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26/11/2016

Quero entregar-me a Ti sem reservas!

Pedro diz-Lhe: "Senhor, Tu lavares-me os pés, a mim?!". Responde Jesus: "O que Eu faço, não o compreendes agora; entendê-lo-ás depois". Insiste Pedro: "Tu nunca me lavarás os pés!". Replicou Jesus: "Se Eu não te lavar, não terás parte coMigo". Simão Pedro rende-se: "Senhor, não só os pés, mas também as mãos e a cabeça!". Ao chamamento a uma entrega total, completa, sem vacilações, muitas vezes opomos uma falsa modéstia como a de Pedro... Oxalá fôssemos também homens de coração, como o Apóstolo!...
...Pedro não admite que ninguém ame Jesus mais do que ele. Esse amor leva-o a reagir assim: – Aqui estou! Lava-me as mãos, a cabeça, os pés! Purifica-me de todo, que eu quero entregar-me a Ti sem reservas! (Sulco, 266)

Está completo o tempo, e aproxima-se o Reino de Deus; fazei penitência, e crede no Evangelho [i].

E vinha a Ele todo o povo, e ensinava-o [ii].

Jesus vê aquelas barcas na margem, e sobe para uma delas. Com que naturalidade se mete Jesus na barca de cada um de nós!

Quando te aproximares do Senhor, lembra-te de que Ele está sempre muito perto de ti, dentro de ti: Regnum Dei intra vos est [iii]. No teu coração O encontrarás.

Cristo deve reinar, em primeiro lugar, na nossa alma. Para que Ele reine em mim, preciso da sua graça abundante, pois só assim é que o mais imperceptível pulsar do meu coração, a menor respiração, o olhar menos intenso, a palavra mais corrente, a sensação mais elementar se traduzirão num hossana ao meu Cristo Rei.

Duc in altum – Ao largo! – Repele o pessimismo que te torna cobarde. Et laxate retia vestra in capturam – e lança as redes para pescar.

Devemos, confiar nessas palavras do Senhor: meter-se na barca, pegar nos remos, içar as velas e lançar-nos a esse mar do mundo que Cristo nos deixa em herança.

Et regni ejus non erit finis. – O Seu Reino não terá fim!

Não te dá alegria trabalhar por um reinado assim? (Santo Rosário, mistérios Luminosos: ‘O anúncio do Reino de Deus’)





[i] Mc 1, 15
[ii] Mc 2, 13
[iii] Lc 17, 21

Evangelho e comentário

Tempo Comum

Evangelho: Lc 21, 34-36

34 «Velai, pois, sobre vós, para que não suceda que os vossos corações se tornem pesados com o excesso do comer e do beber e com os cuidados desta vida, e para que aquele dia não vos apanhe de improviso; 35 porque ele virá como uma armadilha sobre todos os que habitam a superfície de toda a terra. 36 Vigiai, pois, orando sem cessar, a fim de que vos torneis dignos de evitar todos estes males que devem suceder, e de aparecer com confiança diante do Filho do Homem».

Comentário:

O "coração pesado"!

Quantos andam pela vida como que arrastando um fardo pesadíssimo que mal podem suportar!

São as preocupações normais e correntes da vida diária mas também a falta de esperança e sobretudo confiança no Senhor que de um mal aparente tira sempre um bem.

Consideremos que os filhos de Deus - que somos todos - só temos motivos e razões para confiar na Divina Providência fazendo o que devemos e quando devemos conforme a Vontade de Deus.

(ama, comentário sobre Lc 21, 34-36, 28.11.2015)





Leitura espiritual


DE MAGISTRO

(DO MESTRE)

CAPÍTULO II

O HOMEM MOSTRA O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS SÓ PELAS PALAVRAS

…/2

AGOSTINHO

– Que faremos então? Poderemos afirmar que esta palavra (nihil), mais do que a própria coisa, que não tem existência em si, significa aquele estado da alma que se gera quando não se vê a coisa e, no entanto, percebe-se ou se pensa ter percebido que a coisa não existe?

ADEODATO

– É exactamente isso que eu procurava explicar.

AGOSTINHO

– Seja lá como for, vamos em frente, para não cairmos no maior absurdo de todos.

ADEODATO

– Qual?

AGOSTINHO

– Que “nada” nos detenha e que, no entanto, a nossa conversa fique parada.

ADEODATO

– De facto é ridículo e, mesmo não atinando como isso pode acontecer, vejo claramente que já ocorreu.

AGOSTINHO

– Se Deus quiser, no momento oportuno compreenderemos melhor este género de absurdo; agora volta àquele verso e procura mostrar, conforme o teu entendimento, o que significam as demais palavras.

ADEODATO

– A terceira, “ex”, é uma preposição, que poderíamos substituir por “de”.

AGOSTINHO

– Vê, não estou pedindo que troques uma palavra conhecidíssima por outra igualmente conhecida, com o mesmo significado, suposto que signifique o mesmo; contudo, por enquanto, admitamos que seja assim. Certamente, se o poeta, no lugar de dizer “ex tanta urbe”, e eu indagasse o que significa “de”, responderias “ex”, sendo que estas duas palavras, isto é, sinais, têm – como tu crês – o mesmo significado; eu, porém, busco esta mesma coisa, não sei se una e idêntica, que tais sinais significam.

ADEODATO

– Parece-me que signifique a separação de algo do lugar em que estava contido e ao qual se pensa pertencer; quer porque essa coisa já não exista, como acontece neste verso, onde sem existir mais a cidade (de Tróia) subsistiram dela alguns troianos, quer porque permaneça, como ocorre ao afirmarmos haver na África uns comerciantes vindos da cidade de Roma.

AGOSTINHO

– Para admitir que é assim que se passa, não irei enumerar todas as objeções que se poderiam apresentar a essa tua regra; mas facilmente podes perceber que explicaste palavras com outras palavras, isto é, sinais com outros sinais, coisas conhecidíssimas com outras também conhecidas; porém gostaria que, se te for possível, me mostrasses as coisas em si, de que tais palavras são os sinais.

CAPÍTULO III

SE É POSSÍVEL MOSTRAR ALGUMA COISA SEM O EMPREGO DE UM SINAL

ADEODATO

– É bem estranho que não saibas, ou melhor, que simules não saber, que não é possível obter de mim uma resposta satisfatória ao teu desejo; pelo facto de estarmos conversando, simplesmente não podemos responder senão com palavras. Todavia, indagas de mim coisas que de modo nenhum podem ser consideradas palavras; e, no entanto, também sobre essas tu me interrogas com palavras. Começa tu a interrogar-me sem palavras, para que depois eu te possa responder à altura.

AGOSTINHO

– Admito que tens razão; contudo, se te perguntasse o significado dessas três sílabas: “paries” (parede), creio que poderias apontar-me com o dedo, para que eu visse a coisa em si, de que esta palavra de três sílabas é o sinal, demonstrando-a e indicando-a tu mesmo, sem necessitar de palavra alguma.

ADEODATO

– Certamente que se pode fazê-lo, mas só com aqueles nomes que significam corpos e desde que tais corpos estejam presentes.

AGOSTINHO

– Mas à cor, talvez, podemos chamar corpo, ou, antes, uma qualidade do corpo?

ADEODATO

– Uma qualidade.

AGOSTINHO

– Com que, então, também a cor se pode apontar com o dedo? Ou ainda acrescentas aos corpos as suas qualidades, de modo que elas também possam ser demonstradas sem palavras, desde que presentes?

ADEODATO

– Eu, ao falar dos corpos, quis significar tudo o que é corpóreo, isto é, tudo o que nos corpos se percebe.

AGOSTINHO

– Considera, porém, se mesmo nisso não terás de abrir alguma excepção.

ADEODATO

– A advertência é justa; de facto, não deveria dizer todas as coisas corpóreas, mas todas as coisas visíveis. Admito que o som, o cheiro, o sabor, a gravidade, o calor e muitas outras coisas que recaem sob os outros sentidos, embora não se possam perceber sem que estejam associadas aos corpos, e, portanto, a estes dizem respeito, não se podem, todavia, apontar com o dedo.

AGOSTINHO

– Diz-me, nunca viste alguém conversar com os surdos por gestos, e os próprios surdos entre si também por gestos, perguntam, respondem, ensinam ou indicam tudo o que querem, ou quase tudo? Se é assim, então podemos indicar sem palavras não as coisas visíveis, mas também os sons, os sabores e as outras coisas semelhantes. Também os histriões, nos teatros, expõem sem palavras e interpretam peças inteiras, na maioria das vezes através de mímica.

ADEODATO

– Nada tenho a opor-te, a não ser aquele “ex” (de), não só eu, mas nem mesmo o melhor dos histriões poderia demonstrar-te, sem palavras, o que significa.

AGOSTINHO

– Talvez isto seja verdade, mas vamos supor que ele possa; não duvidas certamente, como creio, que, qualquer que seja o gestual que adopte para tentar demonstrar a coisa que é significada por esta palavra, não será a coisa em si mesma, porém no seu sinal. Por isso, ele também terá indicado, se não uma palavra com outra palavra, pelo menos um sinal com outro sinal; assim, este monossílabo “ex” e aquele seu gesto significarão a mesma coisa que eu pedi que me demonstrasses sem sinais.

ADEODATO

– Mas, rogo-te, como é possível o que tu estás pedindo?

AGOSTINHO

– Do mesmo modo que o foi para a parede.

ADEODATO

– Mas também esta, pelo desenvolvimento do nosso raciocínio, não pode ser indicada sem sinal. Pois o acto de apontar o dedo certamente não é a parede em si, mas apenas um dos possíveis sinais, por meio do qual a parede pode ser observada. Não vejo, portanto, nada que possa ser indicado sem sinais.

AGOSTINHO

– Se, porém, te perguntasse o que é caminhar, e tu te levantasses e fizesses aquela acção, não usarias da própria coisa para ensinar-me, em vez de usar palavras ou outros sinais?

ADEODATO

– Admito que assim é, e tenho pejo de não ter observado coisa tão evidente, que me traz à memória milhares de coisas, indicativas por si mesmas, e não pelos sinais com que as mostramos, como sejam: comer, beber, estar sentado, ficar de pé, gritar e inúmeras coisas.

AGOSTINHO

– E diz-me então: se eu desconhecesse o significado da palavra e te perguntasse, enquanto caminhas, o que é caminhar, como mo explicaria?

ADEODATO

– Continuaria o mesmo acto de caminhar, mas um pouco mais depressa, para que a novidade introduzida despertasse a atenção; e, todavia, não teria feito coisa diversa do que pretendia te mostrar.

AGOSTINHO

– Não sabes, pois, que uma coisa é caminhar e outra é andar depressa?
Ora, caminhar não é o mesmo que andar depressa, e quem anda depressa, não quer dizer que caminhe: ainda mais que podemos meter pressa no ler, no escrever, e em muitíssimas outras coisas. Por isso, se após a minha indagação fizesses mais depressa o que fazia antes, eu seria induzido a crer que caminhar não é outra coisa do que se apressar, uma vez que a novidade introduzida foi a pressa, e eu com isto seria levado a engano.

ADEODATO

– Confesso que não é possível prescindir de sinais, se formos inquiridos no curso da acção; pois, se nada for acrescentado à acção que estamos realizando, o nosso interlocutor poderá supor que não queremos responder-lhe, ignorando-o, continuamos a nossa acção. Mas se alguém nos indagar de coisas que podemos fazer, não enquanto as fazemos, podemos mostrar-lhe a própria coisa fazendo-a, antes que com um sinal, em resposta ao que ele pergunta. A não ser que ele me pergunte, enquanto falo, o que é falar: porque qualquer coisa que lhe disser para lhe explicar isso, sempre o farei falando; e falarei para ensiná-lo até que lhe fique perfeitamente claro o que desejava saber, sem afastar-me da própria coisa que desejava demonstrar, nem procurar sinais com que demonstrá-la.

(cont)


(Revisão de versão portuguesa por ama

Lições de São João Paulo II - 2

Lições de São João Paulo II


2 – O homem de hoje parece estar sempre ameaçado por aquilo mesmo que produz com o trabalho de suas mãos e da sua inteligência, e das tendências da sua vontade.



(12 Lições de são joão paulo II)


(revisão da versão portuguesa por ama)

Antigo testamento / Levítico

Levítico 4

 A oferta pelos pecados

1 O Senhor ordenou a Moisés:

2 "Diz aos israelitas: Quando alguém pecar sem intenção, fazendo o que é proibido em qualquer dos mandamentos do Senhor, assim se fará:

3 "Se for o sacerdote ungido que pecar, trazendo culpa sobre o povo, o sacerdote trará ao Senhor um novilho sem defeito como oferta pelo pecado que cometeu.

4 Apresentará ao Senhor o novilho à entrada da Tenda do Encontro. Porá a mão sobre a cabeça do novilho, que será morto perante o Senhor.

5 Então o sacerdote ungido pegará um pouco do sangue do novilho e o levará à Tenda do Encontro; molhará o dedo no sangue e o aspergirá sete vezes perante o Senhor, diante do véu do santuário.

6 O sacerdote porá um pouco do sangue nas pontas do altar do incenso aromático que está perante o Senhor na Tenda do Encontro. Derramará todo o restante do sangue do novilho na base do altar do holocausto, na entrada da Tenda do Encontro.

7 Então retirará toda a gordura do novilho da oferta pelo pecado: a gordura que cobre as vísceras e está ligada a elas, os dois rins com a gordura que os cobre e que está perto dos lombos, e o lóbulo do fígado, que ele removerá junto com os rins, como se retira a gordura do boi sacrificado como oferta de comunhão. Então o sacerdote queimará essas partes no altar dos holocaustos.

8 Mas o couro do novilho e toda a sua carne, bem como a cabeça e as pernas, as vísceras e os excrementos - isto é, tudo o que restar do novilho - ele o levará para fora do acampamento, a um local cerimonialmente puro, onde se lançam as cinzas. Ali os queimará sobre a lenha de uma fogueira, sobre o monte de cinzas.

9 "Se for toda a comunidade de Israel que pecar sem intenção, fazendo o que é proibido em qualquer dos mandamentos do Senhor, ainda que não tenha consciência disso, a comunidade será culpada.

10 Quando tiver consciência do pecado que cometeu, a comunidade trará um novilho como oferta pelo pecado e o apresentará diante da Tenda do Encontro.

11 As autoridades da comunidade porão as mãos sobre a cabeça do novilho perante o Senhor. E o novilho será morto perante o Senhor.

12 Então o sacerdote ungido levará um pouco do sangue do novilho para a Tenda do Encontro; molhará o dedo no sangue e o aspergirá sete vezes perante o Senhor, diante do véu.

13 Porá o sangue nas pontas do altar que está perante o Senhor na Tenda do Encontro e derramará todo o restante do sangue na base do altar dos holocaustos, na entrada da Tenda do Encontro.

14 Então retirará toda a gordura do animal e a queimará no altar, e fará com este novilho como se faz com o novilho da oferta pelo pecado. Assim o sacerdote fará propiciação por eles, e serão perdoados.

15 Depois levará o novilho para fora do acampamento e o queimará como queimou o primeiro. É oferta pelo pecado da comunidade.

16 "Quando for um líder que pecar sem intenção, fazendo o que é proibido em qualquer dos mandamentos do Senhor, o seu Deus, será culpado.

17 Quando o consciencializarem do seu pecado, o líder trará como oferta um bode sem defeito.

18 Porá a mão sobre a cabeça do bode, que será morto no local onde o holocausto é sacrificado, perante o Senhor. Esta é a oferta pelo pecado.

19 Então o sacerdote pegará com o dedo um pouco do sangue da oferta pelo pecado e o porá nas pontas do altar dos holocaustos e derramará o restante do sangue na base do altar.

20 Queimará toda a gordura no altar, como queimou a gordura do sacrifício de comunhão. Assim o sacerdote fará propiciação pelo pecado do líder, e este será perdoado.

21 "Se for alguém da comunidade que pecar sem intenção, fazendo o que é proibido em qualquer dos mandamentos do Senhor, o seu Deus, será culpado.

22 Quando o consciencializarem do seu pecado, trará como oferta pelo pecado que cometeu uma cabra sem defeito.

23 Porá a mão sobre a cabeça do animal da oferta pelo pecado, que será morto no lugar dos holocaustos.

24 Então o sacerdote pegará com o dedo um pouco do sangue e o porá nas pontas do altar dos holocaustos e derramará o restante do sangue na base do altar.

25 Então retirará toda a gordura, como se retira a gordura do sacrifício de comunhão; o sacerdote a queimará no altar como aroma agradável ao Senhor. Assim o sacerdote fará propiciação por esse homem, e ele será perdoado.

26 "Se trouxer uma ovelha como oferta pelo pecado, terá que ser sem defeito.

27 Porá a mão sobre a cabeça do animal, que será morto como oferta pelo pecado no lugar onde é sacrificado o holocausto.

28 Então o sacerdote pegará com o dedo um pouco do sangue da oferta pelo pecado e o porá nas pontas do altar dos holocaustos e derramará o restante do sangue na base do altar.

29 Retirará toda a gordura, como se retira a gordura do cordeiro do sacrifício de comunhão; o sacerdote a queimará no altar, em cima das ofertas dedicadas ao Senhor, preparadas no fogo. Assim o sacerdote fará em favor do culpado propiciação pelo pecado cometido, e ele será perdoado.


(Revisão da versão portuguesa por ama)

El Amor humano

El Amor humano

Seguramente no exista, entre todas las aspiraciones humanas, otra más noble que la de amar y ser amado. Una vida sin amor es una vida sin sustancia y sin norte, condenada a la esterilidad y a la desesperación. Muchas son las expresiones del amor humano, de esa necesidad que las personas tienen de estar ligadas entre sí, de vivir unas por otras y para otras, de encontrar esa comunión que restablece la armonía de todo lo creado. Lope de Vega, en un soneto célebre, acertó a describir ese cataclismo interior que se produce en cada uno de nosotros cada vez que nos enamoramos: «Desmayarse, atreverse, estar furioso… […] ¡Esto es amor! Quien lo probó lo sabe». Pero la fuerza arrasadora de ese cataclismo que describe Lope no garantiza, bien lo sabemos, su duración. Ese estado de excitación o embriaguez de los sentidos que describe Lope corre el riesgo de desvanecerse como una ilusión cuando choca con las rutinas de la vida. La intimidad cotidiana resta brillo a las cualidades del ser amado; y, al mismo tiempo, hace resaltar sus imperfecciones y miserias. Entonces el amor corre el riesgo de hundirse en la aridez y la insatisfacción. Sólo el amante que sabe salir de sí mismo para entregarse al otro y sentirse invadido por su destino puede superar el desvanecimiento de esta ilusión primera. El amor que vive de codiciar siempre nos deja, a la postre, hambrientos; el único amor que nos deja saciados es el que vive para darse.

A nadie se le escapa que el amor, para mantenerse vivo, para no convertirse en rutina, para no desembocar en agria disputa, necesita de purificaciones a veces desgarradoras. El amor juvenil, tan entusiasta y deslumbrado, corre pronto el riesgo de convertirse en sed vulgar de una felicidad superficial e inmediata, en una divinización de la sensualidad o en una exaltación del egoísmo que acaba provocando hastío. El amor de la madurez puede convertirse en una rutina esterilizante, incluso degenerar en un puro formalismo legal que encubre una simbiosis de egoísmos, un compromiso artificial entre dos almas que han llegado a ser extrañas y cerradas la una para la otra. El amor de la vejez, por último, acechado por las naturales decepciones y quebrantos producidos por el decaimiento físico y también por las heridas de la amargura, puede hundirse en la aridez y en la insatisfacción. A nuestro derredor se multiplican los amores fracasados; pero también conocemos a hombres y mujeres que han sabido amarse de por vida y hacer de su amor una realidad gozosa y fecunda, hombres y mujeres que nos enseñan que el amor que supera todos los escollos es el que vive para darse, primero con entusiasmo juvenil, después con la abnegación de la madurez, ya al fin con esa alegría generosa que se sobrepone a los quebrantos de la edad.

En su obra El amor humano, Gustave Thibon afirmaba con razón que «sólo los afectos que resisten la destrucción de su primer componente sentimental están llamados a trascender en el tiempo». Para ello, consideraba que el amor debe reposar sobre cuatro pilares: pasión, amistad, sacrificio y oración. Pasión, pues no podemos concebir un amor humano sin una atracción sexual recíproca, asumida, coronada y superada por el espíritu. Pero para que el amor sea duradero exige una comunión mucho más profunda que no se logra con la mera pasión. debe existir entre los amantes una amistad que los enseñe a respetar y admirar al otro, que los incite a penetrar en el alma del otro, que los llene de un hambre nunca colmada de conocerse mejor el uno al otro, y de conocer juntos el incesante mundo.

Pero un amor sólo es grande y duradero en la medida en que lo nutren las decepciones y dolores sembrados sobre su camino. Desconocer lo que hay de positivo y fecundo en el dolor es la tara principal de nuestra generación. El amor, para ser de veras grande y duradero, necesita también nutrirse con sacrificios. No hay amor duradero sin sacrificio mutuo, sin esfuerzo para superar las decepciones, la monotonía, los respectivos egoísmos, sin paciencia para soportar las miserias e imperfecciones del otro. Y por último, concluye Thibon, el amor tiene que conjugarse y amalgamarse con el amor eterno. quien ama de verdad acoge al ser amado no como un dios, sino como un don de Dios; no lo confunde nunca con Dios, pero no lo separa nunca de Dios. Para amar a un ser finito, con todas sus miserias e imperfecciones, es preciso amarle como mensajero de una realidad que le sobrepasa, de una plenitud divina.

Como escribía Dante, al referirse a Beatriz: «Ella miraba a lo alto y yo la miraba a ella».

juan manuel de prada, 25 noviembre 2016



Pequena agenda do cristão

SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?