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21/11/2016

Mãe de Deus e nossa Mãe

Que humildade, a de minha Mãe Santa Maria! – Não a vereis entre as palmas de Jerusalém, nem – afora as primícias de Caná – na altura dos grandes milagres. – Mas não foge do desprezo do Gólgota; lá está, "iuxta crucem Iesu" – junto da cruz de Jesus, sua Mãe. (Caminho, 507)

Sempre foi esta a doutrina certa da fé. Contra os que a negaram, o Concílio de Éfeso proclamou que se alguém não confessa que o Emanuel é verdadeiramente Deus e que, por isso, a Santíssima Virgem é Mãe de Deus, visto que gerou segundo a carne o Verbo de Deus encarnado, seja anátema. (...).

A Trindade Santíssima, ao escolher Maria para Mãe de Cristo, homem como nós, pôs cada um de nós sob o seu manto maternal. É Mãe de Deus e nossa Mãe.

A Maternidade divina de Maria é a raiz de todas as perfeições e privilégios que a adornam. Por esse título, foi concebida imaculada e está cheia de graça, é sempre virgem, subiu ao céu em corpo e alma, foi coroada Rainha de toda a criação, acima dos anjos e dos santos. Mais que Ela, só Deus. A Santíssima Virgem, por ser Mãe de Deus, possui uma dignidade, de certo modo infinita, do bem infinito que é Deus. Não há perigo de exageros. Nunca aprofundaremos bastante este mistério inefável; nunca poderemos agradecer suficientemente à Nossa Mãe a Familiaridade que nos deu com a Santíssima Trindade.

Éramos pecadores e inimigos de Deus. A Redenção não só nos livra do pecado e reconcilia com o Senhor; mas converte-nos em filhos, entrega-nos uma Mãe, a mesma que gerou o verbo, segundo a Humanidade. Pode haver maior prodigalidade, maior excesso de amor? (Amigos de Deus, nn. 275–276)


Evangelho e comentário

Tempo Comum

Apresentação de Nossa Senhora

Evangelho: Lc 21, 1-4

1 Levantando Jesus os olhos, viu vários ricos que lançavam as suas oferendas na caixa das esmolas. 2 Viu também uma viúva pobrezinha, que lançava duas pequenas moedas, 3 e disse: «Na verdade vos digo que esta pobre viúva lançou mais que todos os outros. 4 Porque todos esses fizeram a Deus oferta do que lhes sobrava; ela, porém, deu da sua própria indigência tudo o que tinha para viver».

Comentário:

Para Deus nada do que oferecemos é desprezível ou fica sem retribuição.

A generosidade desprendida é das virtudes mais gratas ao Senhor e, até, aos próprios homens, porque revela uma nobreza de carácter e sentido de partilha exemplares.

Nunca deixemos de dar por ser pouco desde que seja com desprendimento.

(ama, comentário sobre Lc 21, 1-4, 23.11.2015)






Leitura espiritual


DE MAGISTRO

(DO MESTRE)

CAPÍTULO IV

SE OS SINAIS SE MOSTRAM COM SINAIS

AGOSTINHO

– Argumentas com agudeza, e por isso considera a possibilidade de convir entre nós que se possam mostrar sem sinais as acções que não estão em curso quando da pergunta, mas que podemos fazer logo em seguida; ou as que fazemos desde que as acções nada mais sejam do que os próprios sinais. Pois, quando falamos, emitimos sinais, donde se gera a palavra “significar” (fazer sinais – signa facere).

ADEODATO

– É possível convir.

AGOSTINHO

– Portanto, ao discutirmos sobre os sinais, podem mostrar-se uns sinais por meio de outros; mas quando falamos das coisas em si, que não são sinais, não se podem mostrar senão fazendo-o logo após a pergunta – se for possível – ou dando algum sinal pelo qual possam ser compreendidas.

ADEODATO – Exactamente.

AGOSTINHO

– Nessa tríplice possibilidade, vamos primeiro considerar, se quiseres, o caso em que se mostram sinais com sinais; diz-me, as palavras sozinhas são sinais?

ADEODATO

– Não.

AGOSTINHO

– Parece-me, portanto que, ao falarmos, usamos as palavras para significar ou as palavras em si, ou bem outros sinais, como seria o gesto associado à fala, ou as letras que usamos na escrita; porque o que indicamos com estes dois vocábulos (gesto e letra) ou são sinais em si mesmos (o próprio gesto e as próprias letras), ou algo que não é sinal, como quando dizemos “pedra”. Esta palavra, pois, é um sinal enquanto representa algo, mas a coisa indicada não é um sinal. Este género de palavras que representam coisas que não são sinais, não pertence, porém, à parte que nos propomos discutir. De facto, nós propomo-nos considerar o caso dos sinais que são expressos por sinais, e no caso distinguimos dois aspectos: ou se ensinam e recordam os mesmos sinais, ou outros sinais diferentes. Não te parece?

ADEODATO

– Está claro.

AGOSTINHO

– Diz-me, então: os sinais que são palavras sob qual sentido recaem?

ADEODATO

– O ouvido.

AGOSTINHO

– E o gesto?

ADEODATO

– A vista.

AGOSTINHO

– Como? Por acaso, as palavras escritas, não serão também palavras? Ou, para ser exacto, não serão entendidas como sinais de palavras, sendo a palavra o que se profere, com certo significado, articulando a voz? Mas a voz só pode ser percebida pelo sentido do ouvido; disso resulta que, quando se escreve uma palavra, se apresenta um sinal aos olhos, que suscita na mente o que será percebido com o ouvido.

ADEODATO

– Concordo plenamente.

AGOSTINHO

– Creio que também concordarás em reconhecer que quando dizemos “nome” queremos significar algo.

ADEODATO

– É verdade.

AGOSTINHO

– Mas o quê, afinal?

ADEODATO

– Naturalmente aquilo cujo nome se profere, como Rómulo, Roma, virtude, rio e incontáveis coisas.

AGOSTINHO

– Estes quatro nomes significam alguma coisa?

ADEODATO

– Sim, algumas coisas.

AGOSTINHO

– Achas que há diferença entre estes nomes e as coisas que eles significam?

ADEODATO

– Muitíssima.

AGOSTINHO

– Gostaria de ouvir de ti qual é esta diferença.

ADEODATO

– Em primeiro lugar, estes são sinais e aquelas não o são.

AGOSTINHO

– Concordas em que chamemos de “significáveis” as coisas que podem ser expressas pelos sinais, e não são sinais em si mesmas, assim como chamamos de “visíveis” as que podem ser vistas, para depois discutirmos sobre elas mais comodamente?

ADEODATO

– Concordo.

AGOSTINHO

– E os quatro sinais que antes proferiste podem ser significados por qualquer outro sinal?

ADEODATO

– Admira-me que penses eu ter esquecido aquilo que ficou assente, isto é: que as letras escritas são sinais de sinais, ou seja, sinais dos sons que a voz articula.

AGOSTINHO

– Que diferença há entre eles?

ADEODATO

– Aquelas (as letras escritas) são visíveis, e estes (os sons articulados pela voz), audíveis.
Terás alguma dificuldade em aceitar este adjectivo, “audíveis”, uma vez que admitimos “significáveis”?

AGOSTINHO

– Certamente que o aceito, e com agrado. Contudo, ainda pergunto se esses quatro sinais podem ser expressos por algum outro sinal audível, como lembraste acontecer com os visíveis.

ADEODATO

– Sim, isto também foi mencionado há pouco. Por isso respondi que o nome significa algo, e ao significado associei esses quatro nomes; e aqueles e estes, posto que se proferem com a voz, reconheço serem audíveis.

AGOSTINHO

– Qual é, pois, a diferença, entre o sinal audível e as coisas audíveis que significa que, por sua vez, também são sinais?

ADEODATO

– Entre o nome e estas quatro coisas que associamos ao seu significado, parece-me haver esta diferença: o nome é sinal audível dos sinais audíveis, enquanto as coisas audíveis são também sinais audíveis, mas não de sinais audíveis, e sim de coisas em parte também visíveis, como Rómulo, Roma, rio e em parte inteligíveis, como virtude.

AGOSTINHO

– Aceito e concordo; mas sabes que é a palavra tudo aquilo que é proferido com a voz e que traz em si algum significado?

ADEODATO

– Sei.

AGOSTINHO

– Logo, o nome também é palavra, pois é proferido articulando a voz e tem um significado; e se afirmamos que um homem eloquente utiliza palavras apropriadas, sem dúvida queremos dizer que usa nomes. Portanto, quando, em Terêncio, o escravo fala ao velho patrão: “Rogo que digas boas palavras”, entende “nomes”.

ADEODATO

– Concordo.

AGOSTINHO

– Gostaria que me respondesses também a isto: vimos ser a palavra sinal do nome e o nome sinal do rio e o rio sinal de uma coisa visível, e como reconheceste a diferença entre esta coisa e o rio, isto é, o seu sinal, e entre este sinal e o nome que é sinal deste sinal, qual julgas que seja a diferença entre o sinal do nome que dissemos ser a palavra e o mesmo nome de que ela é sinal?

ADEODATO

– Julgo que a diferença seja a seguinte: o que é significado com o nome é significado também com a palavra; como, pois, nome é palavra, assim também rio é palavra; mas nem tudo o que é significado com a palavra o é pelo nome. também aquele “si” (se) que principia o verso que propuseste, e aquele “ex” (de) do qual tratamos tão longamente, arrazoando até chegarmos à presente questão, são palavras, mas não nomes, e podemos encontrar inúmeros exemplos como estes. Pois, como todos os nomes são palavras, mas nem todas as palavras são nomes, julgo estar clara a diferença entre a palavra e nome, isto é, entre o sinal daquele sinal que não significa nenhum outro sinal e o sinal daquele sinal que pode significar outros.

AGOSTINHO

– Concedes que todo cavalo é animal, mas nem todo o animal é cavalo?

ADEODATO

– Haverá como duvidar?

AGOSTINHO

– Pois bem, entre nome e palavra existe a mesma relação que há entre cavalo e animal. A menos que discordes pelo facto de que por “verbum”, além de “palavra”, pode entender-se “verbo”, isto é, aquela parte do discurso que descreve acção e se declina, como “escrevo”, “escrevi”, “leio”, “li”, o que obviamente não são nomes.

ADEODATO

– Acabas de esclarecer o que me suscitava dúvidas.

AGOSTINHO

– Isto não deve preocupar-te. Na verdade, em geral, chamamos sinais a tudo o que contém um significado, dentre os quais encontramos também as palavras. Ainda chamamos sinais (insígnias) às bandeiras militares, que são sinais propriamente ditos, o que não se poderia afirmar das palavras. Todavia, se te dissesse que todo cavalo é animal, mas nem todo o animal é cavalo, assim como toda palavra é sinal, mas nem todo sinal é palavra, creio que não restaria dúvida alguma.

ADEODATO

– Entendo sim, e concordo plenamente, que entre “palavra” tomada em sentido geral de “nome” existe a mesma diferença que há entre animal e cavalo.

AGOSTINHO

– Sabes também que, quando dizemos animal, este nome trissílabo, que a voz profere, não é a mesma coisa que com ele se significa?

ADEODATO

– Já concordamos sobre isto há pouco, a respeito de todos os sinais e de todos os significáveis.

AGOSTINHO

– Não te parece que todos os sinais significam uma coisa distinta deles próprios, pois ao pronunciarmos este trissílabo – animal – de modo algum significaremos aquilo que ele mesmo é?

ADEODATO

– Não, certamente; pois quando dizemos sinal, este significa todos os outros sinais, quaisquer que sejam, incluindo a si mesmo também, pois é uma palavra, e, como vimos, todas as palavras são sinais.

AGOSTINHO

– E quando proferimos o dissílabo “verbum” (palavra), não acontece algo semelhante?
Pois, se tudo o que proferimos com algum significado é também significado por este dissílabo, ele também está incluído no género dos sinais.

ADEODATO

– Assim é.

(cont)


(Revisão de versão portuguesa por ama

El satanismo aumenta 3

Satanismo

Su experiencia ha inspirado libros y películas

Este exorcista (el padre Gary Thomas) es de los más conocidos del país puesto que su experiencia permitió que se escribiera el libro que más tarde se convirtió en la película de The Rite (El rito) protagonizada por Anthony Hopkins.

Para dejar claro que existen casos y que esto no es algo del pasado, el padre Gary Thomas explicaba que el día anterior a la entrevista “recibí cinco llamadas telefónicas. Tenemos varias solicitudes a la semana para realizar el rito del exorcismo, inclusive fuera de nuestra diócesis”.

“Yo no hago nada por mí mismo. Tengo un equipo de expertos médicos conformado por un psicólogo clínico, un psiquíatra y un médico”, indicaba este sacerdote. Pero además del equipo médico tiene otro igual de importante para estos casos. “También tengo un equipo de oración que hace todos los discernimientos. Cada persona que solicita un exorcismo es evaluada. Solo se termina haciendo un exorcismo formal cuando todo lo demás ha fallado”.

(cont)

El padre gary thomas es exorcista de la Diócesis de San José (EEUU)

j. lozano / ReL25 octubre 2016

Diálogos apostólicos

Diálogos apostólicos II Parte
23 - [1]

Continuando no tema das conversas anteriores peço-te o favor de aclarares mais um pouco sobre essa “preparação” para a morte.

Respondo:

Talvez seja complicar um pouco as coisas falando assim.
Eu prefiro, talvez, falar sobre a vida de todos os dias, esta vida comum e corrente que todos vivemos.

Viver é, pois, preparar a morte.

Como?

Pois, vivendo como Deus quer e a nossa Fé indica.

Se o fizermos com constância e são critério podemos estar certos que a morte, quando vier e como vier, não nos encontrará desprevenidos.

Estaremos preparados. [i]


[1] Nota: Normalmente, estes “Diálogos apostólicos”, são publicados sob a forma de resumos e excertos de conversas semanais. Hoje, porém, dado o assunto, pareceu-me de interesse publicar quase na íntegra.



[i] ama, diálogos apostólicos,

Bento XVI – Pensamentos espirituais 121

Eros e ágape

O amor é «êxtase»; êxtase, não no sentido de um instante de inebriamento, mas sim como caminho, como êxodo permanente do eu fechado em si mesmo para a sua libertação no dom de si e, precisamente dessa forma, para o reencontro de si mesmo, mais ainda para a descoberta de Deus.

Encíclica Deus Caritas Est, n.a 6

(Fevereiro de 2006)


 (in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)

Pequena agenda do cristão

SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?