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06/04/2017

Fátima: Centenário - Poemas

MÃE PURÍSSIMA

Maria, ó Virgem Santa, ó Mãe Celeste,
por dom divino ao mundo Tu vieste,
obra-prima das mãos do Criador,
modelo de virtudes e de amor.

Neste vale de pranto tão agreste,
onde de todos é partilha a dor,
o teu materno Coração nos deste,
tal como a aurora o orvalho à flor.

Mãe toda pura, atrai com doce encanto
teus filhos sob as asas do teu manto,
mais vasto e belo do que a terra e o Céu.

Vela por eles, livra-os da desgraça,
dá-lhes de Deus o amor e, à luz da Graça,
corpo e alma lhes guarda sem labéu!

Visconde de Montelo, Paráfrase da Ladainha Lauretana, 1956 [i]


[i] Cónego Manuel Nunes Formigão
1883 - Manuel Nunes Formigão nasce em Tomar, a 1 de Janeiro. 1908 - É ordenado presbítero a 4 de Abril em Roma. 1909 - É laureado em Teologia e Direito Canónico pela Universidade Gregoriana de Roma. 1909 - No Santuário de Lourdes, compromete-se a divulgar a devoção mariana em Portugal. 1917 - Nossa Senhora aceita o seu compromisso e ele entrega-se à causa de Fátima. 1917 / 1919 - Interroga, acompanha e apoia com carinho os Pastorinhos. - Jacinta deixa-lhe uma mensagem de Nossa senhora, ao morrer. 1921 - Escreve o livro: "Os Episódios Maravilhosos de Fátima". 1922 - Integra a comissão do processo canónico de investigação às aparições. 1922 - Colabora e põe de pé o periódico "Voz de Fátima". 1924 - A sua experiência de servita de Nossa Senhora em Lurdes, leva-o a implementar idêntica actividade em Fátima. 1928 - Escreve a obra mais importante: "As Grandes Maravilhas de Fátima". 1928 - Assiste à primeira profissão religiosa da Irmã Lúcia, em Tuy. Ela comunica-lhe a devoção dos primeiros sábados e pede-lhe que a divulgue. 1930 - Escreve "Fátima, o Paraíso na Terra". 1931 - Escreve "A Pérola de Portugal". 1936 - Escreve " Fé e Pátria". 1937 - Funda a revista "Stella". 1940 - Funda o jornal "Mensageiro de Bragança". 1943 - Funda o Almanaque de Nossa Senhora de Fátima. 1954 – Muda-se para Fátima a pedido do bispo de Leiria-Fátima 1956 - Escreve sonetos compilados na "Ladainha Lauretana". 1958 – Morre em Fátima. 06/01/1926 - Funda a congregação das Religiosas Reparadoras de Nossa Senhora das Dores de Fátima. 11/04/1949 – A congregação por ele fundada é reconhecida por direito diocesano. 22/08/1949 – Primeiras profissões canónicas das Religiosas. 16/11/2000 - A Conferência Episcopal Portuguesa concede a anuência por unanimidade, para a introdução da causa de beatificação e canonização deste apóstolo de Fátima. 15/09/2001 - Festa de Nossa Senhora das Dores, padroeira da congregação - É oficialmente aberto o processo de canonização do padre Formigão. 16/04/2005 – É oficialmente encerrado e lacrado o processso de canonização do padre Formigão.
Fátima, 28 Jan 2017 (Ecclesia) – Decorreu hoje a cerimónia de trasladação dos restos mortais do padre Manuel Nunes Formigão, conhecido como 'o apóstolo de Fátima, do cemitério local para um mausoléu construído na Casa de Nossa Senhora das Dores.
A celebração de trasladação deste sacerdote e servo de Deus começou com uma concentração, rua Francisco Marto, 203, com centenas de pessoas, seguida de saída para o cemitério da Freguesia de Fátima.
Na eucaristia inserida neste evento, na Basílica da Santíssima Trindade, do Santuário de Fátima, D. António Marto destacou uma figura que "se rendeu ao mistério e à revelação do amor de Deus, da beleza da sua santidade tal como brilhou aos pastorinhos de Fátima".
O bispo de Leiria-Fátima recordou ainda o padre Manuel Formigão como alguém que "captou de uma maneira admirável para o seu tempo, a dimensão reparadora da vivência da fé tão sublinhada na mensagem de Fátima".

Nota de AMA:
Este livro de Sonetos foi por sua expressa vontade, depois da sua morte, devidamente autografado, entregue a meu Pai. Guardo o exemplar como autêntica relíquia.


Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Fátima: Centenário - Oração Jubilar de Consagração


Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.

Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.

Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.

Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.

E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.


Ámen.

Hoy el reto del amor es usar el fuego más grande. Sí, ése sólo puede ser Cristo!

EL TRUCO DEL CHEF

Tenía que hacer patatas fritas para comer. Preparé las patatas, dos sartenes y... ¡a ello!

Las patatas de una sartén cogieron un delicioso color dorado. En cambio, las de la otra, sólo se pusieron un poco más blandas.

-¿Cómo es posible? He puesto las dos a la vez...

Minutos más tarde, unas patatas estaban fritas... y las otras estaban cocidas.

-¡Esta sartén está pidiendo la jubilación! -suspiré.

Saqué las patatas fritas. Comencé a calcular cómo cambiar de sartén las patatas cocidas, ¡la suya no funcionaba! Pero, de pronto, el Señor me hizo entender: no era problema de la sartén, ¡era cuestión del fuego!

Sí, las dos sartenes estaban a fuego máximo, ¡pero uno era grande y el otro pequeño!

En cuanto puse la sartén en el fuego adecuado, ¡las patatas se hicieron estupendamente!

¡Qué fácil es echar la culpa a la sartén! Es sencillo decir que esa persona no trabaja bien, que este hijo es rebelde, que a aquel compañero no hay quien le entienda, pero... ¿le has puesto en el fuego adecuado? A veces, lo único que necesitamos es un poco más de calor: confianza, cariño...

Cristo apuesta siempre por nosotros: por ti, y por esa persona que parece una sartén estropeada. Él jamás se plantea dejar a nadie de lado, ¡confía en realizar con nosotros obras maravillosas!

Hoy el reto del amor es usar el fuego más grande. ¡Sí, ése sólo puede ser Cristo! Te invito a que hoy, en tu oración, le pidas que caliente tu corazón al máximo, para que puedas trasmitir su Amor en tus gestos. Y, si tienes alguna "sartén" que parece no funcionar... ¡no te olvides de orar por ella! Pídele a Cristo que te dé las palabras adecuadas para acercarte a ella, que pueda sentirse querida. Hoy, cuando te encuentres con él o ella, ¡dale los buenos días con una sonrisa! ¡Feliz día!


VIVE DE CRISTO

Epístolas de São Paulo – 37

2ª Epístola de São Paulo aos Coríntios

I. DEFESA DO APÓSTOLO (1,12-7,16)

Capítulo 2

Mudança de planos 2

1Por isso, decidi comigo mesmo não voltar a ir ter convosco, estando triste. 2Com efeito, se vos entristeço, quem me poderá dar alegria senão aquele que eu tiver entristecido? 3E escrevi-vos justamente isto, para que, ao chegar, não sinta tristeza da parte daqueles que me deviam alegrar. Estou confiante, quanto ao que vos diz respeito, de que a minha alegria é a de todos vós. 4Foi, pois, em grande aflição e com o coração despedaçado, que vos escrevi entre muitas lágrimas, não para vos entristecer, mas para que conheçais o amor transbordante que vos tenho.

Perdão para o ofensor

5Se alguém causou tristeza, não foi a mim, mas, de certo modo - não quero exagerar - a todos vós. 6Basta a esse homem a censura que a comunidade lhe infligiu. 7Agora, porém, é melhor que lhe perdoeis e o consoleis para que não sucumba ao peso de demasiada tristeza. 8Peço-vos, pois, que tenhais caridade para com ele. 9Realmente, quando vos escrevi, era minha intenção pôr-vos à prova, para ver se éreis capazes de obedecer em tudo. 10A quem vós perdoais, eu também perdoo. E se perdoei - na medida em que tinha de o fazer - foi por amor de vós, na presença de Cristo, 11para que não sejamos enganados por Satanás, já que não ignoramos as suas maquinações.
12Quando cheguei a Tróade, para pregar o Evangelho de Cristo, e apesar de lá me estar aberta uma porta no Senhor, 13não tive sossego de espírito porque não encontrei Tito, meu irmão. Despedi-me deles e parti para a Macedónia.

O ministério da nova aliança (Ex 33,7-11; 34,29-35)

14Mas graças sejam dadas a Deus, que, em Cristo, nos conduz sempre em seu triunfo e, por nosso intermédio, difunde em toda a parte o perfume do seu conhecimento. 15Porque somos para Deus o bom odor de Cristo, para aqueles que se salvam e para aqueles que se perdem: 16para uns, odor da morte que conduz à morte; para outros, odor da vida que conduz à vida. E quem estaria à altura de uma tal missão? 17É que, de facto, não somos como muitos outros que falsificam a palavra de Deus, mas é com sinceridade, como enviados de Deus, que falamos em Cristo, diante de Deus.

Leitura espiritual

A Cidade Deus
A CIDADE DE DEUS  


Vol. 2

LIVRO X

CAPÍTULO XXVII

A impiedade de Porfírio ultrapassa o erro de Apuleio.

Muito mais humano e suportável foi o erro do plató­nico Apuleio teu correligionário; este, ao tratar do culto dos deuses, confessou, por querer ou sem querer, que apenas os demónios colocados abaixo da esfera da Lua são agitados pelas enfermidades das paixões e pelas desordens da mente. Mas os deuses supremos do Céu que residem nos espaços etéreos, quer os visíveis que brilham tão claramente aos seus olhos (como o Sol, a Lua e os outros astros), quer os invisíveis que ele via em imaginação, põe ele toda a sua argumentação em preservá-los do menor contágio dessas perturbações.

Mas tu, não foi de Platão, foi de teus mestres caldeus que aprendeste a levantar os vícios humanos até às sublimidades do mundo, etéreas ou empíreas, e até aos celestes firmamentos, para que os vossos deuses pudessem anunciar aos teurgos as coisas divinas. Todavia, pela tua vida intelectual tu pões-te acima destas coisas divinas, não duvidando de que, na tua qualidade de filósofo, não tens necessidade das purificações da arte teúrgica. Todavia, impõe-las aos outros, como que para pagares uma espécie de dívida para com os mestres, pois aos que não podem filosofar tratas de os arrastar para essas purificações que julgas inú­teis para ti, dotado de mais altas capacidades. Quer dizer: todos os que estão afastados da virtude da filosofia, que é árdua e de poucos, na tua opinião devem buscar os teurgos para se fazerem purificar, não na sua alma intelectual, mas, ao menos, na sua alma espiritual. E como aqueles que não gostam de filosofar são incomparavelmente em muito maior número, a maior parte é forçada a socorrer-se mais desses teus ilícitos segredos do que das escolas platónicas. Realmente, foi isto que te prometeram os imundos demónios, fingindo-se deuses etéreos de que te fizeste o pregador e o anjo: que as purificações pela parte teúrgica na alma espiritual não voltam com certeza ao Pai, mas habitarão para lá das regiões aéreas entre os deuses etéreos.

É isto que a multidão dos homens, que Cristo veio libertar do domínio dos demónios, não ouve. E, na verdade, n’Ele que encontram a mais misericordiosa das purificações — a da inteligência, a do espírito e a do corpo. Porque se Ele assumiu o homem todo, sem o pecado, foi para curar da peste do pecado tudo o que constitui o homem. Oxalá o tivesses tu conhecido e, para alcançares com mais segurança a salvação, te tivesses encomendado mais a Ele que à tua virtude humana, frágil e débil, ou à tua funesta curiosidade. Realmente, não te teria enganado Aquele que os vossos oráculos, como tu mesmo escreveste, reconheceram como santo e imortal. D’Ele disse também o mais ilustre dos poetas — é certo que como poeta, pois o disse figuradamente de outra pessoa — mas que com toda a verdade referimos a Cristo:

Sob a tua chefia, se algum vestígio do nosso crime perdura, ele será apagado e a Terra libertada do seu perpétuo terror.[i]

Trata-se aqui do que, dada a fraqueza desta vida, pode subsistir se não de crimes, pelo menos de vestígios de crimes, mesmo entre os mais avançados na virtude da justiça e que só o Salvador designado nestes versos pode apagar. Que não fala em seu próprio nome, o próprio Vergílio o indica no quarto verso, creio eu, da sua égloga ao dizer:

Já chegou a última idade do oráculo de Cumas.[ii]

daqui se conclui, sem receio, que quem isto disse foi a Sibila de Cumas. 
Mas os teurgos, ou antes os demónios na aparência e figura de deuses, em vez de purificarem o espírito humano, sujam-no com a falsidade das suas visões e o enganoso ludíbrio das suas vãs formas. Com o poderão purificar o espírito humano eles que têm sujo o seu? Se assim não fosse não se deixariam prender por encantamentos de um homem invejoso nem reteriam, por medo, ou negariam, por uma inveja semelhante, aquele mesmo benefício ilusório que, parecia, iam prestar. Basta que de ares a teurgia incapaz de justificar a nossa alma intelectual, isto é, a inteligência; quanto à parte espiritual, inferior à inteligência, se essa arte, como tu afirmas, a pode purificar, ela não pode — és tu quem o confessa — torná-la imortal e eterna. Cristo, porém, promete a vida eterna — e por isso o Mundo corre para Ele causando-vos indignação, sem dúvida, e também admiração e espanto.

E de que é que serve tudo isso, se não pudeste negar que os homens erraram com o ensino teúrgico e que muitos se extraviaram por causa desta doutrina cega e estulta, e que é um erro bem evidente recorrer aos principados e aos anjos com as nossas súplicas e ritos? Foi para não parecer que perdeste o teu trabalho a ensinares estas coisas que remetes os homens para os teurgos, para que, por sua intervenção, se purifique a alma espiritual dos que não vivem segundo a alma intelectual?


CAPÍTULO XXVIII

Que convicções cegaram Porfírio ao ponto de não reconhecer a verdadeira sabedoria que é Cristo.

Atiras os homens para o mais certo dos erros e não te envergonhas de tamanho mal, tu que te proclamas amante da virtude e da sabedoria. Se as tivesses amado de verdade e com fidelidade, terias conhecido Cristo, força de Deus e sapiência de Deus, e não terias recuado, entumecido pelo inchaço duma vã ciência, perante a sua humildade salutar. Confessas, todavia, que até a alma espiritual pode, sem as artimanhas teúrgicas e suas teletas, vãos objectos dos teus laboriosos estudos, ser purificada pela virtude da continência. Dizes até, por vezes, que as teletas não elevam a alma após a morte, de maneira que, mesmo para a alma a que chamas «espiritual», parece que elas não têm qualquer utilidade depois do fim desta vida. Contudo, revolves estas coisas de muitas formas e repete-las para mais nada, julgo eu, que não seja o de pareceres conhecedor destas matérias, de agradares às pessoas curiosas destas artimanhas ilícitas ou de tu mesmo lhes inspirares esta curiosidade. Mas fizeste bem em declarar que estas artimanhas são de recear devido à ameaça das leis ou aos perigos da sua própria prática. Oxalá que, pelo menos, te ouçam estes seus desgraçados partidários, que se afastem a teurgia para não serem por ela absorvidos, que evitem todo aproximar-se dela. Dizes, é verdade, que a ignorância e os numerosos vícios que dela derivam não são purificados por (per) qualquer teleta mas apenas pelo (per), isto é, pela «mente ou inteligência paterna» que tem consciência da vontade do Pai. Mas não acreditas que ela é o Cristo que tu desprezas por ter um corpo recebido de uma mulher e por causa do opróbrio da cruz. Desprezas e repeles as coisas ínfimas porque te julgas capaz de captar, desde o cume, a mais alta sabedoria. Ele, Cristo, cumpre o que, com verdade, predisseram os santos profetas:

Perderei a sabedoria dos sábios e reprovarei a prudência
dos prudentes.
[iii]

Não perde nem reprova neles a sua, a que Ele lhes deu, mas aquela que se arrogam os que não têm a d’Ele. Por isso, depois de terem rememorado o testemunho profético, o Apóstolo diz:

Onde está o sábio? Onde está o letrado? Onde está o investigador deste mundo? Da sabedoria deste mundo não fez Deus loucura? Já que o mundo, pela sua sabedoria, não conheceu Deusna Sabedoria de Deus, a Deus aprouve salvar os crentes pelaloucura que pregamos. Os Judeus reclamam milagres e os Gregos procuram a sabedoria. Nós, porém, pregamos Cristo crucificado,escândalo para os Judeus, loucura para os Gentios, mas para oseleitos Judeus e Gregos poder e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens, e a fraqueza de Deus ê mais forte do que os homens.[iv]

Esta é a loucura e a fraqueza que os sábios e os fortes desprezam, apoiados no que julgam a sua virtude. Mas é a graça que cura os fracos que se não pavoneiam orgulhosamente da sua falsa beatitude, mas antes humildemente confessam a sua autêntica miséria.

(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)





[i] Vergílio, Églo., IV, 13 -14.
[ii] Vergílio, Églo., IV, 4.
[iii] Ísaias, XXIX, 14.
[iv] I Cor., I, 19-25.

Evangelho e comentário

Tempo da Quaresma


Evangelho: Jo 8, 51-59

Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: «Em verdade, em verdade vos digo: Se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte». Responderam-Lhe os judeus: «Agora sabemos que tens o demónio. Abraão morreu, os profetas também, mas Tu dizes: ‘Se alguém guardar a minha palavra, nunca sofrerá a morte’. Serás Tu maior do que o nosso pai Abraão, que morreu? E os profetas também morreram. Quem pretendes ser?» Disse-lhes Jesus: «Se Eu Me glorificar a Mim próprio, a minha glória não vale nada. Quem Me glorifica é meu Pai, Aquele de quem dizeis: ‘É o nosso Deus’. Vós não O conheceis, mas Eu conheço-O; e se dissesse que não O conhecia, seria mentiroso como vós. Mas Eu conheço-O e guardo a sua palavra. Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia; ele viu-o e exultou de alegria». Disseram-Lhe então os judeus: «Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão?!» Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Antes de Abraão existir, ‘Eu sou’». Então agarraram em pedras para apedrejarem Jesus, mas Ele ocultou-Se e saiu do templo.

Comentário:

A garantia da Vida Eterna!


Eis o que Cristo nos oferece.


Há uma condição única: guardar a Sua palavra.


Ou seja: guardar no nosso coração, na nossa vida, a Fé, a Confiança e o Amor a Jesus Cristo porque Ele É A PALAVRA DE DEUS!


(ama, comentário sobre Jo 8 51-59 2016.03.17)

Temas para meditar - 698

Omnia in bonum

Tudo quanto nos vem da parte de Deus e que logo nos parece conveniente ou adverso, é-nos enviado por um Pai cheio de ternura e pelo mais sábio dos médicos, com vistas ao nosso próprio bem. 

casiano Colaciones 7 28



Todos somos irmãos!

Escreveu também o Apóstolo que "não há distinção de gentio e judeu, de circunciso e incircunciso, de bárbaro e cita, de escravo e livre, mas Cristo que é tudo em todos". Estas palavras valem hoje como ontem: para o Senhor não existem diferenças de nação, de raça, de classe, de estado... Cada um de nós renasceu em Cristo para ser uma nova criatura, um filho de Deus; todos somos irmãos, e temos de conviver fraternalmente! (Sulco, 317)

Perante a fome de paz, teremos de repetir com S. Paulo: Cristo é a nossa paz, pax nostra. Os desejos de verdade hão-de levar-nos a recordar que Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Aos que procuram a unidade, temos de colocá-los perante Cristo, que pede que estejamos consummati in unum, consumados na unidade. A fome de justiça deve conduzir-nos à fonte originária da concórdia entre os homens: ser e saber-se filhos do Pai, irmãos.


Paz, verdade, unidade, justiça. Que difícil parece por vezes o trabalho de superar as barreiras, que impedem o convívio entre os homens! E contudo nós, os cristãos somos chamados a realizar esse grande milagre da fraternidade: conseguir, com a graça de Deus, que os homens se tratem cristãmente, levando uns as cargas dos outros, vivendo o mandamento do Amor, que é o vínculo da perfeição e o resumo da lei. (Cristo que passa, 157).

Doutrina – 261

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ

SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

CAPÍTULO PRIMEIRO CREIO EM DEUS PAI

OS SÍMBOLOS DA FÉ

40. Porque é importante a revelação do nome de Deus?

Ao revelar o seu Nome, Deus dá a conhecer as riquezas do seu mistério inefável: só Ele é, desde sempre e para sempre, Aquele que transcende o mundo e a história. Foi Ele que fez o céu e aterra. Ele é o Deus fiel, sempre próximo do seu povo para o salvar. É o Santo por excelência, «rico de misericórdia», [1] sempre pronto a perdoar. É o Ser espiritual, transcendente, omnipotente, eterno, pessoal, perfeito. É verdade e amor.

«Deus é o ser infinitamente perfeito que é a Santíssima Trindade». [2]








[1] Ef 2,4
[2] S. Turíbio de Mongrovejo

Pequena agenda do cristão

Quinta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?