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08/05/2016

Antigo testamento / Génesis 46

Génesis 46

Jacob vai para o Egipto

1 Israel partiu com tudo o que lhe pertencia. Ao chegar a Berseba, ofereceu sacrifícios ao Deus de Isaac, seu pai.

2 E Deus falou a Israel por meio de uma visão noturna: "Jacob! Jacob!"
"Eis-me aqui", respondeu ele.

3 "Eu sou Deus, o Deus de teu pai", disse ele. "Não tenhas medo de descer ao Egipto, porque lá farei de ti uma grande nação.

4 Eu mesmo descerei ao Egipto contigo e certamente te trarei de volta. E a mão de José fechará os teus olhos."

5 Então Jacob partiu de Berseba. Os filhos de Israel levaram o seu pai, Jacob, os seus filhos e as suas mulheres nas carruagens que o faraó tinha enviado.

6 Também levaram os seus rebanhos e os bens que tinham adquirido em Canaã. Assim Jacob foi para o Egipto com toda a sua descendência.

7 Levou consigo para o Egipto os seus filhos, os seus netos, as suas filhas e as suas netas, isto é, todos os seus descendentes.

8 Estes são os nomes dos israelitas, Jacob e os seus descendentes, que foram para o Egipto:Rúben, o filho mais velho de Jacob.

9 Estes foram os filhos de Rúben: Enoque, Palu, Hezrom e Carmi.

10 Estes foram os filhos de Simeão: Jemuel, Jamim, Oade, Jaquim, Zoare Saul, filho de uma cananeia.

11 Estes foram os filhos de Levi: Gérson, Coate e Merari.

12 Estes foram os filhos de Judá: Er, Onã, Selá, Perez e Zerá.
Er e Onã morreram na terra de Canaã.
Estes foram os filhos de Perez: Hezrom e Hamul.

13 Estes foram os filhos de Issacar: Tolá, Puá, Jasube e Sinrom.

14 Estes foram os filhos de Zebulom: Serede, Elom e Jaleel.

15 Foram esses os filhos que Lia deu a Jacob em Padã-Arã, além de Diná, sua filha. Os seus descendentes eram ao todo trinta e três.

16 Estes foram os filhos de Gade: Zefom, Hagi, Suni, Esbom, Eri, Arodi e Areli.

17 Estes foram os filhos de Aser: Imna, Isvá, Isvi e Berias, e a irmã deles, Sera.
Estes foram os filhos de Berias: Héber e Malquiel.

18 Foram esses os dezasseis descendentes que Zilpa, serva que Labão tinha dado à sua filha Lia, deu a Jacob.

19 Estes foram os filhos de Raquel, mulher de Jacob: José e Benjamim.

20 Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om, deu dois filhos a José no Egipto: Manassés e Efraim.

21 Estes foram os filhos de Benjamim: Belá, Bequer, Asbel, Gera, Naamã,Eí, Rôs, Mupim, Hupim e Arde.

22 Foram esses os catorze descendentes que Raquel deu a Jacob.

23 O filho de Dã foi Husim.

24 Estes foram os filhos de Naftali: Jazeel, Guni, Jezer e Silém.

25 Foram esses os sete descendentes que Bila, serva que Labão tinha dado à sua filha Raquel, deu a Jacob.

26 Todos os que foram para o Egipto com Jacob, todos os seus descendentes, sem contar as mulheres de os seus filhos, totalizaram sessenta e seis pessoas.

27 Com mais os dois filhos que nasceram a José no Egipto, os membros da família de Jacob que foram para o Egipto chegaram a setenta.

28 Ora, Jacob enviou Judá à sua frente a José, para saber como ir para Gósen. Quando lá chegaram, José, de carruagem pronta, partiu para Gósen para se encontrar com o seu pai, Israel. Assim que o viu, correu para abraçá-lo e, abraçado a ele, chorou longamente.

29 Israel disse a José: "Agora já posso morrer, pois vi o teu rosto e sei que tu ainda estás vivo".

30 Então José disse aos seus irmãos e a toda a família do seu pai: "Vou partir e informar o faraó que os meus irmãos e toda a família do meu pai, que viviam em Canaã, vieram para cá.

31 Direi que os homens são pastores, cuidam de rebanhos, e trouxeram consigo as suas ovelhas, os seus bois e tudo quanto lhes pertence.

32 Quando o faraó mandar chamá-los e perguntar: 'Em que trabalham?', respondam-lhe assim: 'Os teus servos criam rebanhos desde pequenos, como o fizeram nossos antepassados'. Assim lhes será permitido habitar na região de Gósen, pois todos os pastores são desprezados pelos egípcios".

(Revisão da versão portuguesa por ama)







Maio - Santo Rosário - Segundo Mistério Doloroso


Flagelação de Jesus

Amarrado a uma coluna, o meu Senhor está para ali, estremecendo a cada golpe dos algozes que se revezam.

Cada vergastada é um suplício. Os pedaços de osso que pendem das extremidades das finas tiras de couro enegrecidas de sangue antigo, causam dores indescritíveis, vergões e ferimentos profundos, arrancam a pele e pedaços de carne e rasgam os músculos. A experiência dos algozes atinge os locais mais sensíveis e, talvez mais acicatados pelo silêncio deste Homem a quem o suplício não arranca um queixume, redobram de energia e os golpes caiem, rápidos, fortíssimos, procurando com maquiavélica destreza provocar o maior sofrimento possível.

Mas é em vão. Apenas um som abafado sai da garganta ressequida de Jesus. É um estertor involuntário que a violência do castigo provoca.

Eu, escondido num vão, não intervenho. Estou atónito e assustado com o que vejo. É uma cena de uma brutal ferocidade inaudita.

Não me julgo capaz de Te provocar tal suplício... quem? Eu? Oh Senhor!  Eu não..., eu amo-Te com todas as minhas forças, nunca seria capaz de tal coisa.

E, no entanto, as minhas frequentes faltas e pecados o que são, senão chicotadas na Tua carne santa.

Acabou o terrível suplício. Solto da coluna imunda à qual Te ataram caies por terra, desfalecido, meio morto. Eu, caio também de joelhos e peço-Te perdão.

Perdão pela minha cobardia, pela minha pouca de fé, pela minha tibieza, pela minha falta de carácter.

E tu, minha Mãe, que no exterior, com o coração angustiado, aguardas o fim do suplício que infligem ao teu Filho, tu Senhora de Dores, acolhe-me junto de ti e sossega o meu espírito.

Diz-me que jamais, jamais consentirás que eu me converta em carrasco, algoz, do teu Divino Filho.

Afiança-me que a tua confiança de filha de Deus Pai, ajudará a minha pouca fé.
Persuade-me que a tua certeza de Mãe de Deus Filho aumentará a minha esperança.

Garante-me que o teu amor de Esposa do Espírito Santo, suprirá a minha falta de caridade.

Incute no meu espírito o desejo de estar com Jesus, nesta hora solene, em que o rei do Reis, o Senhor dos Senhores, está amarrado como um malfeitor, recebendo um castigo duríssimo que não mereceu.

A interpor-me entre os carrascos e o teu Filho, aparando os golpes.

A limpar os vergões e as feridas da Sua carne.

Por um bálsamo, lavar o sangue, limpar as feridas.

Permite-me querer ficar com Ele, ofegante de emoção, amarrado também a essa coluna, partilhando o possível da Sua Flagelação.

Caminho divino de santidade

AMOR HUMANO

…/3

O segredo da família

Com efeito, Cristo fez do matrimónio um caminho divino de santidade, para encontrar Deus no meio das ocupações diárias, da família e do trabalho, para situar a amizade, as alegrias e as penas – porque não há cristianismo sem Cruz – e as mil pequenas coisas do lar ao nível eterno do amor.
Eis o segredo do matrimónio e da família.
Assim se antecipa a contemplação e o gozo do céu, onde encontraremos a felicidade completa e definitiva.

No quadro desse “caminho divino” de amor matrimonial, São Josemaria falava do significado cristão, profundo e belo, da relação conjugal:

“Noutros sacramentos a matéria é o pão, é o vinho, é a água… Aqui são os vossos corpos. (…). Vejo o leito conjugal como um altar; está ali a matéria do sacramento” [i].

A expressão altar não deixa de ser surpreendente e ao, mesmo tempo, é consequência lógica de uma leitura profunda do matrimónio, que tem na una caro [ii] – a união completa dos corpos humanos, criados à imagem e semelhança de Deus – o seu núcleo.

(Cont)

r. pellitero

(Revisão da versão portuguesa por ama)




[i] S. Josemaria, Apontamentos tomados de uma reunião familiar (1967), recolhido em Diccionario de San Josemaria, Burgos 2013, p. 490.
[ii] Cf. Gn 2, 24; Mc 10, 8.

Doutrina – 137

 CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ
CAPÍTULO PRIMEIRO CREIO EM DEUS PAI

OS SÍMBOLOS DA FÉ

41. Em que sentido Deus é a verdade?

Deus é a própria Verdade e como tal não se engana e não pode enganar. Ele «é luz e n’Ele não há trevas». [1] O Filho eterno de Deus, Sabedoria encarnada, foi enviado ao mundo «para dar testemunho da Verdade». [2]



[1] 1 Jo 1,5
[2] Jo 18, 37

Evangelho, comentário, L. espiritual


Páscoa
Ascensão do Senhor

Evangelho: Lc 24, 46-53

46 e disse-lhes: «Assim está escrito que o Cristo devia padecer e ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, 47 e que em Seu nome havia de ser pregado o arrependimento e a remissão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. 48 Vós sois as testemunhas destas coisas. 49 Eu vou mandar sobre vós o Prometido por Meu Pai. Entretanto permanecei na cidade até que sejais revestidos da força do alto». 50 Depois, levou-os até junto de Betânia e, levantando as Suas mãos, abençoou-os. 51 E enquanto os abençoava, separou-Se deles e era levado para o céu.52 Eles, depois de O adorarem, voltaram para Jerusalém com grande alegria, 53 e estavam continuamente no templo louvando a Deus.

Comentário:

Jesus cristo parte para o céu mas não nos deixa sós.
Fica connosco presente na Santíssima Eucaristia, sempre disponível, sempre pronto a acolher-nos.
Somos felizes, muito felizes por tão grande dom. Não só podemos estar com Ele, gozar a Sua companhia sempre que quisermos como, o que é extraordinário recebe-lo no Seu corpo a alma e divindade como alimento para esta vida e penhor da vida eterna.
Nunca poderemos agradecer tão excelente dom.

(ama, comentário sobre Lc 24, 46-53, 2013.05.12)


Leitura espiritual



CARTA ENCÍCLICA

LAETITIAE SANCTAE
DE SUA SANTIDADE PAPA LEÃO XIII
A TODOS OS NOSSOS VENERÁVEIS IRMÃOS, OS PATRIARCAS,
PRIMAZES, ARCEBISPOS E BISPOS DO ORBE CATÓLICO,
EM GRAÇA E COMUNHÃO COM A SÉ APOSTÓLICA
SOBRE O ROSÁRIO DE NOSSA SENHORA

11. Todo aquele que se não contentar com olhar, porém meditar amiúde exemplos de tão excelsa virtude, oh! como se sentirá impelido a imitá-los! Para esse, ainda que seja "maldita a terra, e faça germinar espinhos e abrolhos", ainda que o espírito seja oprimido pelos sofrimentos, ou o corpo pelas doenças, nunca haverá nenhum mal causado pela perfídia dos homens ou pelo furor dos demônios, nunca haverá calamidade, pública ou privada, que ele não consiga superar com paciência.

É, pois, realmente verdadeiro o dito: "É de cristão fazer e suportar coisas árduas"; porque todo aquele que não quiser ser indigno desse nome não pode deixar de imitar Cristo que sofre. E repare-se em que como resignação não entendemos a vã ostentação de um ânimo endurecido à dor, como o tiveram alguns filósofos antigos; mas sim essa resignação que se funda no exemplo d'Aquele que "em lugar do gozo que tinha diante de si, suportou o suplício da Cruz, desprezando a ignomínia" [1]; essa resignação que, depois de pedir a Ele o necessário auxílio da graça, de modo algum recusa afrontar as adversidades; antes, alegra-se com elas, e considera um lucro qualquer sofrimento, por mais acerbo que seja.

A Igreja Católica sempre teve, e tem ainda agora, insignes campeões de tal doutrina: homens e mulheres, em grande número, em todas as partes do mundo, de todas as condições. Estes, seguindo as pegadas de Cristo, em nome da fé e da virtude suportam contumélias e amarguras de todo gênero, e têm como seu programa, mais com os factos do que com as palavras, a exortação de S. Tomé: "Vamos também nós, e morramos com Ele". [2]

12. Oh! Praza ao Céu que exemplos de tão admirável fortaleza se multipliquem sempre mais, a fim de que deles brote segurança para a sociedade, e virtude e glória para a Igreja.

O descaso dos bens eternos

13. O terceiro mal para o qual é preciso achar um remédio é particularmente próprio dos homens dos nossos dias Com efeito, os homens dos tempos passados, mesmo quando com excessiva paixão procuravam as coisas terrenas, contudo não desprezavam totalmente as celestes; antes, os mais sábios entre os próprios pagãos ensinaram que esta nossa vida é um lugar de hospedagem e uma estação de passagem, antes que uma morada fixa e definitiva.

Ao contrário, muitos dos modernos, embora educados na fé cristã, procuram de tal modo os bens transitórios desta terra, que não somente esquecem uma pátria melhor na eternidade bem-aventurada, mas, por excesso de vergonha, chegam a cancelá-la completamente de sua memória, contra a advertência de S. Paulo: "Não temos aqui uma cidade permanente, porém demandamos a futura". [3]

Quem quiser examinar as causas desta aberração logo notará que a primeira delas é a convicção de muitos de que o pensamento das coisas eternas extingue o amor da pátria terrena e impede a prosperidade do Estado. Calúnia odiosa e insensata.

E, de facto, os bens que esperamos não são de natureza tal que absorvam os pensamentos do homem até o ponto de o distrair inteiramente do cuidado dos interesses terrenos. O próprio Cristo, embora recomendando que procuremos antes de tudo o reino de Deus, com isto insinua-nos que não devemos descurar tudo o mais.

E, de facto, se o uso dos bens terrenos e dos gozos honestos que deles derivam servem de estímulo à virtude; se o esplendor e o bem-estar da, cidade terrena - que depois redundam em glória da sociedade humana - são considerados como uma imagem do esplendor e da magnificência da cidade eterna, eles não são nem indignos de homens racionais, nem contrários aos desígnios de Deus.

Porque Deus é ao mesmo tempo autor da natureza e da graça; e por isto não pode ter disposto que uma obste à outra e estejam entre si em luta; mas, ao contrário, que, amigavelmente unidas, nos guiem, por uma trilha mais fácil, àquela eterna felicidade a que, embora mortais, somos destinados.

14. Mas os homens dados ao prazer e egoístas, que de tal modo mergulham e aviltam os seus pensamentos nas coisas caducas a ponto de não saberem elevar-se a mais alto, estes, antes que procurarem os bens eternos através dos bens sensíveis de que gozam, perdem completamente de vista a eternidade, caindo assim numa condição verdadeiramente abjecta. Na verdade, Deus não poderia infligir ao homem punição mais terrível do que abandonando-o por toda a vida às seduções dos vícios, sem ter jamais um olhar para o Céu.

As lições dos mistérios gloriosos

15. A este perigo não estará exposto aquele que, rezando o santo Rosário, meditar com atenção e com frequência as verdades contidas nos mistérios gloriosos. Desses mistérios, com efeito, brilha na mente dos cristãos uma luz tão viva, que nos faz descobrir aqueles bens que o nosso olho humano nunca poderia perceber, mas que Deus - assim o cremos com fé inabalável - preparou "para aqueles que o amam".

Deles aprendemos, além disto, que a morte não é um esfacelamento que tudo perde e destrói, mas sim uma simples passagem e uma mudança de vida. Aprendemos que o caminho do céu está aberto a todos; e, quando observamos Cristo que volta ao Céu, recordamos a sua bela promessa: "Vou preparar-vos o lugar".

Aprendemos que haverá um tempo em que "Deus enxugará toda lágrima dos nossos olhos; em que não haverá mais nem lutos, nem pranto, nem dor, mas estaremos sempre com o Senhor, semelhantes a Deus, porque o veremos como Ele é, bebendo na torrente das suas delícias, concidadãos dos santos", em feliz união com a grande Mãe e Rainha.

16. Uma alma que se nutra destas verdades deverá necessariamente inflamar-se delas e repetir a frase de um grande. Santo: "Oh! como me parece sórdida a terra quando olho o Céu"; deverá necessariamente alegrar-se ao pensamento de que "um instante de um leve sofrimento nosso produz em nós uma medida eterna de glória".

E, verdadeiramente, só aqui está o segredo de harmonizar o tempo com a eternidade, a cidade terrena com a celeste, e de formar caracteres fortes e generosos. E se estes se tornarem muito numerosos, sem dúvida estará com isso consolidada a dignidade e a grandeza do Estado; e florescerá tudo o que é verdadeiro, tudo o que é bom, tudo o que é belo; florescerá em harmonia com aquela norma que é o sumo princípio e a fonte inexaurível de toda verdade, de toda bondade e de toda beleza.

17. Ora, quem não vê a verdade disso que havemos observado desde o princípio, isto é, de que preciosos bens é fecundo o santo Rosário? O quanto ele é maravilhosamente eficaz em curar os males dos nossos tempos, e em opor um dique aos gravíssimos males da sociedade?

As confrarias do Rosário

18. Mas, como cada um facilmente compreende, de tal eficácia serão mais directa e mais largamente participantes os membros das sacras confrarias do Rosário, porque a ela adquirem um direito particular, quer pela sua união fraterna, quer pela sua devoção especial à Virgem Santíssima.

Tais sodalícios autorizadamente aprovados pelos Romanos Pontífices e por eles enriquecidos de privilégios e de tesouros de indulgências, têm uma forma própria de ordenação e de disciplina. Promovem reuniões em dias determinados, e neles são fornecidos meios mais adequados para florescer na piedade e para prestar úteis serviços à própria sociedade civil. Eles são como que falanges militantes que, guiadas e amparadas pela celeste Rainha, combaterão as batalhas de Cristo, em virtude dos seus santos mistérios.

E em todas as ocasiões, mas especialmente em Lepanto, pôde-se ver como a Virgem se compraz com as orações, as festas e as procissões desses seus devotos.

19. Bem justo é, pois, que não somente os filhos do patriarca S. Domingos - certamente obrigados mais do que os outros, por motivo da sua vocação, - mas também todos aqueles que têm cura de almas -especialmente nas igrejas onde essas confrarias estão canonicamente eretas - se apliquem com todo o seu zelo a multiplicá-las, desenvolvê-las e assisti-las. Antes, ardentemente desejamos que também se dediquem a este trabalho aqueles que empreendem missões, seja para levar a doutrina de Cristo aos infiéis, seja para reforçá-la nos fiéis.

20. Não duvidamos de que, pelas exortações de todos estes, muitos cristãos estarão prontos não só a inscrever-se nessas confrarias, mas também a esforçar-se, por todos os meios, para colher as já indicadas vantagens espirituais que formam como que a razão de ser e, por assim dizer, a substância do santo Rosário. Depois, o exemplo dos membros das confrarias arrastará também os outros fiéis a uma maior estima e devoção ao Rosário; os quais, assim estimulados, porão todo o seu empenho - como Nós vivamente desejamos - em tirar também, na mais larga medida, salutares vantagens desta prática.

21. Eis aí a esperança que nos sorri. É ela que, no meio de tantas calamidades públicas, nos guia e profundamente nos consola. Digne-se Maria, Mãe de Deus e dos homens, inspiradora e mestra do santo Rosário, de realizar plenamente esta esperança, acolhendo as preces comuns.

Nós, ó Veneráveis Irmãos, temos confiança de que, pelo zelo de cada um de vós, os vossos ensinamentos e os Nossos votos produzirão toda espécie de bem, e contribuirão, em particular, para a prosperidade das famílias e para a paz dos povos.

Enquanto isso, em penhor dos favores celestes e em testemunho da Nossa benevolência, no Senhor concedemos a cada um de vós, ao vosso clero e ao vosso povo a Bênção Apostólica.

Dado em Roma, junto a S. Pedro, a 8 de Setembro de 1893, décimo sexto ano do Nosso Pontificado.



LEÃO XIII PAPA

Revisão da versão portuguesa por ama




[1] Heb 12, 2
[2] Jo 11, 16
[3] Heb. 13, 14

Pequena agenda do cristão


DOMINGO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?



Que saibamos abrir a alma

"Tota pulchra es Maria, et macula originalis non est in te!" – És toda formosa, Maria, e em Ti não há mancha original!, canta a liturgia com entusiasmo. Não há n'Ela a menor sombra de duplicidade. Peço diariamente à nossa Mãe que saibamos abrir a alma na direcção espiritual, para que a luz da graça ilumine toda a nossa conduta! Maria obter-nos-á a coragem da sinceridade, para que nos unamos mais à Santíssima Trindade, se assim lho suplicarmos. (Sulco, 339)

  – Não me abandones, meu Senhor: não vês a que abismo sem fundo iria parar este teu pobre filho?

– Minha Mãe: sou também teu filho. (Forja, 314)


Reflectindo - 178

Sou boa pessoa?

…/2

Talvez tenhamos alguma dificuldade em aceitar o que somos, como somos. Talvez haja algum sentimento de insatisfação ou, até, alguma tendência pessoal para nos subestimar e julgar com rigor excessivo.

Isto acontece porque no fundo temos a secreta ambição de ser perfeitos e, a verdade, é que não o somos.

Faz parte da condição humana querer ser perfeito ou, dito de outra forma, que o que fazemos e como vivemos esteja acima de qualquer crítica ou reparo.

Secretamente desejamos que os outros nos admirem, nos tomem como exemplo e por vezes, sintam alguma inveja.

Mas, e pondo de lado o amor próprio, o mais comum é considerarmos que o que fazemos e como procedemos pouco mérito tem já que pensamos que poderíamos ter feito mais e, sobretudo, melhor.

(cont)



(ama, Reflexões, Algarve, Setembro 2015)

Temas para meditar - 629

Lourdes

Conta-se que, a caminho de Lourdes, uma mãe dizia ao filho portador de doença grave: “Tudo o que pedires a Nossa Senhora, Jesus concede-o.” 
Ao cair da tarde, durante a bênção dos doentes, quando passou na sua frente o sacerdote com o Santíssimo Sacramento na Custódia, o pequeno disse: “Se não me curas vou fazer queixa à Tua Mãe.” 
Tendo ficado impressionado com o que o pequeno dissera, o sacerdote, depois de terminada a bênção a todos os doentes, voltou de novo para o abençoar mais uma vez. 
O rapazinho repetiu: “Se não me curas vou queixar-me à Tua Mãe.
” Naquele instante ficou curado.

(P. josé manuel amorimHomília na missa de Nossa Senhora da Lapa, 2005.05.01)