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31/03/2017

Fátima: Centenário - Oração jubilar de consagração


Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.

Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.

Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.

Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.

E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.


Ámen.

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Eutanásia: o que está em causa? Contributos para um diálogo sereno e humanizador

Nota Pastoral do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, 14 de Março de 2016

9. Não se elimina o sofrimento com a morte: com a morte elimina-se a vida da pessoa que sofre. O sofrimento pode ser eliminado ou debelado com os cuidados paliativos, não com a morte. E hoje, as técnicas analgésicas conseguem preservar de um sofrimento físico intolerável. Desta forma, pode afirmar-se que a eutanásia é uma forma fácil e ilusória de encarar o sofrimento, o qual só se enfrenta verdadeiramente através da medicina paliativa e do amor concreto para com quem sofre.

Como afirma Bento XVI, «a grandeza da humanidade determina-se essencialmente na relação com o sofrimento e com quem sofre»[6].

Para além do círculo afectivo dos seus familiares e amigos, a dignidade de quem sofre reclama o cuidado médico proporcionado, mesmo que os actos terapêuticos e os analgésicos possam, pelo efeito secundário inerente a muitos deles, contribuir para algum encurtamento da vida. Neste caso, não se trata de eutanásia, pois o objectivo não é dar a morte, mas preservar a dignidade humana e a «santidade de vida», minimizando o sofrimento e criando as condições para a «qualidade de vida» possível.


(cont)

Leitura espiritual

A Cidade Deus
A CIDADE DE DEUS


Vol. 2

LIVRO XI

CAPÍTULO X

Trindade simples e imutável de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo que são um só Deus, em quem as qualidades outra coisa não são que a substância.

Não há, pois, senão um bem simples e, consequentemente, senão um bem imutável — Deus. E este bem criou todos os bens que, não sendo simples, são, portanto, mutáveis. Digo, precisamente, criou, isto é, fez, e não gerou. É que o que é gerado de um ser simples é simples como ele e é o mesmo que aquele que o gerou. A estes dois seres chamamos Pai e Filho e um e outro com o seu Santo Espírito são um só Deus. A este Espírito do Pai e do Filho se chama nas Sagradas Escrituras Espírito Santo por uma espécie de apropriação deste nome. E, porém, distinto do Pai e do Filho, pois não é nem o Pai nem o Filho. Disse que é distinto mas não outra coisa, porque também Ele é igualmente simples, igualmente imutável e coeterno. E esta Trindade é um só Deus e não deixa de ser simples por ser Trindade. Não dizemos que esta natureza do bem é simples porque nela está só o Pai, só o Filho, só o EspíritoSanto; ou ainda porque a Trindade é apenas um ser sem nenhuma subsistência de Pessoas, com o julgaram os herejes sabelianos
[i];

mas chama-se simples porque o que ela tem isso é salvo que cada pessoa se diz pessoa em relação a cada um a das outras duas. Pois, com certeza que o Pai tem um Filho, mas não é o Filho; o Filho tem um Pai, mas não é o Pai. Assim, pois, considerado em si mesmo e não em relação com o outro, Deus é o que tem: com o se diz vivo em relação a si mesmo porque tem evidentemente a vida e essa vida é Ele próprio.

É por isso que se chama simples a natureza que nada tem que possa perder; ou é simples a natureza em que aquele que tem se identifica com aquilo que tem. Assim, o vaso tem o licor, o corpo a cor, o ar a luz ou o calor, a alma a sabedoria. Mas nenhum a destas coisas é o que tem. Nem o vaso é o licor, nem o corpo é a cor, nem o ar é a luz ou o calor, nem a alma é a sabedoria. Por conseguinte, podemser privados das coisas que têm: podem mudar e podem transformar-se em outras disposições ou qualidades: o vaso pode ficar vazio do líquido de que estava cheio, o corpo pode perder a cor, o ar pode escurecer ou arrefecer, a alma pode tresloucar-se. Embora o corpo seja, após a ressurreição, incorruptível, com o foi prometido aos santos,mantendo, na verdade, a qualidade duma inamissível incorruptibilidade — o certo é que, mantendo-se a substância corporal, o corpo e a incorruptibilidade não são a mesma coisa.

Na realidade, a incorruptibilidade está toda em cada uma das partes do corpo — nem maior aqui, nem menor ali —, porque nenhum a parte é mais incorruptível do que a outra. Na verdade, o corpo é maior no todo do que a parte; e se um a parte é maior e a outra é menor, nem por isso a maior é mais incorruptível. Um a coisa é o corpo que, em si, não está todo inteiro em qualquer das suas partes, outra coisa a incorruptibilidade que em qualquer das partes está inteiram ente. Porque toda a parte incorruptível do corpo, ainda que desigual às demais, eigualmente incorruptível. O dedo, por exemplo, é mais pequeno do que a mão toda. Todavia, a mão não é mais incorruptível do que o dedo. Embora sejam desiguais a mão e o dedo, é, todavia, igual a incorruptibilidade da mão e do dedo. Por isso, em bora a incorruptibilidade seja inseparável de um corpo incorruptível, uma coisa é a substância que o faz chamar corpo, outra é a qualidade que o faz chamar incorruptível. E, por isso, mesmo nesse estado, ele não é o que tem.

A própria alma, mesmo que fosse sempre sábia — como quando for libertada para a eternidade — será sábia pela participação da imutável sabedoria que não é ela pró­pria. Pelo facto de, na realidade, o ar se não ver quando privado da luz que o penetra, nem por isso se poderá negar que um a coisa é o ar e outra a luz que o ilumina. Com isto não pretendo dizer que a alma é um a espécie de ar, como pretenderam alguns, incapazes de conceber uma natureza incorpórea. A alma e o ar, todavia, apesar da sua grande diferença, têm uma certa semelhança e é permitido dizer que a alma incopórea é iluminada pela luz incorpórea da Sabedoria simples de Deus, como o ar corporal é iluminado pela luz corporal. E como o ar privado da luz escurece (porque o que chamamos trevas, seja em que lugar corporal for, nada mais é do que o ar privado de luz), assim obscurece a alma privada da luz da Sabedoria.

Portanto, nesta ordem de ideias, chamam-se simples as perfeições que, por excelência e na verdade, constituem a natureza divina: porque nelas não é a substância uma coisa e a qualidade outra coisa — nem é pela participação em qualquer outra coisa que elas são a divindade, a sabedoria ou a beatitude. É certo que nas Sagradas Escrituras se diz múltiplo o Espírito de Sabedoria — mas isso é porque Ele encerra em si muitas coisas: mas Ele é o que tem e tudo o que tem é apenas Ele. A Sabedoria não é múltipla, mas una, e nela existem tesouros infinitos — para ela finitos — de coisas inteligíveis contendo todas as razões invisíveis e imutáveis dos seres, mesmo visíveis e mutáveis que por ela foram feitos. Porque Deus nada fez sem disso Se aperceber — o que, na verdade, de nenhum artífice hum ano se pode dizer. Mas se tudo fez conscientemente Ele não fez, evidentemente, senão o que já antes tinha conhecido. Daí ocorrer ao nosso espírito algo de maravilhoso, mas realmente verdadeiro: para nós este Mundo não poderia ser conhecido se não existisse — mas para Deus, se não fosse conhecido, não poderia existir.

CAPÍTULO XI

Deveremos acreditar que mesmo os espíritos que se não mantiveram na verdade participaram da beatitude de que sempre gozaram os santos anjos desde o começo da sua existência?

Sendo isto assim, os espíritos a que chamam os anjos de maneira nenhum a começaram por ser durante certo tempo espíritos das trevas, mas, no momento em que foram feitos, foram feitos luz. Não foram criados simplesmente para existir e viver de qualquer maneira, mas foram iluminados para viver na sabedoria e na felicidade. Alguns destes anjos que se desviaram desta iluminação não obtiveram a excelência dessa vida sábia e feliz que, sem sombra de dúvida, só poderia ser eterna com a perfeita garantia da sua eternidade. Mas possuem a vida racional, embora insensata, e de tal forma que não a podem perder mesmo que o quisessem. Mas quem poderá definir com o foram participantes dessa sabedoria antes de terem pecado? Como é que poderem os dizer que nessa participação foram iguais aos que são verdadeira e plenamente felizes precisamente porque não se enganaram acerca da eternidade da sua felicidade? Realmente, se tivessem tido essa igualdade de felicidade, permaneceriam também na sua eterna posse, igualmente felizes porque igualmente certos. E que, na verdade, a vida, por mais longa que seja, não se poderá chamar eterna se tiver que ter um fim. Com efeito, a vida tem este nome apenas por se viver e chama-se eterna por não ter fim. Não há dúvida de que o que é eterno não é, só por isso, feliz (também o fogo do castigo se chama eterno). Todavia, a vida perfeita e verdadeiramente feliz só pode ser eterna. De facto, tal não era a dos anjos maus pois que, destinada a cessar, não era eterna, quer eles o soubessem quer o ignorassem e supusessem outra coisa. Porque o temor — se o soubessem — ou o erro — se o ignorassem — impedia-os, com certeza, de serem felizes. E se isto ignoravam de forma que não confiavam nem no falso nem no certo, mas não podiam dar o seu assentimento acerca da eternidade ou temporalidade desse seu bem, a própria hesitação acerca de felicidade tão grande não admitia a plenitude da vida feliz que cremos existir nos santos anjos. Não é que nós restrinjamos o significado de vida feliz ao ponto de dizermos que só Deus é feliz; Ele é, de certo, verdadeiramente feliz ao ponto de ser impossível conceber felicidade maior. E em comparação desta felicidade, a dos anjos tem toda a elevação e toda a grandeza que lhes convém, mas — em que consiste ela (quid est) e qual é a sua medida (quantum est)?

(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)





[i][i] Segundo os Sabelianos, as três pessoas da SS. Trindade mais não eram que aspectos diferentes de um ser uno — Deus — ou nomes diferentes a este dados, conforme o ponto de vista por que era encarado. A igreja, porém, ensina que as três pessoas são subsistentes sem deixarem de ser consubstanciais.

Evangelho e comentário

Tempo da Quaresma


Evangelho: Jo 7, 1-2. 10. 25-30

1 Depois disto, andava Jesus pela Galileia; não queria andar pela Judeia, visto que os judeus O queriam matar. 2 Estava próxima a festa dos judeus chamada dos Tabernáculos.
10 Mas, quando Seus irmãos já tinham partido, então foi Ele também à festa, não publicamente, mas como que em segredo.
25 Diziam então alguns de Jerusalém: «Não é Este Aquele que procuram matar? 26 Eis que fala com toda a liberdade e não Lhe dizem nada. Terão os chefes do povo verdadeiramente reconhecido que Este é o Messias? 27 Nós, porém, sabemos donde Este é; e o Messias, quando vier, ninguém saberá donde Ele seja». 28 Jesus, que ensinava no templo, exclamou: «Vós Me conheceis, e sabeis donde Eu sou. Eu não vim de Mim mesmo, mas é verdadeiro Aquele que Me enviou, a Quem vós não conheceis. 29 Mas Eu conheço-O, porque procedo d'Ele, e Ele Me enviou». 30 Procuraram então prendê-l'O; mas ninguém Lhe lançou as mãos, porque não tinha ainda chegado a Sua hora.

Comentário:

Não se pode comentar textos do Evangelho escrito por São João sem ter como que uma visão de conjunto porque, de facto, o Evangelista, dedica todo um capítulo à última viagem de Jesus a Jerusalém antes da Sua Paixão e Morte.

Os discursos de Jesus como que se entrelaçam nas perguntas e respostas que se vão sucedendo, sempre com o objectivo claro de afirmar a Sua origem, a Sua Divindade.

Os argumentos - muitas vezes acompanhados de milagres -  sucedem-se num ritmo cada vez mais forte e incisivo como se o Senhor estivesse a oferecer uma "última oportunidade" aos que não O aceitam ou se fecham em preconceitos e falhas premissas.



(ama, comentário sobre Jo 7, 1-2; 10, 25-30, 2016.03.11)

Doutrina - 255

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ

SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

CAPÍTULO PRIMEIRO CREIO EM DEUS PAI

OS SÍMBOLOS DA FÉ

34. Quais são os mais antigos Símbolos da fé?

São os Símbolos baptismais. Porque o Baptismo é administrado «em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo» [1], as verdades de fé neles professadas estão articuladas segundo a sua referência às três Pessoas da Santíssima Trindade.




[1] Mt 28,19

Reflectindo - 238

Regras morais

…/4

Pode também definir-se moral como o comportamento correcto e impecável do homem nas diversas actividades que desenvolve na sua vida. A correção e impecabilidade não oferecem várias interpretações, estão ao abrigo de qualquer reparo, crítica ou correção por parte de outros.
Tem, além do mais, uma característica muito própria: a moral é a base do comportamento, por isso é comum dizer-se de alguém cujos actos se caracterizam pela sua maldade ou irregularidade, fora dos padrões considerados aceitáveis pela sociedade em geral, que tal pessoa é amoral, isto é, não tem moral.

(cont)


(ama, Reflexões, Garrão, 2015.09.19)

Amamos apaixonadamente este mundo

O mundo espera-nos. Sim! Amamos apaixonadamente este mundo, porque Deus assim no-lo ensinou: "sic Deus dilexit mundum...", Deus amou assim o mundo; e porque é o lugar do nosso campo de batalha – uma formosíssima guerra de caridade – para que todos alcancemos a paz que Cristo veio instaurar. (Sulco, 290)

Tenho ensinado constantemente com palavras da Sagrada Escritura: o mundo não é mau porque saiu das mãos de Deus, porque é uma criatura Sua, porque Iavé olhou para ele e viu que era bom (Cfr. Gen. 1, 7 e ss.). Nós, os homens, é que o tornamos mau e feio, com os nossos pecados e as nossas infidelidades. Não duvideis, meus filhos: qualquer forma de evasão das honestas realidades diárias é, para vós, homens e mulheres do mundo, coisa oposta à vontade de Deus.

Pelo contrário, deveis compreender agora – com uma nova clareza – que Deus vos chama a servi-Lo em e a partir das ocupações civis, materiais, seculares da vida humana: Deus espera-nos todos os dias no laboratório, no bloco operatório, no quartel, na cátedra universitária, na fábrica, na oficina, no campo, no lar e em todo o imenso panorama do trabalho. Ficai a saber: escondido nas situações mais comuns há um quê de santo, de divino, que toca a cada um de vós descobrir.


Eu costumava dizer àqueles universitários e àqueles operários que vinham ter comigo por volta de 1930 que tinham que saber materializar a vida espiritual. Queria afastá-los assim da tentação, tão frequente então como agora, de viver uma vida dupla: a vida interior, a vida de relação com Deus, por um lado; e por outro, diferente e separada, a vida familiar, profissional e social, cheia de pequenas realidades terrenas. (Temas Actuais do Cristianismo, n. 114).

Epístolas de São Paulo – 31

1ª Epístola de São Paulo aos Coríntios

V. OS CARISMAS (12,1-14,40)

Capítulo 13

Cântico do amor

1Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa ou um címbalo que retine.
2Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu tenha tão grande fé que transporte montanhas, se não tiver amor, nada sou.
3Ainda que eu distribua todos os meus bens e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, de nada me aproveita.
4O amor é paciente, o amor é prestável, não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso, 5nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento.
6Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade.
7Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8O amor jamais passará.
As profecias terão o seu fim, o dom das línguas terminará e a ciência vai ser inútil.
9Pois o nosso conhecimento é imperfeito e também imperfeita é a nossa profecia.
10Mas, quando vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá.
11Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança.
Mas, quando me tornei homem, deixei o que era próprio de criança.
12Agora, vemos como num espelho, de maneira confusa; depois, veremos face a face.
Agora, conheço de modo imperfeito; depois, conhecerei como sou conhecido.
13Agora permanecem estas três coisas:

a fé, a esperança e o amor; mas a maior de todas é o amor.

Pequena agenda do cristão

Sexta-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?