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25/04/2016

Publicações Abr 25

Publicações Abr 25

S. Josemaria – Textos

AMA - Reflectindo - Santidade pessoal 2

AMA - Comentários ao Evangelho Mc 16 15-20, Confissões - Santo Agostinho

CIC – Compêndio

AMA - Diálogos apostólicos

Ideologias 3

AT – Génesis


Agenda Segunda-Feira

Diálogos apostólicos

Diálogos apostólicos II Parte

(cont. do diálogo anterior)

4 - [1]

Santo Agostinho dedica várias páginas das suas "Confissões" a meditar sobre estes temas interrogando-se sem descanso sobre a eternidade.

Evidentemente que o seu pensamento privilegiado consegue articular, com palavras humanas já se vê, alguns princípios partindo sempre da sua Fé em Deus.

Detém-se longamente na Criação interrogando Deus directamente ou, se se preferir, pedindo-lhe que confirme as suas conclusões.

As "Confissões" não é um livro para ler - embora, quanto a mim, seja difícil fazer pausas na leitura - mas antes um livro para "consultar" e, posso assegurar, o olhar atento descobrirá muitas respostas que desejamos obter.



[1] Nota: Normalmente, estes “Diálogos apostólicos”, são publicados sob a forma de resumos e excertos de conversas semanais. Hoje, porém, dado o assunto, pareceu-me de interesse publicar quase na íntegra.

Antigo testamento / Génesis

Génesis 25

A morte de Abraão

1 Abraão casou-se com outra mulher, chamada Queura.

2 Ela deu-lhe os seguintes filhos: Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Isbaque e Suá.

3 Jocsã gerou Sabá e Dedã; os descendentes de Dedã foram os assuritas, os letusitas e os leumitas.

4 Os filhos de Midiã foram Efá, Éfer, Enoque, Abida e Elda. Todos esses foram descendentes de Quetura.

5 Abraão deixou tudo o que tinha a Isaac.

6 Mas para os filhos das suas concubinas deu presentes; e, ainda em vida, enviou-os para longe de Isaac, para a terra do oriente.

7 Abraão viveu cento e setenta e cinco anos.

8 Morreu em boa velhice, em idade bem avançada, e foi reunido aos seus antepassados.

9 Os seus filhos, Isaac e Ismael, sepultaram-no na caverna de Macpela, perto de Manre, no campo de Efrom, filho de Zoar, o hitita, campo que Abraão comprara dos hititas. Foi ali que Abraão e Sara, sua mulher, foram sepultados.

11 Depois da morte de Abraão, Deus abençoou o seu filho Isaac. Isaac morava próximo a Beer-Laai-Roi.

Os filhos de Ismael

12 Este é o registo da descendência de Ismael, o filho de Abraão que Hagar, a serva egípcia de Sara, lhe deu a ele.

13 São estes os nomes dos filhos de Ismael, listados por ordem de nascimento: Nebaiote, o filho mais velho de Ismael, Quedar, Adbeel, Mibsão, Misma, Dumá, Massá, Hadade, Temá, Jetur, Nafis e Quedemá.

14 Foram esses os doze filhos de Ismael, que se tornaram os líderes das suas tribos; os seus povoados e acampamentos receberam os seus nomes.

15 Ismael viveu cento e trinta e sete anos. Morreu e foi reunido aos seus antepassados.

16 Os seus descendentes estabeleceram-se na região que vai de Havilá a Sur, próximo à fronteira com o Egipto, na direcção de quem vai para Assur. E viveram em hostilidade contra todos os seus irmãos.

Jacob e Esaú

17 Esta é a história da família de Isaac, filho de Abraão:
Abraão gerou Isaac, o qual aos quarenta anos se casou com Rebeca, filha de Betuel, o arameu de Padã-Arã, e irmã de Labão, também arameu.

18 Isaac orou ao Senhor em favor da sua mulher, porque era estéril. O Senhor respondeu à sua oração, e Rebeca, sua mulher, engravidou.

19 Os fetos empurravam-se dentro dela, pelo que disse: "Por que me acontece isto?" Foi então consultar o Senhor.

20 Disse-lhe o Senhor:
"Duas nações estão no teu ventre; já desde as tuas entranhas dois povos se separarão; um deles será mais forte que o outro, mas o mais velho servirá o mais novo".

21 Ao chegar a época de dar à luz, confirmou-se que havia gémeos no seu ventre.

22 O primeiro a nascer era ruivo, e todo o seu corpo era como um manto de pelos; por isso lhe deram o nome de Esaú.

23 Depois nasceu o seu irmão, com a mão agarrada ao calcanhar de Esaú; pelo que lhe deram o nome de Jacob. Tinha Isaac sessenta anos de idade quando Rebeca os deu à luz.

24 Os meninos cresceram. Esaú tornou-se caçador habilidoso e vivia percorrendo os campos, ao passo que Jacob cuidava do rebanho e vivia nas tendas.

25 Isaac preferia Esaú, porque gostava de comer da sua caça; Rebeca preferia Jacob.

26 Certa vez, quando Jacob preparava um ensopado, Esaú chegou faminto, voltando do campo,  e pediu-lhe: "Dá-me um pouco desse ensopado vermelho. Estou faminto!" Por isso também foi chamado Edom.

27 Respondeu-lhe Jacob: "Vende-me primeiro o teu direito de filho mais velho".

28 Disse Esaú: "Estou quase morrendo. De que me vale esse direito?"

29 Jacob, porém, insistiu: "Jura primeiro". Ele fez um juramento, vendendo o seu direito de filho mais velho a Jacob.

30 Então Jacob serviu a Esaú pão com ensopado de lentilhas. Ele comeu e bebeu, levantou-se e foi-se embora.
Assim Esaú desprezou o seu direito de filho mais velho.

(Revisão da versão portuguesa por ama)








Pequena agenda do cristão


SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?




Doutrina – 124

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
PRIMEIRA SECÇÃO: «EU CREIO» – «NÓS CREMOS»
CAPÍTULO TERCEIRO: A RESPOSTA DO HOMEM A DEUS

NÓS CREMOS

30. Porque é que a fé é um acto pessoal e ao mesmo tempo eclesial?

A fé é um acto pessoal, enquanto resposta livre do homem a Deus que se revela. Mas é ao mesmo tempo um acto eclesial, que se exprime na confissão: «Nós cremos». De facto, é a Igreja que crê: deste modo, ela, com a graça do Espírito Santo, precede, gera e nutre a fé do indivíduo. Por isso a Igreja é Mãe e Mestra.

«Não pode ter a Deus por Pai quem não tem a Igreja por Mãe» [1]




[1] S. Cipriano

Evangelho, comentário, L. espiritual


Páscoa

Evangelho: Mc 16, 15-20

15 E disse-lhes: «Ide por todo o mundo, e pregai o Evangelho a toda a criatura. 16 Quem crer e for baptizado, será salvo; mas quem não crer, será condenado. 17 Eis os milagres que acompanharão os que crerem: Expulsarão os demónios em Meu nome, falarão novas línguas, 18 pegarão em serpentes e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará mal; imporão as mãos sobre os doentes, e serão curados». 19 O Senhor, depois de assim lhes ter falado, elevou-Se ao céu e foi sentar-Se à direita do Pai. 20 Eles, tendo partido, pregaram por toda a parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os milagres que a acompanhavam.

Comentário:

Em plena Páscoa a Liturgia escolhe este trecho do Evangelho se São Marcos porque hoje se comemora o dia do Apóstolo e Evangelista.

É, aliás, o “fecho” do Evangelho que escreveu baseado como sabemos no que ouviu directamente do Príncipe dos Apóstolos, São Pedro.

Ficamos a dever a São Marcos o conhecimento das 12 pessoas que o Senhor escolheu como “colunas” da Sua Igreja, das suas características pessoais, fragilidades, e limitações bem notórias, inclusive as negações e infidelidades.

Revela-se assim a profunda humildade desses homens nomeadamente de São Pedro que não se opõem antes terão desejado que tudo constasse para que nós, cristãos, normais e correntes, possamos ver que podemos perfeitamente estar “à altura” dos Doze e sermos como eles foram fiéis até à morte a nosso Senhor Jesus Cristo.

(ama, comentário sobre Mc 16, 15-18, 2015.04.25)

Leitura espiritual



SANTO AGOSTINHO – CONFISSÕES


LIVRO DÉCIMO-SEGUNDO

CAPÍTULO VIII

A terra invisível

Mas o céu do céu pertence-te a ti, Senhor; a terra, que deste aos filhos dos homens para que a vissem e tocassem, não era tal como agora e vemos e tocamos. Era invisível e informe: um abismo sobre o qual não havia luz. As trevas estendiam-se sobre o abismo – isto é: mais profundas que o abismo. Esse abismo das águas, agora visíveis, tem até nas suas profundezas uma luminosidade, perceptível aos peixes e aos animais que se arrastam no fundo. Mas tudo isso era quase o nada, sendo ainda completamente informe; porém já era um ser apto a receber uma forma.

Senhor, criaste o mundo de uma matéria sem forma; do nada fizeste este quase nada de onde tiraste as grandes coisas que admiramos, nós, os filhos dos homens. Porque este céu corpóreo é de facto admirável, este firmamento que separa uma água de outra, que criaste no segundo dia, depois da luz, dizendo: “Faça-se – e assim se fez”. Chamaste céu a este firmamento: o céu desta terra e deste mar que criaste no terceiro dia, dando forma visível à matéria informe, criado por ti antes de todos os dias.

Já tinas criado outro céu antes de haver dia; mas era o céu do céu, porque no princípio criaste o céu e a terra. Quanto a esta mesma terra, nada mais era que matéria informe, sendo invisível, caótica e as trevas reinando sobre o abismo. É desta terra invisível, caótica, desta massa informe, deste quase nada, que formaste todas as coisas de que é formado e não formado este mundo mutável, domínio da transformação, que torna possíveis a percepção e a medida do tempo.
Porque o tempo é feito da mudança das coisas, de variações e transformações das formas, cuja matéria é esta terra invisível, de que falei acima.

CAPÍTULO IX

A criação do tempo

Por isso, o Espírito que instruiu o teu servo, quando relata que no princípio criaste o céu e a terra, cala-se sobre o tempo, guarda silêncio sobre os dias. De facto, o céu do céu, que fizeste no começo, é de alguma maneira uma criatura racional que, mesmo sem ser co-eterna contigo, ó Trindade, participava todavia da tua eternidade. A doçura de te contemplar beatificamente mantém-na imóvel e unida a ti sem movimento, e desde a sua criação escapa às vicissitudes fugazes do tempo.

Porém, esta massa informe, esta terra invisível, este caos, tu não o enumeraste entre os dias; de facto, onde não há forma nem ordem, nada vem, nada passa e, portanto não pode haver nem dias, nem sucessão de espaços temporais.

CAPÍTULO X

Invocação à verdade

Ó Verdade, luz do meu coração, faz com que se calem as minhas trevas. Deixei-me cair nelas e fiquei às escuras; mas, mesmo do fundo desse abismo, eu te amei ardentemente. Andei, errante, mas lembrei-me de ti. Ouvi a tua voz atrás de mim, que me exortava a que voltasse; mas dificilmente podia escutá-la, por causa do tumulto da minha alma. E agora, eis que, ardente e anelante, volto à tua fonte. Que ninguém mo impeça; beberei da sua água, e assim viverei. Que não seja eu a minha própria vida! Vivi mal por minha culpa, e fui a causa da minha morte. Em ti eu revivo! Fala-me, ensina-me. Creio nos teus livros, e as tuas palavras encerram profundos mistérios.

CAPÍTULO XI

As criaturas e o criador

Já me disseste, Senhor, com voz forte ao ouvido da minha alma, que és eterno, e que só tu possuis a imortalidade, porque não mudas nem de forma, nem de movimento; a tua vontade não varia conforme o tempo, pois a vontade mutável não é imortal. Esta verdade é-me clara na tua presença. Peço-te que ela se torne para mim cada vez mais clara, e sob as tuas asas eu me mantenha atento a esta evidência.

Também disseste, Senhor, com voz forte ao ouvido da minha alma, que todas as naturezas, todas as substâncias que não são o que és, mas que existem, tu as criaste; que só o nada não provém de ti, assim como o movimento de uma vontade que se afasta de ti, Ser supremo. Enfim, que nenhum pecado te causa dano, nem perturba a ordem do teu império, superior ou inferior. Essa verdade é clara para mim na tua presença. Peço-te que se torne para mim cada vez mais clara, e que sob as tuas asas eu me mantenha atento a esta evidência.
Também disseste, Senhor, com voz forte ao ouvido da minha alma, que essa criatura, que tem em ti o seu único deleite, não te é co-eterna; que goza de ti em união casta e duradoura, sem nunca trair em parte alguma a sua natureza mutável; que, se conserva sempre na tua presença e unida a ti com todo o seu amor, não tem de esperar futuro, nem que recordar passado, imutável pois com o tempo e o vir a ser. Feliz criatura, se existe, por participar da tua felicidade, feliz de ser perenemente habitada e iluminada por ti! Nada encontro que melhor se possa chamar céu de céu que pertence ao Senhor, que esta habitação da tua divindade, que contempla as tuas delícias sem que nada a afaste para outras partes. Puro espírito, intimamente ligado por um elo de paz com esses santos, espíritos, cidadãos da tua cidade, situada no céu e acima do nosso céu.

Diante disso, possa a alma, cuja peregrinação afastou de ti, compreender se já tem sede de ti, se o seu pranto se tornou o seu pão, quando todos os dias lhe dizem: Onde está o teu Deus? – seela deseja apenas habitar na tua morada todos os dias da sua vida. E que é a sua vida, senão tu?
Que são os teus dias, senão a tua eternidade, como os teus anos que não passam, porque és sempre o mesmo? Por isso, digo, faz compreender à alma, se possível, como a tua eternidade transcende todos os temos. A tua morada, que nunca se afastou de ti, embora não te sendo co-eterna, graças à sua incessante e ininterrupta união contigo, não padece de vicissitudes do tempo. Essa verdade é clara para mim na tua presença. Peço-te que se torne para mim cada vez mais clara, e que sob as tuas asas eu me mantenha atento a esta evidência.

Vejo, de facto, não sei que matéria informe nas transformações das coisas últimas e ínfimas. Mas quem dirá, a não ser o insensato, cujo espírito vagueia entre quimeras, à mercê dos seus fantasmas, quem, salvo este, ousaria afirmar que, se toda forma fosse destruída, abolida, restando apenas a matéria informe, graças à qual as coisas se transformam e passam de uma forma para outra, ela poderia produzir as vicissitudes do tempo? Não, tal hipótese é absolutamente impossível, pois sem variedade de movimentos não há tempo; e não há variedade onde não há forma.

CAPÍTULO XII

A criação e a eternidade

Bem consideradas estas coisas, por tua graça, meu Deus, e como me incitasse a bater, e como me abres quando bato, encontro duas criações tuas não afectadas pelo tempo, embora nenhuma delas te seja co-eterna. Uma, que criaste tão perfeita que jamais deixa de te contemplar, que não sofre nenhuma mudança, embora de natureza mutável, e goza da tua eternidade e da tua imutabilidade. Outra, informe, a ponto de lhe ser impossível passar de uma forma para outra, quer no movimento, quer no repouso, e, portanto, incapaz de estar sujeita ao tempo. Mas tu não a deixaste informe pois, antes de qualquer dia, fizeste no principio o céu e a terra, as duas obras de que falava.

Mas a terra era invisível e informe, e as trevas reinavam sobre o abismo. Por essas palavras, a Escritura sugere a ideia de algo informe, para ensinar aos poucos aos espíritos que não podem conceber que a falta absoluta de forma não se confunde com o nada. É dessa massa informe que deveria ser criado um segundo céu, uma terra visível, ordenada, a água cristalina, e enfim tudo o que foi feito na criação, de acordo com a tradição das Escrituras, em dias sucessivos.

E essa obra é tal que, devido à mudanças regulares dos seus movimentos e formas, está sujeita às vicissitudes do tempo.

CAPÍTULO XIII

O céu e a terra em Génesis

“No princípio criou Deus o céu e a terra. A terra era invisível e informe, e as trevas estendiam-se sobre o abismo.” Ouço estas palavras, meu Deus, e não encontrando menção do dia em que criaste essas coisas, concluo dessa omissão que se trata do céu do céu, do céu intelectual, onde a inteligência conhece simultaneamente e não por partes; não por enigma, ou como um espelho, mas por inteiro, em plena luz, face a face; conhece não ora isto, ora aquilo, mas, como disse, simultaneamente, sem a sequência temporal. Concluo também que se trata da terra invisível, informe, estranha às vicissitudes do tempo, que ora causam isto, ora aquilo, pois onde não há forma não pode haver isto ou aquilo.

Dessas realidades, uma de forma acabada desde o início, a outra absolutamente informe, o céu, isto é: o céu do céu, e a terra, isto é: terra invisível e informe, é bem a propósito delas que a tua Escritura diz, sem mencionar o dia: “No princípio criou Deus o céu e a terra”. E acrescenta imediatamente de que terra se trata. E, indicando que no segundo dia foi criado o firmamento, que foi chamado céu, dá a entender também de que céu falara antes, sem precisar o dia.

(Revisão de versão portuguesa por ama)


É preciso que sejas homem de vida interior

É preciso que sejas "homem de Deus", homem de vida interior, homem de oração e de sacrifício. – O teu apostolado deve ser uma superabundância da tua vida "para dentro". (Caminho, 961)

Vida interior. Santidade nas tarefas usuais, santidade nas coisas pequenas, santidade no trabalho profissional, nas canseiras de todos os dias...; santidade para santificar os outros. Numa certa ocasião, um meu conhecido – nunca hei-de chegar a conhecê-lo bem – sonhava que ia a voar num avião a uma grande altura, mas não dentro da cabine; ia montado nas asas. Coitado do desgraçado: como sofria e se angustiava! Parecia que Nosso Senhor lhe dava a conhecer que assim andam pelas alturas – inseguras, inquietas – as almas apostólicas que não têm vida interior ou que a descuidam: com o perigo constante de caírem, sofrendo, incertas.

E penso, efectivamente, que correm um sério risco de se extraviarem os que se lançam à acção – ao activismo – prescindindo da oração, do sacrifício e dos meios indispensáveis para conseguir uma piedade sólida: a frequência dos Sacramentos, a meditação, o exame de consciência, a leitura espiritual, a convivência assídua com a Virgem Santíssima e com os Anjos da Guarda... Tudo isto contribui, além disso, com uma eficácia insubstituível, para que o caminho do cristão seja tão agradável, porque da sua riqueza interior jorram a doçura e a felicidade de Deus como o mel do favo.


Na intimidade pessoal, na conduta externa, no convívio com os outros, no trabalho, cada um há-de procurar manter-se numa contínua presença de Deus, com uma conversa – um diálogo – que não se manifesta exteriormente. Melhor dito, não se exprime normalmente com ruído de palavras, mas há-de notar-se pelo empenho e pela diligência amorosa com que acabamos bem as tarefas, tanto as importantes como as insignificantes. Se não procedêssemos com essa constância, seríamos pouco coerentes com a nossa condição de filhos de Deus, pois teríamos desperdiçado os recursos que Nosso Senhor colocou providencialmente ao nosso alcance, para chegarmos ao estado de homem perfeito, à medida da idade perfeita segundo Cristo. (Amigos de Deus, 18–19)

Em que diferem a religião e a ideologia?

IDEOLOGIAS

3. Em que diferem a religião e a ideologia?

Religiões e ideologias tocam-se pois ambas contêm ideias que levam a um modo de actuar.
Diferem, no entanto em vários aspectos:

As religiões referem-se a Deus de modo primeiro.
Esta é a distinção fundamental.

As religiões abarcam todo el comportamento humano e procuram o bem geral dos homens.
As ideologias não são tão amplas e procuram bens mais reduzidos.
As religiões aludem a outra vida futura.
As ideologias limitam-se a esta vida.


Ainda que haja estas diferenças, algumas ideologias abarcam muitos aspectos da vida humana e os ateus utilizam-nas como substituto da religião.

Reflectindo - 175

Santidade pessoal

…/2

Jesus Cristo é o Santo de Deus, como tantas vezes consta nos Evangelhos sendo, aliás, o nome que o Arcanjo Gabriel comunicou à Santíssima Virgem na Anunciação.

Parece-nos mais "fácil" o esforço por imitar Jesus Cristo?

Mais acessível?

Então façamo-lo porque imitando o Filho imitaremos o Pai.

Posto isto como fazer?

Nós não podemos fazer nada por nós próprios mas Jesus pode tudo.

Foi Ele mesmo Quem o afirmou.

Deste modo fica claro que a "solução" está em pedir ajuda ao Filho que nos ajude a imitar o Pai comum.


(cont)