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10/01/2017

Diante de Deus tu és uma criança

Diante de Deus, que é Eterno, tu és uma criança mais pequena do que, diante de ti, um miúdo de dois anos. E, além de criança, és filho de Deus. – Não o esqueças. (Caminho, 860)

Se reparardes bem, é muito diferente a queda de uma criança e a queda de uma pessoa crescida. Para as crianças, uma queda, em geral, não tem importância; tropeçam com tanta frequência! E se começam a chorar, o pai lembra-lhes: os homens não choram. Assim se encerra o incidente com o empenho do miúdo por contentar o seu pai.


(…) Se procurarmos portar-nos como eles, os tropeções e os fracassos – aliás inevitáveis – na vida interior, nunca se transformarão em amargura. Reagiremos com dor, mas sem desânimo, e com um sorriso que brota, como a água límpida, da alegria da nossa condição de filhos desse Amor, dessa grandeza, dessa sabedoria infinita, dessa misericórdia, que é o nosso Pai. Aprendi durante os meus anos de serviço ao Senhor a ser filho pequeno de Deus. E isto vos peço: que sejais quasi modo geniti infantes, meninos que desejam a palavra de Deus, o pão de Deus, o alimento de Deus, a fortaleza de Deus para se comportarem de agora em diante, como homens cristãos. (Amigos de Deus, 146)

Temas para meditar - 683

Apostolado

Aquelas horas que tinham passado junto do Senhor produzem depressa os primeiros frutos de apostolado. André, sem poder ocultar a sua alegria, comunica a Simão Pedro a notícia de ter encontrado o Messias e leva-o até Ele. 

Como então, também agora é urgente fazer que os outros conheçam o Senhor. 



Bíblia Sagrada Fac. Teol. Univ. Navarra Comentário Jo 1 40-41

Evangelho e comentário

Tempo comum

Evangelho: Mc 1, 21-28

21 Depois foram a Cafarnaum; e Jesus, tendo entrado no sábado na sinagoga, ensinava .22 Os ouvintes ficavam admirados com a Sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas .23 Na sinagoga estava um homem possesso dum espírito imundo, que começou a gritar: 24 «Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos perder? Sei Quem és, o Santo de Deus». 25 Mas Jesus o ameaçou dizendo: «Cala-te, e sai desse homem!». 26 Então o espírito imundo, agitando-o violentamente e dando um grande grito, saiu dele. 27 Ficaram todos tão admirados, que se interrogavam uns aos outros: «Que é isto? Que nova doutrina é esta? Ele manda com autoridade até nos espíritos imundos, e eles obedecem-Lhe». 28 E divulgou-se logo a Sua fama por toda a região da Galileia.

Comentário:

Porque é que Jesus não deixava que os demónios falassem?

Porque, sabiam quem Ele era.

O Senhor não consentiria que acreditassem que Ele era o Filho de Deus por revelação do demónio, mas sim pelas suas palavras e actos.

A Fé só pode vir de Deus, nunca dos homens e muito menos de Satanás.

(ama comentário sobre Mc 1, 21-28, 2016.11.01)






Leitura espiritual


Leitura espiritual



A Cidade de Deus 

Vol. 1

LIVRO III

Tal como no livro anterior acerca dos males dos costumes e do espírito, também neste, acerca dos males exteriores e do corpo, Agostinho mos­tra que os Romanos, desde a fundação. de Roma, foram por eles ininterruptamente atormentados sem que os falsos deuses, que livremente adoravam antes da vinda de Cristo, nada fizessem para afastar tal género de males.

CAPÍTULO I

Únicos males de que os maus têm medo e de que o mundo sempre padeceu quando prestava culto aos deuses.

Julgo que já disse o bastante acerca dos males morais e do espírito que é preciso evitar a todo o custo, acerca dos deuses que nada fizeram para aliviar o peso destes males que acabrunhavam o seu povo de adoradores e acerca dos esforços que, pelo contrário, despenderam para os tornarem ainda mais pesados.

Creio que agora devo falar dos únicos males que os pagãos não querem suportar, como são: a fome e a doença, a guerra e a expoliação, o cativeiro e as carnificinas e outros que tais de que tratámos no livro primeiro. De facto, os únicos males que os maus julgam maus são os que não fazem maus; mas não se envergonham de, entre os bens que louvam, serem eles, os maus, que os louvam. Sentem-se mais agastados por terem uma casa de campo má do que por terem uma má vida — como se o maior bem do homem consistisse em ter todas as coisas, salvo ele pró­prio, boas. Mas os seus deuses, quando eram por eles livremente adorados, não se opuseram a que tais males — únicos que receiam — lhes acontecessem. Efectivamente em vários lugares e através de vários tempos, antes da vinda do nosso Redentor, inúmeros e incríveis flagelos acabrunharam o género humano. Mas que outros deuses, além destes deuses, adorava então o universo, à excepção apenas do povo hebreu e, fora deste povo, alguns que, em qualquer parte, por um ocultíssimo e justíssimo desígnio de Deus foram considerados dignos da graça divina? Mas para não me alongar demasiadamente, omitirei os gravíssimos males que em toda a parte aconteceram a outros povos. Falarei apenas do que respeita a Roma e ao Império Romano, isto é, à própria Cidade e às nações a ela ligadas quer por uma confederação quer na condição de submetidas. Todas estas nações sofreram tais males antes da vinda de Cristo, quando, por assim dizer, pertenciam já ao Corpo da República Romana.

CAPÍTULO II

Tiveram os deuses, que eram adorados igualmente por Romanos e Gregos, motivos para permitirem a destruição de Tróia?

Antes de mais nada, porque é que Tróia, ou ílion, donde provém o povo romano (não se deve escamotear nem dissimular o que já abordei no livro primeiro), foi vencida, tomada e destruída pelos Gregos, tendo e adorando ela os mesmos deuses?

Príamo, dizem, teve que pagar os perjúrios de Laomedonte, seu pai [i].

É então verdade que Apolo e Neptuno trabalharam a soldo desse Laomedonte? Na verdade, parece que este lhes prometeu uma recompensa e depois jurou que isso era falso. Admira-me que Apolo, alcunhado de adivinho, tenha executado um tão grande trabalho sem saber que Laomedonte se havia de recusar a cum prir o prometido. Até porque não fica bem que desconheça o futuro o próprio Neptuno, seu tio, irmão de Júpiter e rei do mar. Efectivamente, Homero que, diz-se, viveu antes da fundação de Roma, apresenta este Deus a fazer uma profecia importante acerca da estirpe de Eneias, por cujos descendentes Roma foi fundada, e diz-nos até que cobriu Eneias com uma nuvem para que não fosse morto por Aquiles. Isto mesmo é con­fessado em Vergílio:

(Neptuno) desejava destruir pela raiz as muralhas da perjura Tróia construídas por suas próprias mãos [ii].

Assim tão grandes deuses — Neptuno e Apoio —, ignorando que Laomedonte lhes recusaria a recompensa, tornaram-se, para os ingratos, em construtores gratuitos da muralha de Tróia. Vejam se não será mais grave acreditar em tais deuses do que a tais deuses prestar falso juramento. O próprio Homero — que nos apresenta Neptuno a combater contra os Troianos e Apoio a seu favor quando, segundo narra a fábula, ambos foram ofendidos pelo dito perjúrio — não acredita facilmente nisso. Se acreditam em fábulas não ponham como pretexto os perjúrios de Tróia ou então não se admirem de que os deuses tenham castigado os perjúrios de Tróia e tenham amado os de Roma. Efectivamente, como é que a conjura de Catilina encontrou, numa cidade tão grande e tão corrompida, tantos partidários que viviam da sua mão e da sua eloquência, isto é: do perjúrio e do sangue dos cidadãos? E os senadores, tantas vezes corrompidos nos pleitos, e o povo tantas vezes comprado nos comícios e nos pleitos debatidos em assembleias — que mais fizeram senão cometer o pecado do perjúrio? Porque em tão corrompidos costumes ainda se conservou o antigo costume do jurar, não para impedir os crimes pelo temor religioso, mas para juntar aos outros crimes o de perjúrio.

CAPÍTULO III

Os deuses não podiam ser ofendidos pelo adultério de Páris, pois que, conta-se, entre eles o adultério era frequente.

Não há, pois, qualquer razão para que os deuses — pelos quais, como dizem, aquele império se mantinha, — se fingissem irados contra os Troianos perjuros, porque está provado que foram vencidos pelos Gregos por serem mais fortes. Nem se indignaram com o adultério de Páris ao ponto de abandonarem Tróia, como, por sua vez, alguns pretendem. É que eles é que costumam ser os instigadores e mestres dos pecados e não os seus vingadores. Diz Salústio:

Como a tradição me ensinou, foram os Troianos que, errantes e vagabundeando de terra em terra sob o comando de Eneias, construí­ram e habitaram no princípio a cidade de Roma [iii].

Se, portanto, os deuses julgaram que deviam punir o adultério de Páris, deveriam ter punido mais severamente, ou pelo menos da mesma forma, os Romanos, pois a mãe de Eneias fez o mesmo. Mas, como poderiam eles detestar naquele tal crime que não detestaram na sua companheira Vénus (para não dizer outras coisas mais) — já que ela o cometeu com Anquises vindo daí a nascer Eneias? será porque aquele facto causou a indignação de Menelau e aquele outro foi com a aquiescência de Vulcano? De resto, julgo eu, os deuses não têm ciúmes de suas esposas pois até consideram conveniente tê-las em comum com os homens. Talvez se pense que zombo das fábulas e que não trato a sério questão de tanta monta. Não acreditemos, por favor, que Eneias seja filho de Vénus! Concedo-o contanto que Rómulo também não seja filho de Marte. Mas se admitimos um, porque é que não admitimos o outro? Será que é lícito aos deuses unirem-se às mulheres e ilícito aos homens unirem-se às deusas? Dura, ou antes incrível, condição esta — que seja permitido a Marte o coito, à custa dum direito de Vénus, e não o seja a Vénus, no exercício do seu próprio direito. Mas ambos os casos são confirmados pela autoridade romana. Mais perto de nós César não teve por menos certo que Vénus fosse sua avoenga do que o antigo Rómulo tivesse Marte por pai.

CAPÍTULO IV

Opinião de Varrão, segundo a qual é útil que os homens se digam, embora mentindo, filhos dos deuses.

Alguém me dirá — então tu acreditas nessas coisas? Claro que não acredito. O próprio Varrão, o mais douto dos seus varões, embora com falta de coragem e de firmeza, quase que confessa que são falsas. Diz, contudo, que é útil às cidades que os homens superiores se considerem filhos dos deuses, mesmo que isso seja falso, para que, deste modo, o espírito humano, cheio de confiança na sua pretensamente divina ori­gem, conceba com audácia grandes projectos, actue com mais energia e por isso os realize com mais sucesso.

Esta maneira de pensar de Varrão, expressa como me foi possível por palavras minhas, já vês que larga porta abre à mentira. Ela nos faz compreender quantos ritos ditos religiosos podem ter sido inventados desde o momento em que se julgou que as mentiras acerca dos deuses seriam úteis aos cidadãos.

(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)





[i] Nesta passagem Santo Agostinho tinha em mente os versos ... Satis jampridem sanguitie nostro Laomedonteae luimus perjura Trojae. (Como o nosso sangue já expiamos bastante os perjúrios da Tróia de Laomedonte). Vergílio, Geórgicas, I, 501-502. Segundo a lenda Laomedonte, rei de Tróia, mandou construir por Apoio e Poseidon os muros de Pérgamo; mas chegada a altura do pagamento da obra, aquele negou-se ao pagamento da recompensa com estes ajustada.
[ii] ... cuperet cum vertere ab imo Structa suis manibus perjurae moenia Trojae. Vergílio, Eneida, V, 810-811.
[iii] urbem Rotmm, sicuti ego accepi, condidere et habuere initio Trojani, qui Aenea duce profugi sedibus incertis vagavantur. Salústio, Catilim, VI, 1.

Actos dos Apóstolos

Actos dos Apóstolos

II. EXPANSÃO DA IGREJA FORA DE JERUSALÉM [i]

Capítulo 10

Visão de Cornélio em Cesareia

1Havia em Cesareia um homem de nome Cornélio, centurião da coorte itálica. 2Piedoso e temente a Deus, como aliás toda a sua casa, dava largas esmolas ao povo e orava continuamente a Deus.

3Teve uma visão, cerca das três horas da tarde, e viu distintamente o Anjo de Deus entrar, aproximar-se dele e dizer-lhe: «Cornélio!» 4Fitando nele os olhos, cheio de medo, respondeu: «Que é, Senhor?» Respondeu o Anjo: «As tuas orações e as tuas esmolas subiram à presença de Deus, e Ele recordou-se de ti. 5E agora, envia homens a Jope e manda chamar um certo Simão, conhecido por Pedro. 6Está hospedado em casa de um curtidor chamado Simão, cuja casa fica à beira-mar.»

7Quando o Anjo se retirou, depois de lhe falar, Cornélio chamou dois dos seus servos e um soldado piedoso, dos que lhe eram pessoalmente dedicados, 8explicou-lhes tudo e mandou-os a Jope.



[i] (6,8-12,25)

Jesus Cristo e a Igreja – 140

Celibato eclesiástico: História e fundamentos teológicos

IV. O CELIBATO NA DISCIPLINA DAS IGREJAS ORIENTAIS

A fragmentação do sistema disciplinar no Oriente

…/21

A Legislação do II Concílio Trullano.

…/15

A historiografia do Ocidente reconheceu há muito tempo e se manifestou também por escrito desde o século XVI a manipulação feita pelo Concílio Trullano II sobre os textos africanos referidos à continência dos ministros sagrados. Cito, por exemplo, a Barónio e, sobretudo, aos editores das diversas coleções de textos conciliares, entre os quais se destaca J. D. Mansi.


Falta-nos ainda fazer uma referência às marcas da genuína disciplina celibatária antiga que permaneceu até nossos dias na nova disciplina trullana, quer dizer, à constante preocupação da Igreja pelo perigo grave e contínuo para os ministros sagrados e sua continência, que é a coabitação com mulheres que estejam acima de qualquer suspeita. Seguindo ao já referido cânone 3 do Concílio de Nicéia, de 325, os mesmos cânones trullanos, examinados anteriormente, tratam dele repetidamente.

Semelhante preocupação se deve somente pela solicitude geral para salvaguardar a castidade e a continência dos ministros sagrados em ambas as Igrejas.



(Cont)

Pequena agenda do cristão




TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?