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25/10/2016

Não nos deve sobrar o tempo. Nem um segundo.

Consolaste-te com a ideia de que a vida é gastar-se, é queimá-la no serviço de Deus. Assim, gastando-nos integralmente por Ele, virá a libertação da morte, que nos dará a posse da Vida. (Sulco, 883)

Não nos deve sobrar o tempo. Nem um segundo. E não exagero! Trabalho há sempre. O mundo é grande e são milhões as almas que não ouviram ainda falar claramente da doutrina de Cristo. Dirijo-me a cada um de vós. Se te sobra tempo, medita um pouco: é muito possível que vivas no meio da tibieza, ou que, sobrenaturalmente, sejas um paralítico. Não te mexes, estás parado, estéril, sem realizar todo o bem que deverias comunicar aos que se encontram a teu lado, no teu ambiente, no teu trabalho, na tua família.

Pensemos na nossa vida com valentia. Por que é que às vezes não conseguimos os minutos de que precisamos para terminar amorosamente o trabalho que nos diz respeito e que é o meio da nossa santificação? Por que descuidamos as obrigações familiares? Por que é que se nos mete a precipitação no momento de rezar ou de assistir ao Santo Sacrifício da Missa? Por que nos faltará a serenidade e a calma para cumprir os deveres do nosso estado e nos entretemos sem qualquer pressa nos caprichos pessoais? Podeis responder-me: são coisas pequenas. Sim, com efeito, mas essas coisas pequenas são o azeite, o nosso azeite, que mantém viva a chama e acesa a luz. (Amigos de Deus, 41–42)

Evangelho e comentário



Tempo Comum

Evangelho: Lc 13, 18-21

18 Dizia também: «A que é semelhante o reino de Deus; a que o compararei? 19 É semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou na sua horta; cresceu, tornou-se uma árvore, e as aves do céu repousaram nos seus ramos». 20 Disse outra vez: «A que direi que o reino de Deus é semelhante? 21 É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha, até que tudo ficasse levedado».

Comentário:

Que extraordinário Reino a que pertencemos!

Como não há outro, nem poderia, porque é divino!

Os súbditos deste Rei que somos todos os homens têm dois caminhos:

Fazer parte integrante do mesmo Reino fazendo, em tudo, a Vontade do Rei;
Ou afastar-se e negar a Sua Realeza e a obediência que se Lhe deve.

Qual a nossa escolha?

(ama, comentário sobre Lc 13, 18-21, 2015.10.27)








Leitura espiritual

Leitura Espiritual


Amigos de Deus



São Josemaria Escrivá

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Amor humano e castidade

Para manter intimidade com o meu Senhor, já vo-lo contei muita vez, utilizei também - não me importo que se saiba - as canções populares que se referem, quase sempre, ao amor.
Delicio-me a ouvi-las!
O Senhor escolheu-me a mim e a alguns de vós para que fôssemos totalmente seus e transformássemos em divino o amor nobre das cantigas humanas.
É o que o Espírito Santo faz no Cântico dos Cânticos.
É o que fizeram os místicos de todos os tempos.

Escutai estes versos da Santa de Ávila:

Se quereis que esteja descansado
Quero, por amor, descansar;
Se me mandais trabalhar,
Quero morrer trabalhando.
Dizei: onde, como e quando?
Dizei, dizei, doce Amor:
Como quereis de mim dispor?

Ou aquela canção de S. João da Cruz que começa de um modo encantador:

Sofrendo, só, um pequeno pastor,
Alheio ao prazer, sem contentamento,
Na sua pastora tem o pensamento
E o peito sangra-lhe em penas de amor.


Quando é limpo, o amor humano merece-me um imenso respeito, uma enorme veneração.
Não haveríamos nós de estimar o carinho nobre e santo dos nossos pais, ao qual devemos uma grande parte da nossa amizade com Deus?
Eu abençoo esse amor com as duas mãos e sempre que me perguntaram porquê com as duas mãos, respondi imediatamente: porque não tenho quatro!

Bendito seja o amor humano! Mas a mim, o Senhor pediu-me mais. A própria teologia católica o afirma: entregar-se exclusivamente a Jesus, por amor do Reino dos Céus e, por Jesus, a todos os homens, é mais sublime do que o amor matrimonial.
Isto não tira que o matrimónio seja um sacramento e sacramentum magnum.

Seja como for, cada um deve esforçar-se por viver delicadamente a castidade, no seu lugar respectivo e com a vocação que Deus lhe infundiu na alma - solteiro, casado, viúvo, sacerdote.
A razão é que a castidade é virtude para todos e a todos exige luta, delicadeza, esmero, rijeza, essa finura que só se compreende, quando nos colocamos junto do Coração apaixonado de Cristo na Cruz. Não vos preocupeis se a tentação vos espreita: uma coisa é sentir, outra é consentir.
A tentação pode afastar-se facilmente com a ajuda de Deus.
O que não convém, de modo algum, é dialogar com ela.

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Meios para vencer

Vejamos com que recursos é que, nós, cristãos, podemos contar para vencer nesta luta por guardar a castidade, não como anjos, mas como mulheres e homens sãos, fortes, normais!
Venero os anjos com toda a minha alma e une-me uma grande devoção a esse exército de Deus, mas não gosto de os comparar connosco, porque a sua natureza é diferente e qualquer equiparação seria uma desordem.

Generalizou-se em muitos ambientes um clima de sensualidade que, ajudado pela confusão doutrinal, leva muita gente a justificar ou, pelo menos, a mostrar a tolerância mais indiferente para com todo o género de costumes licenciosos.

Devemos ser o mais limpos possível em relação ao corpo, mas sem medo, porque o sexo, é algo santo e nobre - participação no poder criador de Deus-, foi feito para o matrimónio.
Assim, limpos e sem medo, dareis com a vossa conduta o testemunho da viabilidade e da formosura da santa pureza.

Antes de mais, empenhemo-nos em afinar a consciência, aprofundando o que for preciso, até ficarmos com a segurança de termos adquirido uma boa formação, distinguindo bem entre consciência delicada, que é uma graça de Deus, e consciência escrupulosa que é outra coisa.

Cuidai com esmero da castidade e também das virtudes que a acompanham e a salvaguardam: a modéstia e o pudor.
Não olheis com ligeireza as normas, tão eficazes, que nos ajudam a conservarmo-nos dignos do olhar de Deus: a guarda atenta dos sentidos e do coração; a valentia de ser cobarde para fugir das tentações; a frequência dos sacramentos, especialmente da Confissão sacramental; a sinceridade total na direcção espiritual pessoal; a dor, a contrição e a reparação depois das faltas.
E tudo isto ungido com uma terna devoção a Nossa Senhora, de modo que ela nos obtenha de Deus o dom de uma vida limpa e santa.

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Se, por desgraça, se cai, é preciso levantar-se imediatamente. Com a ajuda de Deus, que não nos faltará se usarmos os meios adequados, chegaremos, o mais depressa possível, ao arrependimento, à sinceridade humilde, à reparação, para que a derrota momentânea redunde numa grande vitória de Jesus Cristo.

Habituai-vos também a travar a luta longe das muralhas principais da fortaleza.
Não podemos andar a fazer equilíbrios nas fronteiras do mal; temos de evitar com firmeza o voluntário in causa.
Temos de afastar a mais pequena falta de amor, temos de fomentar as ânsias de apostolado cristão, contínuo e fecundo, que necessita da santa pureza como alicerce, sendo esta, aliás, um dos seus frutos mais característicos.
Devemos, além disso, encher o tempo com trabalho intenso e responsável, procurando a presença de Deus, porque nunca nos podemos esquecer que fomos comprados por alto preço e que somos templos do Espírito Santo.

Que outros conselhos vos hei-de eu sugerir, senão os que sempre foram utilizados pelos cristãos que pretendiam, de verdade, seguir Cristo?
Trata-se, afinal, dos mesmos que empregaram os primeiros a escutarem o apelo de Jesus: o encontro assíduo com o Senhor na Eucaristia, a invocação filial da Santíssima Virgem, a humildade, a temperança, a mortificação dos sentidos - porque não convém olhar o que não é lícito desejar, advertia S. Gregório Magno - e a penitência.

Dir-me-eis que, ao fim e ao cabo, tudo isto é uma síntese da vida cristã.
Na verdade, não seria correcto separar a pureza, que é amor, da essência da nossa fé, que é a caridade, ou seja, um renovado apaixonar-se por Deus que nos criou, nos redimiu e que nos estende continuamente a sua mão, ainda que muitas vezes não nos apercebamos disso.
Deus não nos pode abandonar.
Sião dizia: Yavé abandonou-me e o Senhor esqueceu-se de mim. Pode a mulher esquecer-se do fruto do seu ventre, não se compadecer do fruto das suas entranhas?
Pois, ainda que ela se esquecesse,
Eu não te esqueceria.
Não vos causam estas palavras uma enorme alegria?

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Digo frequentemente que são três as coisas que nos dão alegria na terra e nos alcançam a felicidade eterna do Céu: a fidelidade firme, dedicada, alegre e indiscutida à fé, à vocação que cada um recebeu e à pureza.
Quem ficar agarrado às silvas do caminho - isto é, à sensualidade, à soberba...-, há-de ficar por sua própria vontade; se não rectificar, será um desgraçado, porque virou as costas ao Amor de Cristo.


Volto a afirmar que todos temos misérias.
Isso, porém, não é razão para nos afastarmos do Amor de Deus.
É, sim, estímulo para nos acolhermos a esse Amor, para nos acolhermos à protecção da bondade divina, como os antigos guerreiros se metiam dentro da sua armadura.
Esse ecce ego, quia vocasti me, conta comigo porque me chamaste, é a nossa defesa.
Não devemos fugir de Deus quando descobrimos as nossas fraquezas, mas devemos combatê-las, precisamente porque Deus confia em nós.

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Como é que conseguiremos superar estas coisas mesquinhas? Insisto neste ponto, porque ele se reveste de importância capital: com humildade e sinceridade na direcção espiritual e no sacramento da Penitência.
Ide aos que vos dirigem espiritualmente, com o coração aberto.
Não o fecheis porque, se se mete o demónio mudo pelo meio, depois é difícil lançá-lo fora.

Perdoai-me a insistência, mas julgo imprescindível que fique gravado a fogo nas vossas inteligências que a humildade e a sua consequência imediata a sinceridade, se ligam com os outros meios de luta e fundamentam a eficácia da vitória.
Se a tentação de esconder alguma coisa se infiltra na alma, deita tudo a perder; se, pelo contrário, é vencida imediatamente, tudo corre bem, somos felizes e a vida caminha rectamente.
Sejamos sempre selvaticamente sinceros, embora com modos prudentemente educados.

Quero dizer-vos com toda a clareza que me preocupa muito mais a soberba do que o coração e a carne.
Sede humildes!
Sempre que estiverdes convencidos de que tendes toda a razão, é porque não tendes nenhuma.
Ide à direcção espiritual com a alma aberta.
Não a fecheis, porque então intromete-se o demónio mudo e é muito difícil expulsá-lo.


Lembrai-vos do pobre endemoninhado que os discípulos não conseguiram libertar.
Só o Senhor o pôde fazer com oração e jejum. Naquela altura o Mestre realizou três milagres.
O primeiro foi fazê-lo ouvir, porque quando o demónio mudo nos domina, a alma fica surda; o segundo foi fazê-lo falar; e o terceiro foi expulsar o diabo.

(cont)


Jesus Cristo e a Igreja – 130

Celibato eclesiástico: História e fundamentos teológicos

IV. O CELIBATO NA DISCIPLINA DAS IGREJAS ORIENTAIS


A fragmentação do sistema disciplinar no Oriente

…/9

A Legislação do II Concílio Trullano.

…/3

Cân. 3: Decide que todos os que depois do baptismo tenham contraído um segundo matrimónio ou tenha vivido em concubinato, bem como aqueles que se tinham casado com uma viúva, uma divorciada, uma prostituta, uma escrava ou uma atriz, não poderiam tornar-se nem bispos, nem sacerdotes, nem diáconos.


(Revisão da versão portuguesa por ama)

Satanismo -1

Satanismo

O Demónio e a Eucaristia

Os demónios creem e estremecem diante da presença real de Jesus na Eucaristia

Há alguns anos atrás, escrevi sobre uma experiência incomum que tive ao celebrar a santa missa: uma pessoa, atormentada pela possessão demoníaca, saiu correndo para fora da igreja no momento da consagração. Voltarei a falar deste caso um pouco mais adiante.

Tenho pensado neste facto desde que um grupo satânico da cidade de Oklahoma (EUA) roubou uma hóstia consagrada de uma paróquia e anunciou que a profanaria durante uma "missa negra".
O arcebispo de Oklahoma, dom Paul Coakley, entrou com uma acção judicial para impedir o sacrilégio e exigir que o grupo devolvesse a propriedade roubada da Igreja.
Dom Coakley ressaltou, no processo, que a hóstia seria profanada dos modos mais vis imagináveis, como oferenda feita em sacrifício a Satanás.

(cont)

p. charles pope


Revisão da versão portuguesa por ama.

Pequena agenda do cristão



TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?