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14/10/2016

A cruz, a Santa Cruz!, pesa.

Ao celebrar a festa da Exaltação da Santa Cruz, suplicaste a Nosso Senhor, com todas as veras da tua alma, que te concedesse a sua graça para "exaltar" a Cruz Santa nas tuas potências e nos teus sentidos... Uma vida nova! Um novo selo: para dar firmeza à autenticidade da tua embaixada..., todo o teu ser na Cruz! – Veremos, veremos. (Forja, 517)

A Cruz, a Santa Cruz!, pesa.

– Por um lado, os meus pecados. Por outro, a triste realidade dos sofrimentos da nossa Mãe a Igreja; a apatia de tantos católicos que têm um "querer sem querer"; a separação – por diversos motivos – de seres amados; as doenças e tribulações, alheias e próprias...

A cruz, a Santa Cruz!, pesa: "Fiat, adimpleatur...!". Faça-se, cumpra-se, seja louvada e eternamente glorificada a justíssima e amabilíssima Vontade de Deus sobre todas as coisas! Amen. Amen. (Forja, 769)

A Cruz não é a pena, nem o desgosto, nem a amargura... É o madeiro santo onde triunfa Jesus Cristo... e onde triunfamos nós, quando recebemos com alegria e generosamente o que Ele nos envia. (Forja, 788)

Sacrifício, sacrifício!... É verdade que seguir Jesus Cristo (disse-o Ele) é levar a Cruz. Mas não gosto de ouvir as almas, que amam o Senhor, falar tanto de cruzes e de renúncias; porque, quando há Amor, o sacrifício é gostoso – ainda que custe – e a cruz é a Santa Cruz.

A alma que sabe amar e entregar-se assim, enche-se de alegria e de paz. Então, porquê insistir em "sacrifício", como buscando consolações, se a Cruz de Cristo – que é a tua vida – te torna feliz? (Forja, 249)



Reflectindo - 205

Heranças em famílias grandes

Numa família constituída por muitas pessoas, pais, filhos, netos, bisnetos quando chega o tempo de herança, normalmente acontecem, pelo menos, duas coisas: surgem grupos de interesses que se não são totalmente antagónicos não são completamente concordantes.

Vamos reduzir a dois grupos.

O primeiro constituído pelos que querem manter os bens herdados dos Pais, nomeadamente as propriedades e casas de família onde muitos nasceram e onde têm raízes profundas;

O segundo grupo dos que não se interessam nem preocupam com essas questões porque, principalmente, envolvem despesas de manutenção que não estão dispostos a partilhar.

O que fazer?

Não é uma questão menor bem ao contrário.

Vende-se e distribui-se o produto da venda?

Mas, para isso, é necessário haver quem compre e que o que está disposto a pagar seja aceite por todos.

Pode haver uns que digam que tal não constitui problema, vender por qualquer preço é aceitável, acaba-se a questão!

Mas outros são de opinião que, a haver venda, esta terá de ser por um montante justo e sério.

Complica-se a questão.
Arrasta-se a solução.

Entretanto há que manter as coisas num mínimo aceitável, por exemplo não deixar ruir a habitação que foi a casa de família.
Custos!
Quem os suporta?
Os do grupo que querem vender a qualquer preço não se dispõem a contribuir.
É lógico?
 Aceitável?
 Sério?

Os que desejam manter o herdado com um mínimo de dignidade, evitando o abandono e a degradação inevitável, a menos que disponham de possibilidades financeiras para tal vêm-se "entre a espada e a parede":

Fazer um esforço ou desistir?
Jogar no futuro ou considerar o imediato?

Não pretendo avaliar a justiça que assiste a uns e outros nem apresentar solução - que de resto não tenho - para resolver o assunto a contento de todos.

Refiro apenas que estas situações conduzem, normalmente, a fracturas na harmonia familiar o que, a meu ver, é o que realmente importa salvaguardar.
Assim, julgo que, quando a situação se manifesta - morte de um dos progenitores - há que ser pragmático e evitar a todo o custo iludir a questão pretendendo manter tudo tal qual era e foi durante muitos anos.

Tal poderá ser " um corte " com o passado que alguns não entenderão e que, certamente será difícil para todos, mas, salvaguarda-se o futuro, evitam-se as dissensões e, seguramente, evitam-se muitas ocasiões de conflito e difícil convivência.

Cabe, seguramente, aos mais velhos, conduzirem as coisas neste ou noutro sentido mas - cuidado - sem nunca pretender impor o seu ponto de vista ou opções.

Esta é uma realidade diária com que se deparam muitas famílias e não tenhamos ilusões, mais vale atalhar "a direito" logo no início, que ir arrastando os assuntos até surgir uma solução ideal que, todos sabemos, é extremamente raro acontecer.

(ama, Carvide, Fevereiro de 2016)


Evangelho e comentário


Tempo Comum

Evangelho: Lc 12, 1-7

1 Tendo-se juntado à volta de Jesus milhares e milhares de pessoas, de sorte que se atropelavam uns aos outros, começou Ele a dizer aos Seus discípulos: «Guardai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. 2 Nada há oculto que não venha a descobrir-se e nada há escondido que não venha a saber-se. 3 Por isso as coisas que dissestes nas trevas serão ouvidas às claras, e o que falastes ao ouvido no quarto será apregoado sobre os telhados. 4 «A vós, pois, Meus amigos, digo-vos: não tenhais medo daqueles que matam o corpo e depois nada mais podem fazer. 5 Eu vou mostrar-vos a quem haveis de temer; temei Aquele que, depois de matar, tem poder de lançar no inferno; sim, Eu vos digo, temei Este. 6 Não se vendem cinco passarinhos por dois asses?; contudo nem um só deles está em esquecimento diante de Deus . 7 Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais pois; vós valeis mais que muitos passarinhos.

Comentário:

O cristão não tem – não deve ter – medo seja do que for.

Nem sequer das fraquezas pessoais que, por vezes, lhe minam a vontade e o fazem cair em pecado.

O nosso Criador e Pai não deixará nunca de nos assistir, proteger e guardar desde que, evidentemente, Lhe manifestemos que essa é a nossa vontade, o nosso desejo.

(ama, comentário sobre Lc 12, 1-7, 2015.10.16)








Leitura espiritual

Leitura Espiritual


Amigos de Deus



São Josemaria Escrivá

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Não sei se vos terão contado, na vossa infância, a fábula daquele camponês a quem ofereceram um faisão dourado.
Após o primeiro momento de alegria e de surpresa por tal oferta, o novo dono começou a pensar onde poderia guardá-lo.
Ao fim de várias horas, depois de muitas dúvidas e diversos planos, decidiu metê-lo no galinheiro.
As galinhas, admiradas com a beleza do recém-chegado, giravam à sua volta com o assombro de quem descobre um semi-deus.
No meio de tanto alvoroço, chegou a hora da comida e, mal o dono lançou os primeiros punhados de farelo, o faisão, esfomeado pela espera, lançou-se com avidez a tirar a barriga de misérias.
Ante um espectáculo tão vulgar - aquele prodígio de formosura comia com o mesmo apetite que o animal mais corrente - as desencantadas companheiras de capoeira lançaram-se às bicadas contra o ídolo caído, até lhe arrancarem toda a plumagem.
É assim triste a derrocada do ególatra; tanto mais desastrosa, quanto mais ele se elevou sobre as suas próprias forças, presunçosamente confiado na sua capacidade pessoal.

Tirai consequências práticas para a vossa vida diária, sentindo-vos depositários de alguns talentos - sobrenaturais e humanos - que deveis aproveitar rectamente.

Afastai o ridículo engano de que algo vos pertence, como se fosse fruto só do vosso esforço. Lembrai-vos de que há uma parcela - Deus - de que ninguém pode prescindir.

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Com esta perspectiva, convencei-vos de que, se desejamos deveras seguir o Senhor de perto e prestar um serviço autêntico a Deus e a toda a humanidade, temos de estar seriamente desprendidos de nós próprios: dos dons da inteligência, da saúde, da honra, das ambições nobres, dos triunfos, dos êxitos.

Refiro-me também - porque até aí deve chegar a tua decisão - a esses afãs limpos com que procuramos exclusivamente dar toda a glória a Deus e louvá-lo, ajustando a nossa vontade a esta norma clara e precisa: Senhor, quero isto ou aquilo só se te agrada a Ti, porque se não, a mim, que me interessa?
Assestamos assim um golpe mortal no egoísmo e na vaidade que serpenteiam em todas as consciências.
E conseguimos também a verdadeira paz para as nossas almas com um desprendimento que nos leva a possuir Deus, de forma cada vez mais íntima e mais intensa.

Para imitar Jesus, o coração tem de estar inteiramente livre de apegos.
Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim, encontrá-la-á. Pois, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se depois perde a sua alma?
E comenta S. Gregório: não nos bastaria viver desprendidos das coisas, se não renunciássemos também a nós próprios.
Mas... onde iremos fora de nós?
Quem é o que renuncia, se a si mesmo se deixa?

Sabei que é diferente a nossa situação enquanto caídos pelo pecado e enquanto formados por Deus.
Fomos criados de uma forma e encontramo-nos noutra diferente por causa de nós mesmos.
Renunciemos a nós próprios, naquilo em que nos convertemos pelo pecado e mantenhamo-nos como fomos constituídos pela graça.

Assim, se o que foi soberbo, convertendo-se a Cristo, se torna humilde, já renunciou a si mesmo; se um luxurioso se converte a uma vida continente, também renunciou a si próprio naquilo que era antes; se um avarento deixa de o ser e, em vez de se apoderar do alheio, começa a ser generoso com o que lhe pertence, certamente se negou a si próprio.

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Senhorio do cristão

Corações generosos, com desprendimento verdadeiro, pede o Senhor.
Consegui-lo-emos, se soltarmos com valentia as amarras ou os fios subtis que nos prendem ao nosso eu.
Não vos escondo que esta determinação exige uma luta constante, uma sobreposição ao entendimento e à vontade própria, em poucas palavras, uma renúncia mais árdua que o abandono dos bens materiais mais desejados.

Esse desprendimento que o Mestre pregou e que espera de todos os cristãos implica também necessariamente manifestações externas. Jesus Cristo coepit facere et docere: antes de anunciar a sua doutrina com a palavra, anunciou-a com as obras.
Vemo-lo nascer num estábulo, na carência mais absoluta, e dormir os seus primeiros sonos na terra deitado sobre as palhas de uma manjedoura.
Depois, durante os anos das suas andanças apostólicas, entre muitos outros exemplos, recordamos a sua clara advertência a um dos que se ofereceram para o acompanhar como discípulo: as raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.
E não deixemos de contemplar aquela cena que o Evangelho recolhe, em que os apóstolos, para matar a fome, num sábado, arrancam pelo caminho umas espigas de trigo.

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Pode-se dizer que Nosso Senhor, perante a missão recebida do Pai, vive o dia-a-dia, tal como aconselhava num dos ensinamentos mais sugestivos que saíram da sua boca divina: não vos preocupeis, quanto à vossa vida, com o que haveis de comer nem, quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir, pois a vida é mais que o alimento e o corpo mais que o vestuário.
Reparai nos corvos: não semeiam nem colhem, não têm despensa nem celeiro, e Deus sustenta-os.
Quanto mais valeis vós do que as aves!...
Reparai nos lírios, como crescem!
Não trabalham nem fiam.
Pois eu digo-vos: nem Salomão, em toda a sua magnificência, se vestiu como um deles.
Se Deus veste assim a erva que hoje está no campo e amanhã é lançada no fogo, quanto mais a vós, homens de pouca fé?

Se vivêssemos mais confiados na Providência divina, seguros - com fé firme - desta protecção diária que nunca nos falta, quantas preocupações ou inquietações pouparíamos a nós próprios.
Desapareceriam muitos desassossegos que, segundo palavras de Jesus, são próprios dos pagãos, dos homens do mundo, das pessoas que carecem de sentido sobrenatural.
Quereria, em confidência de amigo, de sacerdote, de pai, trazer-vos à memória em cada circunstância, que nós, pela misericórdia de Deus, somos filhos desse Pai Nosso, todo-poderoso, que está nos Céus e, ao mesmo tempo, na intimidade dos nossos corações.
Quereria gravar a fogo nas vossas mentes que temos todos os motivos para caminhar com optimismo nesta terra, com a alma bem desprendida dessas coisas que parecem imprescindíveis, pois bem sabe o vosso Pai que tendes necessidade delas.
E Ele providenciará.
Crede que só assim nos portaremos como senhores da Criação e evitaremos a triste escravidão em que tantos caem, porque esquecem a sua condição de filhos de Deus, preocupados com um amanhã ou um depois que talvez nem sequer cheguem a ver.

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Permiti que, mais uma vez, vos manifeste uma pequena parte da minha experiência pessoal.
Abro-vos a minha alma na presença de Deus, com a certeza mais absoluta de que não sou modelo de nada, de que sou um farrapo, um pobre instrumento - surdo e inapto - que o Senhor utilizou para que se comprove, com mais evidência, que Ele escreve perfeitamente com a perna de uma mesa.
Portanto, ao falar-vos de mim, não me passa pela cabeça, nem de longe, o pensamento de que na minha actuação haja algum mérito meu; e muito menos pretendo impor-vos o caminho por onde o Senhor me levou, até porque pode suceder muito bem que o Mestre não vos peça o que tanto me ajudou a trabalhar sem impedimento nesta Obra de Deus a que dediquei toda a minha existência.

Asseguro-vos - toquei-o com as minhas mãos, contemplei-o com os meus olhos - que, se confiardes na divina Providência, se vos abandonardes nos seus braços omnipotentes, nunca vos faltarão os meios para servir a Deus, à Santa Igreja, às almas, sem descuidar nenhum dos vossos deveres.
E, além disso, gozareis de uma alegria e de uma paz que mundus dare non potest, que a posse de todos os bens da terra não pode dar.

Desde os começos do Opus Dei, em 1928, além de que não contava com nenhum recurso humano, nunca utilizei pessoalmente um cêntimo sequer.
Tão-pouco intervim directamente nos assuntos económicos que logicamente surgem ao realizar qualquer tarefa em que participam criaturas - homens de carne e osso, e não anjos - que precisam de instrumentos materiais para desenvolver eficazmente o seu trabalho apostólico.

O Opus Dei precisou e penso que precisará sempre, até ao fim dos tempos, da colaboração generosa de muitos para sustentar as obras apostólicas: por um lado, porque essas actividades nunca são rentáveis; por outro, porque ainda que aumentem o número dos que cooperam e o trabalho dos meus filhos, se há amor de Deus, o apostolado desenvolve-se e as necessidades multiplicam-se.
Por isso, em mais de uma ocasião, fiz rir os meus filhos, pois enquanto os impulsionava com fortaleza a corresponderem fielmente à graça de Deus, animava-os a dirigirem-se descaradamente ao Senhor, pedindo-lhe mais graça e o dinheiro, de contado, que nos faltava.

Nos primeiros anos, faltava-nos até o mais indispensável.
Atraídos pelo fogo de Deus, vinham ter comigo operários, mecânicos, universitários... que ignoravam o aperto e a indigência em que nos encontrávamos, porque no Opus Dei, com o auxílio do Céu, sempre procurámos trabalhar de maneira que o sacrifício e a oração fossem abundantes e escondidos.
Ao rememorar agora aquela época, brota do coração uma acção de graças rendida.
Que segurança havia nas nossas almas!
Sabíamos que, procurando o reino de Deus e a sua justiça, o resto ser-nos-ia concedido por acréscimo.
E posso garantir-vos que não deixou de realizar-se nenhuma iniciativa apostólica por falta de recursos materiais.

No momento preciso, de uma forma ou doutra, o nosso Pai Deus com a sua Providência ordinária facilitava-nos o que era necessário, para que víssemos que Ele é sempre bom pagador.

(cont)


Bob Dylan



Bob Dylan, nuevo Premio Nobel de Literatura: un profeta de la música, y quizá también de Jesucristo

Porque os papas trocam de nome ao serem eleitos?

Uma vez aceite a eleição como Papa pelo cardeal que reúne a maior quantidade de votos no conclave, o cardeal decano pergunta-lhe sempre como quer ser chamado (“Quomodo vis vocari?”).

A escolha do novo nome por parte do Santo Padre pode estar motivada por vários aspectos, como, por exemplo, honrar algum dos seus predecessores – como no caso de João Paulo II.

Mas esta é uma tradição que, ainda que antiga, nem sempre existiu. Até o ano 532, todos os sucessores de São Pedro usaram os seus nomes de Baptismo. Além do nome, indicava-se a sua procedência: Anaclero Romano, Evaristo o Grego, Lino de Tuscia etc.).

Em 31 de Dezembro de 532, o homem eleito papa chamava-se Mercúrio “o romano”. Mercúrio era um nome claramente pagão (é o nome romano do deus grego Hermes), razão pela qual o novo pontífice trocou de nome e se chamou João II, em honra do seu predecessor, João I, um mártir.

A partir desse momento, muitos dos seus sucessores imitaram-no e começaram a trocar o nome de Batismo pelo dos Apóstolos, mártires ou outros papas. Desde então, apenas dois papas mantiveram seu nome de Batismo: Adriano VI e Marcelo II.

Até hoje, os nomes mais usados foram João (23), Gregório (16), Bento (16), Clemente (14), Inocêncio (13), Leão (12) e Pio (12).

Na Bíblia, encontramos algo muito significativo: cada vez que Deus troca o nome de uma pessoa, é por uma razão poderosa: o nome corresponde à sua nova identidade, missão ou ministério.

Temos o exemplo de Abrão, que foi chamado por Deus de Abraão, “pai das nações”, porque Deus lhe prometeu que o seria.

No próprio Génesis, vemos Sarai receber o nome de Sara, como mãe das nações e rainha, porque ela seria mãe de reis.

Jesus também chamou Simão de Pedro, porque “sobre esta Pedra construirei a minha Igreja”.

Por tudo isso, se entende o facto de os papas trocarem de nome ao assumirem uma nova missão: o de se tornar cabeça visível da Igreja.

Este costume é mais uma demonstração de como a Igreja é continuadora e intérprete fiel do Antigo e do Novo Testamentos, bem como da Tradição.

JAVIER ORDOVÁS

(Revisão da versão portuguesa por ama


Pequena agenda do cristão


Sexta-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?