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06/04/2016

Publicações Abr 06

Publicações Abr 06

São Josemaria – Textos

Fortaleza (Rafael Llano Cifuentes), Rafael Llano Cifuentes, Virtudes

AMA - Comentários ao Evangelho Jo 3 16-21

CIC – Compêndio

Morte - o que as pessoas sentem

AT – Génesis


Agenda Quarta-Feira

Doutrina – 107

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
PRIMEIRA SECÇÃO: «EU CREIO» – «NÓS CREMOS»
CAPÍTULO SEGUNDO: DEUS VEM AO ENCONTRO DO HOMEM

A REVELAÇÃO DE DEUS

10. Qual o valor das revelações privadas?


Embora não pertençam ao depósito da fé, elas podem ajudar a viver esta mesma fé, desde que mantenham uma estrita orientação para Cristo. O Magistério da Igreja, ao qual compete discernir as revelações privadas, não pode, por isso, aceitar aquelas que pretendem superar ou corrigir a Revelação definitiva que é Cristo.

O que as pessoas sentem ao morrer

Resultado de imagem para morteO que as pessoas sentem ao morrer

…/4

Escolhendo o momento “mais apropriado” para morrer:

Este é o caso das pessoas que, sabendo quando vão morrer, pedem para ficar um momento a sós no quarto ou o fazem precisamente quando o familiar (que permanece o tempo todo ao seu lado) as deixa por um momento para ir à casa–de-banho.

Outros casos igualmente chamativos são os das pessoas que morrem justamente depois de ver algum familiar que ainda não tinha podido visitá-las (por exemplo, por estar viajando), ou quando terminam toda a papelada de heranças e seguros de vida.
‘Parecem estar à espera de que um evento específico ocorra para permitir-se morrer’.



Fonte: ALETEIA


(Revisão da versão portuguesa por ama)

Pequena agenda do cristão


Quarta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?




Antigo testamento / Génesis

Génesis 6

Noé

1 Quando os homens começaram a multiplicar-se na terra e lhes nasceram filhas, os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram bonitas, e escolheram para si aquelas que lhes agradaram.

2 Então disse o Senhor: "Por causa da perversidade do homem, o meu Espírito não contenderá com ele para sempre; ele só viverá cento e vinte anos".

3 Naqueles dias, havia nefilins [1] na terra, e também posteriormente, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens e elas lhes deram filhos. Eles foram os heróis do passado, homens famosos.

4 O Senhor viu que a perversidade do homem tinha aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal.

5 Então o ­Senhor arrependeu-se de ter feito o homem sobre a terra, e isso cortou-lhe o coração.

6 Disse o Senhor: "Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, os homens e também os animais, grandes e pequenos, e as aves do céu. Arrependo-me de havê-los feito".

7 A Noé, porém, o Senhor mostrou benevolência.

8 Esta é a história da família de Noé: Noé era homem justo, íntegro entre o povo da sua época; ele andava com Deus.

9 Noé gerou três filhos: Sem, Cam e Jafé.

10 Ora, a terra estava corrompida aos olhos de Deus e cheia de violência.

11 Ao ver como a terra se corrompera, pois toda a humanidade havia corrompido a sua conduta, Deus disse a Noé: "Darei fim a todos os seres humanos, porque a terra encheu-se de violência por causa deles. Eu os destruirei com a terra.

12 Tu, porém, faraz uma arca de madeira de cipreste; divide-a em compartimentos e reveste-a de piche por dentro e por fora.

13 Fá-la com cento e trinta e cinco metros de comprimento, vinte e dois metros e meio de largura e treze metros e meio de altura.

14 Faz-lhe um teto com um vão de quarenta e cinco centímetros entre o teto e o corpo da arca. Coloca uma porta lateral na arca e faz um andar superior, um médio e um inferior.

15 "Eis que vou trazer águas sobre a terra, o Dilúvio, para destruir debaixo do céu toda a criatura que tem fôlego de vida. Tudo o que há na terra perecerá.

16 Mas contigo estabelecerei a minha aliança, e t entrarás na arca com os teus filhos, a tua mulher e as mulheres dos teus filhos.

17 Faz entrar na arca um casal de cada um dos seres vivos, macho e fêmea, para conser­vá-los vivos contigo.

18 De cada espécie de ave, de cada espécie de animal grande e de cada espécie de animal pequeno que se move rente ao chão virá um casal para que sejam conservados vivos.

19 E armazena todo tipo de alimento, para que tu e eles tenham mantimento".

20 Noé fez tudo exactamente como Deus lhe tinha ordenado.

(Revisão da versão portuguesa por ama)












[1] Designação ainda controversa que poderá significar: anjos, filhos de Deus, poderosos caídos, etc.

Temas para meditar - 611

Vontade de Deus


Deus nunca nos pede o impossível; pede, sim, que façamos o possível para que depois Ele nos ajude a conseguir o que parece impossível.



(Rafael Llano Cifuentes, Fortaleza, Quadrante, 1991, pg. 68)

Evangelho, comentário, L. espiritual


Páscoa

Evangelho: Jo 3, 16-21

16 «Porque Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu Seu Filho Unigénito, para que todo aquele que crê n'Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. 17 Porque Deus não enviou Seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. 18 Quem n'Ele acredita, não é condenado, mas quem não acredita, já está condenado, porque não acredita no nome do Filho Unigénito de Deus. 19 A condenação é por isto: A luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. 20 Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de que não sejam reprovadas as suas obras; 21 mas aquele que procede segundo a verdade, chega-se para a luz, a fim de que seja manifesto que as suas obras são feitas segundo Deus».

Comentário:

Deve ser tão triste viver sem luz!
E perigoso!
E, talvez, mortal!
Deve ser triste, porque sem luz, não vemos por onde vamos e não podemos ser vistos.
Ficamos assim, erráticos e sozinhos.
Deve ser perigoso porque muito dificilmente podemos evitar obstáculos perigosos ou precipícios mortais.
Deve ser mortal porque sem luz ficamos nas trevas e, nas trevas não há vida!

(ama, comentário sobre Jo 3, 16-21, 2012.03.18)


Leitura espiritual


SANTO AGOSTINHO – CONFISSÕES

LIVRO NONO

CAPÍTULO X

O êxtase de Óstia

Estando já próximo o dia em que teria de partir desta vida – que tu, Senhor, conhecias, e nós ignorávamos – sucedeu, creio, por disposição dos teus ocultos desígnios – que nos encontrássemos sós, eu e ela, apoiados numa janela que dava para o jardim interior da casa em que morávamos. Era em Óstia, sobre a foz do Tibre, onde, longe da multidão, depois do cansaço de uma longa viagem, recobrávamos forças para a travessia do mar.

Ali, sozinhos, conversávamos com grande doçura, esquecendo o passado, ocupados apenas no futuro, indagávamos juntos, na presença da Verdade, que és tu, qual seria a vida eterna dos santos, que nem os olhos viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração do homem pode conceber. Abríamos ansiosos os lábios do nosso coração ao jorro celeste da tua fonte – da fonte da vida que está em ti – para que, banhados por ela, pudéssemos de algum modo meditar sobre coisa tão transcendente.

A nossa conversa chegou à conclusão que nenhum prazer dos sentidos carnais, por maior que seja, e por mais brilhante e maior que seja a luz material que o cerca, não parece digno de ser comparado à felicidade daquela vida em ti. Elevando o nosso sentimento para mais alto, mais ardentemente em direcção ao próprio Ser, percorremos uma a uma todas as coisas corporais, até o próprio céu, de onde o sol, a luz e as estrelas iluminam a terra.

E subimos ainda mais em espírito, meditando, celebrando e admirando as tuas obras, e chegamos até o íntimo das nossas almas. E fomos além delas, para alcançar a região da abundância inesgotável, onde apascentas eternamente Israel com o alimento da verdade, lá onde a vida é a própria Sabedoria, por quem foram criadas todas as coisas, as que já existem e as vindouras, sem que ela própria se crie a si mesma, pois existe agora como antes existiu e como sempre existirá. Antes, nela não há nem passado, nem futuro: ela apenas é, porque é eterna; mas ter sido ou haver de ser não é próprio do ser eterno.

E enquanto assim falávamos dessa Sabedoria e por ela suspirávamos, chegamos a tocá-la momentaneamente com supremo ímpeto do nosso coração; e, suspirando, deixando ali atadas as primícias do nosso espírito, e voltamos ao ruído vazio dos nossos lábios, onde nasce e morre a palavra humana, em nada semelhante ao teu Verbo, Senhor nosso, que subsiste em si sem envelhecer, renovando todas as coisas!

E dizíamos: Suponhamos que se calasse o tumulto da carne, as imagens da terra, da água, do ar e até dos céus; e que a própria alma se calasse, e se elevasse sobre si mesma não pensando mais em si; se calassem os sonhos e revelações imaginarias e, por fim, se calasse por completo toda a língua, todo o sinal, e tudo o que é fugaz – uma vez que todas as coisas dizem a quem sabe ouvi-las: Não fizemos a nós mesmas; fez-nos o que permanece eternamente – se, dito isto, todas se calassem, atentas ao seu Criador; e se só ele falasse, não pelas suas obras, mas por si mesmo, de modo que ouvíssemos a sua palavra, não por uma língua material, nem pela voz de um anjo, nem pelo ruído do trovão, nem por parábolas enigmáticas, mas o ouvíssemos a ele mesmo, a quem amamos nas suas criaturas, mas sem o intermédio delas, como agora acabamos de experimentar, atingindo num relance a eterna Sabedoria, que permanece imutável sobre toda realidade, e supondo que essa visão se prolongasse, que todas as outras visões cessassem, e unicamente esta arrebatasse a alma do seu contemplador, e a absorvesse e abismasse em íntimas delícias, de modo que a vida eterna seja semelhante a este momento de intuição que nos fez suspirar, não seria isto a realização do entrar no gozo do teu Senhor? Mas quando se dará isto? Por acaso quando todos ressuscitarmos? Mas então não seremos todos transformados?

Tais coisas dizíamos, embora não deste modo, nem com estas palavras. Mas tu sabes, Senhor, que naquele dia, à medida que falávamos dessas coisas, quanto nos parecia vil este mundo, com todos os seus deleites – disse-me minha mãe: “Filho, quanto a mim, já nada me atrai nesta vida. Não sei o que faço ainda aqui, nem por que ainda estou aqui, se já se desvaneceram para mim todas as esperanças do mundo. Uma só coisa me fazia desejar viver um pouco mais, e era ver-te católico antes de morrer. Deus concedeu-me esta graça superabundantemente, pois te vejo desprezar a felicidade terrena para servi-lo. Que faço, pois, aqui?”

CAPÍTULO XI

A morte de Mónica

Não me lembro bem o que respondi a tais palavras. Mas cerca de cinco dias mais tarde, ou pouco mais, caiu de cama, com febre. Durante a doença, teve um dia um desmaio, ficando por pouco tempo sem sentidos e sem reconhecer os presentes. Acudimos de imediato, e logo voltou a si. Vendo-nos a seu lado, a mim e a meu irmão (chamava-se Navígio, e era o mais velho dos irmãos), perguntou-nos, como quem procura algo: “Onde estava eu?” – Depois, vendo-nos atónitos de tristeza, disse-nos: “Sepultareis aqui a vossa mãe” – Eu calava-me, retendo as lágrimas, mas meu irmão disse umas palavras em que desejava vê-la morrer na pátria e não em terras distantes. Ao ouvi-lo, minha mãe repreendeu-o com o olhar, e aflita por ter pensado em tais coisas; depois, olhando para mim, disse: “Vê o que ele diz” – E depois para ambos: “Sepultem este corpo em qualquer lugar, e não se preocupem mais com ele. Peço apenas que se lembrem de mim diante do altar do Senhor, onde quer que estejam”. E tendo-nos exposto o seu pensamento com as palavras que pôde, calou-se; a sua moléstia agravou-se e as suas dores aumentaram.

Mas eu, ó Deus invisível, meditando nos dons que infundes no coração dos teus fiéis, e nas admiráveis colheitas que deles brotam, alegrava-me e dava-te graças. Lembrava-me do grande cuidado que sempre demonstrara acerca da sua sepultura, adquirida e preparada junto ao corpo do marido. Tendo vivido com ele na maior concórdia, assim também queria – visão própria da alma humana incapaz das coisas divinas – ter a felicidade de que os homens recordassem que, depois da sua viagem para além-mar, lhe fora concedida a graça de a mesma terra cobrir o pó de ambos os cônjuges.

Quando esta vaidade havia deixado de existir no seu coração, pela plenitude da tua bondade, eu não o sabia, mas alegrava-me com admiração ao ouvi-la falar assim. No entanto, naquela conversa à janela quando me disse: “Que faço eu aqui?” – já estava patente que não mais desejava morrer na pátria.

Soube também depois que em Óstia, estando eu ausente, falou certo dia com alguns amigos meus, com maternal confiança, sobre o desprezo desta vida e o benefício da morte. Eles, maravilhados com a coragem dessa mulher – dádiva tua – perguntaram-lhe se não temia deixar o corpo tão longe da pátria. “Nada está longe para Deus – disse ela – nem preciso temer que ele ignore, no fim dos tempos, o lugar onde me ressuscitará”.

Por fim, nove dias após cair enferma, aos cinquenta e seis anos de idade e aos trinta e três da minha, aquela alma santa e piedosa libertou-se do corpo.

(Revisão de versão portuguesa por ama)


Todos somos irmãos!

Escreveu também o Apóstolo que "não há distinção de gentio e judeu, de circunciso e incircunciso, de bárbaro e cita, de escravo e livre, mas Cristo que é tudo em todos". Estas palavras valem hoje como ontem: para o Senhor não existem diferenças de nação, de raça, de classe, de estado... Cada um de nós renasceu em Cristo para ser uma nova criatura, um filho de Deus; todos somos irmãos, e temos de conviver fraternalmente! (Sulco, 317)

Perante a fome de paz, teremos de repetir com S. Paulo: Cristo é a nossa paz, pax nostra. Os desejos de verdade hão-de levar-nos a recordar que Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Aos que procuram a unidade, temos de colocá-los perante Cristo, que pede que estejamos consummati in unum, consumados na unidade. A fome de justiça deve conduzir-nos à fonte originária da concórdia entre os homens: ser e saber-se filhos do Pai, irmãos.


Paz, verdade, unidade, justiça. Que difícil parece por vezes o trabalho de superar as barreiras, que impedem o convívio entre os homens! E contudo nós, os cristãos somos chamados a realizar esse grande milagre da fraternidade: conseguir, com a graça de Deus, que os homens se tratem cristãmente, levando uns as cargas dos outros, vivendo o mandamento do Amor, que é o vínculo da perfeição e o resumo da lei. (Cristo que passa, 157).