Páginas

22/03/2017

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Minha filha, o Senhor conta com a tua ajuda

– Minha filha, que formaste um lar, agrada-me recordar-te que vós, as mulheres, – bem o sabes! – tendes muita fortaleza, que sabeis envolver numa doçura especial, para que não se note. E, com essa fortaleza, podeis fazer do marido e dos filhos instrumentos de Deus ou diabos. Tu fá-los-ás sempre instrumentos de Deus: Nosso Senhor conta com a tua ajuda. (Forja, 690)


A mulher é chamada a levar à família, à sociedade civil, à Igreja, alguma coisa de característico, que lhe é próprio e que só ela pode dar: a sua delicada ternura, a sua generosidade incansável, o seu amor ao concreto, a sua agudeza de engenho, a sua capacidade de intuição, a sua piedade profunda e simples, a sua tenacidade... A feminilidade não é autêntica se não reconhece a formosura dessa contribuição insubstituível e não a incorpora na própria vida.


Para cumprir essa missão, a mulher tem de desenvolver a sua própria personalidade, sem se deixar levar por um ingénuo espírito de imitação, que – em geral – a colocaria facilmente num plano de inferioridade e deixaria irrealizadas as suas possibilidades mais originais. Se se formar bem, com autonomia pessoal, com autenticidade, realizará eficazmente o seu trabalho, a missão para que se sente chamada, seja ela qual for. A sua vida e o seu trabalho serão realmente construtivos e fecundos, cheios de sentido, tanto se passa o dia dedicada ao marido e aos filhos, como se, tendo renunciado ao matrimónio por alguma razão nobre, se entregou plenamente a outras tarefas. Cada uma no seu próprio caminho, sendo fiel à sua vocação humana e divina, pode realizar e realiza de facto a plenitude da personalidade feminina. Não esqueçamos que Santa Maria, Mãe de Deus e Mãe dos homens, é não só modelo, mas também prova do valor transcendente que pode alcançar uma vida aparentemente sem relevo. (Temas Actuais do Cristianismo, 87)



Uma mulher com preparação adequada deve ter a possibilidade de encontrar aberto o caminho da vida pública, em todos os níveis. Neste sentido, não se podem apontar tarefas específicas da mulher. Como disse antes, o específico neste terreno não é dado tanto pela tarefa ou pelo posto, como pelo modo de realizar esta função, pelos matizes que a sua condição de mulher encontrará para a solução dos problemas com que se enfrente, e inclusivamente pela descoberta e pela formulação destes problemas. (Temas Actuais do Cristianismo, 90)

Evangelho e comentário

Tempo da Quaresma


Evangelho: Mt 5, 17-19

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, mas completar. Em verdade vos digo: Antes que passem o céu e a terra, não passará da Lei a mais pequena letra ou o mais pequeno sinal, sem que tudo se cumpra. Portanto, se alguém transgredir um só destes mandamentos, por mais pequenos que sejam, e ensinar assim aos homens, será o menor no reino dos Céus. Mas aquele que os praticar e ensinar será grande no reino dos Céus».

Comentário:

Pelas palavras de Jesus podemos concluir que, na Vida Eterna, não haverá como que uma “nivelação” de todos.
Haverá “grandes” e pequenos”, o Senhor afirma-o.

Isto tem importância?

Penso que sim, embora considere que, na Vida Eterna, o Supremo Bem é a visão beatífica da Face de Deus.

Tem a ver, sim, com a obrigação de fazermos o melhor que pudermos e não nos contentarmos com os “mínimos”, como que “ir andando”, não fazendo muitos disparates, não pecando com gravidade e… pronto!

Quem assim procede corre um perigo enorme, porque quanto mais baixo se voa maior é a possibilidade de chocar com um obstáculo que trave o “voo” e, a queda, pode ser grave.



(ama, comentário sobre Mt 5, 17-19, 2016.03.02)

Leitura espiritual

A Cidade Deus
A CIDADE DE DEUS


Vol. 2

LIVRO X

CAPÍTULO XXIV

Único verdadeiro princípio que purifica e renova a natureza humana.

Por isso nós, quando falamos de Deus, não afirmamos dois ou três princípios, tal como não nos é permitido afirmar dois ou três deuses. É certo que, quando falamos de cada uma das pessoas divinas — do Pai, do Filho ou do Espírito Santo —, confessamos que cada um é Deus; todavia não dizemos, como os heréticos Sabelianos, que o Pai é idêntico ao Filho, que o Espírito Santo é idêntico ao Pai e ao Filho. Mas dizemos que o Pai é o Pai do Filho, que o Filho é Filho do Pai e que o Espírito Santo, sem ser nem o Pai nem o Filho, é o Espírito do Pai e do Filho. E assim se diz com verdade que o homem não é purificado senão por um princípio embora entre eles (filósofos) se fale de princípios no plural.

Porfírio, porém, dominado pelas potestades ciosas, das quais sentia vergonha, mas que tinha medo de livremente rebater, não quis reconhecer o Cristo Senhor como o Princípio por cuja encarnação somos purificados. Desprezou-o nessa carne que Cristo assumiu para ser sacrifí­cio da nossa purificação. Não compreendeu este grande sacramento devido ao orgulho que o bom, o verdadeiro mediador abateu pela sua humildade, mostrando-se aos mortais nessa mortalidade que os maléficos e enganadores mediadores não tinham; e por isso com mais arrogância se envaideceram, prometendo, como imortais a mortais, uma ilusória aos infelizes homens. Mas como bom e verdadeiro mediador mostrou que o mal é o pecado e não a substancia ou a natureza da carne; Ele pôde, pois, assumir esta carne e com ela uma alma humana, e conservá-la sem pecado, como pôde depô-la com a sua morte e transformá-la para melhor com a sua ressurreição; mostrou que nem a própria morte — castigo do pecado que Ele, embora sem pecado, sofreu por nós — pode ser evitada ao que peca, mas deve sim ser suportada, quando a ocasião surgir, como coisa justa. Não morreu porque pecou, mas morreu porque, morrendo, pôde pagar os nossos pecados.

O citado platónico não soube que este é que era o Princípio pois, se o soubesse, tê-lo-ia reconhecido como purificador. Não é a carne que há n’Ele que é o princípio — nem a alma humana; é o Verbo por quem tudo foi feito. A carne não purifica, pois, por si própria, mas pelo Verbo por quem foi assumida quando

o Verbo se fe z came e habita entre nós.[i]

Também quando falava misticamente da sua carne que devia ser comida e os que o não compreenderam se retiraram ofendidos dizendo:

É dura esta palavra quem a pode ouvir? [ii]

respondeu Ele aos que ficaram:

É o espírito que vivifica, mas a came para nada serve.[iii]

O Princípio, portanto, tomando uma alma e uma carne, purifica a alma e a carne dos crentes. Por isso, aos judeus que lhe perguntavam quem era Ele, respondeu que era o Princípio. E nós — carnais, enfermos, sujeitos ao pecado, envolvidos nas trevas da ignorância — seríamostotalmente incapazes de compreender isso, se não fôssemos purificados e curados por Ele por meio do que éramos e do que não éramos. Realmente, éramos homens, mas não éramos justos e na sua encarnação Ele tinha uma natureza humana, mas justa e não pecadora. É esta a mediação pela qual foi estendida a mão aos que tinham caído e jaziam por terra; é esta a descendência preparada pelos anjos em cujas palavras se promulgava a lei que mandava prestar culto a um só Deus e prometia o mediador que havia de vir.

CAPÍTULO XXV

Todos os santos que viveram no tempo da lei e nos séculos anteriores foram justificados no ministério e na fé de Cristo.

Foi pela fé neste mistério (sacramentum) que, mesmo os antigos justos que viveram piedosamente, puderam ser purificados, não somente antes de a lei ter sido dada ao povo hebreu (porque nem Deus nem os anjos deixaram de os instruir), mas também no tempo da lei, embora, como figura de realidades espirituais, ela pareça conter promessas carnais — e por isso é que se chama Antigo Testamento. Realmente, existiam então Profetas que, como os anjos, anunciaram a mesma promessa e, entre eles, aquele de quem acima citei o pensamento tão profundo e tão divino acerca de soberano bem do homem:

Para mim estar unido a Deus é que é bom [iv].

Neste Salmo fica bem clara a distinção entre os dois Testamentos — o Antigo e o Novo. Por causa das promessas carnais e terrenas em que via abundar os ímpios, diz o Profeta que os seus pés tremeram e os seus passos estiveram prestes a fraquejar ao pensar que tinha servido a Deus em vão, pois, a felicidade que d’Ele esperava, via-a ele prosperar naqueles que O desprezavam. Querendo saber a razão porque era assim, teve muita dificuldade, diz, em explicá-lo até ao momento em que, entrando no santuário de Deus, compreendeu a sorte final dos que, no seu erro, ele julgava felizes. Reconheceu, então, que na sua elevação eles tinham sido, como diz, derrubados, tinham desaparecido e tinham perecido por causa das suas iniquidades. Este fastígio de felicidade temporal tornara-se para eles como o sonho de um homem que ao despertar se encontra de repente privado das alegrias enganosas do seu sonho. E como nesta Terra, na Cidade Terrestre, eles se imaginavam grandes, conclui:

Senhor, na tua cidade reduzirás a nada a sua imagem.[v]

Que a esta seja, porém, útil pedir mesmo os bens terrenos ao único Deus verdadeiro, em cujo poder estão todas as coisas, mostra-o bem quando diz:

Como um animal tenho estado diante de ti e estou sempre contigo .[vi]

«Como um animal», disse, isto é, como alguém que não compreende. Realmente, eu devia desejar de Ti as coisas que não podem ser comuns a mim e aos ímpios; mas quando os vi na abundância, pensei que Te servi em vão, pois que esses bens eram a parte dos que não puderam
servir-Te. Nem por isso deixarei de estar «sempre contigo» porque, mesmo em tais desejos, não recorri a outros deuses. Por isso continua:

Tomaste a minha mão direita, conduziste-me conforme a tua vontade e recebeste-me com glória,[vii]

como se ficassem à esquerda todas aquelas coisas cuja abundância viu nos ímpios e por elas esteve prestes a desfalecer:

Que há para mim no Céu e, fora de Ti, que é que quis sobre a Terra? [viii]

A si próprio se repreende e tem razão para não estar satisfeito consigo próprio, porque, quando tinha no Céu tamanho bem (mais tarde o compreendeu), pediu ao seu Deus bens transitórios, frágeis e, a bem dizer, uma felicidade de lama na Terra. Diz ele:

Desfaleceu a minha carne e o meu coração, Deus do
meu coração.
[ix]

Desfalecimento feliz, com certeza, que das coisas cá de baixo leva às do alto! Por isso diz noutro salmo:

Minha alma se consome e anela pelos átrios do Senhor.[x]

E noutra passagem:

Por tua salvação desfalece a minha alma.[xi]

Todavia, depois de ter falado de um e outro desfalecimento — o do coração e o da carne —, não acrescentou «Deus do meu coração e da minha came» mas apenas «Deus da minha carne.», porque, na verdade, é o coração que purifica a came. Daí esta palavra do Senhor:

Limpa o que está dentro que o que está por fora limpo
 será.
[xii]

Diz a seguir que o seu quinhão é o próprio Deus — nada que venha d’Ele mas Ele mesmo:

Deus do meu coração, Deus meu quinhão, Deus meu para sempre.[xiii]

Fala assim porque de tudo o que se oferece à escolha dos homens, é ao próprio Deus que lhe apraz escolher. E continua:

Porque eis que os que se afastaram de ti morrerão perdeste todos os que a infidelidade afastou de ti, [xiv]

isto é, aquele que deseja ser o lupanar de uma multidão de deuses.

Segue-se, finalmente, o que motivou as outras citações deste salmo:

Para mim estar unido a Deus é que é bom,[xv]

isto é, não me afastar d ’Ele, não me entregar a tantas fornicações. E esta união só será perfeita quando se tenha libertado de tudo aquilo de que se deve libertar. Mas agora é que se realiza o que se segue:

Pôr em Deus a minha esperança,[xvi]

porque, diz o Apóstolo:

Ver o que se espera já não é esperar. Quem vê como pode esperar? Mas se esperamos o que não vemos aguardemo-lo com constância.[xvii]

Situados agora nesta esperança, ponhamos em prática o que se segue e sejamos nós também, à nossa medida, anjos de Deus, isto é, seus mensageiros, anunciando a sua vontade e louvando a sua glória e a sua graça.

Por isso, tendo dito:

Pôr em Deus a minha esperança,[xviii]

acrescenta:

Para anunciar todas as tuas glórias às portas da filha de
Sião.
[xix]

esta a gloriosíssima Cidade de Deus, aquela que conhece e adora um só Deus, aquela que nos anunciaram os santos anjos, convidando-nos a fazermos parte dela e desejando que sejamos nela seus concidadãos. Eles, de facto, não pretendem que os honremos como deuses, mas que, com eles, adoremos o seu e nosso Deus; eles não pretendem que lhes ofereçamos sacrifícios, mas que, com eles, sejamos um sacrifício oferecido a Deus.

Assim, pois, quem, posta de parte toda a maligna obstinação, considera tudo isto, não pode pôr em dúvida que todos os bem-aventurados imortais que não nos invejam (não seriam felizes se nos invejassem) mas antes nos amam para que sejamos felizes com eles, são-nos bem
mais favoráveis, ajudam-nos muito mais se com eles adorarmos o Deus único — Pai, Filho e Espírito Santo — do que se a eles lhes prestássemos culto, oferecendo-lhes sacrifícios.


(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)





[i] Jo, 1, 14.
[ii] Jo, 6, 60.
[iii] Jo, 6, 63.
[iv] Salmo LXXII, 28.
[v] Salmo LXXII, 20.
[vi] Salmo LXXII, 23.
[vii] Salmo LXXII, 24.
[viii] Salmo LXXII, 25.
[ix] Salmo LXXII, 26.
[x] Salmo LXXX, 2.
[xi] Salmo CXVIII, 81.
[xii] Mt XXIII,26.
[xiii] Salmo LXXII, 26.
[xiv] Salmo LXXII, 27.
[xv] Salmo LXXII, 28.
[xvi] Salmo LXXII, 26.
[xvii] Rom. VIII, 24-26.
[xviii] Salmo LXXII, 26.
[xix] Salmo LXXII, 26.

Epístolas de São Paulo – 22

1ª Epístola de São Paulo aos Coríntios

I. DIVISÕES NA IGREJA (1,10-4,21)

Capítulo 4

Actividade dos Apóstolos

1Considerem-nos, pois, servidores de Cristo e administradores dos mistérios de Deus. 2Ora, o que se requer dos administradores é que sejam fiéis. 3Quanto a mim, pouco me importa ser julgado por vós ou por um tribunal humano. Nem eu me julgo a mim mesmo. 4De nada me acusa a consciência, mas nem por isso me dou por justificado; quem me julga é o Senhor. 5Por conseguinte, não julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor. Ele é quem há-de iluminar o que se esconde nas trevas e desvendar os desígnios dos corações. E então cada um receberá de Deus o louvor que merece.
6Se apliquei tudo isto a mim e a Apolo, irmãos, foi por vossa causa, para que aprendais de nós mesmos a «não ir além do que está escrito», e para que ninguém se vanglorie, tomando o partido de um contra o outro. 7Pois, quem te faz superior aos outros? Que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, porque te glorias, como se não o tivesses recebido? 8Já estais saciados! Já sois ricos! Sem nós, já vos tornastes reis! Oxalá o tivésseis conseguido, para que também nós pudéssemos reinar convosco.
9De facto, parece-me que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, no último lugar, como se fôssemos condenados à morte, porque nos tornámos espectáculo para o mundo, para os anjos e para os homens. 10Nós somos loucos por causa de Cristo, e vós, sábios em Cristo! Nós somos fracos, e vós, fortes! Vós, honrados, e nós, desprezados!
11Até este momento, sofremos fome, sede e nudez, somos esbofeteados, andamos errantes, 12e cansamo-nos a trabalhar com as nossas próprias mãos. Amaldiçoados, abençoamos; perseguidos, aguentamos; 13caluniados, consolamos! Tornámo-nos, até ao presente, como o lixo do mundo e a escória do universo.

Advertência de Paulo

14Não escrevo estas coisas para vos envergonhar, mas para vos admoestar, como a meus filhos muito queridos. 15Na verdade, ainda que tivésseis dez mil pedagogos em Cristo, não teríeis muitos pais, porque fui eu que vos gerei em Cristo Jesus, pelo Evangelho.
16Rogo-vos, pois, que sejais meus imitadores. 17Foi por isso que vos enviei Timóteo, meu filho muito querido e fiel no Senhor; ele vos recordará as minhas normas de conduta em Cristo, tais como as ensino por toda a parte, em todas as igrejas.

18Julgando que eu não iria ter convosco, alguns tornaram-se insolentes. 19Mas, se o Senhor quiser, espero ir em breve ter convosco e tomar conhecimento, não das palavras, mas da acção desses insolentes. 20Pois o Reino de Deus não está nas palavras, mas na acção. 21Que preferis? Que vá ter convosco com a vara ou com amor e espírito de mansidão?

A propósito da ideologia do género

Carta Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa

10. A resposta à afirmação e difusão da ideologia do género

A ideologia do género não só contrasta com a visão bíblica e cristã, mas também com a verdade da pessoa e da sua vocação. Prejudica a realização pessoal e, a médio prazo, defrauda a sociedade. Não exprime a verdade da pessoa, mas distorce-a ideologicamente.

As alterações legislativas que reflectem a mentalidade da ideologia do género -concretamente, a lei que, entre nós, redefiniu o casamento - não são irreversíveis. E os cidadãos e legisladores que partilhem uma visão mais consentânea com o ser e a dignidade da pessoa e da família são chamados a fazer o que está ao seu alcance para as revogar.

Se viermos a assistir à utilização do sistema de ensino para a afirmação e difusão dessa ideologia, é bom ter presente o primado dos direitos dos pais e mães quanto à orientação da educação dos seus filhos. O artigo 26º, nº 3, da Declaração Universal dos Direitos Humanos estatui que «aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação dos seus filhos». E o artigo 43º, nº 2, da nossa Constituição estabelece que «o Estado não pode atribuir-se o direito de programar a educação e a cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas».

De qualquer modo, a resposta mais eficaz às afirmações e difusão da ideologia do género há de resultar de uma nova evangelização. Trata-se de anunciar o Evangelho como este é: boa nova da vida, do amor humano, do matrimónio e da família, o que corresponde às exigências mais profundas e autênticas de toda a pessoa. A esse anúncio são chamadas, em especial, as famílias cristãs, antes de mais, mediante o seu testemunho de vida.


Conferência Episcopal Portuguesa, Fátima, 14 de Novembro de 2013

Doutrina - 246

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
PRIMEIRA SECÇÃO: «EU CREIO» – «NÓS CREMOS»

CAPÍTULO TERCEIRO: A RESPOSTA DO HOMEM A DEUS

EU CREIO

27. Que significa, de facto, para o homem crer em Deus?

Significa aderir ao próprio Deus, entregando-se a Ele e dando assentimento a todas as verdades por Ele reveladas, porque Deus é a verdade. Significa crer num só Deus em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.



Pequena agenda do cristão

Quarta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)






Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?