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14/03/2016

Índice de publicações em Mar 14

nunc coepi – Índice de publicações em Mar 14

São Josemaria – Textos

AMA - Reflectindo - Conhecer-se

AMA - Comentários ao Evangelho Jo 8 1-11, Confissões - Santo Agostinho

JMA – Quaresma

CIC – Compêndio

Catolicismo

Matrimónio, Ramiro Pellitero Iglesias

AT - Salmos – 133


Agenda Segunda-Feira

Reflexões quaresmais


Aqueles homens queriam apedrejar aquela mulher adúltera!

E eu, quantas vezes apedrejo o meu irmão, quando faço julgamentos errados sobre ele?
E eu, quantas vezes apedrejo o meu irmão, quando o condeno pelas suas faltas ou fraquezas?
E eu, quantas vezes apedrejo o meu irmão, quando ouço a má-língua sobre ele?
E eu, quantas vezes apedrejo o meu irmão, quando falo mal dele?
E eu, quantas vezes apedrejo o meu irmão, quando tenho inveja dele?
E eu, quantas vezes apedrejo o meu irmão, quando me acho superior a ele?
E eu, quantas vezes apedrejo o meu irmão, quando sou incapaz de perdoar as suas ofensas?
E eu, quantas vezes apedrejo o meu irmão, quando guardo rancor ou ressentimento dele?
E eu, quantas vezes apedrejo o meu irmão, quando o ofendo seja de que maneira for?
E eu, quantas vezes apedrejo o meu irmão, quando o desprezo e finjo que o não vejo?
E eu, quantas vezes apedrejo o meu irmão, quando não o ajudo na necessidade?

Olhas-me, Senhor, com olhar de compaixão, e dizes-me:
«Eu não te condeno. Agora vai e não voltes a pecar.»


joaquim mexia alves, Marinha Grande, 13 de Março de 2016





Evangelho, comentário, L. espiritual


Quaresma

Semana V

Evangelho: Jo 8, 1-11

1 Jesus foi para o monte das Oliveiras. 2 Ao romper da manhã, voltou para o templo e todo o povo foi ter com Ele, e Ele, sentado, os ensinava. 3 Então os escribas e os fariseus trouxeram-Lhe uma mulher apanhada em adultério; puseram-na no meio, 4 e disseram-Lhe: «Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante delito de adultério. 5 Ora Moisés, na Lei, mandou-nos apedrejar tais mulheres. E Tu que dizes?». 6 Diziam isto para Lhe armarem uma cilada, a fim de O poderem acusar. Porém, Jesus, inclinando-Se, pôs-Se a escrever com o dedo na terra. 7 Continuando, porém, eles a interrogá-l'O, levantou-Se e disse-lhes: «Aquele de vós que estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra». 8 Depois, tornando a inclinar-Se, escrevia na terra. 9 Mas eles, ouvindo isto, foram-se retirando, um após outro, começando pelos mais velhos; e ficou só Jesus com a mulher diante d'Ele. 10 Então, levantando-Se, disse-lhe: «Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou?». 11 Ela respondeu: «Ninguém, Senhor». Então Jesus disse: «Nem Eu te condeno; vai e doravante não peques mais».

Comentário:

A Liturgia repete dois dias seguidos o mesmo Trecho do Evangelho de São João e, parece-me, com uma intenção: marcar bem a postura de Jesus Cristo face à mulher e à sua dignidade como pessoa humana.
Há, de facto, tentativas ao longo dos tempos – também hoje em dia – para que a sociedade reconheça à mulher os direitos que lhe são exclusivos como pessoa humana – direitos e dignidade, bem-entendido -.
Tal não tem nada a ver com outras - não poucas - iniciativas que tentam considerar a mulher igual ao homem o que é profundamente errado.

O homem e a mulher são dois seres humanos com direitos, responsabilidades e deveres comuns, mas, em muitos variados aspectos, com dignidades e “lugares” diferentes na sociedade.
Desde logo só à mulher é reservado o papel da maternidade, a capacidade de gerar um novo ser e, considerando apenas esta particularidade, a mulher tem desde logo um papel de colaboradora activa com Deus.

Deus Nosso Senhor quis expressamente que a Sua humanidade santíssima fosse gerada num seio feminino, numa Mãe terrena, que embora revestida e enormíssimas prerrogativas e privilégios era e tudo igual a qualquer mulher.

Talvez que a palavra mais doce e que move mais corações seja a palavra MÂE, exactamente porque nos lembra – a todos – essa que nos deu a vida, velou por nós nos primeiros dias da nossa existência e, não poucas vezes, nos colocou em primeiríssimo lugar das suas preocupações diárias.

(ama, comentário sobre Jo 8 1-11, 2016.01.15)


Leitura espiritual



SANTO AGOSTINHO - CONFISSÕES

LIVRO QUINTO

CAPÍTULO I

Oração

Recebe, Senhor, o sacrifício das minhas Confissões por meio da minha língua, que tu formaste e impeliste a confessar o teu nome. Cura todos os meus ossos, e que eles proclamem: Senhor, quem haverá semelhante a ti? Na verdade, quem se dirige a ti, nada te informa do que ocorre em si, porque não há coração fechado que se possa subtrair ao teu olhar, nem dureza de homem que possa repelir a tua mão. Ao contrário, a abrandas quando queres, ou para compadecer-te, ou para castigar; não há quem se esconda do teu calor. Mas, que minha alma te louve para que te ame, a confesse as tuas misericórdias para que te louve. Toda a criação não cala os teus contínuos louvores, nem os espíritos todos, com a sua boca voltada para ti, nem os animais e coisas corporais, pela boca dos que os contemplam. Assim, apoiando-se na tua criação, a nossa alma levanta-se da sua franqueza, e chega a ti, seu admirável criador, onde encontrará rejuvenescimento e verdadeira fortaleza.

CAPÍTULO II

Os que fogem de Deus

Afastem-se e fujam de ti os irrequietos e os pecadores. Tu os vês e distingues as suas sombras. E eis que, apesar deles, todas continuam belas; somente eles são feios. E que damos te poderiam causar? Ou em que poderia desonrar o teu império, justo e íntegro desde os céus até as coisas mais ínfimas? E para onde fugiram, ao fugir da tua presença? E em que lugar não os encontrarás? Fugiram, sim, para não te ver a ti, que os estás vendo, mas deparam contigo, que não abandonas nada do que criaste; tropeçaram contigo, injustos, e justamente são castigados; subtraindo-se á tua brandura, ofenderam a tua santidade, e caíram sob os teus rigores.

Evidentemente eles ignoram que estás em toda parte, que nenhum lugar te limita, e que só tu estás presente mesmo nos que se afastam de ti.

Que se convertam, pois, e te busquem, porque não abandonas a tua criatura, como elas abandonaram o seu Criador. Que se convertam, e logo estarás nos seus corações, nos corações dos que te confessam, dos que se lançam em ti, dos que choram no teu regaço depois de percorrerem penosos caminhos. E tu, bondoso, enxugarás as suas lágrimas; e chorarão ainda mais, mas serão felizes por chorar, porque és tu, Senhor, e nenhum homem de carne e sangue, tu, Senhor, que os criaste, que os consolas e robusteces.

E onde estava eu quando te buscava? Certamente, estavas diante de mim, mas eu tinha-me afastado de mim mesmo, e não me encontrava, e muito menos de ti!

CAPÍTULO III

Fausto e o maniqueísmo

Falarei, na presença do meu Deus, do ano vigésimo-nono da minha vida. Já havia chegado a Cartago um dos bispos maniqueus, chamado Fausto, grande laço do demónio, no qual caíam muitos pelo encanto sedutor da sua eloquência. Apesar de ser exaltada por mim, eu a sabia contudo discernir das verdades que desejava conhecer. Não era o prato do estilo que eu considerava, mas o alimento doutrinal que nele me era servido por aquele famoso Fausto, tão reputado entre os seus.

Antecedera-o a fama de homem erudito em toda espécie de ciência, e particularmente instruído nas artes liberais. E como eu tinha lido muitas teorias dos filósofos, e as guardava na memória, quis comparar algumas destas com as grandes fábulas do maniqueísmo. Pareciam-me mais prováveis as doutrinas daqueles que chegaram a conhecer a ordem do mundo, embora não tivessem encontrado o seu Criador. Porque tu és grande, Senhor, e pondes os olhos nas coisas humildes, e as elevadas conhece-las de longe, e não te aproximas senão dos contritos de coração. Nem és encontrado pelos soberbos, ainda que a sua curiosa perícia seja capaz de contar as estrelas do céu e as areias do mar; seja capaz de medir as regiões do céu e de investigar o curso dos astros.

Com a inteligência e o engenho que lhes deste investigam os segredos do mundo, e descobriram muitos deles; predisseram com muitos anos de antecedência os eclipses do sol e da lua, no dia e hora em que hão-de suceder, sem que nunca lhes falhasse o cálculo, acontecendo sempre tal e como haviam anunciado. Deixaram ainda por escrito as leis por eles descobertas, as quais ainda hoje se leem, e de acordo com elas se prediz em que ano, e em que mês do ano, e em que dia do mês, e em que hora do dia, e em que parte da sua luz se hão-de eclipsar o sol e a lua; e tudo acontece como está predito.

Admiram-se disto os ignorantes, e pasmam. Os sábios gloriam-se disso, e desvanecem-se, e com ímpia soberba afastam-se e eclipsam-se da tua luz. E, prevendo com exactidão o eclipse vindouro do sol, não veem o seu, que já está presente. Não procuram religiosamente saber de onde lhes vem o talento com que investigam essas coisas e, achando que tu as criaste, não se entregam a ti, para que conserves o que lhes deste, nem se te oferecem em sacrifício, como se se tivessem feito a si mesmos; nem dão morte às suas soberbas, que alçam voo como aves do céu; nem às suas insaciáveis curiosidades que, como peixes do mar, passeiam pelas secretas sendas do abismo; nem às suas luxúrias, que os igualam aos animais do campo, a fim de que tu, ó Deus, fogo devorador, destruas estas suas preocupações de morte, e os tornes a criar para uma vida imortal.

Mas não conheceram o caminho, o teu Verbo, por quem fizeste as coisas que numeram, e a eles próprios que as numeram, e os sentidos com que percebem as coisas que numeram, e a mente graças à qual as numeram. Tua sabedoria escapa aos números. Teu Filho Unigénito se fez para nós sabedoria, justiça e santificação, e foi contado entre nós, e pagou tributo a César. Não conheceram este caminho, por onde desceriam do seu orgulho até ele, e por ele subiriam até ele; não conheceram, digo, este caminho, e julgaram-se mais elevados e resplandecentes que as estrelas, e assim vieram a rolar por terra, e seu coração insensato se obscureceu.

Dizem muitas coisas verdadeiras acerca das criaturas; mas, como não procuram piedosamente a Verdade, isto é, o autor da Criação, não o encontram; e, se o encontram reconhecendo-o por Deus, não o honram como a Deus, nem lhe dão graças. Antes, se desvanecem nos seus pensamentos, e se dizem sábios, atribuindo a si próprios o que é teu.

Atribuem a ti, com perversa cegueira, as suas mentiras, a ti, que és a própria Verdade; alteram a glória de um Deus incorruptível, concebendo-a à semelhança e imagem do homem corruptível, das aves, dos quadrúpedes, das serpentes. E convertem a tua verdade em mentira, e adoram e servem antes à criatura do que ao Criador.

Eu porém guardava muitas das suas opiniões verdadeiras acerca das criaturas, cuja explicação encontrava nos números, na ordem dos tempos e no testemunho visível dos astros; comparava-as com os ensinamentos de Manés, que escreveu sobre essas matérias numerosas e delirantes loucuras, sem achar nenhuma explicação para os solstícios e equinócios, os eclipses do sol e da lua, e para outras coisas, enfim, das quais tomara conhecimento pelos livros da sabedoria profana.

Contudo, exigia-me que acreditasse nessas doutrinas, embora não concordassem absolutamente com os meus cálculos e com o que os meus olhos testemunhavam.

CAPÍTULO IV

Ciência e ignorância

Senhor, Deus da verdade, acaso te agradará quem conhecer essas coisas? Infeliz do homem que, conhecendo-a todas, te ignora ti; mas feliz de quem te conhece, embora as ignore!

Quanto ao que conhece a ti e a elas, este não é mais bem-aventurado por causa do seu saber, mas só é feliz por ti, se, conhecendo-te, glorifica-te como Deus, e dá-te graças, e não se desvanece em seus pensamentos.

É melhor aquele que reconhece estar na posse de uma árvore e te dá graças pela sua utilidade, embora ignore quantos côvados tem de altura e de largura, que o que a mede, e conta todos os seus ramos, mas não a possui, nem conhece, nem ama o seu Criador. Assim o homem fiel, a quem pertencem todas as riquezas do mundo, e que, nada possuindo, possui tudo, por estar unido a ti, a quem servem todas as coisas – embora desconheça até o curso das estrelas da Ursa – e seria insensatez duvidar – é certamente melhor do que o que mede os céus, conta as estrelas e pesa os elementos, mas despreza-te a ti, que dispuseste todas as coisas em número, peso e medida.

(cont)


(Revisão de versão portuguesa por ama)

Pequena agenda do cristão


SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?




Doutrina - 84

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ

PRIMEIRA SECÇÃO: «EU CREIO» – «NÓS CREMOS»

1. Qual é o desígnio de Deus acerca do homem?


Deus, infinitamente perfeito e bem-aventurado em si mesmo, num desígnio de pura bondade, criou livremente o homem para o tornar participante da sua vida bem-aventurada. Na plenitude dos tempos, Deus Pai enviou o seu Filho, como Redentor e Salvador dos homens caídos no pecado, convocando-os à sua Igreja e tornando-os filhos adoptivos por obra do Espírito Santo e herdeiros da sua eterna bem-aventurança.

Antigo testamento / Salmos

Salmo 133






1 Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união!
2 É como óleo precioso derramado sobre a cabeça, que desce pela barba, a barba de Arão, até à gola das suas vestes.

3 É como o orvalho do Hermom quando desce sobre os montes de Sião. Ali o Senhor concede a bênção da vida para sempre.

A Santa Missa é acção divina

Não é estranho que muitos cristãos – pausados e até solenes na vida social (não têm pressa), nas suas pouco activas actuações profissionais, na mesa e no descanso (também não têm pressa) – se sintam apressados e apressem o Sacerdote na sua ânsia de encurtar, de abreviar o tempo dedicado ao Santíssimo Sacrifício do Altar? (Caminho, 530)

Toda a Trindade está presente no sacrifício do Altar. Por vontade do Pai, com a cooperação do Espírito Santo, o Filho oferece-Se em oblacção redentora. Aprendamos a conhecer e a relacionar-nos com a Santíssima Trindade, Deus Uno e Trino, três pessoas divinas na unidade da sua substância, do seu amor e da sua acção eficaz e santificadora.

Logo a seguir ao lavabo, o sacerdote invoca: Recebei, ó Santíssima Trindade, esta oblacção que Vos oferecemos em memória da Paixão, Ressurreição e Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo. E, no final da Santa Missa, há outra oração de inflamada reverência ao Deus Uno e Trino: Placeat tibi, Sancta Trinitas, obsequium servitutis meae... agradável Vos, seja, ó Trindade Santíssima, o obséquio da minha vassalagem: fazei que por misericórdia este Sacrifício oferecido por mim, posto que indigno aos olhos da vossa Majestade, Vos seja aceitável, e que para mim e para todos aqueles por quem o ofereci, seja um sacrifício de perdão.

A Santa Missa – insisto – é acção divina, trinitária, não humana. O sacerdote que celebra serve o desígnio divino do Senhor pondo à sua disposição o seu corpo e a sua voz. Não age, porém, em nome próprio, mas in persona et in nomine Christi, na Pessoa de Cristo e em nome de Cristo.


O amor da Trindade pelos homens faz com que, da presença de Cristo na Eucaristia, nasçam para a Igreja e para a humanidade todas as graças. Este é o sacrifício que profetizou Malaquias: desde o nascer do sol até ao poente, o meu nome é grande entre as nações, e em todo o lugar se sacrifica e se oferece ao meu nome uma oblacção pura. É o Sacrifício de Cristo, oferecido ao Pai com a cooperação do Espírito Santo, oblacção de valor infinito, que eterniza em nós a Redenção, que os sacrifícios da Antiga Lei não conseguiam alcançar. (Cristo que passa, 86)

Futuro da humanidade

AMOR HUMANO

…/7

O segredo da família

Cimento do futuro da humanidade

A vida matrimonial e familiar não é instalar-se numa existência segura e cómoda, mas antes dedicar-se um ao outro e dedicar generosamente tempo aos restantes membros da família, começando pela educação dos filhos – o que inclui facilitar a aprendizagem das virtudes e a iniciação na vida cristã – para abrir-se continuamente aos amigos, a outras famílias e, especialmente, aos mais necessitados.
Deste modo, mediante a coerência da fé vivida em família, se comunica a boa nova – o Evangelho – de que Cristo continua presente e nos convida a segui-lo.

CADA FILHO É, ANTES DE MAIS, UM FILHO DE DEUS ÚNICO E IRREPETÍVEL COM QUE DEUS SONHOU PRIMEIRO.

Para os filhos, Jesus revela-se através do pai e da mãe; pois para ambos, cada filho é, antes de mais, um filho de Deus, único e irrepetível, com o qual Deus sonhou primeiro.
Por isso, podia afirmar João Paulo II que “o futuro da humanidade assenta na família” [i].

(Cont)

r. pellitero

(Revisão da versão portuguesa por ama)




[i] S. João Paulo II, Familiaris consortio, n. 86.

Reflectindo - 163

Conhecer-se - 2


Quem sou eu?

Magna questão cuja resposta tem forçosamente de assentar num profundo e sincero sentimento de humildade sem o qual esta surgirá sempre ou evasiva e incompleta ou, pelo menos, sem grande mérito.
Penso que a resposta não está disponível imediatamente como se estivesse escondida no âmago mais íntimo da nossa idiossincrasia mas, antes, levará a um exercício constante e automático de exame pessoal.

Exame, digo, despido, de emoção ou condicionalismo seja qual for mas animado de uma decidida vontade lógica e simples de análise sem temer as consequências que o "desfecho " ou resultado possam significar.

Quando acima falei em "exercício automático" quis significar exactamente isso: criar o hábito de análise imediata subsequente ao que se pensou, disse ou fez.

O exame é assim um acto contínuo e as correcções que se mostrem necessárias mais fáceis de levar a cabo.

Em resumo: caminharemos decidida e seguramente para uma melhoria pessoal e estaremos muito mais próximos de saber quem, de facto, somos.

(cont)