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01/04/2016

Publicações Abr 01

Publicações Mar 31

São Josemaria – Textos

Cuidar da vida até à morte (CEP), Dignidade Humana

CIC - Compêndio

AMA - Comentários ao Evangelho Jo 21 1-14

Miss Alemanha

AT – Génesis


Agenda Sexta-Feira

Pequena agenda do cristão


Sexta-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?



Antigo testamento / Génesis

Resultado de imagem para génesisGénesis 1

O começo

1 No princípio Deus criou os céus e a terra.

2 Era a terra sem forma e vazia; trevas cobriam a face do abismo, e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.

3 Disse Deus: "Haja luz", e houve luz.

4 Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas.

5 Deus chamou à luz dia, e às trevas chamou noite. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o primeiro dia.

6 Depois disse Deus: "Haja entre as águas um firmamento que separe águas de águas".

7 Então Deus fez o firmamento e separou as águas que ficaram abaixo do firmamento das que ficaram por cima. E assim foi.

8 Ao firmamento, Deus chamou céu. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o segundo dia.

9 E disse Deus: "Juntem-se num só lugar as águas que estão debaixo do céu, e apareça a parte seca". E assim foi.

10 À parte seca Deus chamou terra, e chamou mares ao conjunto das águas. E Deus viu que era bom.

11 Então disse Deus: "Cubra-se a terra de vegetação: plantas que deem sementes e árvores cujos frutos produzam sementes de acordo com as suas espécies". E assim foi.

12 A terra fez bro­tar a vegetação: plantas que dão sementes de acordo com as suas espé­cies, e árvores cujos frutos produzem sementes de acordo com as suas espécies. E Deus viu que era bom.

13 Passaram-se­ a tarde e a manhã; esse foi o terceiro dia.

14 Disse Deus: "Haja luminares no firmamento do céu para separar o dia da noite. Sirvam eles de sinais para marcar estações, dias e anos, e sirvam de luminares no firmamento do céu para iluminar a terra". E assim foi.

15 Deus fez os dois grandes lumi­nares: o maior para governar o dia e o menor para governar a noite; fez também as estrelas.

16 Deus colocou-os no firmamento do céu para iluminar a terra, governar o dia e a noite, e separar a luz das trevas. E Deus viu que era bom.

17 Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o quarto dia.

18 Disse também Deus: "Encham-se as águas de seres vivos, e voem as aves sobre a terra, sob o firmamento do céu".

19 Assim Deus criou os grandes animais aquáticos e os demais seres vivos que povoam as águas, de acordo com as suas espécies; e todas as aves, de acordo com as suas espécies. E Deus viu que era bom.

20 Então Deus abençoou-os, dizendo: "Sejam férteis e multipliquem-se! Encham as águas dos mares! E multipliquem-se as aves na terra".

21 Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o quinto dia.

22 E disse Deus: "Produza a terra seres vivos de acordo com as suas espécies: rebanhos domésticos, animais selvagens e os demais seres vivos da terra, cada um de acordo com a sua espécie". E assim foi.

23 Deus fez os animais selvagens de acordo com as suas espécies, os rebanhos domésticos de acordo com as suas espécies, e os demais seres vivos da terra de acordo com as suas espécies. E Deus viu que era bom.

24 Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão".

25 Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.

26 Deus abençoou-os e disse-lhes: "Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e dominem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra".

27 Disse Deus: "Eis que vos dou todas as plantas que nascem em toda a terra e produzem sementes, e todas as árvores que dão frutos com sementes. Elas vos servirão de alimento.

28 E dou todos os vegetais como alimento a tudo o que tem em si fôlego de vida: a todos os grandes animais da terra­, a todas as aves do céu e a todas as criaturas que se movem rente ao chão". E assim foi.

29 E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o sexto dia.


(Revisão da versão portuguesa por ama)







Miss Alemanha: Professora de religião católica

La nueva Miss Alemania es profesora de Religión Católica: «Mi fe es mi fundamento», dice Lena BröderLa nueva Miss Alemania es profesora de Religión Católica


Doutrina - 102

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
PRIMEIRA SECÇÃO: «EU CREIO» – «NÓS CREMOS»

CAPÍTULO PRIMEIRO

5. Como se pode falar de Deus?


É possível falar de Deus a todos e com todos, a partir das perfeições do homem e das outras criaturas, que são um reflexo, embora limitado, da infinita perfeição de Deus. É, porém, necessário purificar continuamente a nossa linguagem de tudo o que ela contém de imaginário e imperfeito, na consciência de que nunca será possível exprimir plenamente o infinito mistério de Deus.

Ao esquecimento de si mesmo chega-se pela oração

A maior parte dos que têm problemas pessoais, "têm-nos" pelo egoísmo de pensar em si próprios. (Forja, 310)

Cada um de vós, se quiser, pode encontrar o caminho que lhe for mais propício para este colóquio com Deus. Não me agrada falar de métodos nem de fórmulas, porque nunca fui amigo de espartilhar ninguém; tenho procurado animar todas as pessoas a aproximarem-se do Senhor, respeitando cada alma tal como ela é, com as suas próprias características. Pedi-lhe vós que meta os seus desígnios na nossa vida: e não apenas na nossa cabeça, mas no íntimo do nosso coração e em toda a nossa actividade externa. Garanto-vos que deste modo evitareis grande parte dos desgostos e das penas do egoísmo e sentir-vos-eis com força para propagar o bem à vossa volta. Quantas contrariedades desaparecem, quando interiormente nos colocamos muito próximos deste nosso Deus, que nunca nos abandona! Renova-se com diversos matizes esse amor de Jesus pelos seus, pelos doentes, pelos entrevados, quando pergunta: que se passa contigo? Comigo... E, logo a seguir, luz ou, pelo menos, aceitação e paz.


Ao convidar-te para fazeres essas confidências com o Mestre, refiro-me especialmente às tuas dificuldades pessoais, porque a maioria dos obstáculos para a nossa felicidade nascem de uma soberba mais ou menos oculta. Pensamos que temos um valor excepcional, qualidades extraordinárias. Mas, quando os outros não são da mesma opinião, sentimo-nos humilhados. É uma boa ocasião para recorrer à oração e para rectificar, com a certeza de que nunca é tarde para mudar a rota. Mas é muito conveniente iniciar essa mudança de rumo quanto antes. (Amigos de Deus, 249)

Evangelho, comentário, L. espiritual


Páscoa

Evangelho: Jo 21, 1-14

1 Depois disto, Jesus voltou a mostrar-Se aos Seus discípulos, junto do mar de Tiberíades. Mostrou-Se deste modo: 2 Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e dois outros dos Seus discípulos. 3 Simão Pedro disse-lhes: «Vou pescar». Responderam-lhe: «Nós vamos também contigo». Partiram e entraram numa barca. Naquela noite nada apanharam. 4 Chegada a manhã, Jesus apresentou-Se na praia; mas os discípulos não conheceram que era Ele. 5 Jesus disse-lhes: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?». Responderam-Lhe: «Nada». 6 Disse-lhes: «Lançai a rede para o lado direito do barco, e encontrareis». Lançaram a rede e já não a podiam arrastar, por causa da grande quantidade de peixes. 7 Então aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: «É o Senhor!». Simão Pedro, ao ouvir dizer que era o Senhor, cingiu-se com a túnica, porque estava nu, e lançou-se à água. 8 Os outros discípulos, que não estavam distantes de terra, senão duzentos côvados, vieram no barco puxando a rede cheia de peixes. 9 Logo que saltaram para terra, viram umas brasas acesas, peixe em cima delas, e pão. 10 Jesus disse-lhes: «Trazei dos peixes que apanhastes agora». 11 Simão Pedro subiu à barca e arrastou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes. E, sendo tantos, não se rompeu a rede. 12 Jesus disse-lhes: «Vinde comer». Nenhum dos discípulos ousava perguntar-Lhe: «Quem és Tu?», sabendo que era o Senhor. 13 Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe. 14 Foi esta a terceira vez que Jesus Se manifestou aos discípulos depois de ter ressuscitado dos mortos

Comentário:

Por vezes na nossa vida as situações são de tal forma “pesadas” e difíceis de suportar que nos surge a Pergunta: ‘Senhor… onde estás Tu, agora, que preciso tanto da Tua companhia?’

É natural porque conhecemos muito bem as nossas capacidades e limitações e que para ultrapassar esses momentos a ajuda divina é fundamental.

Olhemos então para a orla do mar da nossa vida e se os nossos olhos estiverem limpos e preparados para ver o Amor, descortinaremos o Senhor à nossa espera para nos receber nos Seus braços amorosos e nos prestar a ajuda que só Ele pode dar.

(ama, comentário sobre Jo 21, 1-14, 2015.04.10)

Leitura espiritual



SANTO AGOSTINHO – CONFISSÕES

LIVRO OITAVO

CAPÍTULO XI

Últimas resistências

Assim sofria e me atormentava, com acusações mais acerbas que de costume, rolando-me e debatendo-me dentro das minhas cadeias, para ver se as quebrava por completo. Elas mal me prendiam, mas ainda me prendiam. E tu, Senhor, espicaçavas-me no fundo da minha alma, e com severa misericórdia redobravas os açoites do temor e da vergonha, para que eu não afrouxasse de novo, e para que quebrasse a minha ténue e leve cadeia, antes que ela se revigorasse para me prender mais firmemente.

E dizia comigo mesmo: “Vamos! Mãos à obra, sem demoras!” E quase passava da palavra à acção. Estava a ponto de agir, mas não agia. Eu já não recaía nas antigas paixões, mas estava bem próximo delas, e tomava ainda alento do seu ar. Quase a alcançava, faltava pouco, cada vez menos, e já quase chegava ao termo e a segurava; mas não a alcançava, nem a tocava; hesitava entre morrer para a morte e viver para a vida. O mal arraigado dominava-me mais do que o bem, cujo hábito eu não possuía; na medida que se ia aproximando o momento em que me transformaria em outro homem, maior era o horror que me incutia, sem contudo me fazer voltar para trás ou mudar de caminho. Simplesmente mantinha-me indeciso.

Mantinham-me preso umas tantas bagatelas, umas vaidades de vaidades, antigas amigas minhas, que me puxavam pelas minhas vestes carnais, murmurando: “Então, abandonas-nos? De agora em diante nunca mais estaremos contigo? Desde este momento nunca mais te será lícito isto ou aquilo?”

E que coisas, meu Deus, que torpezas me sugeriam com o que chamei de isto ou aquilo!

Por tua misericórdia, afasta-as da alma de teu servo! Oh! Que imundícies me sugeriam, que indecências! Já se reduzira a menos de metade o número de vezes que eu lhes dava ouvidos; não era mais um assalto aberto, frontal, mas segredado por cima dos ombros, e como que puxando-me furtivamente, se me afastava, para que voltasse para trás.

Contudo, faziam com que eu, vacilante, tardasse em me separar delas para correr para onde me chamavam, enquanto o hábito violento me dizia: “Julgas que poderás viver sem elas?”

Mas isto já dizia com voz muito débil. Para onde voltava o rosto, e por onde temia passar, mostrava-se para mim a casta dignidade da continência, serena e alegre, sem desordens, acariciando-me honestamente para que me aproximasse sem medo. Estendia para mim, para me acolher e abraçar, as suas mãos piedosas, cheias de uma multidão de bons exemplos.

Junto dela, uma turba de meninos e meninas, uma juventude numerosa, e homens de toda idade, viúvas veneráveis e virgens idosas. Em todas essas almas, não era estéril, mas fecunda a mãe de filhos nascidos nas alegrias do esposo, que eras tu, Senhor!

E a continência zombava de mim com ironia animadora, como se dissesse: “Então, não serás capaz de fazer o mesmo que eles? Ou será que estes e estas encontraram forças em si mesmos, e não no Senhor, seu Deus? Foi o Senhor Deus, quem me entregou a eles. Por que te apoias em ti, se és vacilante? Lança-te nele, não temas, que ele não se apartará de ti, e tu não cairás. Lança-te com confiança, que ele te receberá e te curará.”

E enchia-me de vergonha por ainda ouvir o murmúrio daquelas bagatelas e, vacilante, continuava indeciso.
Mas de novo a voz da castidade parecia dizer-me: Não dês ouvidos às tentações imundas da tua carne impura que te prende à terra, a fim de que seja mortificada. Ela fala-te de deleites, contrários porém, à lei do Senhor teu Deus.

Essa luta desenrolava-se no fundo do meu espírito, de mim contra mim mesmo. Alípio, sem sair de perto de mim, aguardava em silêncio o desfecho de minha insólita agitação.

CAPÍTULO XII

A conversão

Mas logo que esta profunda reflexão tirou da profundeza da minha alma, e expôs toda minha miséria à vista do meu coração, caiu sobre mim enorme tormenta, trazendo copiosa torrente de lágrimas. E para dar-lhe toda vazão com os seus gemidos, afastei-me de Alípio; a solidão parecia-me mais adequada e afastei-me o mais longe possível, para que a sua presença não me fosse embaraçosa. Tal era o estado em que me encontrava, e Alípio percebeu-o, pois lhe disse alguma coisa com um timbre de voz embargado de lágrimas que me denunciou.

Alípio, atónito, continuou no lugar em que estávamos sentados; mas eu, não sei como, me retirei para a sombra de uma figueira, e dei vazão às lágrimas; e dois rios brotaram dos meus olhos, sacrifício agradável ao teu coração. E embora não com estes termos, mas com o mesmo sentido, muitas coisas te disse como esta: E tu, Senhor, até quando? Até quando, Senhor, hás-de estar irritado! Esquece-te das minhas iniquidades passadas! Sentia-me ainda preso a elas, e gemia, e lamentava: “Até quando? Até quando direi amanhã, amanhã? Por que não agora? Por que não pôr fim agora às minhas torpezas?”

Assim falava, e chorava oprimido pela mais amarga dor do meu coração. Mas eis que, de repente, ouço da casa vizinha uma voz, de menino ou menina, não sei, que cantava e repetia muitas vezes: “Toma e lê, toma e lê”.

E logo, mudando de semblante, comecei a buscar, com toda a atenção nas minhas lembranças se porventura esta cantiga fazia parte de um jogo que as crianças costumassem cantarolar; mas não me lembrava de tê-la ouvido antes. Reprimindo o ímpeto das lágrimas, levantei-me. Uma só interpretação me ocorreu: a vontade divina mandava-me abrir o livro e ler o primeiro capitulo que encontrasse.

Tinha ouvido dizer que Antão, assistindo por acaso a uma leitura do Evangelho, tomara para si esta advertência: “Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; depois vem e segue-me” – e que esse oráculo decidira imediatamente a sua conversão.

Depressa voltei para o lugar onde Alípio estava sentado, e onde eu deixara o livro do Apóstolo ao levantar-me. Peguei-o, abri-o, e li em silêncio o primeiro capítulo que me caiu sob os olhos: “Não caminheis em glutonarias e embriaguez, não nos prazeres impuros do leito e em leviandades, não em contendas e rixas; mas revesti-vos de nosso Senhor Jesus Cristo, e não cuideis de satisfazer os desejos da carne”.

Não quis ler mais, nem era necessário. Quando cheguei ao fim da frase, uma espécie de luz de certeza se insinuou no meu coração, dissipando todas as trevas de dúvida.

Então, marcando com o dedo, ou não sei com quê, fechei o livro, e com o rosto já tranquilo, revelei a Alípio o que se passara. Ele, por sua vez, revelou-me o que acontecera com ele, e que eu ignorava. Pediu para ver o que eu tinha lido; mostrei-lhe, ele prosseguiu a leitura. Eu ignorava o texto seguinte, que era este: Recebei ao fraco na fé, palavras que aplicou a si mesmo, e mo revelou. Fortificado por essa advertência, firmou-se nessa resolução e santo propósito, bem de acordo com os seus costumes, nos quais já há muito tempo tomara grande vantagem sobre mim.

Fomos depois à procura de minha mãe, que ao saber do sucedido, ficou radiante.

Contamos-lhe como o caso se passara; ela exultou, triunfante e bendizendo-te a ti, que és poderoso para dar-nos mais do que pedimos ou entendemos, porque via que lhe havias concedido, a meu respeito, muito mais do que constantemente te pedia com tristes gemidos e lágrimas.

De tal forma me converteste a ti, que já não procurava esposa, nem abrigava esperança alguma deste mundo, mas estava já naquela “regra de fé” em que há tantos anos me havias mostrado à minha mãe. E assim converteste seu pranto em alegria, muito mais fecunda do que havia desejado, e muito mais preciosa e pura do que a que podia esperar dos netos nascidos da minha carne.

(Revisão de versão portuguesa por ama)


Temas para meditar - 608

Bioética


A legitimação jurídica da eutanásia ou do suicídio assistido teria como consequência uma pressão inevitável sobre todas as pessoas cuja vida não correspondesse aos padrões de realização que são dominantes em determinada sociedade.
Facilmente surgiria um grupo de não desejados, vistos como peso da sociedade. 
Pessoas gravemente doentes ou em estado terminal não podem ter de modo algum a impressão de serem indesejadas, mas devem sentir de modo reforçado que são preciosas e queridas, e que a sociedade não se dispensa de fazer tudo o que está ao seu alcance para as valorizar e integrar.


(Nota pastoral da CEP, Cuidar da vida até à morte: Contributo para a reflexão ética sobre o morrer, 6 b)