que elas fossem falsas, seria verdade que amo as coisas falsas. Realmente, por que motivo eu havia de ser justam ente repreendido e justamente impedido de amar as coisas falsas se fosse falso que as amo? Com o, porém, essas coisas são verdadeiras e certas, quem duvida de que o próprio amor que as faz é também ele amor verdadeiro e certo? E tão verdadeiro que ninguém há que não queira existir com o nada existe que não queira ser feliz. E como poderá ser feliz se nada é?


CAPÍTULO XXVII

Do ser e do conhecimento — e do amor por um e outro.

A existência é, por um a inclinação natural, tão agradável, que, só por isso, nem os mais desgraçados querem morrer e quando se sentem desgraçados não querem que sejam eles a desaparecer, mas antes que desapareça a sua desgraça. Mesmo àqueles que se consideram os mais infelizes e de facto o são, assim julgados não só pelos sábios que os têm por insensatos, mas também pelos que, julgando-se felizes, os têm por pobres e indigentes, — se alguém lhes oferecesse a imortalidade em que nem mesmo a infelicidade morresse, de maneira que, se se recusassem a permanecer eternam ente infelizes, deixariam todos e para sempre de existir e seriam votados a total aniquilação, com certeza que rejubilariam de alegria e prefeririam continuar a ser eternam ente o que são a deixarem de todo de ser. Disto mesmo é testem unha o seu bem conhecido sentimento. Porque será que receiam morrer e preferem viver nos seus tormentos a acabar com eles na morte, senão porque é claramente evidente que à natureza repugna não ser? Também quando sabem que estão prestes a morrer, desejam que lhes seja concedida, como um grande benefício, a misericórdia de viverem durante mais algum tempo na mesma miséria e a morrerem mais tarde. Não há a menor dúvida de que mostram assim com que gratidão aceitariam a imortalidade mesmo que com ela não pusessem termo à sua indigência.

Pois quê? Todos os animais, mesmo os privados de razão, aos quais não é dado cogitar estas coisas, desde os dragões gigantes até aos mais pequenos vermezitos, não exprimem eles também por todos os movimentos possí­veis, o seu desejo de existir e, deste modo, de evitar a morte? Pois quê? Todas as árvores e plantas (sem sensibilidade para evitarem, com movimentos exteriores, a sua destruição), não é certo que, para lançarem para o ar os cimos dos ramos, mergulham no solo as extremidades das suas raízes para dele colherem o sustento e assim, à sua maneira, se esforçam por conservarem o ser? Enfim, os próprios corpos destituídos não só de sensibilidade, mas até de vida vegetativa, lançam-se para o alto, caem cá em baixo ou quedam-se suspensos no meio para conservarem  a sua essência num lugar onde, segundo a sua natureza, ela possa subsistir.

Pois bem: quanto se ama o conhecer e como repugna à natureza humana ser enganada, pode concluir-se do facto de que ninguém há que não prefira afligir-se em são juízo a alegrar-se na demência. Esta grande e admirável força não se encontra, fora do homem, em qualquer animal destinado à morte. É certo que alguns, para contemplarem a nossa luz, têm o sentido da vista mais agudo que o nosso; mas não podem atingir aquela luz incorpórea que na nossa m ente brilha de certo modo para que possamos emitir acerca de todas as coisas um juízo correcto; porque é na medida em que a possuímos que desse juízo somos
capazes. Todavia, se não há ciência nas sensações dos animais privados de razão, há neles, porém, pelo menos uma certa semelhança de ciência. Os outros seres corpóreos chamam -se sensíveis, não porque sintam, mas porque são sentidos. Entre eles os vegetais imitam a sensibilidade pelo acto de se nutrirem e se reproduzirem. Todavia, estes e todos os seres corporais têm na natureza as suas causas latentes. Quanto às suas formas, que embelezam a estrutura deste m undo visível, eles apresentam-nas aos nossos sentidos para serem percebidas, parece que com o se quisessem dar-se a conhecer para compensarem o conhecimento que não têm. Nós captamo-los com os sentidos do corpo, mas não é comesses sentidos do corpo que os julgamos. Com efeito, um outro sentido do homem interior, muito superior aos outros, permite-nos sentir não só o justo mas também o injusto: — o justo pela sua beleza inteligível, o injusto pela privação dessa beleza. Para o exercício deste sentido não chega nem a agudeza da pupila, nem a abertura dos ouvidos, nem os respiradouros do nariz, nem a abóbada do palatino, nem tacto algum corpóreo. E nesse sentido que encontro a certeza de que existo e de que conheço; é nesse sentido que encontro a certeza de que amo tudo isso e de que amo.



(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)


Evangelho e comentário

Tempo de Páscoa


Evangelho: Mt 28, 8-15

8 Saíram logo do sepulcro com medo e grande alegria e correram para dar a notícia aos discípulos.9 E eis que Jesus lhes saiu ao encontro e lhes disse: «Deus vos salve». Elas aproximaram-se, abraçaram os Seus pés e prostraram-se diante d'Ele.10 Então disse-lhes Jesus: «Não temais; ide dizer aos Meus irmãos que vão para a Galileia; lá Me verão».11 Enquanto elas iam a caminho, alguns dos guardas foram à cidade e noticiaram aos príncipes dos sacerdotes tudo o que tinha sucedido.12 Tendo-se eles reunido com os anciãos, depois de tomarem conselho, deram uma grande soma de dinheiro aos soldados,13 dizendo-lhes: «Dizei: “Os Seus discípulos vieram de noite e, enquanto nós estávamos a dormir, roubaram-n'O”.14 Se chegar isto aos ouvidos do governador, nós o convenceremos e estareis seguros».15 Eles, recebido o dinheiro, fizeram como lhes tinha sido indicado. E esta notícia divulgou-se entre os Judeus e dura até ao dia de hoje.

Comentário:

O que os judeus disseram e propagaram sobre a Ressurreição de Cristo só nos deve “importar” na medida em que, nós cristãos, temos obrigação de pedir ao Ressuscitado que os ilumine porque, quanto à “pretensa” polémica sobre o assunto, para nós, não se põe, já que estamos seguros e, sem qualquer reserva, acreditamos que Jesus Cristo ressuscitou e, com a Sua Ressurreição nos mereceu a Filiação Divina.

Trata-se, nem mais, do fundamento da nossa Fé!

(ama, comentário sobre Mt 28, 8-15, 2012.04.09)


Tu e eu procedemos como filhos de Deus?

Um filho de Deus não tem medo da vida nem medo da morte, porque o fundamento da sua vida espiritual é o sentido da filiação divina: Deus é meu Pai, pensa, e é o Autor de todo o bem, é toda a Bondade. – Mas tu e eu procedemos, de verdade, como filhos de Deus? (Forja, 987)

A nossa condição de filhos de Deus levar-nos-á – insisto – a ter espírito contemplativo no meio de todas as actividades humanas – luz, sal e levedura, pela oração, pela mortificação, pela cultura religiosa e profissional –, fazendo realidade este programa: quanto mais dentro do mundo estivermos, tanto mais temos de ser de Deus. (Forja, 740)


Quando se trabalha por Deus, é preciso ter "complexo de superioridade" – fiz-te notar. – Mas – perguntavas-me – isso não é uma manifestação de soberba? – Não! É uma consequência da humildade, de uma humildade que me faz dizer: – Senhor, Tu és o que és. Eu sou a negação. Tu tens todas as perfeições: o poder, a fortaleza, o amor, a glória, a sabedoria, o império, a dignidade... Se eu me unir a Ti, como um filho quando se põe nos braços fortes do pai ou no regaço maravilhoso da mãe, sentirei o calor da tua divindade, sentirei as luzes da tua sabedoria, sentirei correr pelo meu sangue a tua fortaleza. (Forja, 342)

Doutrina – 272

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ

SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

CAPÍTULO PRIMEIRO CREIO EM DEUS PAI

OS SÍMBOLOS DA FÉ

51. Porque é importante afirmar: «No princípio criou Deus o céu e a terra»? [1]

Porque a Criação é o fundamento de todos os projectos divinos de salvação; manifesta o amor omnipotente e sapiente de Deus; é o primeiro passo para a Aliança do Deus único com o seu povo; é o início da história da salvação que culmina em Cristo; é uma primeira resposta às questões fundamentais do homem acerca da sua própria origem e do seu fim.







[1] Gn 1,1

Epístolas de São Paulo – 48

2ª Epístola de São Paulo aos Coríntios

III. DEFESA DE PAULO (10,1-13,13)

Capítulo 13

Últimas advertências

1Pela terceira vez, vou ter convosco. Pela palavra de duas ou três testemunhas será decidido qualquer assunto. 2Já o disse, como por ocasião da minha segunda visita, e repito-o agora que estou ausente, àqueles que pecaram anteriormente e a todos os demais: se voltar, não usarei de clemência, 3já que pretendeis ter uma prova de que Cristo fala em mim. Ele não é fraco em relação a vós, mas manifesta em vós o seu poder! 4Sim, se foi crucificado na sua fraqueza, agora está vivo pelo poder de Deus. Nós também somos fracos nele, mas viveremos com Ele pelo poder de Deus que actua em vós. 5Examinai-vos a vós mesmos para ver se estais na fé; ponde-vos à prova. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? A não ser que sejais reprovados no exame. 6Espero, porém, que reconheçais que nós não fomos reprovados. 7Pedimos a Deus que não façais nada de mal, não para parecermos aprovados, mas para que pratiqueis o bem, mesmo se tivermos de passar por reprovados.
8Não temos qualquer poder contra a verdade, mas só a favor da verdade. 9Alegramo-nos quando somos fracos e vós sois fortes. E isto pedimos nas nossas orações: o vosso aperfeiçoamento. 10Por isso, estando ausente, vos escrevo estas coisas, para que, uma vez presente, não tenha de usar de rigor, conforme o poder que o Senhor me deu para edificar e não para destruir.

Conclusão

11De resto, irmãos, sede alegres, tendei para a perfeição, confortai-vos uns aos outros, tende um mesmo sentir, vivei em paz e o Deus do amor e da paz estará convosco. 12Saudai-vos mutuamente com o ósculo santo. Saúdam-vos todos os santos. 13A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós!


Diálogos apostólicos

Diálogos apostólicos II Parte

Pergunto:

4. Então, o que é o pecado?

Respondo:

É um acto voluntário oposto à lei de Deus (pode ser interno, externo e inclusive uma omissão).
É prejudicial para o homem e uma ofensa a Deus.


Pequena agenda do cristão

SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)







Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?


Oração:

Começa hoje uma nova semanaajuda-me, Senhor, a vivê-la de tal modo que todas as minhas acções e desejos sirvam para Te louvar e servir.